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━━━━〔 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘴𝘦𝘷𝘦𝘯 〕

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ABOUT COROLLAS
AND SKYLINES

POINT OF VIEW
Savannah Boswell


Twinkie separava a mercadoria que iria vender sobre a mesa do refeitório; havia relógios de marca, iPods e até ingressos para shows.

— Então quer dizer que agora você trabalha para o Han. — comentou divertido abrindo o laptop e digitando algo rapidamente.

— Não, eu não disse isso. Só estou pagando o prejuízo do carro dele com... — procurou uma palavra específica mas não achou, enfim dando de ombros — Os meus serviços.

— Você pensa assim no começo mas depois quando vê já está totalmente envolvida. Não que esse seja o estilo do Han, nah, ele tenta ao máximo afastar a gente de qualquer envolvimento com essa merda toda.

O comentário não lhe passou despercebido. O que se tratava o assunto que Twinkie estava falando, de fato lhe interessava. Afinal de certa forma estaria próxima de Han tempo o suficiente para precisar saber quem era ele e se era perigoso.

— Que tipo de merda estamos falando? — quis saber desinteressada para incentivá-lo a contar.

Twinkie ergueu o olhar e semicerrou-os, como se pudesse ler seus pensamentos:

— Acha que eu nasci ontem, americana? Eu praticamente inventei o blefe, sei o que está fazendo. Se quer saber sobre o Han, vai ter que perguntar a ele.

— Só queria saber se ele é confiável, apenas isso. Não conheço quase ninguém aqui e você é a pessoa mais próxima que tenho, um conselho de alguém de segurança sempre é bem-vindo.

Talvez tenha sido o sorriso tímido que Savannah lhe dirigiu, mas no mesmo instante Twinkie bufou e coçou a cabeça de feitio derrotado.

— Ninguém sabe muita coisa, já faz uns dois anos que o Han chegou e abriu a oficina dele. Todo dia aparecia com um carro diferente na Garagem e só isso que se sabe. Não tem nenhum parente por aqui, é sozinho no mundo pelo visto — disse Twinkie — Depois de uns tempos para cá começou a andar com o DK, dizem até que ele é envolvido com a Yakuza também.

Havia pensado naquela possibilidade, pois tinha visto a proximidade de DK com Han no dia da corrida, e com aquela informação Savannah sentiu-se com o pé atrás novamente em relação ao homem.

Twinkie observou-a pensar como se já suspeitasse o que estivesse passando por sua cabeça, por isso adotou uma postura mais séria na tentativa de passar confiança:

— Ei... São apenas boatos, se o Han é metido com eles não é da nossa conta. Ele ainda é um cara legal.

A garota encolheu os ombros e acenou com a cabeça.

— Não tenho nada com a vida dele — explicou ela — Só espero que esse lance de trabalhar para o Han — enfatizou a última palavra com um gesto de aspas — Não seja um complô dele com o DK.

— Aí americana o Han pode andar com o DK, Morimoto e os outros caras mas isso não significa que ele é moleque. Fica tranquila, pode confiar,  assim que você pagar a Monalisa ele vai te deixar ir.

O toque da sineta soou liberando-os para irem para casa. Aquilo aliviou a sua consciência assim como as palavras de Twinkie.

Buscaram suas coisas e caminharam até o estacionamento lotado já. Savy varreu o olhar pelo local antes de enfiar-se dentro do carro verde chamativo de Twinkie; Neela havia faltado novamente, aquilo estava começando a lhe perturbar, não queria ter causado problemas entre a garota e DK, o homem parecia um cachorro vigiando-a e rondando-a.

O trajeto até a oficina foi rápido. Imaginou que o local fosse mais próximo do colégio do que sua casa.

Twinkie avançou com o carro para dentro da oficina, e estacionou-o em junto a uma fileira de outros veículos ali presente. A mecânica era grande e bem-parecida. Tudo estava organizado, sem amontoados de pneus ou ferramentas no espaço de revisão, os aparelhos eram modernos — poderia chutar que fossem de última geração. E do lado esquerdo ao passar pelo local de manutenção, havia uma escada espiral que dava acesso a uma espécie de sala de espera onde tinha todo tipo de distração para um cliente: Cadeiras confortáveis, mesa de sinuca, máquina de salgadinho e um frigobar.

— Nossa, isso é uma Disney para os marmanjos. — comentou Savannah saindo do carro acompanhada de Twinkie, este que riu.

— Disney para os adultos, gata. Não imagina como isso aqui fica de noite.

— Prefiro não imaginar. — ironizou.

Logo avistaram Reiko, Earl e outro cara que não estava familiarizada, inspecionando um carro luxuoso.

— Aí Kanji, se liga — Twinkie chamou animado o homem corpulento junto dos outros dois jovens — Essa é a Savy.

Ele aproximou-se e apertou sua mão com força.

— A garota que acabou com a Monalisa, ein?

— Tô pagando por isso — riu sem jeito.

— Mas ela leva jeito para a arte. Devia mostrar seus desenhos para o Kanji depois, americana. Ele é o nosso designer automotivo — informou Reiko aproximando dos três.

Savannah o olhou dar de ombros como se aquilo não fosse grande coisa.

— Cheguei a ir para a faculdade mas desisti. No final das contas eu me transformei em um cara com grana sem precisar de estudo algum — gabou-se mostrando seus cordões de ouro rapidamente — Mas não tomem isso como um conselho.

O comentário fez Earl e Savannah rirem.

— Fala isso por você — retorquiu Twinkie — Porque eu estou construindo uma reputação com meus negócios.

— O som do meu skyline talvez não concorde com você, Twinkie. — manifestou-se a voz vagarosa de Han.

— Que isso cara! Desse jeito você vai espantar minha freguesia.

Han riu e caminhou até eles enxugando a mão suja de graxa em um pano.

— Depois troca esse por um que esteja prestando, ou então muda de fornecedor, cara —  aconselhou a Twinkie e depois seu olhar foi de encontro com o de Savy — Já conheceu a minha equipe?

Ela assentiu com a cabeça.

— Ótimo. Agora vamos lá, tenho que deixar alguns carregamentos e preciso que você me ajude.

Twinkie comprimiu os lábios e a encarou por um momento, será que ele achava que fosse questionar algo para Han? Tinham conversado bastante horas atrás sobre o homem e seu possível envolvimento com a máfia.

— Certo, só me dá um instante pra trocar essa roupa.

Twinkie relaxou a postura e Han assentiu com a cabeça.

— Tem um banheiro na sala de espera — informou Reiko apontando com a cabeça na direção do local.

Savy dirigiu-se apressada para o banheiro que ficava na parte de superior do local e trocou o uniforme bem apresentável de gravata, saia  pregueada e sapato por um macacão pantacourt. O pensamento de trabalhar com aquela saia lhe perturbava profundamente, por isso optara por levar na bolsa algo mais confortável.

Quando desceu a escada espiral já pode visualizar Han e Kanji empilharem caixas umas sobre as outras. Não ousou perguntar o tinha dentro delas, pensou no conselho de Twinkie "Assim que você pagar a Monalisa, ele vai deixar você ir".

Seguindo esse pensamento buscou algumas caixas e organizou-as no porta-malas e banco traseiro do carro, elas não era tão pesadas fazendo-a não se cansar. Quando tudo estava nos conformes, Han entregou-lhe a chave do carro e avisou a Kenji:

— Depois que a gente sair você fecha a oficina, daqui a uma hora as garotas vão chegar. Seja um bom anfitrião na minha ausência — ele deu batidinhas no ombro do outro homem que dirigiu-lhe uma gargalhada — E Twinkie dessa vez arranja um DJ mesmo.

O garoto esfregou a testa sem paciência.

— O último cara era DJ — garantiu ele.

— É mas ele bebeu mais que a galera da festa e ainda desmaiou em cima do equipamento — agregou Earl divertido.

Savannah riu imaginando a cena. Aquele tipo de coisa era bem comum nas festas de Los Angeles, e imaginar como acontecia ali lhe fez lembrar de Neela, que havia dito que a levaria para uma festa da cidade qualquer dia.

— Vamos, Savannah. — chamou Han entrando no carro pelo lado do carona.

A garota deu a volta e assumiu o volante saindo com o carro para fora da oficina, seguindo as coordenadas de Han para onde quer eles que fossem deixar aquelas encomendas.

❏ ❐ ❑ ❒❏ ❐ ❑ ❒

O fliperama era realmente chamativo as paredes foram pintadas com cores neons e o grande espaço era preenchido por: games retrôs, pistas de danças mais afastadas onde havia um grupo de jovens aguardando ansiosamente sua vez, além de bonecos de animes arrumados em uma prateleira de vidro.

Savannah até parou para observar a coleção de Pokémon rapidamente mas logo continuou a caminhar atrás de Han, que olhava o ambiente sem emoção, como se fosse corriqueiro sempre ir ali. Entraram em uma sala mal iluminada e com paredes de isolamento acústico pois a euforia dos jovens e da música do fliperama estavam mais abafados e distantes. Quando adentraram em outra sala, teve que morder a língua para reprimir um comentário ofensivo direcionado a Han. Ele havia levado-a para o que seria o escritório de DK, este que a encarava como uma cobra prestes a dar o bote assim que a viu atravessar a porta.

— O que ela está fazendo aqui? — DK esperou uma resposta ainda que seu olhar estivesse fixo em Savannah.

Han buscou um pacote de salgadinhos, abriu-o e em seguida sentou-se em uma das cadeiras próxima a DK e Morimoto.

— Tá pagando pela a lata de cerveja amassada na minha garagem — explicou.

Morimoto gargalhou.

— Só espero que não esteja dirigindo — Savy deu de ombros, talvez se tentasse ao máximo ignorá-los, eles deixem-a em paz, porém a expressão maliciosa no rosto de DK parecia dizer o contrário — Gaijin — provocou Morimoto — Quando vai correr novamente? Bem que eu gostaria de ir ver.

— Por que não corre comigo? — sugeriu impulsivamente, sabia que iria se arrepender dali a alguns minutos mas se isso significasse ver a feição ofendida de Morimoto, a culpa não lhe pesaria tanto.

— Você é uma garota durona mesmo, ou só está tentando bancar uma?

A risada de DK espalhou-se pelo ambiente.

— Já está pronto para perder outro carro, Han? A menina vai te dar bastante prejuízo se você não segurar a língua dela.

— Estou pronto para arrancar o seu corolla 86 — confessou o outro homem se servindo de bebida.

— E eu o seu skyline — retorquiu divertido.

Han acenou com a cabeça, concordando com a aposta. E aquilo surpreendeu Savannah, ele sabia o que ela tinha feito com seu carro e ainda apostou nela novamente? Não compreendia o que se passava em sua cabeça mas não iria questioná-lo ali na frente de DK e Morimoto.

— O que você acha? — indagou DK para o outro homem que fez um beicinho para Savy, debochando dela.

— Vai ser interessante acabar com essa tua marra, gaijin.

DK ergueu-se da mesa e contornou-a buscando algo em um das gavetas de sua mesa, aquilo foi o suficiente para Savy entender que o assunto mudaria e não seria nada relacionado a rachas e apostas.

— Manda ela sair, precisamos falar de negócios — ordenou a Han.

— Trás as caixas do porta-malas — pediu Han indicando com a cabeça para a porta de onde vinheram.

A garota assentiu e deixou o local, atravessando o fliperama novamente e indo para fora do estabelecimento. Por um momento esqueceu-se de onde estava e que horas eram, aquilo a fez caminhar o mais rápido para o telefone público do outro lado da rua.

Discou o número que seu pai lhe informou, após tirar uma moeda do bolso. Foi necessário aguardar apenas dois toques, e rapidamente a voz do outro lado da linha soou:

Alô, pai? Te liguei para avisar que vou ficar até mais tarde no colégio.

— É? E por que? — quis saber com a voz mal humorada, Savy ergueu o olhar para pensar em uma boa desculpa e avistou uma silhueta familiar entrar em seu campo de visão.

— Uma colega de classe está me ajudando no japonês e nas atividades atrasadas — mentiu observando Neela aproximar-se com o cenho franzido.

Não demore muito.

Sim, senhor — resmungou em despedida.

A garota a sua frente estava diferente da última vez em que a vira, parecia abatida enquanto apertava o casaco contra o corpo.

— O que está fazendo aqui? — a voz de Neela saiu como um sussurro.

— Não se preocupe, não vim pra arrumar encrenca com seu namorado — aquilo a fez suavizar a expressão — Mas bem que eu deveria, você sumiu depois daquela noite em que ele... Armou aquele show todo.

— Savannah isso não tem nada a ver com você, certo? Nem me conhece direito.

— Mas isso não significa que eu vou fechar meus olhos para essa situação. Esse cara censura você e te trata como se fosse um brinquedo, e eu sei isso te chateia. Você ao menos parece com a garota que me apresentou o colégio há dias atrás.

A tristeza nublou sua feição por um momento.

— E isso é porque eu nem te conheço direito — concluiu usando suas palavras contra si — Mas você parece ser uma pessoa boa, e não merece essa merda toda.

Ela olhou para algo além de Savannah e resmungou simplesmente:

— Te vejo no colégio.

A garota girou os calcanhares e observou-a atravessar a rua e passar de cabeça baixa por Han, que examinou toda a cena calado até Savannah aproximar-se dele:

— Você ainda vai atrair muito problema por colocar coisas na cabeça dela — declarou pegando as chaves de sua mão e abrindo o porta-malas, Savannah tentou ajudá-lo mas ele balançou com a cabeça, carregando as caixas — Não, você demorou e agora a garota está lá dentro com ele. Deixa que eu levo.

Han levou as caixas para dentro do depósito e retornou rapidamente entrando no banco carona e indicando para Savy dirigir.

— Deu tudo certo? O que você tinha de falar com DK? — acelerou o carro e fixou os olhos nas ruas que Han lhe indicava, mas tentou deixar a audição atenta para o homem.

Alguns instantes se passaram e enfim a voz de Han espalhou-se pelo carro.

— Eu sei lidar com o DK.

— Ele não é perigoso? Da Yakuza ou algo do tipo. — se Twinkie estivesse ali provavelmente lhe mandaria calar a boca mas a curiosidade era maior, aquele assunto ainda lhe deixava com uma pulga atrás da orelha.

Pensou que Han fosse lhe deixar sem uma resposta ou pedisse que não fizesse mais aquele tipo de pergunta porém a sua reação foi totalmente ao contrário.

Ele riu em deboche.

— O tio dele é Yakuza, ele só está brincando de gângster nas portas do fundo de um fliperama.

Se ele havia confessado aquilo sem pestanejar talvez não houvesse mal em arrancar algo mais...

— E por que você está metido com eles?

Uma linha surgiu na testa de Han, enquanto ele a encarava por um momento antes de retornar a lhe falar:

— Ele evita que o tio Kamata faça perguntas demais.

— E o que isso quer dizer? — Savy acelerou um pouco mais para conseguir ultrapassar o sinal.

— O tio dele ganha uma parte dos lucros de todo mundo da área — Han respondeu — Estamos na área dele.

— Por que mesmo depois de eu acabar com o seu carro, você apostou ao meu favor contra o Morimoto? — preferiu mudar de assunto. Já que a questão da Yakuza tinha sido mais que suficiente para Savannah compreender que Han realmente não era amigo de DK ou algo assim, e preferia que ele usasse o homem como marionete para algo do que ela.

— Porque você é o ponto fraco do DK, e já que eu não corro contra ele. Tenho você como vantagem.

— E por que...

Han a interrompeu rapidamente.

— Porque correr com ele não vai provar nada.

Savy dobrou na rua da oficina e desacelerou o carro.

— Prova que você é mais veloz — disse estacionando o carro.

— Se um dia eu precisar correr vai ser por uma coisa importante — murmurou descendo do carro e cumprimentando um grupo de pessoas que bebia na frente da oficina — Por que você não entra e bebe alguma coisa?

O homem não parecia perigoso após a breve conversa em que tiveram, obviamente Savannah não poderia negar que havia um mar de coisas que Han segredava. Porém lembrou-se novamente do conselho de Twinkie que começaria a usar como mantra, " Assim que você pagar o que deve, ele vai te deixar ir"

A feição esperançosa de Han suavizou-se quando Savy lhe dirigiu um sorriso e aceitou o convite para a festa.


˚·*'' to be continued



Nota da autora:

Olá!!! Como vocês estão? Eu tô tão feliz por estar finalmente postando esse capítulo, pois ele é um dos meus favoritos, é aí que a relação do Han com a Savy começa, e é tão bonitinho de se ver ela confiando um pouco mais nele.

Além de que o gif do capítulo eu quem fiz e tô orgulhosa pq ficou muito maravilhoso!!!

Comentem aí o que vcs mais curtiram do capítulo!!! Vamos interagir, babiess.

Obrigada pelos votos, comentários, incentivos! Isso me motiva muito, sério mesmo.

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