❚ Capítulo ❹❷
▬▬▬▬ ❝ PAULINA SOARES• 🏖️
😚 Will we have a happy ending? ✍🏻
O meu coração está acelerado demais e eu não estou conseguindo pensar direito, principalmente na possibilidade de vê-lo outra vez. Já fazia um bom tempinho que o jogo havia terminado, e por isso que o corredor estava quase vazio, mas nem tanto, pois os assistentes não paravam de olhar para mim e para a minha nova amiga, Giovanna Queiroz.
― O capitão quer te fazer uma surpresa! ― ela sussurrou.
― Uma surpresa pra mim? ― eu tentei ignorar o que ela disse.
― Gio? ― uma voz soou atrás da gente. ― Eu não acredito que você contou para ela sobre o nosso plano! Eu disse que a minha namorada não é de guardar segredo. ― Martinelli apareceu abraçando sua morena. ― Oi, Lina, tudo bem? Será que tem como ignorar tudo que ela te falou? ― ele riu.
― Cheguei a conclusão que seríamos muito péssimos se o capitão nos contratasse para um plano romântico. ― outro jogador apareceu do nada. ― Ele ficaria chateado.
"O que é que eles estão falando? Um plano romântico...?"
― Vocês estão deixando ela confusa. ― Tomiyasu disse acenando para mim. ― Oi Lina, como vai? Então....
Eu estava tão distraída que não percebi quando todos eles haviam parados assim que alguém se aproximou da gente.
― Oi. ― sua voz era conhecida demais para mim. ― Eu posso conversar com você? ― ele sorriu, meio tímido. ― Valeu... Meus amigos... Por tentar!
― Sim. ― digo um pouco sem jeito. ― Vamos?
― Amiga, você está animada para falar com ele é? ― Giovanna sussurrou baixinho. ― Ai... Vocês dois já tem uma história bem romântica. Tenho certeza que foi o destino!
― Como assim?
― O meu Gabi já me falou sobre vocês... E como vocês se conheceram no avião durante uma turbulência.
― Aí! ― sorrio sem jeito tentando ignorar os olhares dos jogadores. ― Para com isso, Gio!
― Martinelli é melhor você puxar a sua namorada para outro lugar, ou não, ela nunca vai deixar a Paulina falar com o capitão sobre o futuro relacionamento deles.
― O Tomiyasu tem razão. ― Gabriel Jesus concordou.
― Vamos todos embora agora! Vamos...
Eles foram se distanciando aos poucos, e assim que eu percebi eles já haviam desaparecido, deixando o meu loirinho comigo a sós. Sabe aquela cena clichê de todo filme romântico? Então, eu estou vivenciando agora mesmo.
Os olhos claros dele não paravam de olhar para os meus naquele jeito, imediatamente as minhas bochechas ficaram vermelhas igual a um tomate. O meu coração está tão acelerado que acho que vou ter uma parada cardíaca.
― Que bom que eles foram embora. ― ele sorriu, estendendo uma das mãos para mim. ― Dessa vez ninguém pode nos interromper...
― O que você tá fazendo?
― Você não quer? ― ele sorriu, apontando para o corredor.
― Tá maluco! ― encarei ele. ― A gente não pode cruzar aquela linha... Ayla me disse sobre a rivalidade... Não podemos entrar naquele campo! Não estamos no Emirates Stadium e o seu nome pode entrar em mais um site de fofoca.
― Ok. ― ele continuou sorrindo. ― Mas fiquei curioso para saber o que você estava pensando... O que achou do jogo?
O meu loirinho simplesmente me puxou para uma espécie de sala pequena me deixando extremamente envergonhada.
― Bom...
― Estava usando o uniforme do Gunners?
― Não...
― Do rival?
― Sim...
― Deu azar para eles?
― Sim...
― Você trocou de uniforme depois do jogo?
― Sim...
― É a minha?
― O quê?
― O uniforme que você está usando é o meu?
― Ah. ― respirei fundo. ― Sim...
― Você já leu o que está escrito nele?
― Sim...
― Tem certeza? ― ele indicou algo no meu uniforme ainda com aquele maldito sorriso hipnotizante. ― Será que você pode ler em voz alta o que está escrito?
― Sim... ― digo olhando para o uniforme, minha blusa. ― Para a minha fã número um... Eu te Amo! ― olhei diretamente para os olhos claros dele. ― Você... Gosta... De... Ou...
― De você! ― ele sorriu, sem desviar o olhar de mim. ― Eu gosto é de você!
― De mim?
― Sim! ― o semblante dele acabou mudando. ― E você, você gosta de mim?
Uma coisa muito estranha aconteceu de uma hora para outra. Foi como se um filme passasse pela minha cabeça com imagens do momento que eu entrei no avião naquele dia, e de como a minha alegria de conhecer Londres, o país dos Príncipes me deixou ansiosa…
Conhecer a Família Edward.
Naquele dia os meus pensamentos estavam nas alturas. Eu não imaginava que tudo aquilo poderia acontecer justamente comigo em meu primeiro voo para a Inglaterra.
Uma jovem com sonhos de estudar em um lugar que não podia. Será que tudo seria diferente se eu não tivesse mentindo? Mesmo os meus pais ensinando que não eu não podia mentir eu fiz isso... E agora tenho um certo arrependimento.
― E você, você gosta de mim? ― ele perguntou outra vez.
"Como não posso gostar dele?" Tudo que eu vivenciei com ele foi incrivelmente perfeito. Lembro-me das primeiras conversas que eu tive com a Ayla sobre o xadrez e de como ela era obcecada por futebol e que eu nunca iria em um estádio de futebol com ela para assistir a um jogo qualquer, a não ser em um pub caríssimo.
Eu mudei ao ponto de me apaixonar por um jogador. Um jogador que eu conheci em um momento de turbulência.
"Me agarrei no banco da frente ainda com muito medo do avião cair e ignorando meus próprios pensamentos. Foi quando parou de tremer e percebi que a turbulência havia acabado, e que estava vermelha igual um tomate"
"Me desculpa!" Eu disse me levantando aos pulos do colo dele. "Não foi porque quis..." Eu só queria sair correndo daquele lugar e enfiar minha cabeça na almofada, chorando de vergonha. "Foi um acidente! Eu estava com muito medo!"
"Tudo... bem!" Ele respondeu, suavemente, me deixando ainda mais desconfortável com o acontecimento. "Foi um momento de tensão... Está tudo bem agora"
"Eu pude sentir que ele também estava envergonhado"
― Paulina? ― ele conseguiu me tirar dos meus pensamentos. ― Aconteceu alguma coisa... Você ficou dife...
― Eu também gosto de você! ― gritei encarando ele. ― Eu te amo…
A melhor cena romântica que poderia ter acontecido comigo e o meu loirinho da Noruega aconteceu ali. Ele me beijou com intensidade fazendo com que outra vez os nossos sentimentos falassem mais alto, e ao mesmo tempo se esfriasse com uma série de selinhos fofos trazendo os sorrisos mais sinceros.
Uma semana depois.
― Eu não me importo. ― ele sussurrou no meu ouvido. ― Tem certeza que quer manter isso escondido mesmo? ― ele ajeitou o boné para que ninguém o reconhecesse. ― Vou sentir muito a sua falta... Porque não pode ficar mais dias? Eu vou fazer de tudo para ir te visitar nas minhas férias...
― Você sabe que eu iria amar ficar mais dias aqui em Londres.... Eu preciso manter a minha promessa. ― eu acaricio, delicadamente, o seu rosto. ― Eu já estou com saudades...
― Será que tem como vocês dois pararem de ser tão grudentos? ― Ayla revirou os olhos antes de me abraçar. ― Eu vou sentir muito a sua falta! Ah... Lina, com quem eu vou dividir o meu apartamento agora? Não pense na Lara! Agora se o Haaland quisesse... Ah! Com quem eu vou dividir a minha bebida? Ah... A cafeteria vai ser diferente sem você!
― Para de falar se não eu vou chorar! ― digo limpando as lágrimas. ― Eu estou tentando ser forte na sua...
― Você já está chorando! ― ela choramingou. ― Da próxima vez só venha com objetivo de virar uma cidadã inglesa, ouviu? Nem acredito que os meses passaram tão rápido!
― Vou sentir saudades de todo mundo... ― olhei para a família Edward que estavam longe, pois já havia me despedindo de cada um deles. ― Acho que eu tenho outra família por aqui... Vou sentir saudades!
― Volta logo pra nós, ouviu? Você é muito especial. ― Ødegaard sorriu me deixando aliviada. ― E não se preocupe, nós vamos ganhar a Premier League no domingo às 3 horas da tarde. ― ele olhou para Ayla que havia dito algo bem baixinho, tudo sobre o Arsenal perder o jogo. ― Ele não vai.
― Atenção passageiros com destino a... ― voz do aeroporto.
― É, pelo visto chegou o meu momento de voltar para casa. ― digo outra vez limpando os meus olhos. ― Não será um adeus…
Aqui estou eu de novo no maior aeroporto de Londres. Com sensações totalmente diferentes das que entrei no primeiro dia, achando que nada de interessante iria acontecer comigo.
― Eu só queria conhecer a Família Imperial...
Pude sentir uma mão do meu loirinho segurando a minha bem forte, eu olhava para as pessoas carregando suas malas e indo na direção correta do embarque, enquanto eu parecia estar presa naquele lugar e nas minhas boas lembranças.
― Eu sempre vou estar aqui por você, meu amor! ― ele sorriu. ― Me espere…
Eu e o Martin Ødegaard, meu loirinho perfeito, estávamos namorando escondido a cerca de três meses, e agora teríamos que nos distanciar por causa das minhas obrigações. Aos poucos, Martin provou o quanto me ama durante esses três meses, provou o quanto me respeita nas minhas decisões.
― Eu vou te esperar…
Eu estava indo embora para o Brasil e deixando a esperança de nos encontrar de novo… Em um encontro pra lá de peculiar e especial.
"Provando que o azar se tornou amor e as coincidências da vida em destino"
Esse foi o Último Capítulo de Coincidências - Martin Ødegaard.
Ainda vamos ter dois extras, e os Agradecimentos. Muito obrigada!!!
❤️🏆
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