───── 10, calor das chamas.
[𝐋𝐢́𝐯𝐢𝐚 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐚𝐝𝐞,
𝐞𝐦 𝐜𝐚𝐬𝐚.]
Acabei dando uma risada fraca pela mensagem idiota dele. Respondi o chamando de idiota e fui pra sala, vendo que a maioria dos meus amigos já estavam lá outra vez. Nós ficamos a manhã inteira dando gargalhadas e conversando sobre vários assuntos. Eu e o Antony parecíamos mais leves depois que voltamos a se falar e não demorou muito para que todos notassem que estávamos bem outra vez.
Quando deu a hora do almoço, todos acabaram se separando. Alguns ficaram, outros foram e os meninos iam pro CT, pois depois iriam pro Treino. Eu espero que o Antony volte pro ritmo normal dele agora que estamos bem, eu não quero ser o motivo dele ficar de banco da Copa do Mundo então só quero que ele fique bem
Eu subi pro meu quarto, me jogando na minha cama e a Duda apareceu sorrindo pra mim, deitando ao meu lado da cama.
— Eu tô muito feliz por você. – ela falou.
— Obrigada, estamos bem agora.
— Percebi. É... Posso te perguntar uma coisa? – ela perguntou receosa. – assenti sorrindo alegre pra ela e ela prosseguiu. – Você pode negar mas eu sei que não estou ficando maluca... Você está afim do Antony? – eu neguei de imediato e ela bufou. – Você está mentindo.
— Não. – eu rebati assustada. – Mal voltamos a se falar, mal nos conhecemos...
— Vocês se conhecem há anos, para de mentir. Essa sua mente pode se lembrar só do Antony Matheus dos Santos mas sei que seu coração lembra muito bem de anos atrás quando você e o Richarlison não eram ninguém, assim como eu, como o Antony... E você, era amiga dele.
— Há anos, exatamente. As coisas mudaram Duda.
— Isso, você cresceu. Agora está se tornando uma mulher e tudo que você sentia sobre ele está vindo a tona agora. O amor, o carinho, tudo. Eu percebi isso desde quando você saiu do hospital, você ficou preocupada simplesmente porque ele não te respondeu. Lívia, você mal responde as pessoas por mensagem e nem liga pra quando te ignoram mas com ele foi diferente.
— Eu só não queria que ele se sentisse culpado.
— Por algo que ele teve culpa. – ela disse furiosa, revirando o olho.
— Não, não foi culpa dele.
— Olha aí você defendendo ele, Lívia Andrade. – e a expressão brava dela se tornou um sorrisinho malicioso.
— Escuta aqui, eu não estou afim de Antony nenhum. Primeiro que eu odeio ele, certo? Tudo bem que estamos nos resolvendo agora, mas trazer o passado de volta só pra se tornar um motivo não faz sentido e segundo que, ele não me quer.
— Ele te quer.
— Não, não quer.
— Lívia, você já viu como ele te olha?
— Igual ele deve olhar pra mais 100 garotas. – dei de ombros.
— Pode ser, mas isso não vem ao caso. Só quero te fazer enxergar o óbvio e notar isso. Bem, eu só quero seu bem e conhecendo-o como eu conheço, eu sei que ele não é o "bem" pra você, mas você está ficando apaixonada. Portanto, pula fora enquanto tá cedo Lívia, você sabe que ele não é o homem certo pra você.
Eu fiquei quieta pensando sobre esse assunto. Ela não podia estar certa... Eu sei que ela sempre entendeu meus sentimentos e sempre me aconselhou mas nesse momento eu desejava para que ela estivesse errada e que eu nunca tivesse que lidar com isso porque eu não podia o querer. Eu o odiava...
— Talvez Duda...– falei incerta. – Não concordo.
— É só negação, uma hora você vai aceitar isso.
Eu não queria falar sobre isso mais porque eu não queria me apaixonar. Eu nunca me dei bem com paixonites, sempre fiquei com as pessoas só por ficar porque sempre que deixava alguém se aproximar, a pessoa me deixava traumatizada, triste e com raiva. Então quando esses sentimentos vem, eu os ignoro, é minha autodefesa e assim que eu vivo a minha vida amorosa. A vida tem que ser mais legal do que só garotos idiotas.
Mas ouvir tudo isso da Duda me preocupa muito. Eu não quero, não quero sentir o calor das chamas do meu coração queimando enquanto ele bate rápido e eu não consigo guardar o sentimento que eu sinto pot alguém que no fundo, eu sei que nem vai me valorizar. Eu não planejava isso pra mim e preferia continuar na autodefesa.
Eu só não aceito estar me apaixonando por Antony Matheus dos Santos.
Todas as palavras que ela havia falado sobre isso entraram na minha mente como um furacão, acabando com tudo que eu preservava. Ela me fez refletir e perceber algo que eu preferia não ter percebido, um sentimento forte que estava surgindo...
— Duda, eu não quero estar apaixonada... – falei baixa e calma.
— Eu sei. Só se acalma e tenta evitar.
— Mas não pode ser tão ruim assim, ele pode mudar. Eu posso ajudar ele, a gente pode ver o melhor lado dele.
— Lívia, você já teve muita ideia bosta mas agora você conseguiu se superar. – ela disse e eu ri.
— Tá, vou pensar em uma solução.
— Não beija ele.
— Vou tentar. – sorri maliciosa e a Duda foi me dar um tapa mas eu escapei e caímos na risada.
xoxo, vi.
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