Os sons das sirenes ecoavam pela cidade enquanto Bucky apertava o volante, o coração batendo descontrolado no peito. As luzes dos postes passavam rápido pelos vidros do carro, como flashes de câmeras tentando capturar a vida que eles viviam no limite. Ele olhou para Sn, sentada ao seu lado, com o rosto iluminado pela luz suave do painel. Seus olhos, no entanto, eram duros e concentrados, cheios de determinação.
─── Sn, nós podemos sair dessa─── ele disse, a voz firme apesar do caos ao redor.
Ela virou o rosto na direção dele, os lábios se curvando em um sorriso que era ao mesmo tempo feroz e apaixonado.
─── Sempre saímos, Bucky. Sempre sairemos. Eu e você contra o mundo, lembra?
Ele assentiu, sentindo o peso da promessa não dita entre eles. Tinham se conhecido em um momento de tempestade, e desde então, estavam sempre juntos, navegando pelas marés turbulentas da vida. Bucky sabia que nada os separaria, nem mesmo o perigo iminente.
Enquanto ele acelerava, o motor roncando sob o capô, Sn colocou a mão sobre a dele, seus dedos entrelaçando-se firmemente. O toque dela, embora suave, tinha o poder de acalmar a tempestade dentro dele. Ele sabia que enquanto estivessem juntos, poderiam enfrentar qualquer coisa.
As ruas da cidade, que uma vez haviam sido o palco de tantas aventuras, agora se tornaram uma armadilha. Mas Bucky e Sn não eram pessoas comuns ─── eles sabiam como jogar, como correr riscos, e principalmente, como sair ilesos.
─── Você confia em mim?─── ela perguntou, os olhos perfurando os dele.
─── Até o fim dos tempos─── ele respondeu sem hesitar.
Ela sorriu novamente, dessa vez com uma doçura que contrastava com a intensidade da situação.
─── Então vamos dar a volta por cima. É o que fazemos de melhor.
Sn ajustou o cinto de segurança, os olhos fixos na estrada à frente. Ela sabia que Bucky faria qualquer coisa por ela, assim como ela faria por ele. Era uma parceria nascida no fogo, e cada vez que o mundo tentava separá-los, isso apenas os aproximava mais.
─── Esquerda, agora─── ela comandou, apontando para uma rua lateral estreita.
Bucky girou o volante bruscamente, fazendo o carro derrapar levemente antes de recuperar o controle. Eles cortaram a esquina e entraram em um beco escuro, onde ele desligou os faróis e parou o carro.
A respiração dos dois estava pesada, mas em sincronia. Era como se o ritmo dos seus corações fosse um só, pulsando juntos enquanto o perigo se aproximava e, ao mesmo tempo, se dissipava.
─── Vamos esperar um pouco─── Bucky sugeriu, o tom mais calmo agora.
Sn assentiu, relaxando um pouco no banco. Ela observou a rua escura pela janela, o reflexo de seus pensamentos no vidro. Ele estava certo, eles sempre saíam de qualquer enrascada, mas ela sabia que esse jogo de gato e rato nunca terminaria. Ainda assim, não havia ninguém com quem ela preferisse jogar.
─── Lembra quando nos conhecemos?─── ela perguntou, a voz suave, quase nostálgica.
─── Como eu poderia esquecer?─── ele respondeu com um sorriso. ─── Você estava discutindo com aquele cara no Stand de tiro, porque ele estava usando sua arma. Eu nunca tinha visto alguém tão determinado a usar uma pistola antes.
─── E você entrou no meio─── ela riu, sacudindo a cabeça. ─── Achei que você fosse louco. Talvez você seja.
─── Louco por você ─── ele retrucou, arrancando uma gargalhada dela.
Bucky adorava ouvir o riso de Sn. Era um som raro, guardado apenas para momentos de verdadeira alegria, e ele se orgulhava de ser a razão disso, pelo menos de vez em quando. O riso dela era a luz em meio à escuridão que frequentemente os cercava.
─── Você tem alguma ideia de quanto eu te amo? ─── ela perguntou, olhando para ele com uma seriedade que contrastava com o tom leve de antes.
Ele virou o rosto para ela, capturando o olhar.
─── Se é metade do que eu sinto por você, então deve ser imenso.
Ela suspirou, o coração aquecendo-se com a declaração. Era incrível como, em meio ao caos, eles ainda podiam encontrar esses momentos de calma, de pura conexão.
─── Eu faria qualquer coisa por você, Bucky. Qualquer coisa.
Ele sabia que ela estava sendo sincera, e isso o assustava um pouco. Não o medo comum, mas aquele medo visceral de perder algo que significa tudo. Ele estendeu a mão e tocou o rosto dela, o polegar acariciando sua bochecha com ternura.
─── Eu sei, Sn. E eu por você.
Por alguns minutos, eles ficaram em silêncio, apenas absorvendo a presença um do outro. Bucky sabia que, apesar de tudo o que tinham passado, o mais importante era que estavam juntos. O mundo podia ser uma montanha-russa de loucura, mas com Sn ao seu lado, ele estava disposto a enfrentar qualquer coisa.
Finalmente, ele ligou o carro novamente, as luzes dos faróis iluminando o beco escuro.
─── Acho que estamos seguros agora ─── ele disse.
Ela assentiu, ajustando-se no banco enquanto ele dirigia cuidadosamente de volta para a estrada principal. As sirenes haviam desaparecido, e o som da cidade voltava ao normal, como se nada tivesse acontecido.
─── Onde você quer ir?─── ele perguntou, a voz gentil.
─── Para casa─── ela respondeu, sorrindo suavemente. ─── Quero estar em algum lugar onde eu possa me sentir completamente segura.
Ele entendeu o que ela queria dizer. Não era a casa física, mas o espaço que eles criaram juntos, um espaço onde eram invencíveis. Bucky dirigiu pelas ruas com a confiança de alguém que sabia exatamente para onde estava indo, tanto na estrada quanto na vida.
Chegando ao apartamento, Bucky desligou o carro e olhou para Sn. Eles desceram juntos e subiram as escadas até o segundo andar. Ele destrancou a porta e abriu caminho para que ela entrasse primeiro.
O apartamento era o reflexo deles ─── simples, mas cheio de detalhes que contavam a história de seu amor. Havia fotos de viagens, ingressos de shows que assistiram juntos, e até mesmo pequenos souvenires de momentos espontâneos. Era o lugar onde eles podiam ser vulneráveis, onde não precisavam se esconder ou lutar.
Sn suspirou aliviada ao entrar, sentindo a familiaridade e o conforto do espaço. Ela tirou os sapatos e caminhou até a janela, olhando para as luzes da cidade que piscavam lá fora.
─── Eu amo essa vista ─── ela disse, mais para si mesma do que para ele.
Bucky se aproximou por trás, envolvendo-a em seus braços. Ele beijou suavemente a lateral de seu pescoço, sentindo-a relaxar em seus braços.
─── E eu amo você─── ele sussurrou.
Ela virou a cabeça para encontrar seus lábios, selando a noite com um beijo que dizia tudo o que as palavras não podiam expressar.
Eles se afastaram apenas o suficiente para olhar um nos olhos do outro, e naquele momento, não havia mais nada que importasse. O mundo lá fora poderia continuar girando, caindo aos pedaços, mas ali, naquele instante, eles eram inabaláveis.
─── Você é a minha pessoa─── ela sussurrou contra os lábios dele.
─── E você é a minha ─── ele respondeu, puxando-a para mais perto, como se quisesse fundir suas almas.
O tempo parecia parar enquanto eles ficavam ali, perdidos um no outro. Não havia mais sirenes, não havia mais perseguições, apenas o som de suas respirações em sincronia e o bater de seus corações como uma melodia que apenas eles conheciam.
Finalmente, Sn se afastou um pouco e olhou para o apartamento, observando tudo o que haviam construído juntos. Era a prova de que, independentemente do que enfrentassem, sempre encontrariam o caminho de volta um para o outro.
─── Vamos dormir─── ela disse, puxando Bucky em direção ao quarto.
Eles se deitaram na cama, ainda vestidos, apenas desejando a presença um do outro. Bucky abraçou Sn, e ela se aconchegou contra ele, sentindo-se protegida.
A noite se desenrolou em silêncio, mas não era um silêncio desconfortável. Era a tranquilidade que só duas almas conectadas podiam compartilhar, um entendimento mútuo de que, não importa o que acontecesse, eles sempre estariam lá um para o outro. Quando o sono finalmente os alcançou, foi com a certeza de que o amor deles era inquebrável.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro