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━━━━〔 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘯𝘪𝘯𝘦𝘵𝘦𝘦𝘯 〕

❗𝘥𝘪𝘴𝘤𝘭𝘢𝘪𝘮𝘦𝘳 𝘳á𝘱𝘪𝘥𝘰 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘰 𝘤𝘢𝘱í𝘵𝘶𝘭𝘰: 𝘴𝘦𝘹𝘰. 𝘴ó 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘴𝘬𝘴𝘬𝘴𝘬𝘴, 𝘴𝘦𝘪 𝘲 𝘵𝘦𝘮 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘴𝘴𝘰𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘦 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘦𝘮 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘰𝘯𝘧𝘰𝘳𝘵á𝘷𝘦𝘪𝘴 𝘦𝘮 𝘭𝘦𝘳, 𝘱𝘰𝘳 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦 𝘤𝘶𝘳𝘵𝘰 𝘢𝘷𝘪𝘴𝘢𝘳 𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴. 𝘦𝘯𝘧𝘪𝘮 𝘤𝘶𝘳𝘵𝘢𝘮 𝘰 𝘤𝘢𝘱.

**𝘱𝘢𝘭𝘢𝘷𝘳𝘢𝘴 𝘦𝘮 𝘪𝘵á𝘭𝘪𝘤𝘰 𝘴𝘪𝘨𝘯𝘪𝘧𝘪𝘤𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘰𝘴 𝘱𝘦𝘳𝘴𝘰𝘯𝘢𝘨𝘦𝘯𝘴 𝘦𝘴𝘵ã𝘰 𝘧𝘢𝘭𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘦𝘮 𝘫𝘢𝘱𝘰𝘯ê𝘴.



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FIRE ON FIRE

POINT OF VIEW

Savannah Boswell

Ah! Savannah, esse é o meu neto Takashi — a voz da senhora Hiroki acordou a garota do transe em que estava.

De repente uma espécie de quebra-cabeça em sua mente começou a juntar informações, frases e coisas que passaram despercebidas aos seus olhos. Tudo se organizava em uma só figura... A de DK ali parado em sua frente tão confuso e raivoso como a própria garota.

Não sabia o que dizer, como se comportar, de que forma agir... Savannah o visualizava e conseguia apenas associá-lo a todo tipo de vilão e inimigo. Tinha prometido não julgá-lo, mas era quase impossível quando o olhar vil dele se encontrava com o seu.

Já tinha visto aquela cena antes. Vegeta vs Freeza. Talvez em um dos filmes de Dragon Ball.

DK suavizou um pouco mais a expressão rígida e pôs um sorriso no canto dos lábios, um sorriso sincero e convidativo.

É um prazer. — sua mão apertou a de Savannah, um toque macio e inofensivo.

As palavras lhe faltaram, sentiu o gosto da bile na boca, além da confusão na mente. Então aquele era o Takashi que Neela tanto admirava e sentia falta? Com aquele brilho no olhar e gentileza no sorriso e nas palavras. Ele quase poderia arrancar um suspiro seu, se não houvesse alguém em especial que já o fizesse.

Igualmente — forçou Savannah. Ele havia montado aquele jogo no qual ambos não se conheciam, então ela iria jogar também...

Querida você está bem? — a voz da senhora Hiroki emergiu no meio de toda aquela tensão, como se fosse a ONU tentando intermediar entre dois países em um possível conflito bélico.

Savannah quebrou o contato visual com DK e voltou-se para a mulher mais velha, que a olhava com preocupação:

— É apenas o cansaço, senhora Hiroki.

Ela lhe dirigiu um sorriso confortante e afagou-lhe o braço.

Então tire amanhã de folga e aproveite o final de semana para descansar também — recomendou gentilmente.

Savannah deu um sorriso agradecido e enfiou as mãos no bolso. DK ainda estava lá lhe encarando com aquela postura de mocinho.

Vejo você por aí, menina. — resmungou quando ela passou ao seu lado em direção a saída.

Como havia dito. Vegeta vs Freeza. Grandes rivalidades não são esquecidas assim tão rapidamente.

❏ ❐ ❑ ❒❏ ❐ ❑ ❒

Quando chegou em casa que havia percebido que pegara o metrô ao invés do táxi. Sua cabeça ainda vagueava no assunto do DK ser neto da senhora Hiroki, aquela mulher boa e gentil. Tinha medo do que poderia acontecer agora que ele sabia onde ela trabalhava e ainda mais, que sabia que Savannah era bem próxima de sua avó. Tentou imaginar o que ele estava planejando com toda aquela encenação sobre "Nós não nos conhecemos" mas nada vinha a sua cabeça, apenas receio do que ele poderia aprontar com aquilo de informação.

Colocou a bolsa no cabide do seu quarto e foi para o banheiro tomar um banho. A água estava bastante agradável, e seu corpo inteiro agradecia por aquilo, a semana tinha sido longa, — mas pelo menos conseguira uma folga! Prendeu as tranças em um coque alto, passou um hidratante facial e foi em direção ao seu pequeno quarto.

Seu pai não estava em casa, pelo visto já havia saído para trabalhar ou ido para a casa de uma das namoradas. Há algum tempo não daria a mínima, quanto mais tempo ele ficasse fora de casa, melhor, mas é exatamente o contrário desse tipo de pensamento que a adaptação exerce, Savannah sentia falta dele, a casa parecia fria e desconfortável sem o homem ali.

Assim que vestiu o short e a blusa escutou o seu celular vibrar sobre o pequeno móvel ali onde ficava: o ventilador de mão, o relógio despertador e o seu exemplar de " A redoma de vidro"

Savannah buscou o aparelho e olhou nas notificações quem havia mandado o recado. Indicava um número desconhecido e abaixo uma mensagem:

81 (011-271-6677)

"Vem aqui fora."

A garota enrugou a testa e releu novamente a pequena frase. Será que era Neela? Mas tinha o número dela salvo no celular. Podia ser Twinkie ele vivia trocando de aparelho celular, pensou ligeiramente. Savannah levantou-se e atravessou a pequena sala indo em direção a porta de correr que dava para a rua, puxou para o lado esquerdo e ergueu o olhar para quem mandara a mensagem:

Seu coração quase saltou quando viu Han encostado em uma Kawasaki Z 900RS preta, ele desviou o olhar do celular e dirigiu-lhe um sorriso:

— O que você tá fazendo aqui? E como conseguiu meu número? — Savannah andou apressada até o homem que deu de ombros e guardou o celular no bolso da frente.

— Esse celular que você tem era do Twinkie — explicou.

O filho da mãe disse que era novo — resmungou ela processando a informação e em seguida voltou o olhar para Han que observava algo atrás dela, sua casa — E você não disse o que veio fazer aqui.

Han voltou a olhá-la.

— Porque não veste algo um pouco mais esportivo? Quero te fazer uma proposta.

— Pode fazer aqui mesmo — retorquiu sutilmente.

— Aí não tem graça alguma — argumentou erguendo as sobrancelhas — Que tal em um restaurante em Shibuya?

— Contanto que você não me peça em casamento ou algo do tipo — comentou a garota divertida dando-lhe as costas em direção a casa para se ajeitar.

— Apenas vá logo — respondeu Han rindo levemente.



A moto corria ligeiramente pelas ruas de Tóquio. Savannah observava a cidade passar em seus olhos em vultos de pessoas, outdoors e luzes cintilantes... Tudo se misturava rapidamente com a velocidade do veículo e ficava para trás. Han acelerava mais e mais como se estivesse em uma perseguição, mas ela sabia que ele apenas queria compartilhar daquela sensação também:

A da adrenalina. De dirigir como se estivessem rumo a liberdade.

Quando a motocicleta diminuiu a velocidade e estacionou em uma rua pouco movimentada, Savannah desafrouxou o abraço na altura da cintura de Han e elevou as mãos ao capacete, tirando-o e analisou ligeiramente onde estavam.

Era um restaurante com letreiro luminoso e uma arquitetura moderna. Diferentemente de todos os restaurantes japoneses que havia ido, aquele não parecia ser da culinária local.

Han encostou suavemente em suas costas indicando para entrarem no estabelecimento; Savannah caminhou até a grande porta de vidro que foi aberta por um funcionário de terno com um sorriso convidativo no rosto, ele sugeriu uma mesa próxima a imensa e majestosa janela que refletia as centenas de luminárias espalhadas pelo local, os dois caminharam até a mesma e se acomodaram:

— Então... O que achou? — quis saber Han ajeitando-se na cadeira.

O olhar de Savannah ainda percorria o local com curiosidade e admiração, era tudo muito bonito e cheio de detalhes.

— Me impressionou antes mesmo do jantar, parabéns. — respondeu divertida.

O local estava bastante movimentado e aquilo não lhe surpreendia muito, considerando que era quase final de semana. Seu olhar curioso varreu o salão um pouco mais e observou alguns grupos de três e no máximo cinco pessoas que se encontravam conversando animados ao que bebiam nas mesas; talvez amigos, familiares ou colegas de trabalho... A atmosfera do restaurante era bem leve e descontraída, mas Savannah não podia deixar de reparar que a julgar pelo o aspecto, serviço e as próprias pessoas dali, não deixava de ser um lugar caro e sofisticado.

— Já sabe o que vai querer? — a voz de Han tirou-a dos pensamentos fazendo Savannah desviar o olhar do salão.

Ela buscou o segundo cardápio, abriu-o sem pressa e examinou-o com atenção. Ainda que tivesse petiscado alguns docinhos e salgadinhos na festa de casamento quando fora deixar a encomenda das orquídeas, sua barriga estava vazia e roncava silenciosamente:

— Carne assada ao molho de cerveja preta parece uma boa — sugeriu erguendo o olhar do cardápio e observando Han erguer a mão chamando o garçom, que instantâneamente esgueirou-se por entre algumas mesas e apresentou-se em frente aos dois.

Boa noite! Então o que vão pedir? — indagou em um japonês gentil.

Carne assada ao molho de cereja preta para a senhorita — informou Han dando ênfase na voz e recebendo um balançar de cabeça envergonhado de Savannah pela a irônica formalidade — E pra mim apenas amendoins picantes.

Certo... E para beber? — o garçom anotou o pedido no bloco e retornou o olhar a eles.

Uma daquelas cervejas artesanais — Han indicou a cabeça para Savannah como se perguntasse se ela queria a mesma bebida.

A garota balançou a cabeça e entregou o cardápio ao garçom.

Um suco de laranja e o ponto da carne pode ser mal passado — o homem acenou com a cabeça e despediu-se com um sorriu ao sair com os pedidos — Obrigada.

Observou mais um pouco o salão e depois voltou seu olhar para Han, que a contemplava com um sorriso genuíno nos lábios.

— Fiquei feliz com seu pedido. Pensei que você só vivesse a base de peixes e outros frutos do mar — brincou o homem.

— É... Confesso que eu não tenho comido tanta carne assim desde que cheguei. Na verdade sinto falta dos buffets de carne assada que eu ia com minha mãe em Los Angeles — comentou Savannah nostalgicamente — Era o nosso passatempo.

Han se ajeitou um pouco mais na cadeira.

— E é só disso que você sente falta de lá? — ponderou um pouco retraído como se temesse que aquele assunto talvez não agradasse a garota.

— É... — divagou — Talvez de um racha ou de outro — continuou divertida — Mas é dela que eu sinto falta.

— Vocês vão se ver novamente apenas quando eles limparem sua ficha? — Han afastou-se um pouco permitindo um espaço na mesa para que o garçom colocasse os amendoins juntamente de sua cerveja que foi servida em uma taça apropriada para a bebida e em seguida o homem afastou-se com um tímido "Com licença".

— Ah, não! Eu vou visitar ela no Natal. — contou balançando a cabeça para ele que ofereceu alguns amendoins picantes — Foi esse o acordo... Estou cumprindo minha liberdade condicional no Japão.

Han gargalhou levemente e em seguida bebeu um longo gole de sua cerveja artesanal.

— Quem sabe no Natal nós dois viajamos juntos para Los Angeles — palpitou o homem fazendo a garota engasgar timidamente com a própria saliva. O que aquilo queria dizer? — Sabe eu tenho meus amigos lá, alguns familiares que moram na Califórnia... Não costumo visitá-los com muita frequência, na verdade faz um bom tempo desde a última vez em que os vi — concluiu sutilmente.

Savannah se recompôs discretamente ao que tentava afastar o pensamento divertido de Han conversando com sua mãe sobre o que ele fazia da vida na ceia de Natal.

— As vezes eu esqueço de que você não é só um andarilho — ela suavizou a expressão — De que também tem uma família... Por mais que estejam do outro lado do mundo.

Han adquiriu uma expressão reflexiva ao comentário da garota.

Savannah... — chamou-a suavemente fazendo a garota olhá-lo — Lembra quando eu disse que havia alguém...humm...Que viria...

Uma pessoa chegou a mesa rapidamente.

Com licença... — a voz do garçom os interrompeu, ligeiramente ele colocou o prato com a carne mal passada e ao lado o molho de cerveja preta acompanhado do suco de laranja — Bom apetite!

Ah, obrigada. — Savannah dirigiu um sorriso sem os dentes ao garçom que inclinou a cabeça e saiu dali, em seguida a garota voltou a atenção para Han que estava com uma carranca introvertida pela a intromissão — O que você estava dizendo, Han?

É... na verdade... — ele passou a língua pelos lábios rapidamente depois de colocar mais alguns amendoins na boca — Você acha que é muito cedo pra fazer a proposta?

Savannah sabia que ele estava desconversando do real assunto antes do garçom o interromper, porém se ele não queria prosseguir com aquilo, ela não iria insistir para que ele dissesse. Mas sabia que tinha algo a ver com seu passado.

— Pode falar — encorajou-o enquanto jogava um pouco do molho de cerveja preta em cima da carne.

— Sabe o Koiji? — começou dando mais outro gole na cerveja e em seguida inclinando-se um pouco na mesa.

Savannah revirou os olhos e acenou com a cabeça enquanto mastigava a carne. Sabia que o tal Koiji era um tipo de seguidor e amigo de DK, juntamente de Morimoto.

— Daqui a algumas semanas vai haver uma corrida... — começou Han acompanhando os movimento de Savannah elevando o copo de suco aos lábios ao que escutava atentamente o homem — Como a daquele dia no estacionamento daqui de Shibuya... — recordou parcialmente — DK e eu apostamos de novo. Se o Koiji vencer a corrida, D fica com meu Mazda MX-5, e se...

— Eu vencer.— agregou Savannah encarando Han com uma sobrancelha erguida.

— Eu fico com Porsche GT-3 dele — completou o homem com uma feição carregada de expectativa — Você topa?

Ela colocou os talheres de lado e suspirou fundo ponderando sobre a proposta. Não sabia se aceitava ou não. A ideia de DK próximo e com aquele comportamento amigável de mais cedo na floricultura da senhora Hiroki, lhe deixava com o pé atrás. Naquele momento deveria pisar em ovos em relação ao homem, até saber o que ele pretendia.

— Vou pensar, Han. — sua voz saiu baixa e insegura.

Ele passou a mão rapidamente pelo cabelo, colocando-o para trás.

— De qualquer forma você vai sair ganhando. Eu vou pagar pra você correr por mim. Basta fazermos como da última vez, treinar mais um pouco nas docas...

Savannah o interrompeu prontamente um pouco ofendida:

— O problema não é dinheiro, Han! Pra falar a verdade eu prefiro que você não me dê nada. Corro porque eu gosto. Só preciso de tempo... pra organizar meus horários já que minhas aulas estão voltando, e eu tô ajudando meu pai em um projeto.

Ele assentiu silenciosamente.

— Você precisa de quanto tempo?

— Dois dias. — respondeu ela.

— Tudo bem. — Han virou o resto da cerveja em sua taça e encostou-se na cadeira.

A mesa dos dois voltou a ficar um pouco mais silenciosa, exceto pelo o barulho dos talheres de Savannah que cortavam a carne. Por um instante ela parou o movimento e ergueu o olhar para Han, que observava-a como se ela fosse a coisa mais curiosa do mundo:

— Posso perguntar uma coisa?

Ele assentiu com a cabeça.

— Esse jantar foi um pretexto só pra perguntar se eu correria pra você de novo?

O sorriso pretensioso no rosto de Han surgiu, aquele que fazia uma parte de Savannah estremecer e a outra se derreter:

— Na verdade... A proposta que foi um pretexto para o jantar.

❏ ❐ ❑ ❒❏ ❐ ❑ ❒

A volta para casa foi silenciosa. Os braços de Savannah envolviam a cintura de Han e apertavam-a levemente quando ele acelerava ou dobrava o veículo de duas rodas em uma curva. Foi quando ainda no cruzamento de Shibuya, a garota observou em um dos outdoors que informava a temperatura e indicava a previsão do tempo também, que naquela noite uma tempestade de chuva com ventos fortes se aproximava.

Pode sentir sua nuca arrepiar-se assim como seu estômago gelou. Vasculhou rapidamente sua mente com seu conhecimento básico em geografia; O país era bastante conhecido por seus terremotos, tufões e fortes tempestades. As imagens da destruição de tsunamis que seu professor havia mostrado no projetor, apareciam em sua mente a medida em que olhava para cima checando como estava as nuvens. Foi quando uma luz iluminou o céu nublado de Shibuya, segundos depois o barulho estrondoso do trovão soou em suas audições.

Han acelerou um pouco mais a moto na tentativa de chegar logo na oficina, talvez lá conseguissem esperar a tempestade passar e depois ele a deixasse em casa. Porém de Shibuya para lá era vinte minutos, quando se deram por si o vento forte com as primeiros pingos de chuva já havia espantado as pessoas da rua e obrigado os comerciantes a fecharem seus estabelecimentos mais cedo, até mesmo o fluxo de carros e motos havia diminuído de uma hora para a outra.

— Tem um hotel aqui perto, nós podemos ficar lá até a tempestade passar mais um pouco — disse Han alto o suficiente para que Savannah escutasse, já que aquela altura os trovões e o ronco da moto pareciam se misturar em um barulho ensurdecedor.

Ela fez um sinal positivo com o dedo e em seguida Han contornou a moto em uma curva na direita, depois passaram por mais outras quatro ruas e saíram em uma avenida iluminada com lojas de marcas conhecidas fechadas, aos seus olhos emergiu um grande prédio com design moderno. O homem arrancou com a moto e dirigiu com ela até o estacionamento subterrâneo do hotel. Os dois desceram da mesma, e Savannah abraçou o corpo na tentativa de se proteger do vento daquela tempestade, em seguida andou ao lado de Han em direção ao elevador que subiu à recepção.

O local não parecia tão movimentado assim, talvez as pessoas estivessem se escondendo nos confortos de seus quartos. Algumas rodeavam por ali, conversavam no telefone ou sentavam-se no sofá folheando alguma revista fingindo que o mundo não estava praticamente acabando do lado de fora.

Han encaminhou-se até a recepção trocando algumas palavras com a recepcionista atrás do grande balcão, ele remexeu no bolso e tirou a carteira, mostrando para a mulher alguns documentos e em seguida assinou um papel que ela o indicou com um grande sorriso solícito. Savannah não a julgou por aquilo, aquele ar confiante e charmoso que o homem carregava para onde ia era de deixar as mulheres de queixo caído.

Ele se virou e caminhou de volta a garota que o aguardava próxima ao sofá em pé, já que estava um pouco molhada devido a chuva em que conseguiram pegar.

Han indicou com a cabeça para que fossem até o elevador, e Savannah o acompanhou ainda conseguindo observar o sorriso da recepcionista murchar.

— Acho que isso tudo não era necessário. — disparou ela ajeitando o cabelo ensopado enquanto se olhava no grande espelho do elevador.

Han torceu a boca e encostou-se em um das paredes metálicas.

— Talvez fosse melhor se tentássemos a sorte voltando pra casa de moto no meio de um tufão, concordo com você.

Savannah desviou o olhar do espelho e o semicerrou para o homem:

— Não é disso que eu estou falando... Mas talvez um hotel mais barato ou quem sabe apenas uma pousada.

— Não lembrava que eu havia contratado uma planejadora financeira — brincou ele se desencostando da parede quando sentiu o elevador parar e indicar no painel que haviam chegado ao andar.

Savannah fingiu um sorriso forçado com a frase do homem e saiu na sua frente em direção ao grande e silencioso corredor iluminado por alguns lustres.

— Quarto cento e vinte e seis — instruiu ele no encalço da garota enquanto olhava para o número de quartos.

No fim do corredor o acharam e em seguida entraram nele. O quarto era enorme, assim que entraram uma sutil e bem arrumada sala se apresentou aos seus olhos, do lado esquerdo uma mesa quadrada de vidro juntamente de duas cadeiras, do lado oposto havia um sofá, mesa de centro... Tudo iluminado por pequenos pontos de luz.

Han parecia silencioso enquanto vasculhava o frigobar. O barulho dos trovões com a forte chuva fez Savannah dar um pequeno e discreto pulo de susto. Caminhou até o quarto e a visão do mesmo não lhe surpreendeu tanto, já que esperava algo daquele tipo:

Havia uma cama king que lhe fazia pensar para que alguém precisava de tantos travesseiros, além disso uma escrivaninha e um sofá sob a grande janela que dava uma vista panorâmica de Shibuya. Aquela visão não tinha preço, pensou aproximando-se do vidro que refletia os relâmpagos do lado de fora.

— Quer que eu feche as cortinas? — a voz de Han fez Savannah estremecer assim como o som das trovoadas.

— Não. Eu gosto da vista.

Ele assentiu com a cabeça e olhou o cenário assim como a garota. Savannah sentiu o celular vibrar no bolso da frente e buscou o mesmo verificando quem estava ligando "Pai" e o número do mesmo brilhavam incessantemente na tela do aparelho.

Ela deslizou a opção para atender e aproximou o celular da orelha:

Onde você está, Savannah? Vi na televisão que uma tempestade está chegando.

Ela suspirou.

Vim jantar com uns amigos. O céu em Shibuya parece estar desmoronando, pai, você precisa ver.

— Eu sei... Se puder fique por aí em um local seguro, até a tempestade passar. — sugeriu ele e Savannah sentiu os dedos de Han traçarem linhas em seus braços, deixando-a arrepiada.

Eu vou ficar bem, pai — ela arfou baixo quando as mãos dele se afastaram do seu corpo — Se cuida. Te ligo depois.

Ele murmurou algo antes da garota desligar o telefone mas foi algo rápido, pois ela já havia se virado para encontrar a figura de Han a apenas alguns centímetros do seu corpo.

Ele envolveu seus braços em torno do corpo pequeno e trêmulo da garota, e inclinou a cabeça em direção a sua nuca, deixando uma trilha de beijos quentes ali.

Han... — chamou ela.

Humm — murmurou ele com os lábios contra seu pescoço. Ela esperou ele concluir a série de selinhos em sua pele para prosseguir:

— Isso tudo é para me convencer a correr por você? — comentou ela divertida.

Ele abriu um sorriso malicioso.

Nah... isso seria golpe baixo — disparou suavemente ao que segurou o rosto da garota com as duas mãos.

— E é isso o que você está fazendo agora. — ela uniu seus lábios contra os carnudos do homem. O beijo tornou-se urgente, os dedos de Savannah enterram-se no cabelo sedoso de Han, os puxando levemente ao mesmo tempo em que sentia o sabor amadeirado do homem em sua boca.

Aquele desejo todo em beijos ardentes não seria suficiente para saciar a necessidade que os dois exalavam ali naquele quarto. As mãos de Han percorriam por toda extensão do corpo da garota, sentindo cada centímetro dela e colaborando para que um gemido reprimido ou outro deixasse os lábios de Savannah. Quando sentiu a maciez da cama king no momento em que deitou-se nessa, algumas lembranças sobre todas suas experiências sexuais passaram em sua mente, odiou-se por ter pensamentos férteis em momentos errados, porém não conseguiu afastar as imagens ligeiras como vultos de sua primeira vez com Cabeça, seu amigo de Los Angeles; Quando transou com um universitário em uma festa em Santa Mônica, e de uma outra vez com uma outra garota após um racha em Miami. Mas lá estava Han, pronto para fazer aquelas lembranças se esvairem feito pó em uma ventania. Ele era mais velho e sem dúvidas mais experiente, uma pontada de medo de não conseguir satisfazê-lo lhe atingiu ligeiramente quando ele ajudou-lhe a tirar a blusa úmida por sua cabeça e colocando-a de lado juntamente de sua calça. Em seguida Savannah ajudou-o a se despir também mordiscando uma vez e outra seu lábio inferior. No segundo em que ele retirou a camisa preta, a garota contemplou por um instante a tatuagem discreta que Han possuía em sua costela, era alguma frase em japonês, ela não reparou bem já que no outro instante ele já estava descendo com a mão em direção a sua intimidade arrancando um suspiro baixo de Savannah.

— Você tem certeza? — sua voz rouca e arfante soou abafada por conta dos trovões.

— É o que eu mais quero — permitiu ela com um sorriso confortante para Han, que estava com seu corpo inclinado sobre o dela.

Savannah sentiu os dedos de Han deslizarem em sua intimidade enquanto sentia o sabor dele em sua língua, sugando-a com vontade e como se fosse um doce saboroso. Ele foi gentil e atencioso. Seus olhos pareciam brilhar e se orgulhar do seu próprio trabalho, em como a recompensa era valiosa ao ver o corpo dela juntamente da armadura inflexível que a mesma sempre colocava, cair tão facilmente com o toque dele. Quando ele a preencheu finalmente, a sensação para uma garota que nunca soube o que era realmente ser desejada e amada daquela forma tão íntima e carnal, foi como se estivesse chegado ao céu. A cada impulso que Han dava dentro do núcleo dela, seu corpo arqueava e incentivava que ele não parasse com o movimento. A sensação era tão boa e prazerosa quanto o solo de guitarra de Brighton Rock do Queen, pensou Savannah rapidamente, porém logo um gemido baixo e rouco do homem chamou-a de volta para o quarto que parecia estar em chamas com o sexo dos dois.

A garota sentiu o prazer se aproximar e segurou fortemente o braço de Han, sua intimidade se estremeceu em torno do membro dele, permitindo seus lábios deixarem escapar um gemido suave de satisfação sendo acompanhada pelo homem, que alguns instantes depois deitou-se ao seu lado enquanto arfava cansado.

A chuva do lado de fora juntamente dos trovões pareciam fazer seu próprio tipo de barulho, quase como se competisse com o casal do lado de dentro. Os relâmpagos do céu de Shibuya iluminava os corpos despidos e cansado dos dois.

Savannah cobriu-se com o edredom juntamente de Han, que passou seu braço por baixo do corpo dela, respirando calmo.

— Sinto como se estivesse te desvirtuando — murmurou ele brincando timidamente com as trancinhas dela — Mas sua presença me deixa bem... Posso ser eu mesmo.

— Então fique por perto — o olhar dela contemplou o rosto dele ao mesmo tempo em que seus dedos traçavam linhas invisíveis na bochecha dele.

Ele suspirou afastando o toque dela lentamente.

— Não faz isso, Savannah.

— O quê? — ela desencostou a cabeça do peito dele e aguardou uma contra resposta.

— Pedir algo que eu não posso fazer.

— Nós podíamos fazer isso... — enfatizou ela — Dar certo. Um passo de cada vez, sem pressa e sem cobranças.

Um dos lábios da boca dele se levantou em um sorriso.

— Continua pedindo coisas sem fundamento.

Ela franziu o cenho chateada.

— Você não quer?

Ele riu levemente.

— Eu quero que você foque em coisas mais importantes. Não que desperdice seu tempo comigo.

— Você não quer? — repetiu a pergunta mais séria — Se você for sincero e deixar claro que não quer algo, eu não vou insistir, vou respeitar sua escolha e podemos fingir que essa conversa nunca existiu.

Ele a contemplou por um longo minuto, com seu olhar cheio de admiração e mistério. Depois seus lábios encostaram na testa dela:

— Dorme um pouco. — foi a única coisa que ele pronunciou antes de desafrouxar o abraço e se afastar lentamente do corpo dela.

Savannah sentiu que sua relação com Han havia voltado à estaca zero. Porém ele ainda não tinha dado sua resposta.



˚·*'' to be continued ༻


nota da autora

de prontidão me desculpo por esse hot sksksksk, não é o meu forte

mas eu me esforço para escrever algo legal e bem ponto de vista

das minhas personagens, já viram que a savy adora pensar em outras coisas

e comparar o sexo com música, não é? kkkkkkkkk

enfim, espero q tenham gostado e até a próxima.


ps: a propósito senão fossem inimigos mortais, vcs acham q existiria

um universo paralelo em que a savy e o dk fossem amigos ou algo do tipo? sksk

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