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━━━━〔 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘦𝘭𝘦𝘷𝘦𝘯 〕

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HEART OF GLASS 

POINT OF VIEW

Savannah Boswell

A voz do outro lado da linha segurava um soluço, fazendo Savannah sentir-se com o coração apertado, conhecendo bem sua mãe ela estaria segurando o choro desde o dia em que se despediram no saguão de embarque no Aeroporto de Los Angeles.

M-mas seu pai está cuidando bem de você não é, Vannah? — quis saber com um certo tipo de interesse quando mencionou a palavra "pai".

Ele tá compensando o tempo em que me abandonou. Você tem que ver, mãe, até café da manhã ele faz. É de dar arrepios.

— Respeito, Savannah! — gritou a voz estrondosa de seu pai dá cozinha fazendo sua mãe gargalhar do outro lado da linha.

— Eu queria ser uma mosquinha para ver essa cena. Estava com saudades da sua voz, Vannah! Ainda bem que conseguimos um tempo para conversar. Que horas são aí?

— Seis da manhã — respondeu Savannah abrindo a cortina da pequena veneziana do quarto, permitindo a entrada dos primeiros raios solares daquela manhã.

— Bem... Eu estou comendo um grande pedaço de costela de porco, purê de batatas e para digerir tudo isso um copo enorme de refrigerante, meu almoço está muito agradável e seu café da manhã, Vannah? — a garota não duvidaria daquilo, as vezes quando ajudava sua mãe na loja de materiais para artesanato, ambas almoçavam em um generoso buffet de frente para o comércio.

— Isso é golpe baixo, mãe.

— Não podia deixar essa passar, amorzinho. Enfim... Já fez amigos por aí? — queria poder falar de Han, Twinkie, Neela...

— Alguns colegas... — e um inimigo, pensou — Nada demais.

— Tenho certeza que você vai ter bastante tempo para isso, sempre foi boa para fazer amizades. — o pior era que aquela frase estava cheia de verdades — E o colégio?

— Está tudo bem, mãe. As aulas de artes são bem avançadas, mas estou conseguindo acompanhar.

— É muito cedo para pensarmos em uma faculdade por aí? — Savannah não precisava estar frente a frente com sua mãe para saber que ela estava com um sorriso esperançoso nos lábios. A primeira coisa em que seus pais haviam ensinado-a era que nunca deixasse que alguém tentasse controlar sua vida ou a fizesse corresponder às expectativas dos outros. Quando aos quinze anos perguntaram o que ela queria fazer da vida, respondeu com convicção algo relacionado a sua habilidade de desenhar, sempre foi apoiada por todos da família já que a patinação artística não tinha dado certo.

— Sim. É muito cedo.

— Só estou dizendo que você precisa ter um plano b para o caso de Los Angeles não...

— Rodriguez disse algo, mãe? — pôde escutar a respiração dela ficar mais pesada.

— Quando conversamos sobre você ficar uns tempos com seu pai, Vannah, até a poeira baixar na verdade... O que eu quero dizer é que a ideia era que você morasse por aí talvez um ano ou dois. Isso seria bom para que você pensasse e recomeçasse sua vida.

— Mãe que história é essa? Eu só tenho dezessete anos.

— Amorzinho... Passamos por muitas coisas na ausência do seu pai mas acredite... Ele é um homem bom, sei que é difícil de perdoá-lo por todo o sofrimento e raiva que ele nos fez passar. Mas fazemos coisas no qual nos arrependemos, e eu sei que ele se arrependeu. Está começando do zero assim como você. E quando digo para que fique não é porque quero que te dar um castigo ou algo do tipo, é porque sei a infinidade de portas que podem se abrir para você...

Savannah enxugou uma lágrima que descia em sua bochecha.

— A faculdade de artes, uma oportunidade de se aproximar e perdoar seu pai...

— Você está doida para viver sem mim — brincou pigarreando para que a voz não lhe denunciasse que estava prestes a chorar.

Sua mãe riu.

— Eu não criei você para mim, Savannah. Então permita-se viver, você é uma garota corajosa.

— E você? — perguntou ela.

— Eu não vou sair daqui no Natal e nem no Ano Novo — respondeu divertida fazendo Savannah a acompanhar.

— Eu te amo, mãe — a voz saiu baixa mas a mulher do outro lado da linha respondeu em seguida:

— Eu também, minha garota.

Quando desligou a chamada sentiu o coração dar um longo suspiro, como se expulsasse algo que estive pesando nele. Sua mãe com aquelas palavras fez parecer que ela tivesse lido seus pensamentos, tão confusos e cheios de culpa por ter deixado-a sozinha, por outrora ter preocupado-a com seus sumiços. Confessava que a ideia de passar um tempo indeterminado ali lhe deixava hesitante, assim como o assunto da faculdade por mais tentador que fosse.

Aquela conversa fez Savannah refletir... E se ali fosse realmente seu lugar? Bom, tinha consciência de que algumas coisas não começaram muito bem como o fato da briga comprada com DK, ou a intolerância de algumas pessoas por ali, mas e se olhasse para as coisas boas em que lhe aconteceram naquele meio tempo; as amizades, oportunidades, o encanto que aquela cidade possuía... Fizera prós e contras na cabeça, mas quando avistou o relógio tratou de desfazer aquela teia de pensamentos na cabeça e correu para a cozinha com a mochila transversal pendida no ombro.

Seu pai já estava com o uniforme pronto para ir trabalhar. Ele a seguiu com um olhar silencioso, observando enfiar uma torrada na boca e buscar a garrafa d'água na geladeira.

Você e sua mãe conversaram bastante ein? quis saber focando sua atenção na xícara de café a sua frente.

É... Tanto que acabei perdendo a hora...retrucou cobrindo a boca cheia de torradas com leite Enfim, estou de saída, chego tarde e o resto você sabe...

Apressou o passo e correu para fora da casa ainda podendo escutar a voz alta de seu pai soar de dentro da residência:

— Senhor! — corrigiu ele.

❏ ❐ ❑ ❒❏ ❐ ❑ ❒

O refeitório parecia menos lotado naquele dia, imaginou que fosse por conta de algumas avaliações que se aproximavam, já que tinha visto grupos de estudos revisando alguma matéria nas salas de aula ou na biblioteca. Considerando a tarde de sábado, Savannah decidiu que não estudaria mais para a avaliação de Física naquele dia, revisar em cima da hora mais sua ansiedade era uma péssima combinação.

Estava comendo umas chips que comprara em uma das máquinas de salgadinhos enquanto escutava música em um Ipod que Twinkie estava vendendo, ele tinha pedido para que ela testasse para ver se ele não estava com defeito antes de vender. Foi quando alguém sentou-se ao seu lado, puxando gentilmente um dos fones de ouvido.

— Blondie? — disse Neela surpresa devolvendo-lhe o fone — Você me surpreende a cada dia.

— Estava presente em todas as minhas coreografias de patinação artística. Heart of Glass seria minha apresentação ao mundo — contou gesticulando com as mãos de forma divertida — Mas eu fingi que estava com dor de barriga para minha mãe para não ter que passar aquela vergonha.

Neela gargalhou de forma contagiante, como no dia em que conversavam na Garagem antes do DK chegar e armar toda a confusão. Mas diferente daquele dia, ele não estava ali para atrapalhar.

— Você parece um pouco mais diferente, está mais animada — observou Neela.

— Você também — retorquiu Savy.

A outra garota encolheu os ombros e soltou um suspiro baixo.

— Fiquei sabendo que vai correr contra o Morimoto.

— É... O Han disse que vai ser daqui a uns dois meses a corrida. Tempo suficiente para aprender um pouco de drift.

— Acredite você não cair querer se envolver com isso — aconselhou Neela.

A outra garota umedeceu os lábios antes de perguntar cautelosa:

— O que você está se referindo? O drift ou o Han?

— Ambos. Não quero que você se envolva nisso também. Eu vi que você estava com o Han naquele dia que nos encontramos no fliperama.

— Não se preocupe comigo, Neela, a última coisa que eu quero é ser faz-tudo da máfia também — confessou debochada recebendo um olhar reprovado da garota.

— Estou falando para o seu bem.

— Bom... eu também! Por que não fazemos o seguinte; você deixa seu namorado problemático e eu não presto mais meus serviços para o Han — propôs esperta.

— Não estamos negociando nossas escolhas, Savannah. Não é assim que funciona, não é tão fácil — sussurrou a última parte.

Pensou que estivesse sendo indelicada ao observar a tristeza no olhar da garota ao seu lado e tratou de afagar a mão dela gentilmente:

— Desculpa, certo? Eu não queria forçar a barra, é só que... Não dá para engolir esse cara. — recordou-se do olhar malicioso que ele lhe lançou quando acompanhou Han no fliperama.

Neela deu um meio sorriso triste.

— Takashi nunca foi fácil. É pior quando eu paro e penso a pessoa que ele era e a que ele se tornou — Savannah a escutava atenciosa, respeitando o desabafo — Por isso é tão difícil, Savannah. Sei que não compreenda esse sentimento, na verdade espero que nunca sinta isso... Amar alguém que te controla e te faz sentir culpada por qualquer coisa, a mais boba que for.

Savannah apertou a mão em volta da de Neela.

— Você não merece depender de uma pessoa assim, Neela. Isso não é amor.

— Eu vou tentar consertar tudo isso, prometo — disse dirigindo um sorriso forçado.

Por algum motivo Savannah sentia que aquilo não seria resolvido rápido e muito menos possuiria resultados positivos.

Neela balançou a cabeça e pôs no rosto uma feição mais iluminada:

— Então... Ainda tá aceitando as aulas de japonês?

❏ ❐ ❑ ❒❏ ❐ ❑ ❒

O portão da oficina de Han estava meio baixo como se o horário de serviço estivesse encerrado, aquilo deixou Savannah confusa pois geralmente o homem fechava a oficina tarde da noite, exceto quando daria uma festa ou tivesse que resolver algo com DK no fliperama.

Quando inclinou o corpo e passou pela a fresta do grande portão, avistou Han no espaço de revisão. Ele desviou o olhar do motor do Mustang Shelby, e acenou com a cabeça para Savannah, chamando-a para aproximar-se.

— Dia pouco movimentado? — quis saber tirando a bolsa e sua jaqueta corta-vento, colocando-as em uma cadeira.

Han torceu a boca e buscou um alicate na estante de ferramentas voltando sua atenção para o motor do carro.

— Na verdade eu não abri hoje. Desde de cedo tô concentrado em trocar o motor desse carro e ajustar algumas coisas nele, talvez trocar o óleo...

— Você parece bem adiantado — interrompeu-o — A corrida vai ser daqui a dois meses, não é?

— Preciso ver se meu piloto vai se familiarizar com ele — brincou.

— Você devia descansar um pouco — sugeriu Savannah sentando-se na cadeira e olhando superficialmente para alguns pacotes de salgadinhos e garrafas de cerveja espalhados por ali — E... Procurar um nutricionista, quem sabe?

Han sorriu simplesmente, contagiando a garota que o acompanhou.

— Já estou acostumado a virar a noite consertando carros. É uma espécie de passatempo quando estou no tédio.

— Você mora em Tóquio, é rico e tem os sonhos de consumos de qualquer marmanjo estacionados na sua garagem. Como consegue ficar entediado? — contestou Savannah.

Han demorou um instante para responder pois parecia ocupado tentando apertar algum parafuso na parte do motor mas não demorou muito para se pronunciar:

— Digamos que eu não sou do tipo de cara que fica muito tempo em um só lugar — explicou com a atenção fixa no motor.

Savannah franziu o cenho.

— Então por que ainda está aqui? Deve ter dinheiro suficiente para viajar o mundo todo.

O olhar dele desviou-se por um momento, fitando um lugar qualquer da oficina como se recordasse de algo.

— Eu fiz uma promessa para uma pessoa... De sossegar em um lugar e recomeçar a vida do zero — Han a olhou por um instante, demonstrando a feição desesperançosa em seu rosto — As coisas não saíram do jeito que imaginávamos e eu... Acabei vindo parar aqui, sem recomeços e sem sossego algum.

Pensou que quem Han estivesse se referindo, o abandonou. Foi a única suposição em que Savannah conseguiu formular em sua cabeça; fosse um amigo, um parente ou uma namorada, esse alguém o deixou. E aquilo parecia magoá-lo profundamente pois ele havia parado de mexer no motor do carro com as ferramentas, e estava parado encarando-o com as mãos apoiadas no lado externo.

A princípio não soube o que dizer ou como reagir. Nunca teve jeito para conversar sobre assuntos delicados e pessoais com qualquer pessoa por mais próxima que fosse. E Han estava ali quieto depois de um momento de desabafo pessoal para uma garota que conhecia a pouco tempo.

Não sabia se ele estava se xingando mentalmente por ter se exposto ou se se refletia sobre o assunto ou se só estava bêbado considerando a quantidade de garrafas de cerveja espalhadas por ali.

Por isso optou por dizer algo que se afastasse completamente daquele assunto.

— Você quer uma ajuda aí? — sua voz saiu de forma habitual, sem qualquer resquício de atrapalhamento ou constrangimento.

Han passou a mão pelos cabelos e acenou com a cabeça simplesmente. Ele com certeza estava entrando naquele fingimento. Por isso Savannah escolheu a primeira opção, ele realmente estava se xingando mentalmente por ter se exposto.

Ela aproximou-se do carro e contemplou a grandiosidade do trabalho de Han de um dia inteiro.

O motor V8 reluzia devido a luz ali, com os oito cilindros formando um "V", imaginar que correria com aquilo, era quase uma honra. Sabia pouco sobre o interior dos carros, sobre manutenções e toda essa parte mais complexa. Apenas tinha conhecimento corridas e o uso das técnicas. Mas tinha de respeitar o trabalho do Han.

— Certo. Segura isso aqui — instruiu lhe dando uma chave de boca e encaixando-a em uma dos parafusos do motor.

Han estava em suas costas, a apenas alguns centímetros de distância explicando o que iria fazer e a forma como ela deveria segurar a chave de boca. Porém foi difícil de prestar atenção em suas palavras, com sua respiração lenta chegando ao pescoço exposto da garota e sua mão eletrizando sobre a dela, demonstrando a forma que deveria segurar e girar a ferramenta.

— Entendeu? Vou testar o motor agora — quando ele enfiou-se no banco do motorista para ligar o carro, Savannah lembrou de como se respirava. Não que a presença de Han lhe deixasse desconfortável, não, aquilo estava bem distante de ser algo do tipo, parecia mais como atração ou afinidade. Percebeu que estava sendo completamente idiota por se sentir ou pensar aquilo. Com certeza ele agiu normalmente como faria com qualquer outra pessoa, e ela estava ali imaginando sobre como o seu corpo lhe traira na presença dele.

O ranger do motor acordou-lhe dos pensamentos junto com o canto do acelerador do carro.

Porra! — seu grito saiu abafado por conta do barulho do local, no banco do motorista pôde ler os lábios de Han:

Não solta a ferramenta! — após alguns minutos ele desligou o carro e saiu, batendo as mãos — Em qual planeta você estava?

Ela tirou a chave de boca da peça, baixou o capô e deu de ombros:

— Nada. Só levei um puta susto quando você acelerou.

Han mexeu no cabelo.

— Foi mal, pensei que você estivesse escutado... Então, amanhã começamos pra valer?

Por um instante havia esquecido da corrida contra Morimoto e que precisaria aprender drift o mais rápido. Agora que sabia que ficaria em Tóquio por um bom tempo, talvez vencer a corrida fizesse com que ganhasse simpatia por ali. Aquele pensamento lhe pareceu agradável, tanto que por um instante esqueceu a tensão que pairava naquela oficina.

— Claro. — disse para Han.



˚·*'' to be continued



Nota da autora

Capítulo onze??? Olha eu não sei vocês mas essa fanfic tá voando pra mim skskkssks, estou ficando tão apegadinha a elaaa, mas enfim o que vocês acharam? Enquanto eu tava planejando esse capítulo com a httpsloki eu fiquei "os leitores vão enloquecer". Lendo com a atenção nas entrelhinhas vc vê que a Savy já repara e descreve o Han com outro olhar em comparação aos primeiras interações deles, já rola uma admiração aos olhos dela <3 <3.

E vocês o que acham? o Han se aproximou dela de propósito ou não rolou segundas intenções? palpitem aíii pois infelizmente não tem ponto de vista dele para descrever o que ele sente em relação a Savy.

Um beijão a cada um de vcs e até segunda.

ps: os dias de postagens vão acontecer nas segundas e aos sábados.

ps.2: o que acharam da nova capa? obra da @httpsloki também <3 <3, deixem mimos e elogios para essa maravilhosa que assim como vcs ama o Han.


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