Prólogo
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O começo...
Aesthetic by: c-chaedaily
A temporada de casamento este ano seria a mais concorrida entre as mães gananciosas com as filhas, motivo disto, é que finalmente os únicos filhos homens do rei irão se casar e eles mesmos escolherão suas esposas dentro de Hottsgalohr, o que é uma pena, já que estou na idade de me casar.
Aphrodite é a mais velha de quatro filhas mulheres da casa Lund, meu pai sempre quis um homem, mas viu em nós oportunidades em crescer e ter influência como um Lorde respeitado. Eu sou a segunda, - não sou tão bonita quanto Aphrodite -, por isso os homens não olham muito para mim.
Líria é a terceira, - ela é dona de uma língua extremamente afiada, cuidado para não se cortar com ela -, diferente de nós, Lili é ruiva, lábios carnudos rosados naturalmente e uma pele levemente rosada, seus olhos são tão azuis como o céu.
Anya é a mais nova, - ela é doce e ingênua -, mas é muito estudiosa e curiosa. Ela possui cabelos brancos, diferente de mim e de Aphrodite que possuímos cabelos loiros dourados, seus olhos são azuis quase cinzentos e seus lábios são finos.
— Vocês não adoram a temporada de casamento? – Minha mãe indagou com um largo sorriso.
— Sim, a melhor época para trocarem suas filhas como moedas para subir no status social e se juntar cada vez mais das mulheres da nobreza e fingirem que seus maridos são fiéis e amorosos. – Líria debochou sorrindo ladino, sabendo que isto iria despertar o ódio genuíno na nossa mãe.
— Haelena, deixe-nos a sós. – Um sorriso educado surgiu em seus lábios finos, direcionado a sua empregada pessoal.
— Sim, milady. – Curvou-se para minha mãe e então saiu.
Josephine Lund, ela é uma mulher que é capaz de tudo para ao menos desfrutar de uma companhia da rainha, seu sonho era se casar com um homem da alta nobreza, porém seus pais não possuíam bens o suficiente para oferecer em troca, então casou-se com um mero comerciante de tecidos.
— Eu já lhe avisei para não me afrontar na frente das outras empregadas, Líria. – Ela disse entre dentes, seus olhos semicerrados.
— Oh, bem, esqueci-me de tal fato insignificante na minha vida. – Levantou-se do sofá e subiu às escadas, pisando alto o suficiente para ouvirmos.
Voltei minha atenção para o livro sobre um romance fictício sobre uma princesa e um plebeu.
— Sua irmã me irrita! – Josephine esbravejou com a feição vermelha.
— Conte-me uma novidade que eu não saiba ainda, querida mamãe. – Falei, escorregando os olhos pelas letras nas páginas gastas.
— Vá a procura de seu pai no riacho.
— Mande a Anya. – Eu pedi, entretida na descrição viril do personagem masculino.
— Caso não vá, irei pegar seus livros ridículos e queimarei todos.
Sob suas ameaças, bufei enraivecida e levantei-me do estofado, arrumando meu vestido e saindo de casa.
Moramos em uma casa de dois andares, não muito chique, mas aconchegante para nós. Aphrodite já não mora mais conosco e se mudou para Qalrth com seu marido.
Andando pela floresta, eu suspirava lembrando da descrição maravilhosa do protagonista do livro, ele deve ser tão lindo e másculo. Ombros largos, bíceps bem trabalhados, veias marcadas, mandíbula marcada e forte, olhos escuros como a noite profunda, pele rosada como os corais, cabelos curtos pretos como o carvão e um sorriso largo branco brilhante, definitivamente o homem dos meus sonhos, e o mais importante, alto o suficiente para me carregar em seus braços.
Assim que cheguei ao riacho, franzi o cenho por não ver meu pai por aqui, então quando iria me virar para ir embora, ouvi um som de galho se quebrar ao meu lado, ao me virar para o local de onde o som veio, abafei um grito ao visualizar uma enorme fera escamosa negra com detalhes vermelhos. Ele é tão gigante que poderia me engolir inteira.
O dragão possui chifres ao longo da sua cabeça, como se fossem uma coroa, seus olhos são dourados, suas escamas são negras como obsidiana, possui um par de asas gigantescas que estão apoiadas no chão, duas patas enormes com garras afiadas.
Ele chiou, mostrando seus dentes pontiagudos para mim e aproximou seu focinho de mim.
Céus! Não deveria ter dragões em Hottsgalohr!
— Não me mate, por favor! – Implorei sentindo as lágrimas quentes descerem pelas minhas bochechas.
O dragão pendeu a cabeça para o lado e farejou o ar, depois soprou fumaça pelas narinas e encostou-se levemente na minha barriga, sua língua pendurou para fora da sua grande boca e molhou meu cabelo e minha bochecha direita.
— Maya, está por aqui? – Ouvi a voz do meu pai distante.
O dragão mirou de onde o som veio e abriu sua boca, pude ver um deslumbre alaranjado no fundo da sua boca.
— Não! – Entrei na frente com os braços abertos. — É o meu pai, por favor, não faça nada com ele. – Implorei sabendo que seria inútil.
Mais uma vez o dragão chiou mostrando seus dentes e lançou-se ao céu, sumindo ao pegar altitude.
O que merda acabou de acontecer aqui?
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Continua...
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