Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝟬𝟮. eu sou coreano

Se não for devidamente tratado, o estresse pode danificar o corpo e a mente. Este, podendo apresentar os seguintes sintomas: Dor de cabeça, desordens do sono, dificuldade de concentração, temperamento explosivo, depressão e ansiedade.

Depois da morte de sua mãe, Joseph começou a desenvolver esses sintomas. Mesmo sendo tão jovem na época, ele precisava reagir a aquilo de alguma maneira. Preocupado com o estado do filho, Jimmy o levou para ser ajudado por alguém que entendia melhor do assunto. Foi recomendado ao garotinho que tentasse praticar esportes. "A prática esportiva estimula a produção de substâncias que ajudam a relaxar, promovem bem-estar e melhoram o humor, como endorfina e serotonina. Isso pode ajudá-lo. Vamos tentar, e se não der certo, podemos iniciar uma medicação." Joseph se lembra de ouvir essas palavras da conversa que seu pai e com o médico que ele julgava assustador.

Joseph começou a jogar futebol e nunca mais parou. Ele pegou gosto pela coisa. Aquilo o fazia um bem inexplicável. Em pouco tempo se tornou um dos principais atletas de sua escola e todos o admiravam muito por isso. Quando soube que estaria de mudança para os Estados Unidos, em parte, se sentiu frustrado, pois não poderia levar sua reputação consigo, mas poderia construí-la de novo porque na nova escola tinha um time de lacrosse e Joseph não descansaria até entrar no time.

Claro, com toda a sua experiência, não foi muito difícil atingir esse objetivo. Finstock ficou impressionado com as habilidades do rapaz e não pensou duas vezes antes de adicioná-lo aos BHHS Cyclones. Por esse motivo, Joseph chegou sorridente na sala de aula onde teria um período de economia. Quando entrou, a maioria das classes estava vazia. O Kline escolheu se sentar ao lado de um garoto de camisa de mangas amarelas.

──── Ei, você é novo aqui, não é? ──── O mesmo garoto falou.

──── Sou... ──── Joseph respondeu hesitante enquanto jogava a mochila nos seus pés. ──── Como sabe?

──── Pelo jeito assustado que você olha 'pra tudo. ──── Ele riu. ──── Não parece que está acostumado com as esquisitices de Beacon Hills. ──── O jovem estendeu a mão com um sorriso simpático. ──── Meu nome é Danny.

──── Prazer, Danny. Me chamo Joseph. ──── O Kline olhou por alguns segundos a mão de Danny levantada até que finalmente apertou de volta e retribuiu o sorriso simpático. ──── Então quer dizer que a gente se acostuma com Beacon Hills?

──── Isso pode levar um tempinho, mas sim.

Antes que a conversa pudesse continuar, alguns alunos entraram na sala. Dentre eles, o garoto que Joseph reconheceu da aula de literatura. McCall. Quando notou a presença do asiático começou a encará-lo, como da primeira vez que se viram. O Kline não entendia o porquê daquilo. Nunca interagiu com o garoto do maxilar torto e se caso acontecesse, não se interessaria em saber seu primeiro nome, só queria o porquê das encaradas. Em um movimento nada discreto, Joseph levantou os braços um de cada vez para ver se estava fedendo.

──── Você não está fedendo. ──── A voz de Danny saiu como um sussurro. ──── Cara, abaixa esses braços.

──── Então porque ficam me encarando como se eu estivesse? ──── Ele elevou o tom de voz para que Mccall ouvisse e ao mesmo tempo olhou de canto para ele. ──── Ou estou fedendo ou nunca viram um asiático.

──── Talvez nunca tenham visto um asiático como você. ──── Danny olhou Joseph de cima para baixo e esboçou um sorriso.

Se Finstock não tivesse batido o livro com força na própria mesa e assim chamando a atenção de todos, Joseph teria percebido o flerte de Danny. ──── O mercado acionário se baseia em dois princípios. ──── Finstock disse enquanto caminhava para frente da sua mesa. ──── Quais são eles? ──── O homem parou diante dos alunos esperando uma resposta. Mccall levanta a mão e o professor imediatamente diz:

──── Sim, McCall, pode ir ao banheiro. Alguém mais?

──── Não, treinador, eu sei a resposta. ──── A resposta de McCall fez o homem rir de maneira escandalosa. Mas quando ele percebeu que Scott realmente sabia a resposta seu semblante mudou.

──── Você fala sério.

──── Sim. Risco e recompensa. ──── McCall falou.

──── Uau! Quem é você? E o que fez com McCall? ──── Finstock gesticulava e sorria enquanto se aproximava do rapaz. ──── Não precisa responder. Gosto mais de você. Gosto mais de você. ──── Ele repetiu, apontando para Scott e logo voltando para a frente da mesa, onde tinha uma visão melhor dos alunos. ──── Alguém tem uma moeda?

──── Sim. ──── O rapaz sentado atrás de Joseph respondeu, tirando a moeda do bolso e ao mesmo tempo deixando cair uma camisinha. O treinador a pegou. Alguns alunos deram risada, de fato, foi um momento extremamente constrangedor.

──── Stilinski acho que você... Deixou cair isso. ──── Finstock devolveu a camisinha e pegou a moeda. ──── E parabéns. Risco e recompensa. Ponha a moeda na caneca e ganhe a recompensa. ──── Voltando ao assunto da aula, o treinador colocou a caneca no chão e se afastou. ──── Observem o treinador. ──── Com um simples arremesso ele jogou a pequena moeda e acertou o fundo da caneca. Ele foi aplaudido pela classe. ──── É assim que se faz. ──── A moeda é tirada de lá e jogada para um dos alunos. ──── Muito bem. Danny. Risco ou recompensa?

──── Qual a recompensa? ──── Danny questiona, segurando a moeda.

──── Está liberado da prova surpresa de amanhã.──── Ele barganha.

──── Não é surpresa se você já falou sobre ela.

──── Danny, espero mais de você de agora em diante. De verdade. ──── Fingindo estar desapontado, ele tira a moeda da mão de Danny e coloca na mesa seguinte. ──── McCall. Risco, recompensa? O risco é que se você não acertar a caneca, terá que fazer a prova. Sem surpresa. E terá que entregar um trabalho. Risco, mais trabalho. ──── Ele diz, balançando um punho no ar. ──── Recompensa, trabalho nenhum. Ou prefere não jogar.

──── Mas não é questão de chance? ──── McCall pergunta.

──── Não. Conhece suas habilidades, sua coordenação, concentração e experiência anterior. São fatores que afetam o resultado. O que será, McCall? Mais trabalho, zero trabalho ou prefere não jogar? ──── Finstock dá as opções enquanto Scott segura a moeda, pensando. Por fim, ele coloca a moeda em cima do livro. ──── Não vai jogar. Muito bem! Quem é o próximo? Quem quer a moeda? ──── O treinador pergunta e o aluno sentado ao lado de McCall bate as mãos na mesa, animado e se levanta. ──── Um apostador! ──── A moeda é passada para as mãos do rapaz que vai até onde Finstock estava para realizar a aposta. Risco. ──── Muito bem, Stilinski. ──── O professor para do outro lado da mesa, próximo a caneca, enquanto Stilinski se prepara para o lançamento.

A aula foi interrompida quando a porta foi aberta e dois policiais entraram, sendo eles o Xerife Stilinski e Jimmy. ──── Stiles. ──── A voz de autoridade se fez presente, mas Stiles não se deu ao trabalho de ver quem tinha o chamado.

──── Sim, treinador, eu entendi.

──── Stiles. ──── Até que o nome fora pronunciado pela segunda vez fazendo com que ele olhasse e fosse até os policiais.

Quando Stiles deixou a sala o risco foi para outra pessoa. Danny. E correndo o risco, ele conseguiu a recompensa, acertou a caneca. Animado, o treinador chamou por outro aluno. ──── Sim, recompensa. Quem é o próximo? Abaixa a mão, Greenberg. Você não tem chance.

Joseph foi desafiado pelo treinador. Risco, recompensa. Mais trabalho. Zero trabalho. Ou nenhum trabalho. Ele teria escolhido jogar. Ele conhece suas habilidades, sua coordenação, concentração e sua experiência anterior. Todavia, no meio tempo em que Stiles saiu da sala e Danny jogou a moeda, ele começou a se sentir cansado. E sabia que esse fator atrapalharia seu resultado. Ele não jogou.

Joseph não dormiu durante a lua cheia. O que significa que não invadiu os sonhos de ninguém. Isso foi um erro. Ele precisava daquilo. Precisava se alimentar daquela energia. Sua aparência estava começando a definhar. Pela manhã, enquanto se arrumava para ir à escola, notou alguns fios pretos nascendo. Seu cabelo é castanho. Notou que suas olheiras estavam mais aparentes. Notou que sua pele estava tão branca que parecia um fantasma. Notou que o arranhão causado pelo ataque dos corvos estava demorando demais para cicatrizar. E ele podia jurar que suas íris estavam com traços brancos.

Ele deveria ter dormido. Ele precisa dormir.

Para piorar, agora teria que lidar com aula de educação física. Corrida. Quando chegou ao vestiário ele já estava praticamente lotado. Joseph foi até seu armário sem se importar com os olhares que recebia. Ele trocou de roupa rápido, e quase decidiu ir de regata, mas no último minuto resolveu vestir um moletom verde que trouxera.

──── Você 'ta bem? ──── O Kline foi tirado de sua concentração quando alguém o chamou. E ao olhar para o lado viu Danny.

──── Sim... eu só... ──── Ele respirou fundo enquanto pensava em uma mentira boa o suficiente para justificar sua aparência horripilante, porém, decidiu contar a verdade. ──── Não durmo faz algumas noites.

──── Está bem. Ele era, tipo, será que ele era virgem? ──── A frase dita por Stiles do outro lado do armário chamou atenção de Danny e Joseph. Ambos se olharam e concordaram em ouvir sobre o que Stilinski estava falando. Com certeza renderia entretenimento.

Conversa vai e conversa vem, Joseph e Danny fingem estar arrumando suas coisas enquanto escutam cada palavra trocada entre Stiles e McCall. Até que Stilinski eleva o tom de voz:

──── E sabe quem mais é virgem? Eu. Eu sou virgem. Está bem? E sabe o que isso significa? Que a minha falta de experiência sexual é uma ameaça. Eu preciso transar agora mesmo. Alguém precisa transar comigo hoje.

Danny bateu a porta do armário e se virou para Stiles:

──── Está bem, eu topo. ──── As palavras dele fizeram com que Stilinski desse um pulo para trás, surpreso.

──── O quê?

──── Venha à minha casa às nove. E planeje passar a noite. Eu gosto de carinho. ──── Stiles ficou boquiaberto. Ele e McCall se entreolharam, ambos com reações surpresas.

──── Que legal, você 'tá zoando? ──── Stiles indaga.

──── Sim, estou zoando. ──── Danny respondeu, indo para os armários do outro lado.

──── Não se brinca com os sentimentos de um homem assim. Não é legal, está bem?

Joseph, que assistiu a tudo de camarote, deu um riso anasalado. Stiles não notou, mas McCall sim. Ele sempre notava Joseph. Não importava o quão despercebido ele tentasse se passar, seu cheiro sempre o entregava.

──── Ah, não. ──── O asiático reclamou, olhando para McCall. Sem se importar com a presença do Stilinski. ──── Porque você fica me encarando desse jeito? Qual o seu problema?

Antes que ele pudesse ter qualquer resposta, Finstock falou, com o tom de voz agradável de sempre. Ele estava feliz por alguém chamado Lahey estar de volta, mesmo que atrasado. Joseph sentia tanto cansaço e raiva que quase não se prestou a olhar para ver quem era. Lahey passou por ele, então, atendendo aos pedidos de sua curiosidade, ele olhou; para seu espanto, o olhar foi retribuído.

McCall chamou Joseph uma vez. Foi ignorado. Joseph mexia nas suas coisas à procura de algo.

McCall chamou Joseph pela segunda vez. Foi ignorado. Joseph encontrou o que procurava. Band-aids.

Antes que McCall chamasse ele pela terceira vez, Stiles o levou embora, vendo que aquilo não os levaria a lugar algum.

Joseph respirava com dificuldade. Cada vez que o ar entrava e saia ele sentia como se seus pulmões estivessem sendo dilacerados por lâminas. O rapaz se arrependeu de ter colocado o moletom, talvez usando uma roupa mais leve essa sensação não seria tão intensa. Mas o problema não era sua vestimenta.

Quando o apito tocou, ele forçou seu corpo a se movimentar.

A cada metro que corria ele sentia seus músculos queimar, avisando que já estavam no limite. Ele ignorou e continuou. Joseph correu mais e mais, até que finalmente parou. Não porque não aguentava, mas porque ouviu um grito mais adiante na trilha e foi ver o que estava acontecendo. A cena que viu fez com que ele desse um passo para trás por causa do choque. Um homem havia sido assassinado. Seu pescoço estava amarrado no tronco de uma árvore e tinha muito sangue. Joseph ficou estático. Ele só voltou a realidade quando sentiu uma mão em seu ombro e demorou alguns segundos para assimilar que era seu pai. A polícia estava ali.

──── Filho, você está bem? ──── Jimmy perguntou, preocupado. O jovem abriu a boca para falar, mas não conseguiu formular uma resposta concreta. ──── Volta para a escola, está bem? ──── Joseph assentiu e saiu dali.

Jimmy e outra oficial começaram a escoltar os outros alunos para fora do local, porém essa tarefa acabou ficando apenas para ele, pois a sua colega precisou conter uma garota que apareceu chorando, gritando pelo rapaz que fora morto. Mais adiante, caminhando em direção a escola, Stiles, Scott e Isaac conversavam.

──── Você viu como os gêmeos olhavam para ele? ──── Isaac disse.

──── Como se não tivessem ideia do que aconteceu? ──── Stiles falou, olhando para o loiro.

──── Não, não, eles sabiam. ──── Lahey contradisse e isso acabou provocando Stiles que tinha uma opinião diferente.

──── Ele foi estrangulado com um garrote, está bem? Sou o único que vê que os assassinatos não são coisas de lobisomens? ──── Ele argumentou.

──── Então é coincidência eles aparecerem e pessoas começarem a morrer? ──── Isaac rebateu. Os três pararam de caminhar e se entreolharam.

──── Não, mas ainda não acho que sejam eles.

──── Scott? E você? ──── Até o momento McCall estava calado, não expressou nenhuma hipótese que pudesse explicar os recentes assassinatos.

──── Ainda não sei.

──── Ainda não sabe? ──── Stiles disse, cruzando os braços.

──── Bem, faz sentido. ──── Scott apontou para Isaac, concordando com ele. Isso fez com que Stilinski descruzasse os braços em descrença. ──── Sério, cara, sacrifícios humanos?

──── Scott, seus olhos ficam amarelos brilhantes. Literalmente cresce cabelo no seu rosto e logo depois desaparece. E se eu o esfaqueasse agora, ia se curar magicamente e não consegue acreditar em sacrifícios humanos? ──── Os argumentos de Stiles fizeram com que Scott parasse e pensasse um pouco, e acabasse concordando com o melhor amigo. O trio ficou em silêncio por alguns segundos, até que ao fundo, eles puderam ouvir a voz do xerife Stilinski conversando com os oficiais que o acompanharam.

──── Eles não foram os únicos que apareceram agora. ──── Scott olhou por cima do ombro, fazendo com que Isaac e Stiles fizessem o mesmo.

──── Você não está falando sobre Jimmy, está? ──── Stilinski pergunta.

──── Não. Estou falando do filho dele, Joseph. No primeiro dia de aula eu senti o cheiro dele.

──── O cheiro dele? Está dizendo cheiro de lobo, ele faz parte da alcatéia? ──── Stiles estava curioso.

──── Não. Não é cheiro de lobo. Ele não é um lobisomem. ──── Scott foi cortado por Isaac, pois o loiro também sentiu o cheiro quando entrou no vestiário.

──── Mas isso não faz sentido. ──── McCall foi impedido de falar de novo. ──── Joseph acabou de chegar da Coreia. ──── Stiles tinha essa informação pois em uma conversa com o pai ele comentou sobre o quão impressionado estava com o policial que havia sido transferido para Beacon Hills. ──── Porque chegar em uma cidade que você não conhece e começar a matar pessoas? Essa é a forma dele de se apresentar?

──── Ele não é humano, não é lobisomem. Talvez ele não saiba o que está fazendo. ──── Scott finalmente conseguiu falar. Por mais suspeito que o coreano fosse, ele não acreditava na teoria dele estar por trás dos assassinatos.

──── Chega. ──── Isaac se manifestou. ──── Alguém matou ele. ──── Falou, se referindo a vítima na árvore. ──── E alguém matou a garota que me salvou. E eu vou matar quem fez isso. Seja ele lobo ou não. ──── Antes que Scott pudesse impedir Isaac, o loiro correu em direção a escola, procurando por Joseph.

Quando a porta do vestiário masculino foi aberta, Joseph agradeceu mentalmente por estar vazio. Parece que os alunos estavam mais preocupados em fofocar sobre o que tinham presenciado do que se trocar após uma corrida. Joseph foi até a pia, tirou o band-aid que usava, visto que ele estava caindo por conta do suor. Ele jogou fora e lavou o rosto.

Joseph foi até seu armário pegar outro e enquanto mexia em suas coisas, sentiu que tinha mais alguém ali. O Kline olhou de canto. Evitou mostrar o rosto já que o arranhão estava exposto.

──── Ah... Lahey, não é? ──── Kline estava certo. Havia alguém ali com ele, mas não esperava ter se lembrado do nome do jovem.

──── Isaac. ──── O loiro disse. Fazia algum tempo que Isaac estava ali. Observando cada movimento do coreano, mas só agora resolveu aparecer. Joseph colocou o band-aid, puxou a mochila por uma alça e fechou a porta do armário.

──── E o que voc... ──── Isaac estava parado no corredor e quando Joseph se virou para olhá-lo, ele estava perto. Tão perto que Joseph podia sentir a respiração dele, tão perto que só restou ao Kline encostar o corpo nos armários para se afastar um pouco. ──── O que está fazendo?

──── O que você é? ──── Lahey perguntou, analisando minuciosamente a expressão do rapaz.

──── Poderia ter feito essa pergunta sem ser grosseiro, mas tudo bem. Eu sou coreano. ──── A boca de Joseph se curvou num sorriso. O deboche em sua voz irritou Isaac.

──── Eu não quis dizer isso e você sabe. ──── A expressão do loiro se fechou. ──── Não se faça de bobo.

──── Talvez você não esteja fazendo a pergunta certa.

──── Muito bem. ──── Em questão de segundos a expressão de Isaac mudou. Seu rosto descansou, ele olhou nos olhos amendoados de Joseph e retribuiu o sorriso debochado. ──── Porque não começa me dizendo porque seu sangue é cinza? ──── Enquanto falava, Lahey tirou delicadamente o band-aid da bochecha do Kline, revelando o corte.

Joseph estremeceu. Ele tinha tomado tanto cuidado. Como Isaac sabia? E por mais nervoso que estivesse, não deixou transparecer.

──── Por que isso é da sua conta mesmo? ──── O Kline deslizou para o lado, tentando sair, mas Isaac o encurralou com os braços. ──── Eu vou sair, Isaac, e você não vai me impedir.

──── Se você for o responsável por essas mortes, eu vou te impedir sim.

──── Eu não matei ninguém. ──── Joseph reuniu toda a força que conseguiu, empurrou Lahey e foi até a saída, contudo foi impedido visto que Isaac agarrou seu pulso.

──── Se eu descobrir que você está por trás disso...──── Antes que Lahey terminasse sua ameaça, alguns estudantes entraram no vestiário.

──── Fica longe de mim. Para o seu próprio bem. ──── Joseph livrou seu pulso da mão de Isaac, que mesmo com a entrada de outros, não havia soltado e saiu dali em direção a sala de aula.

A primeira coisa que Joseph fez quando chegou em casa foi se jogar no sofá. Ele largou a mochila no pé da mesa de centro e se aconchegou nas almofadas de fronhas coloridas. Seu corpo todo doía. Ele se permitiu descansar, pelo menos, até seu avô aparecer e se sentar na poltrona ao lado com uma xícara de chá.

──── Você precisa dormir. ──── O velho falou ao notar o estado deplorável que seu neto estava. ──── Cada hora que passa acordado perde um pouco da sua humanidade. ──── Joseph levantou do sofá, incrédulo. ──── Garoto, você ainda tem que aprender tanto... ──── Ele disse, bebericando o chá. ──── Agora vá. Durma.

Joseph juntou sua mochila e perguntou do pai. Aparentemente Jimmy não iria para casa naquela noite, estava determinado a resolver os assassinatos, por isso permaneceu na delegacia. O rapaz foi para seu quarto. Uma vez lá, deixou a mochila em um canto qualquer e trocou de roupa. Vestiu uma camisa branca de mangas compridas, calça de moletom cinza e uma meia do Bob Esponja. No dia anterior ele e seu pai haviam arrumado a cama e uma pequena estante. Ainda tinha três ou quatro caixas de papelão esquecidas no canto do cômodo, mas com o tempo elas seriam arrumadas.

O asiático se jogou na cama e tentou dormir, mas sua cabeça estava a mil. Ele não conseguia parar de pensar em Isaac Lahey. Não conseguia parar do que aconteceu no vestiário, não conseguia parar de pensar em como foi perseguido pelo loiro o restante do dia, não conseguia parar de pensar que foi tão descuidado e se deixou ser descoberto. Ele não conseguia parar de pensar, até que começou a chover e Joseph parou de pensar porque finalmente dormiu.





𝆯 谷 ִ ּ ۪ ⊹ ﹏ Pois bem, não tenho muito mais o que falar. Aos poucos estou explicando sobre o que são os apanhadores e admito tô muito animada com o que vem por aí hihihi... enfim, é isso e até o próximo cap ♡


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro