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𖥦 ࣪ ネ 𓄳 𝗽𝗿𝗼𝗹𝗼𝗴𝗼 𔘓 ࣪ ׅ 𝆯

Kwon Jong-Su tinha sua cabeça encostada no apoio do banco traseiro do carro. Ele observava as árvores da floresta passarem pela janela do veículo como um borrão.

──── Por que você não dorme um pouco, filho? ──── A voz mansa de Jimmy exterminou o silêncio dentro do Chevy Impala 67.

──── Não estou com sono. ──── Jong-Su respondeu, claramente mentindo. As olheiras abaixo dos olhos âmbar eram profundas e sua respiração pesada.

──── Eu lhe dou dez dólares se você fechar os olhos por um minuto inteiro e não cair no sono. ──── Brincou. ──── Ainda temos algumas horas de viagem, não sei porque seu avô decidiu morar em uma cidade tão longe e sem aeroporto.

Jong-Su apenas respondeu com um seco e amargo "pois é". Para ele, ter um bom sono era tão almejado quanto um final feliz de conto de fadas.

Cada vez que fechava os olhos o ar ao seu redor se tornava sombrio, a confusão e o medo dominavam sua mente, o coração acelerava, o suor frio umedecia suas roupas e por fim às memórias daquela noite preenchiam seus sonhos e o atormentavam até que se acordasse em um pulo.

Depois de tantos anos, ele ainda se lembra daquela fatídica noite. Se lembra da mãe contando uma história de dormir e do beijo caloroso que recebeu na testa. Se lembra que exatamente às duas horas e quarenta e cinco minutos da madrugada ouviu um barulho na cozinha, e como a curiosidade de Jong-Su supera seu senso de sobrevivência ele saiu do quarto e foi verificar o que originou o som alto.

E ele jamais esqueceria da aterrorizante e desesperadora sensação de sentir o sangue quente da mãe que fora assassinada com onze facadas sujando seus pés.

A última lembrança daquela noite que perpetuava na mente do jovem era a imagem das luzes de uma viatura e ambulância refletindo nas janelas de sua casa, dos braços do seu pai abraçando-o, dizendo que tudo ficaria bem e olhar para o pijama amarelo canário com desenhos de nuvens sujo de sangue na barra.

A herança sobrenatural que Kwon Jong-Su carrega não era nada comparada com aquela noite. O terror noturno superava a ansiedade que chegava antes de cada lua cheia.

E o resultado da árdua batalha entre permanecer acordado ou dormir e se afundar nas angustiantes memórias da noite do assassinato de sua mãe foi decidido por Jimmy, quando anunciou ao filho que haviam chegado na casa do avô.

A residência de Thomas Kline não é mirabolante. Está longe de ser uma mansão gigantesca, com um lustre na entrada, um terreno enorme e qualquer outro apetrecho desnecessário que possa imaginar. É apenas mais uma casa em Beacon Hills, com as paredes externas pintadas de tinta cor creme, janelas exageradamente grandes, cortinas cinzas e uma pequena horta próxima a caixa de correio.

Jimmy Kline tinha estacionado o carro em frente à moradia do pai, quando o mesmo abriu a porta de casa escandalosamente e correu na velocidade que seu corpo permitia até seu filho e neto. O sorriso desdentado do idoso era contagiante, a felicidade expressada em seu rosto de ver que sua família estaria reunida novamente era indescritível.

──── Vocês vão morar nesse carro? ──── Perguntou. ──── Vamos, saiam! ──── Jimmy e Jong-Su abriram a porta do veículo em uma sincronia assustadora. Thomas instantaneamente abraçou seu filho, que abriu um sorriso tão grande quanto o do idoso. ──── Jong-Su... ──── Expressou, desfazendo o abraço e se virando para o neto. ──── A última vez que vi você foi...

──── No velório da minha mãe. ──── Jong-Su respondeu com pesar na voz. A expressão alegre de Thomas se desfez por míseros segundos, até que retornou mais feliz do que antes.

──── Você era tão pequenininho. Eu me lembro. ──── Ele comentou, indicando com a mão a altura do neto naquela época. ──── E olha como você está agora!

──── Eles crescem tão rápido, não é? ──── Jimmy adicionou, enquanto terminava de tirar algumas malas do porta-malas.

──── E você também cresceu tão rápido que quando eu e sua mãe percebemos já estava em outro país com sua família. ──── Thomas falou, indo em direção ao filho. ──── Vamos com essas malas, se não deixo vocês dormirem na calçada.

Os recém-chegados não trouxeram muita coisa além do que estava no porta-malas e no trailer anexado ao carro. A casa de Thomas em Beacon Hills já estava mobiliada, os bens materiais da residência na Coreia do Sul não eram tão significativos, então a maioria foi vendida e o dinheiro guardado como uma reserva de emergência. Jimmy ficou com o quarto de hóspedes e Jong-Su com um cômodo vazio próximo ao banheiro.

A tarde chegou e passou tão rápido que quando os três perceberam a noite havia tomado conta do céu. Naquele dia, o Kline mais novo improvisou uma cama, deixou as caixas de papelão com suas coisas amontoadas no canto do quarto e ligou uma luminária na tomada próxima a janela para ter luz, mesmo que fosse desnecessário, visto que a enorme janela concedia a luz do luar invadir o quarto e o iluminar.

Mesmo que a cama improvisada estivesse incrivelmente confortável, a ansiedade de estar em uma nova cidade e o medo de dormir, combinados, criaram uma carga de energia no corpo e mente de Jong-Su. Deitado, vestindo uma camiseta cinza de manga curta, calça de moletom preta e com seus pés descalços que balançavam sem parar, ele encarava o teto, sem ao menos conseguir piscar.

Então, em um pulo, ele se levantou, caminhou até a janela e sentou -se na frente dela, tendo refletido em seus olhos âmbar a luz do astro.

Kwon Jong-Su temia a proximidade da lua cheia, posto que não saberia o que suas habilidades seriam capazes de fazer não só com ele, mas com quem quer que seria o sorteado a ter sua mente invadida pelo apanhador de sonhos.

Em breve estaria em uma nova escola, conheceria novas pessoas, viveria novas experiências, enfrentaria uma realidade diferente da que estava acostumado.

Kwon Jong-Su não é, e está longe de ser, uma pessoa como as outras. O asiático tem cicatrizes em sua alma e um coração amargurado pelo trauma que vivienciou quando era apenas uma criança. O semblante intimidador e as respostas afiadas na ponta de sua língua enganam, pois ele está quebrado.

Todavia, em frente aquela janela, na sua primeira noite em Beacon Hills, Kwon Jong-Su prometeu a si mesmo que juntaria suas partes quebradas e iria curar as cicatrizes de sua alma.

𝆯 谷 ִ ּ ۪ ⊹ ﹏ Esse foi o prólogo mais curto que eu já escrevi, não tinha razão de estender ele, pois tudo o que precisava acontecer nele aconteceu.

𝆯 谷 ִ ּ ۪ ⊹ ﹏ Deixo esse espaço para vocês, leitores, darem suas opiniões, primeiras impressões, enfim, interajam! Isso incentiva bastante o autor, no caso, eu :)

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