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━━━━〔 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘧𝘪𝘷𝘦 〕

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DRIFT KING

POINT OF VIEW
Savannah Boswell

Quando o elevador parou e as duas portas de aço se desuniram, dois carros passaram em alta velocidade próximo aos dois jovens com suas traseiras deslizando para à esquerda graciosamente, e enxotando um grupo de pessoas que filmava-os com seus celulares.

— Twinkie... — chamou Savy apertando os dedos suados em volta da chave do carro que iria correr — O que droga é essa?

O garoto balançou a cabeça por um instante, como se não tivesse escutado aquilo. Sentia por ter o metido naquela situação, temendo que o namorado de Neela, que era envolvido com a Yakuza, pudesse lhe causar alguma ameaça por ele ter levado-a ali.

— Sabe o que significa DK? — devolveu a pergunta e observou-a franzir o cenho ainda mais confusa — Drift King.

Ele deu-lhe uma leve cotovelada e apontou para os dois carros que continuavam com o mesmo movimento de anteriormente, deslizando as rodas traseiras para lá e cá.

Isso é drift. — firmou fascinado sem tirar os olhos dos dois veículos

— Drift? Mas eu não sei correr desse jeito.

— Deveria ter pensado nisso antes de desafiar o rei dessa parada por aqui.

Como iria imaginar que corriam com aquela técnica que jamais vira em sua vida?

— Vamos logo procurar o carro — sugeriu caminhando em direção à fileira de carros próxima às máquinas de bebidas. Algumas pessoas que estavam ali, não lhe deram tanta atenção, supôs que ainda não soubessem o que havia acontecido no bloco inferior da Garagem, considerando a agitação de quem tinha presenciado a cena do seu confronto com DK, ou, Takashi? Bem, poderia jurar que havia escutado Neela chamá-lo assim; fora exatamente pela a garota que havia se metido naquela situação, mas aquilo não importava mais, dali a instantes correria com ele.

Twinkie avistou rapidamente o carro e correu até o veículo, fazendo Savannah acompanhar o ritmo do garoto.

Algumas pessoas tiravam fotos do carro como se fosse uma obra de arte, aproximando-se e fazendo poses perto deste — porém evitando de encosta-lo, e no momento em que o olhar de Savy deparou-se com o carro, tivera que concordar com a atitude daquelas pessoas:

Nossa — suspirou apertando as chaves do veículo.

Twinkie pediu para que as pessoas fossem para o ponto de partida dos rachas que logo iria iniciar a primeira corrida, aquilo a fez engolir em seco.

O garoto fez um gesto para o outro lado da Garagem e rapidamente duas figuras conhecidas correram para próximo deles; era a garota e o garoto que tentavam ajudar Neela há alguns minutos atrás, ao que parecia ter sido há horas.

— Legal, galera, conheçam a Savannah — exclamou Twinkie exasperado — americana, estes são Earl e a Reiko, eles trabalham com o Han na oficina dele, ajudaram o cara a trazer a Monalisa de volta à vida — contou gesticulando rapidamente com as mãos.

Monalisa? — estranhou ela os olhando com o cenho franzido.

— A Monalisa é uma raridade. — explicou Reiko impaciente apontando para o carro — Ele consertou ela do zero, e o trabalho do Han não é barato, então...

Twinkie pareceu ler os seus pensamentos e logo em seguida pontificou, interrompendo a garota:

— Han é o cara que te emprestou o carro, ele é o dono da oficina e dá muito duro nos carros dele, então... Tenta não estragar a Monalisa — concluiu sendo apoiado pelos outros dois jovens, que fizeram uma rápida inspeção no veículo minutos antes da corrida começar.

Do outro lado da Garagem, Neela ajudava DK a tirar a jaqueta e cochichava algo em seu ouvido, recebendo um sorriso malicioso do homem. Seu olhar desviou-se do casal e foi a um carro próximo a eles; onde o tal Han a encarava curioso ao que levava um salgadinho a boca, talvez estivesse arrependido de ter emprestado o carro com certeza, pensou.

Quando voltou a olhar Neela beijando aquele homem, que momentos atrás tentava proibí-la de conversar e a arrastava como se fosse uma tipo de propriedade sua, sentiu a mandíbula enrijecer e colocou na cabeça que só prosseguiria com a corrida pelo tal Han, pois enfim ele apostou suas fichas nela e caso Savannah pensasse em desistir, o que os outros pensariam do homem? Não ganharia, sabia que aquilo não era possível, porém tentaria chegar o mais perto de algo parecido com isso.

Reforçou o coque das tranças no topo da cabeça, e entrou no carro, experimentando o conforto daquela máquina por um momento, pois sabia que demoraria para dirigir um carro daquele nível algum dia.

Twinkie aproximou-se da janela e tentou forçar um sorriso de incentivo:

— Alguma lição rápida de drift? — quis saber agitada.

— Acelerador. Volante. Joga a traseira do carro para a direção oposta dos pneus dianteiros.

Savannah o fuzilou com os olhos antes de receber tapinhas em seu braço:

— Vai dar tudo certo, americana. Não vai dar nem tempo deles zoarem contigo. Você mesma disse que vai ficar aqui pouco tempo.

Ela soltou um sorriso nervoso.

— Talvez eu tenha me expressado mal — aquilo era verdade, dissera para Twinkie tal frase apenas para ver se conseguia se livrar do mesmo quando estavam no refeitório do colégio, mas aquilo fora há horas antes dele apresentá-la aquele lugar e continuar ao seu lado ainda que fosse um risco devido ao namorado de Neela. Savannah admirou aquele gesto, e não o esqueceria.

Quando o garoto afastou-se do carro e juntou-se com a multidão eufórica que já os aguardava no ponto de partida, Savy saiu com o carro até onde estavam e o mesmo fez DK, seguindo-a tranquilamente na sua máquina.

Quando estancou o Nissan Silvia S15, ou como diria Twinkie, a Monalisa de Han centímetros atrás da faixa marcada de tinta no chão, observou a multidão gritando e incentivando DK exaltados, não podia censurá-los, eles o admiravam ao que temiam. E naquela noite só o apoiavam mais, o que era Savannah uma estrangeira em Tóquio comparada aquele homem?

Um garoto bem vestido puxou um cigarro de seus lábios e apagou-o com seu sapato no chão da Garagem, inclinou-se para frente e fez uma reverência à tradição japonesa.

— Atenção — disse uma voz feminina por cima do emaranhado de sons dos jovens aglomerados ali.

O garoto apontou para a outra mulher do lado esquerdo, ao que essa falou um pouco mais alto enquanto mascava um chiclete:

— Preparem-se!

Sentia seus dedos apertarem no volante, que merda, nunca sentira aquela sensação! Correr era para ser uma forma de escape de sua vida, e não mais um motivo para fazê-la sentir-se mal.

Ousou olhar rapidamente para DK, porém o homem não retribuiu o gesto, ele parecia confiante, com razão.

— Vão! — gritou o garoto elevando as mãos para o alto em sinal de partida.

Savy enfiou o pé no acelerador e sentiu o estômago despencar com a velocidade em que o veículo disparou. Em um instante os gritos das pessoas tornaram-se distantes e depois inexistentes, era possível escutar-se apenas o canto dos pneus e o ronco dos motores ecoarem através das paredes da Garagem. Quando olhou pelo retrovisor a distância em que DK em seu carro estavam, limitou-se a sorrir e finalmente aproveitar o momento, para o rei de alguma coisa ele estava bem atrasado, pensou em um momento, até a primeira curva aparecer.

Não conhecia o local e isso foi o suficiente para ser pega de surpresa, girou o volante mas foi desnecessário, o lado direito do carro chocou-se contra uma coluna de concreto, fazendo-a soltar um urro de dor ao sentir uma pontada na costela, e isso foi a deixa para DK ultrapassa-lá executando o drift perfeitamente naquela curva.

Tinha prometido que tentaria ao máximo chegar próximo a ele, e aquela havia sido apenas uma batida. Savy se saiu da coluna de concreto e arrancou com o carro para os outros andares, entrando em uma, duas, três curvas... Entrou nelas ao seu modo desjeitoso e sem a técnica do drift, porém foi e seguiu DK, até que na quarta curva o carro passou um pouco mais reto ao que a garota tentava controla-lo com o volante, mas acabou fazendo-o colidir com uma fileira de veículos ali.

A cabeça disparou em um milhão de pensamentos, não queria imaginar o lado externo do veículo, pensar nisso a fez lembrar rapidamente a carranca de Han.

Quando ergueu o olhar observou DK arrancar com seu carro para a larga rampa espiral que dava acesso à saída da Garagem, o carro encaixou-se perfeitamente na subida sem ao menos chocar-se contra as paredes de concreto. Enquanto Savannah tinha a Monalisa junto a um amontado de outros carros, escutando o grito eufórico das pessoas do lado de fora, como se elas já não soubessem.

Mas não ficaria ali lamentando-se, ainda que tivesse perdido feiamente, tinha parado "no meio do caminho" e sempre que ficava atrás do primeiro lugar dirigia-se ao ponto de chegada, já que sempre tinha alguém lhe esperando para lhe parabenizar e dizer que foi uma boa corrida mas aquele pensamento se dissipou rápido, não ia ter ninguém esperando-a e muito menos a cumprimentariam.

Bateu no volante com força e saiu com o carro em direção a saída. Podia escutar o para-choque arranhando no chão e a máquina soltar um barulho esquisito. Quando estacionou o carro frente ao de DK, não se surpreendeu com a reação do público ali, soltaram gargalhadas debochadas ao que balançavam a cabeça negativamente em forma de reprovação. Apenas duas pessoas possuíam expressões contrárias: Neela, que carregava um olhar de desculpas que foi interrompido ao direcionar-se para DK soltando um sorriso convicente; e a de Han que a encarava de lábios crispados e com o olhar levemente arregalado. Savy ainda pôde observar Earl dizer para ele:

— Eu avisei.

Han deu passos descontraídos até a Monalisa, ao que Savannah descia com um pouco de dificuldade por conta da dor na costela, e visualizou o tamanho do estrago. O homem chegou próximo à garota e a encarou seriamente pegando a chave da sua mão.

— Não saia da cidade — disse dando-lhe as costas.

Aquela altura as pessoas já deixavam o local, enquanto outras retornavam para a Garagem, o que não foi o caso de Twinkie, que a olhou chateado:

— Vem. Eu te levo pra casa.

❏ ❐ ❑ ❒❏ ❐ ❑ ❒

No caminho de volta não comentaram sobre a corrida, pelo visto Twinkie lhe fizera mais um favor naquele dia e Savannah o agradeceu mentalmente.

Sentia a cabeça doer sempre que lembrava de DK e ainda mais de Han; não sabia o que ele iria fazer e achou melhor não perguntar para Twinkie se ele era perigoso ou envolvido com a máfia assim como DK, já estava exausta o suficiente para ter que se preocupar com mais uma coisa naquela noite.

— Te vejo amanhã, Savy. — ofereceu um sorriso reconfortante e ergueu o punho.

— Obrigada pela a carona, cara. — o cumprimentou com uma batida em seu punho e o viu afastar-se com seu carro verde chamativo.

Quando virou-se para a casa pequena, respirou fundo e puxou a porta de correr com cuidado; caso seu pai estivesse dormindo seria melhor, não queria terminar aquele dia com mais reclamações em seu ouvido.

Varreu o hall de entrada e a minúscula cozinha com o olhar, conferindo um sinal do homem, quando não encontrou-o por ali, fechou a porta atrás de si e tirou o casaco dos ombros. Não via a hora de tirar aquele uniforme e tomar um banho.

— Sabe que horas são? — trovejou a voz masculina do outro lado sala, sentado na poltrona próxima do abajur.

Savannah suspirou baixo e desfez o coque, descontraída.

— Não sei... O fuso horário tá acabando comigo — brincou caminhando em direção ao quarto.

— Você andou correndo, Savannah? — chamou a voz obrigando-a virar-se e encara-lo; o rosto de seu pai parecia cansado, não exalava mais o homem charmoso e divertido que sua mãe lhe contava nas histórias de como se conheceram, não parecia mais aquele pai que lhe dissera que iria levá-la para conhecer o mundo e jamais abandoná-la, até surgir uma oportunidade melhor de emprego em um lugar bem distante de Savannah e sua mãe. Era apenas um homem rígido e infeliz com uma mulher diferente na sua cama todos os dias — Porque se você correu, eu juro que ligo para sua mãe.

— Então por que você não faz isso? — desafiou-o. O homem largou a garrafa de cerveja sobre a mesa de centro e segurou seu pulso fortemente, fazendo-a olha-lo incrédula — Você nunca levantou a mão para bater em mim.

O rosto vermelho de seu pai suavizou-se por um instante envergonhado:

— Savannah, você não entendeu que não tem para onde ir? Se voltar para Los Angeles vai ser presa, é isso que quer para sua vida? Onde estava aquela garota cheia de sonhos e feliz de anos atrás?

Sentiu seus olhos arderem e se encherem de lágrimas, mas não as deixou cair. A verdade lhe doía, porém o orgulho fazia o favor de censurá-la de reclamar da dor.

— Isso foi antes de você nos deixar.

Um pouco de culpa emergiu na face do homem, porém ele limitou-se a dizer:

— Se quer continuar vivendo aqui terá que seguir minhas regras, entendeu?

Savannah crispou os lábios rispidamente e o observou-o falar mais alto:

— Você me entendeu?

— Precisa trocar a minha saia por um número maior. — respondeu simplesmente, caminhando em direção ao seu quarto e antigo armário de casacos. Talvez DK se sentisse ainda mais humilhado em ver a única garota a desafiá-lo em uma corrida indo dormir sem pestanejar depois de levar uma bronca do pai.

˚·*'' to be continued ༻



Nota da autora

Olá!!! Tudo bom com vocês? Espero que tenham gostado do capítulo, pretendo postar com frequência, considerando minha empolgação com a fic!!!!!

Antes de concluir as notas, gostaria de dizer o óbvio, todos sabem o relacionamento extremamente tóxico da Neela e do DK( Takashi ), então aqui vou abordar esse assunto de forma mais explícita por diversos motivos e um deles é de debatermos essa pauta tão presente nos dias de hoje, infelizmente. Eu tenho costume de fazer isso nas minhas fics, em motivar os leitores refletirem sobre problemas reais, mas também uso esse espaço para alertá-los de possíveis gatilhos presentes nessa obra fictícia, no começo desse capítulos os alertarei, claro, porém já vou comentando logo antecipadamente a vocês.

Enfim, espero que vocês possam compreender e de resto desejo-os um bom resto de semana, até o próximo capítulo... Quem está ansioso para Han e Savy!!!? 

Beijos e abraços.

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