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01 | TODO MUNDO ODEIA QUEIMADA.

6 anos atrás...

EU ODEIO Educação física.

Enquanto me escodia atrás da arquibancada do ginásio, rezando para todos os deuses que sou capaz de nomear para que ninguém me encontre aqui, não consigo parar de pensar no quanto eu simplesmente amaria poder estar na biblioteca agora. Ou em simplesmente qualquer outro lugar. Eu já ficaria feliz podendo estar em literalmente qualquer outro lugar que não seja este.

- Veja só que coisinha é essa! Acho que encontrei uma desertora.

Eu senti meu coração perder algumas batidas com aquela voz que soou atrás de mim, e não era porque ela pertencia ao treinador, o que poderia significar uma bronca por fugir da aula. O motivo do mini ataque cardíaco era que meu coração sempre parava próximo na boca quando o Treinador Smith se aproximava, quando ele falava comigo ou quando ele simplesmente ficava parado. Só de me lembrar da existência desse homem eu já sinto meu corpo tremer.

Virei meu corpo lentamente e me deparei com aquela porcaria de sorriso dele. Essa porcaria de sorriso com covinhas que me faz querer morrer. Ou foder.

- Tecnicamente isso se chama camuflagem.

Respondi e sorri internamente, satisfeita por ter sido capaz de pensar em uma resposta esperta. Meu inconsciente dava tapinhas orgulhosos em minhas costas.

O treinador ergueu uma sobrancelha e riu.

- Certo, boneca, bem esperta, mas eu não caio nessa - Ele falou e indicou o centro da quadra com a cabeça, local que já não era mais uma quadra desde o segundo em que esse homem deu o primeiro apito. Nesse momento é simplesmente um campo de guerra furioso. - Vamos, volte para lá.

Eu suspirei e então o olhei com o meu melhor olhar de "gato de botas" que eu fui capaz de evocar:

- Treinador Smith, queimada não é bem o meu esporte - Falei, tentando fazer com que ele tivesse pena de mim.

- Eu sei, boneca - Ele balançou a cabeça e meu coração tremeu quando ele me chamou novamente de boneca. Mesmo que eu saiba que essa é a maneira como ele fala com quase todo mundo. - Nem handball, nem basquete, vôlei, futebol ou qualquer coisa que envolva uma bola.

- Sabendo disso... logo eu sugiro que o senhor volte para lá, finja que eu não estou aqui e que essa conversa nunca aconteceu, uhm?

Eu perguntei esperançosa.
Mas é claro que era em vão.
Negan Smith não é o tipo de cara que se deixa levar por qualquer biquinho triste. Caso contrário todas as corridas envolta na quadra que ele havia nos feito fazer nunca teriam acontecido.

Mesmo assim ele fez uma pausa. Como se estivesse considerando meu pedido. Seus olhos estavam no meu rosto e ele hesitou por meio segundo, até responder:

- Boa tentativa, mas não vai ser dessa vez - Ele novamente indicou a quadra novamente.

Eu bufei e passei por ele indo na direção das bolas assassinas.

- Sem essa merda de atitude malcriada, garota - Ele resmungou atrás de mim.

Eu revirei os olhos e continuei andando até estar novamente na linha de fogo.
O treinador logo se afastou em direção ao outro lado da quadra. Eu escutei seu apito e ele gritar algumas palavras bem obscenas para alguém.

Negan é conhecido pela atitude controversa e pela boca suja. O diretor do colégio já está cansado de tantas cartas e ligações de protesto dos pais de alunos devido a isso. No entanto, pelo que parece, o Sr. Grimes já desistiu de fazer com que Negan mudasse sua atitude e o máximo que ele ainda se esforça a fazer é pedir que o treinador não xingue os "piores" nomes na nossa frente. Ele até tenta, mas na maioria das vezes é uma batalha perdida.

O apito soou novamente e as bolas recomeçaram. Eu desviei de uma e tentei recuar para um canto mais seguro, no entanto, o que parecia era que essas bolas estavam me seguindo. Percebi que o sádico grupinho de garotas de turma, que, por alguma razão, não iam com a minha cara desde o 1° ano do ensino médio, estávam mirando em um alvo específico. No caso esse alvo se trata de mim.

Eu não sei o por que delas não gostarem de mim. Eu não sou a mais popular, certo, mas isso não é critério. Passo mais tempo com os professores do que com qualquer outra pessoa nessa escola, mas isso também não deveria ser um critério. Eu nunca nem dedurei alguém. E só para deixar claro, isso sim seria um critério.

Me esquivei de outra bola e as escutei rindo enquanto apanhavam pelo menos mais umas cinco.

- A esquisita saiu da toca.

Uma debochou. Eu revirei os olhos.

- Uau, que frase de efeito.

Resmunguei, mas isso acabou soando mais alto do que eu planejei e elas ouviram. O que resultou em uma chuva de bolas na minha direção.
Jenny, a garota que é praticamente a cabeça central da hydra, mencionou algo sobre meu sarcasmo, mas eu não consegui compreender, uma bola havia acertado bem o meio do meu rosto e me fez cair naquele momento.

Tudo escureceu. Eu não conseguia ouvir muita coisa, meus ouvidos estavam abafados e parecia que o sangue estava bombeando alto demais dentro da minha cabeça. Ainda assim, no meio disso tudo, eu conseguia escutar o apito furioso do treinador Smith. Depois do que pareceu uma eternidade, eu senti alguém me tocando cuidadosamente e consegui abrir os olhos devagar. A voz dele era suave quando falou comigo:

- Ei, ei, calma aí, soldado. Você foi alvejada - Ele brincou suavemente.

Eu o olhei confusa. Ele estava perto demais. Seus olhos cor de avelã pareciam maiores desse ângulo e eu não conseguia parar de encará-los. Também tem o cheiro dele... é tão característico de Negan. É forte, marcante e tão masculino. Eu não sei com o que se parece. Talvez whisky e cigarros com alguma colonia haver com couro.

- Srta. Brown? - Ele perguntou em tom mais urgente e então franziu as sobrancelhas. Foi quando eu me dei conta de que não o tinha respondido. - Consegue se levantar?

- Eu... acho que sim...

Murmurei ainda confusa.
Ele segurou minha mão com firmeza e me ajudou a ficar de pé.

- Viu? Ela está bem - Ouvi a voz estridente de Jenny. - Eu disse que não tinha sido nada, treinador. É só a boa e velha queimada. Quem não se arrisca jogando leva na cara.

- Eu vou resolver as coisas com vocês depois - O Treinador praticamento rosnou. Em seguida, virou-se novamente para mim. -Você está mesmo bem, garota?

Eu gosto de ler. Eu sei que pode não ser uma informação aparentemente relevante, mas eu gosto mesmo. Eu costumo ler de tudo, até mesmo livros de medicina. Então quando ele me fez àquela pergunta, gostaria mesmo de responder que sim, mas naquele momento eu senti uma dor aguda na cabeça, além de tontura, com isso eu conseguia identificar os sintomas na hora.

- Eu tive uma concussão - Falei rapidamente em tom meio ofegante.

Em seguida, o maior pesadelo de qualquer um no Ensino médio aconteceu. Eu vomitei na frente de todo mundo.

Pior ainda...

Eu vomitei no treinador Negan.
Meus ouvidos tamparam e meu equilíbrio se foi outra vez. Eu teria caído no chão se o próprio treinador não tivesse me segurado.
Antes que eu ficasse inconsciente de vez, consegui ouvir o treinador mandar que todos saíssem da frente e gritar para que um dos garotos fosse buscar a enfermeira do colégio.

🌙

Eu recuperei a consciência rápido demais. Acho que o melhor seria nunca recuperar, mas, infelizmente, aqui estou eu viva.

Depois de todo aquele vexame.

- Kira... querida, acorde...

Era a voz da enfermeira. É uma senhora de quase 60 anos, que chama todo mundo pelo primeiro nome e é muito amável. Ela passava algo com o cheiro bem forte próximo ao meu nariz e eu acabei reconhecendo o cheiro de álcool. Abri os olhos lentamente e, apesar da vista embaçada, olhei envolta para tentar entender onde eu estava.

Eu estava na sala do treinador. Fica no fundo dos vestiários masculinos.
O próprio treinador estava parado um pouco atrás da enfermeira, mas ele parecia impaciente enquanto me observava. Eu olhei novamente para a enfermeira.

- Eu... - Comecei a murmurar bastante confusa.

- Fique tranquila, está bem? Você teve uma concussão, deve estar com os pensamentos embaralhados agora.

É. Eu sei que eu tive uma concussão.

- Eu vou levá-la ao hospital - Ouvi a voz do treinador e acho que ela nunca soou tão preocupada. Eu pelo menos nunca o vi falando tão sério.

Ele nem falou palavrão.

- Devemos esperar que chamem os pais dela primeiro.

A sra. Jules disse, esfregando meu ombro.

- Esperar? - Negan perguntou.- Ela desmaiou, depois ela vomitou e depois ela desmaiou de novo, isso é a porra de uma emergência, eu não vou esperar merda nenhuma.

Certo... aí estão os palavrões.

- Treinador Smith, esse é o protocolo do colégio. Nenhum aluno pode deixar as dependências do prédio sem a autorização dos pais, ainda mais depois de sofrer um acidente.

- Para o inferno com essa porra de protocolo.

Ele ignorou os outros protestos dela e se aproximou de mim. Eu estava deitada no que me parecia ser o sofá de seu escritório.

- Com licença, boneca.

Ele pediu e então me levantou rapidamente. Imediatamente meu estômago revirou e eu gemi me encolhendo contra seu corpo.

- Acho que vou vomitar outra vez...
Murmurei enquanto fechava meus olhos.

- Vamos, você é uma garota forte - Ele disse enquanto deixava a sala comigo nos braços.

Eu apertei os olhos e tombei minha cabeça contra o peito dele, respirando lento e profundamente. Aquilo estava me ajudando. Apesar da sensação de vertigem, o calor e o cheiro dele estavam me deixando tranquila.

- Estão dispensados! - Eu escutei ele gritando e supus que fosse para o restante da turma que ainda deveria estar alí. - E vocês quatro, para a diretoria agora!

Ele acrescentou e eu soube imediatamente para quem ele estava dizendo aquilo. Negan continuou caminhando comigo por mais alguns instantes até que senti a brisa fria e conclui que estávamos do lado de fora do colégio, mais precisamente indo em direção ao estacionamento.

Nesse momento eu desmaiei outra vez.

🌙

Eu acordei e desmaiei mais três vezes no trajeto até o hospital. A parte boa? Não vomitei nenhuma vez na caminhonete preta bonita do treinador.
Já é ruim o bastante ter vomitado nos sapatos dele.

Quando acordei na emergência do hospital, eu estava tomando soro com algum medicamento para dor. A primeira coisa que eu notei era aquele típico odor de hospital. Depois, percebi que eu estava em um daqueles leitos com cortinas envolta. Isso significa que não estou em estado grave, o que é bom, apesar da minha boca seca da minha lingua que parecia estar coberta de serragem.

A cortina foi puxada e o treinador entrou.

- Ei, soldado - Ele sorri. - Tombado em combate, uhm?

Eu tombei minha cabeça para trás nos travesseiros.

- Acho que estou enjoada das metáforas de guerra.

Resmunguei enquanto fechava os olhos. Houve um silêncio momentâneo e então ele voltou a falar, sua voz estava suave assim como quando ele falou comigo no ginásio:

- Como você se sente?

- Horrível - Murmurei sem abrir os olhos. Eu não queria olhar pra ele.

- Posso falar com o médico para que ele aumente a medicação, mas ele disse que a concussão foi leve e que logo a dor e a tontura vão passar.

- Não, não é isso... - Eu resmunguei e então abri os olhos devagar.

- Ei, boneca, o que foi? - Ele perguntou inclinando a cabeça.
Eu respondei fundo e então o encarei.

- Me desculpe por vomitar no senhor, Treinador.
Eu pedi.

Ele me encarou parecendo surpreso e então riu. Na verdade ele gargalhou tão alto quanto um marinheiro bêbado.

- Porra, você está me pedindo desculpas? - Ele perguntou e eu o encarei de volta sem entender.

- Uhn... sim?

- Garota, você acabou de levar uma bola na cabeça e de ter uma concussão. Estamos na porra do hospital e você está preocupada por sujar meus sapatos? Foda-se isso.

Ele disse e então balançou a cabeça, continuando:

- Eu deveria estar me desculpando. Eu sou o treinador, merda... eu sou responsável por vocês. Você não deveria ter se machucado.

- Não é culpa do senhor que isso tenha acontecido.

- Se eu estivesse de olho...

- Se o senhor estivesse olhando, provavelmente elas esperaríam qualquer outro momento em que você se distraisse e então fariam a mesma coisa.

Eu disse com um suspiro. Ele me olhou com uma sobrancelha erguida.

- Então o crime foi premeditado.
Ele resmungou.

- Elas me odeiam.

- E por quê?

- Quem sabe?
Perguntei de volta.

A cortina foi puxada novamente, dessa vez foram os meus pais que entraram.
Minha mãe estava agindo como se eu tivesse levado um tiro, mas meu pai é mais sensato. Ele agradeceu ao treinador por ter agido rápido e me levado depressa ao hospital, minha mãe também o agradeceu, ela até o abraçou. No final, eu poderia dizer que o Treinador Smith estava sem graça, algo que nunca vi antes na vida.

- Obrigada, treinador.

Eu agradeci quando ele disse que precisaria ir, segundo ele para resolver prendencias no colégio. Ele sorriu, aquele sorriso com covinhas... e piscou para mim.

- Por nada, garota.

Foi sua resposta antes de puxar a cortina a sair. Eu só conseguia pensar o quanto está terça feira estava sendo muito mais agitada do que o normal.

🌙

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