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━━━━〔 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘧𝘰𝘶𝘳 〕

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TIMBERLAKE

POINT OF VIEW
Savannah Boswell

O porta-luvas estremeceu pela a segunda vez desde que chegaram à Garagem, o som alto ressoava estridente pelo ambiente enquanto algumas pessoas aglomeravam-se em torno do dj e da caixa de som.

As garotas ousavam no estilo da maquiagem e nas roupas, à moda japonesa mesclando e extravagância com a autenticidade. Os jovens dali vestiam-se completamente diferentes do que Savannah estava acostumada. Vira garotas com cortes inovadores e cabelos coloridos, saias de cintura baixa, bastante strass e arrojo.

Quando estacionou o Volkswagen Touran de Twinkie um pouco mais afastado da festa, puxou a saia pregueada pela a centésima vez naquele dia —, já que não tinha levado roupa alguma para se trocar, pois não imaginava que sairia após às aulas, ao menos tinha avisado ao seu pai. Achava que iria apenas ver o carro de Twinkie e ter a oportunidade de dirigir um pouco, mas o garoto quis apresentá-la aquele local.

Savannah desceu do carro ainda com um olhar fascinado imaginando a reação de seu amigo Cabeça se estivesse ali. Los Angeles com seus carros e os rachas ilegais pareciam pequenos na frente daqueles automóveis luxuosos e exclusivos.

— Sabia que você ia se amarrar — comentou Twinkie aproximando-se, enquanto Savy devolvia-lhe a chave do carro — O que você diz dos carros?

— Estava com medo de serem parecidos com o seu — brincou apontando com a cabeça para o Volkswagen Touran verde com detalhes do super-herói, Hulk.

Twinkie soltou um riso debochado e fechou o carro.

Foi quando um cantar de pneu chamou a atenção de Savy e de algumas garotas que tiravam fotos ao lado de Twinkie, mas quando viram de quem se tratava, voltaram suas atenções para os celulares.

Neela, a garota simpática que apresentou-lhe a escola mais cedo desceu da sua Mazda RX-8, caminhando em direção a uma garota segurando um notebook juntamente de um garoto um pouco mais alto que parecia ser mais comunicativo.

À sua esquerda, Twinkie parecia ocupado demais conversando com algumas garotas, então optou por não avisar-lhe que iria dar uma volta pelo local e tentar fazer alguma amizade com o pouco que sabia de japonês. Porém quando notou alguns olhares censurados e divertidos dirigidos para si, desistiu da ideia e deu meia volta.

Normalmente aquilo não era o tipo de coisa que deixava-a chateada ou irritada, algumas vezes sentiu-se desprezada e rejeitada em certos locais, sempre afastava-se e tampouco ligava para a opinião das pessoas. Mas ali aquele comportamento não se aplicava, estava em um país diferente e não conhecia absolutamente ninguém, a ideia de não ser bem-vinda deixava-lhe assustada já que não sabia quanto tempo ficaria ali.

Pensando nisso seu olhar voltou-se para Neela que gesticulava expressivamente para os dois jovens que analisavam seu carro, enquanto ambos rebatiam suas palavras esbravejados.

Savannah caminhou rápido o suficiente para escutar o desfecho da discussão dos três:

— Tudo bem — o garoto concluiu batendo as mãos, e acenando para sua colega com o notebook para saírem dali — Não te ajudamos mais.

Neela respirou fundo e fechou o capô, demorando a notar a presença da outra garota ali.

— Não sabia que você era do tipo que tirava os outros do sério.

Seu rosto gentil virou-se, no primeiro momento ficou surpreso e depois sorriu.

— Olha quase não te reconheci sem os seus chinelos. — brincou encostando-se no capô e cruzando os braços.

Savy não pôde deixar de rir levemente, recordando-se da situação de horas atrás quando teve sua primeira aula.

— Sem os meus uwabaki? — retorquiu, puxando a saia pregueada.

— É... mas digamos que a saia denunciou que era você... Normalmente não usamos esse uniforme direto, sabia?

Seu olhar divertido analisou a roupa da americana, assim como os outros jovens fizeram minutos atrás porém diferentemente deles, Neela não estava sendo maldosa.

— Sério? Pensei que aqui as garotas fossem tipo as Sailors de Sailor Moon, estou um pouco frustrada agora.

Neela jogou a cabeça para trás com uma gargalhada suave, e Savy a acompanhou.

— Agora você que me surpreendeu, não parece ser do tipo que curte animes e mangás.

Ela deu de ombros.

— Onde acha que eu aprendi japonês? — a testa da garota enrugou e ela balançou a cabeça.

— Você só pode estar brincando, não é?

— Na verdade sim — confessou Savy sorrindo amarelo, enquanto Neela semicerrava os olhos, desconfiada — Meu pai me inscreveu em um curso antes dele vim pra cá — sua voz foi ficando mais baixa à medida em que concluía a frase, geralmente não falava muito sobre sua família, tampouco sobre seu pai, ainda mais para alguém que não tinha tanta intimidade.

— Sabe... Depois de um tempo vai ficando mais fácil, as pessoas deixam de te olhar torto e você consegue viver sua vida com um pouco mais de paz — disse referindo-se aos olhares que os outros jovens ainda jogavam para Savy.

— Acabei me acostumando a não viver em paz. Mas agradeço o conselho.

A música vinda das caixas de som aumentou ainda mais fazendo Savannah se questionar se as pessoas ali não tinham medo da polícia intervir. Neela pareceu notar a feição alarmada da outra garota.

— Vocês sabem fazer uma festa, ein? — comentou Savy, observando uma garota se agarrar com um garoto em cima do capô de um dos carros.

— Isso está longe de ser uma festa. — disse contemplado o espanto no rosto da americana. — Quem sabe eu não te levo em uma, um dia?

A garota balançou a cabeça.

— Agora você fica me devendo aulas de japonês e uma festa.

Neela riu e assentiu com a cabeça. Savannah sentiu-se um pouco mais confortável ali, chegaram a conversar sobre pinturas automotivas e quase revelou sobre os desenhos que fazia, porém sua fala foi cortada abruptamente por um Twinkie que surgiu ao seu lado, tentando puxá-la discretamente para longe de Neela.

A princípio não compreendeu o que estava se passando. A música baixou e o clima da Garagem recheada de pessoas pareceu ser engolida por uma tensão profunda, o som tocava abafado, e alguns cochichos eram proferidos entre os jovens. Neela que também estava sem entender o que se passava, virou o rosto para o lado e ficou apreensiva, como se tivesse visto um fantasma, Savannah empurrou a mão de Twinkie que tentava puxá-la dali, e olhou por cima do ombro.

Quatro homens caminhavam em sua direção, acompanhados de uma multidão. Um deles carregava uma carranca nada agradável, enquanto abria caminho sendo seguido de outros dois, já o último dava passos lentos e indiferentes; quando pertos o suficiente do carro de Neela, este último encostou-se em um outro automóvel ao que mastigava um salgadinho.

Quando o homem que parecia ser o líder deles arrastou Neela para si, afastando-a do lado de Savy, e beijando-a. A americana compreendera o que estava se passando ali.

O rapaz resmungou algo para Neela e acenou a cabeça para Savy, não sabia o que ele tinha dito, mas transpareceu ser algo ofensivo pela a forma que a olhou.

Não falo muito bem japonês, pode repetir o que disse? — quis saber encarando-o intrêmula. De cara, não gostara dele.

Ele apertou as mãos em volta da cintura de Neela, que baixou o olhar envergonhada e a beijou novamente. Savy não sabia o que se passava na cabeça do homem, se ele tinha ciúmes ou só estava tentando enxotá-la de perto da garota porque não tinha mais nada interessante para fazer.

Aquele pensamento parecia idiota, jamais pensaria em algo com Neela, outrora havia tido sim relações com outras garotas em Los Angeles. Mas quando olhou pela a primeira vez aquela que lhe apresentou a escola e foi gentil consigo, não pensara em segundas intenções com ela.

— Sabe o que isso quer dizer? Cai fora, gaijin. — sua voz soou mais alta e ameaçadora com seu péssimo inglês, assim que proferiu a última palavra Neela o olhou como se tivesse se ofendido também.

— Era isso o que a gente estava fazendo. — Twinkie manifestou-se e colocou a mão de novo em volta do seu pulso, e tentou puxá-la para longe do homem e de Neela, porém novamente Savannah se afastou do toque do rapaz.

— Sabe, pensei que vivêssemos em um país livre... No qual uma mulher pudesse conversar com outra — dirigiu um sorriso forçado para o homem que a encarava como se tivesse perdido o juízo — Mas me parece que você está usando isso de pretexto para bancar o machão e fazer sua boa ação do dia.

O silêncio que antes imperava, pareceu alastrar-se mais ainda. Neela balançou com a cabeça e virou-se para o homem resmungando algumas palavras:

Takashi, Onegaishimasu* — porém ele colocou-a de lado e encarou Savy, que não pôde deixar de estremecer um pouco com o olhar cheio de fúria que aquele desconhecido lhe jogava, pensou por um instante se aquilo valia a pena? Não o conhecia e tampouco sabia o nível de ameaça que poderia lhe causar, entretanto quando o olhar de Neela alcançou o seu, entendeu tudo, era o mesmo olhar que ela tinha lhe dado quando Savannah lhe perguntara se podiam estudar na sua casa. Era por causa dele.

— Sabe quem eu sou, menina? — reagiu aproximando seu rosto, conseguia sentir sua respiração pesada.

Savannah tentou segurar a língua, e chegou a escutar as súplicas de Twinkie para que ela não dissesse besteira alguma.

— Você dublou algum personagem de Dragon Ball? Sua voz é bastante familiar.

Quando fechou a boca o resto da Garagem explodiu em gargalhadas, e até mesmo ele colocou-se a rir um pouco mas Savannah sabia que aquele era de deboche, pois Neela continuou segurando-o como se temesse que ele pudesse avançar contra a americana.

— Vamos, DK, a corrida vai começar — ponderou uma voz sem emoção, como se não estivesse noção do que se passava ali. Era o último cara, o que estava encostado no carro. Ele olhava para Savannah enquanto jogava outro salgadinho na boca e aguardava uma contra resposta do amigo.

— Hoje não foi seu dia, gaijin. — debochou virando-se e afastando-se em direção a onde tinha vindo.

— Boa sorte, kakaroto. — brincou observando-o girar os calcanhares e aproximar seu rosto para mais perto, naquela altura sentiu seu estômago despencar, o medo a atingira fortemente... Mas não podia voltar atrás e dizer que foi tudo uma brincadeira, aquele cara estava longe de ser o tipo de que riria junto de uma zoação.

Todos voltaram suas atenções novamente para os dois. Savannah era mais baixa do que o tal DK, como dissera o cara do salgadinho, uns cinco centímetros porém ainda precisava erguer o olhar para encará-lo.

— Você que vai precisar depois de hoje, menina. Agora eu vou correr.

— Por que não corremos, então?

— O-ho — debochou olhando para um de seus amigos, um que fuzilava Neela com o olhar — É muito fácil querer ser confiante sem ter um carro, menina.

Não tinha pensando naquilo. Na verdade não havia ao menos pensado em correr, já que estava proibida. As dores que latejavam por seu corpo faziam o favor de lembrá-la.

A princípio passou por sua cabeça o carro de Twinkie, mas pelos resmungos deste atrás de si, desconsiderara a ideia rapidamente.

— Corre com o meu. — sugeriu o cara dos salgadinhos, jogando-lhe sua chave. Savannah a pegou no ar e o olhou como se estivesse perguntando se aquilo não era uma brincadeira, porém ele apenas acenou com a cabeça e deu-lhe as costas. DK sorriu e piscou o olho.

— Vamos correr. — girou e puxou Neela consigo, com o restante da multidão o acompanhando.

Quando Savannah olhou por cima do ombro para finalmente dar atenção para Twinkie, o viu de queixo caído e completamente estático:

— Você ficou doida? Ele é da Yakuza. — assim que fechou a boca e virou-se praguejando, Savannah xingou-se por não ter o deixado levá-la daquela discussão desde o começo.


˚·*'' to be continued ༻




Nota da autora

*Onegaishimasu: Por favor.

*Yakuza: Máfia Japonesa

Muito obrigada pela as views, comentários e votos! Vocês são demaisss.

Então, o que acharam do capítulo? Não matem esta autora por deixar de fora o íconico "Justin Timberlake do Japão", falas e atitudes da Savannah não serão idênticos aos do Sean. :\

Apoiam a amizade da Neela e da Savy? Ou curtem mais Savy e Twinkie?

Espero que tenham gostado, logo postarei o tão esperado próximo capítulo!!!

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