❚ Capítulo ❹⓿
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Um mal-entendido se formou entre as duas amigas. Ayla caminhou em silêncio até os bancos marcados, enquanto a jovem brasileira só conseguia pensar nas palavras de sua amiga que estava irritada com ela; "Paulina! Você não pode se apaixonar por ele, ele é um jogador do Arsenal!" De uma certa forma, a jovem se sentia culpada por aquilo.
― Foi uma traição? ― ela indagou baixinho, enquanto o hino dos Gunners estava tocando, e acompanhado pela torcida. ― Me perdoa! Aylinha, você está muito brava comigo?
― Apaixonada por um jogador dos Gunners, jura? ― Ayla revirou os olhos. ― Quer dizer que o seu loirinho é o Ødegaard? Você beijou o Ødegaard? Ai meu Deus...
― Sim. ― Paulina balançou a cabeça positivamente.
Não era que a Ayla estava mesmo com raiva, pelo contrário, ela só queria ver a sua amiga feliz mesmo que fosse ao lado de um jogador de seu time rival. As duas garotas tinham a mesma idade só que nasceram em meses diferentes, fazendo com Ayla se achasse como uma irmã mais velha protetora.
― Que loucura! Lina, desde quando você sabia disso? ― ela cruzou os braços, fazendo o seu draminha. ― E só veio me contar agora? Não éramos amigas? Justamente um rival?
A jovem brasileira sabia que havia errado por ter demorado muito para contar a verdade para a pessoa que ela mais confiava, ficando atrás de seus pais. Paulina sabia que Ayla tinha um gênio difícil bem parecido com seu pai, e sabia que no momento certo ela iria compreender como sempre fazia.
― Foi difícil esconder isso de você...
O jogo havia começado e estava mediano as expectativas dos comentaristas e as torcidas estavam bem agitadas em ambas partes, mesmo com toda agitação do momento a jovem Paulina insistiu para que sua amiga soubesse da verdade.
― Ayla, eu juro que tentei várias vezes te contar a verdade. ― ela conseguiu segurar a atenção da amiga. ― Você sabe que eu não seria capaz de te esconder as coisas, né? Tudo que aconteceu comigo e o Martin você sabe com vários detalhes.
― Sei? ― Ayla sorriu, se fazendo de desentendida.
― Será que tem como vocês duas pararem de conversar? ― uma jovem de cabelos longos se manifestou ao lado de Ayla. ― Vocês nem estão prestando atenção no jogo! E pra piorar o jogo tá tão péssimo que o Kane não consegue segurar a bola por muito tempo...
― Por acaso é da sua conta, Mary? ― Francine respondeu, reconhecendo a ex-colega do restaurante Benjamin's. ― Ai meu Deus, senhorita Soares é você mesmo? ― a loira sacudiu a outra amiga ao lado. ― Olha Brenda quem está assistindo ao jogo do Tottenham com a gente!
― Ai nossa Elizabeth! ― Brenda disse ajeitando os cachos. ― Eu sabia que tinha um significado de ter sonhado com a bandeira do Brasil hoje de manhã. ― as duas gargalharam alto, mesmo com o barulho da torcida dos Spurs.
Paulina precisou de alguns segundos para reconhecer as jovens que conheceu no restaurante Benjamin's, e acabou lembrando que havia recusado a proposta da madame Shirley. Seria difícil se ela não tivesse uma boa memória, pois as garotas estavam ainda mais personalizadas que ela.
― Amigas? ― Ayla indagou. ― Desde quando você tem novas amizades em Londres?
― E você é quem? ― Franciane sorriu. ― Mesmo assim, eu sou a Francine e essa daqui é a Brenda.
― Hum. ― ela murmurou, enquanto Paulina ficou em silêncio.
― Nós conhecemos a Paulina no restaurante Benjamin's. ― Brenda respondeu. ― E sabemos que você é a irmã dela. ― a jovem piscou para outra moça de cabelos longos. ― Quando a Mary implicou com a Paulina no restaurante por causa da vaga eu me lembro como se foi hoje. ― ela conseguiu chamar a atenção de todos. ― Paulina disse que não iria contar para você, Ayla, pois você ficaria muito brava ao ponto de querer ir atrás da Mary para dar uns tapas! ― elas riram.
A jovem brasileira sorriu se lembrando dos acontecimentos daquele dia e de como havia ficado nervosa por ter derramado a jarra de suco no cliente, e de ter visto o Tomiyasu.
― Não acredito que nos encontramos! ― ela disse, virando o boné. ― Ai que bom que vocês estão bem... E viram amigas?
― Sim. ― Mary respondeu, revirando os olhos.
― A madame Shirley nos contratou depois que você rejeitou a proposta. ― Brenda respondeu. ― Não acredito que você preferir ir trabalhar em outro lugar que no restaurante Benjamin's. ― ela sorriu. ― Mas não fosse por você, talvez a gente estaríamos trabalhando em um lugar melhor.
― A Brenda tem razão. ― Francine sorriu. ― E o que você faz da vida Ayla? A sua irmã nos falou um pouco sobre você.
― Trabalho na mesma cafeteria que ela. ― Ayla respondeu, antes que sua pouca harmonia acabasse. ― Tira logo daí! Eles podem fazer um gol... Lloris não!
Aos exatos 14 minutos do primeiro tempo, o goleiro do Tottenham Hugo Lloris não foi capaz de defender um chute bem batido pelo jogador Bukayo Saka, do Arsenal contribuísse para o primeiro gol do time. A comemoração do gol pela torcida dos Gunners foi barulhenta demais, e a jovem Paulina não resistiu olhar na direção dos jogadores vermelhos, principalmente para ele. E Martin também procurou por ela na arquibancada mas não chegou a vê-la como desejava.
A revolta estava estampada no rosto dos torcedores do Tottenham enquanto isso as novas amigas da brasileira faziam perguntas demais deixando Ayla muito desconfiada, pois elas não tinham essa afinidade toda com sua amiga.
― Então você está namorando? ― Francine perguntou, mesmo concentrada nos jogadores. ― Ele é bonito?
― Porque o cabeludo do técnico ainda não colocou o Richarlyson pra jogar? ― Mary disse sem paciência. ― Ainda vai ter o segundo tempo?
― Esquece essas duas. ― Brenda disse pedindo por espaço. ― Quem é esse tal de Martin? ― ela se aproximou. ― Ele é alguém muito importante?
― O quê? ― Paulinha tossiu desesperadamente. ― Como...
― Elas escutaram a nossa conversa simples assim. ― Ayla respondeu, antes de gritar alto. ― TIRA ESSA BOLA DAÍ!!!
― Verdade nós escutamos. ― Brenda respondeu, balançando a bandeira do time. ― E fiquei curiosa para saber mais sobre ele... Vocês são rivais?
― Rivais? ― Paulina mal sabia que dizer. ― Ai meu...
― Você não é torcedora dos Spurs? ― Mary perguntou.
― Não.
― Não? ― as três jovens fixaram os olhos nela.
― Sou. ― Paulina ajeitou um sorriso no rosto. ― Claro que sou! Vai Spurs... Glória glória Tottenham Hotspur!
― Lina, você está forçando demais... ― Ayla murmurou baixinho. ― Vai Son! Mostre o poder da coreia!
― Hum... ― a loira sacudiu a outra amiga. ― Sua rivalidade com o seu queridinho é por causa do jogo?
― Como? ― Paulina tentou esconder o rosto com o boné.
― Me lembro que naquele dia você ficou toda nervosinha quando viu o tal jogador do Arsenal. ― ela piscou apontando para o campo. ― Paulina já que você é torcedora dos Spurs é proibido gostar de um jogador daquele rival ali.
― É isso mesmo! Eu não te disse irmãzinha? ― Ayla deu um empurrão de leve na brasileira. ― Não pode ficar com um...
O som da torcida dos Gunners foi capaz de abafar a voz de Ayla deixando todos surpresos com o momento. E para piorar a relação das amigas, o rosto do norueguês Martin Ødegaard foi exposta no telão assim que o mesmo marcou o segundo gol para o seu time aos 36 minutos, ainda no primeiro tempo.
― NÃO É POSSÍVEL! ― ela completou desesperada.
A jovem brasileira não conseguiu esconder sua felicidade ao ver o seu loirinho comemorando o gol que tinha feito com seus colegas de equipe. Ela sorria de um jeito apaixonante na direção dele fazendo com que as novas amigas e principalmente Ayla desconfiassem de algo.
― Como ele tem um chute tão certeiro?
Era difícil não notar o que estava acontecendo entre os dois. Por um instante ela se sentiu como um cupido fracassado, mas ver a sua amiga feliz fez com que ela ignorasse sua rivalidade contra o Arsenal por um momento.
― Parece que ele está te procurando. ― ela disse baixinho, na esperança que as outras não escutassem. ― Mesmo assim vocês ainda não tem a minha benção.
― Ayla? ― Paulinha bateu de leve no ombro da amiga. ― Nós viemos assistir o jogo do seu time, ok?
― Claro. ― ela sorriu, acompanhando o grito da torcida mesmo na derrota. ― Glória glória Tottenham Hotspur!
― E os Spurs vão marchando...
A partida foi muito tensa com faltas, empurrões e insultos entre os jogadores resultando na vitória do Arsenal. E assim que o estádio começou a esvaziar Paulina se despediu das novas amigas com abraços, enquanto isso Ayla observava tudo de fininho e com um sorriso falso no rosto pois seria difícil para ela admitir que está com ciúmes da amiga.
"Desde quando elas se tornaram ótimas amigas?" Ela pensou.
― Primeiro você me aparece com um namorado e agora tem novas amigas? ― ela ironizou. ― Lina? Você é mesmo uma caixinha de surpresas!
― Eu não tenho nenhum namorado. ― Paulina respondeu. ― Por favor, esqueça tudo isso, ok? E elas são as garotas do restaurante Benjamin's que eu te disse... Para de fazer drama!
― Hum... ― ela colocou a mão no ombro da amiga. ― Eu sei que você gosta dele.
― Para com isso. ― Paulina se distanciou entrando no corredor central. ― Vamos logo embora?
― Porque você está se fazendo de difícil? ― ela adiantou os passos. ― Lina, você sabe que ele gosta de você também.
― Eu já mandei você parar com isso! ― Paulina virou o rosto para que não aparecesse na frente das câmeras. ― Ayla, o que você está fazendo? Eu sei muito bem que você não gosta dos jogadores do Arsenal porque o time é o seu rival.
― É, eles são...
― Então porque está falando isso? ― Paulina a interrompeu.
― Porque eu sei que você gosta dele. ― Ayla disse séria. ― Você é minha melhor amiga e minha irmã de pais diferentes...
― Ayla o que..
― Eu também não sou nenhuma egoísta! ― Ayla a interrompeu. ― Eu conheço a história todinha de vocês dois desde o pub e até a cafeteria do senhor Walker. E de como ele sempre foi um cavalheiro com você e por isso tem a minha benção. ― as duas amigas ficaram sérias, e depois sorriam animadas.
As duas melhores amigas estavam indo na direção do vestiário dos visitantes onde os jogadores do Gunners estavam comemorando a vitória por cima do rival.
― Paulina! ― Wallace gritou vindo na direção delas. ― Paulina nós ganhamos... Nós ganhamos!
― Wallace não corre! ― Damon gritou vindo atrás.
― Nós ganhamos! ― o garotinho repetiu ofegante.
― Ela já sabe disso. ― Ayla respondeu. ― Não se esqueça que nós estávamos assistindo ao jogo também.
― Ayla não seja tão chata com ele. ― Paulina respondeu, abraçando o garotinho animado. ― Nós ganhamos!
― Ei, o que vocês estão fazendo por essa banda? ― Damon olhou especificamente para a irmã. ― Será que tem uma explicação Ayla? Ou parece que alguém está mudando...
― Estou apenas ajudando a minha amiga! ― ela respondeu, revirando os olhos. ― A Lina precisa conversar com uma pessoa...
― Com quem? ― Wallace e Damon perguntaram juntos.
― Um namoradinho? ― Wallace sugeriu.
― Ei! ― Paulina encarou o garoto assustado. ― Quem te diz essas coisas? Um namoradinho? Ai meu Deus...
― Ele é um loiro cavalheiro. ― Ayla respondeu, sorrindo.
― O quê? ― Damon sussurrou ao se aproximar de Paulina. ― Ayla já sabe que o loiro do pub é o Martin Ødegaard?
― O quê? ― Ayla ficou indignada. ― Isso quer dizer que o Damon sabia o tempo todo? Eu não acredito nisso!
― Calma, por favor! ― Paulina se afastou um pouco da amiga. ― Ele simplesmente descobriu...
― Não é à toa que estou cursando advocacia. ― ele sorriu.
― Desse jeito você deveria ser um detetive. ― Wallace respondeu. ― Mas, agora eu quero saber quem é esse loiro?
― Não é ninguém não garoto. ― Ayla segurou a mão do irmão mais novo. ― Ei, chatinho, o que você acha da gente visitarmos um pouco o estádio do meu time?
― Eu não quero. ― ele fez uma carreta. ― Eu estaria traindo o meu time se chegasse um pouquinho perto do vestiário.
― O quê? ― Ayla apertou a mão do garoto. ― E naquele dia que eu tive que acompanhar vocês dois no Emirates Stadium? Eu estava traindo o meu time, garoto?
― Tá bom! ― ele se soltou balançando os braços. ― Vamos logo antes que eu me arrependa. ― os dois foram na frente.
― Vai atrás dele? ― Damon perguntou e em seguida coçou os cabelos pensando no que dizer. ― Hum... É melhor você não pensar muito. O Martin deve estar no vestiário comemorando a vitória. ― ele sorriu. ― Certeza que ele ficaria muito feliz em vê-la.
― Obrigada! ― ela sorriu um pouco envergonhada. ― Damon...
― Agora deixa eu ir antes que aqueles dois brigam e quebram alguma coisa muito importante... ― ele acenou com a mão antes de ir embora. ― Tchauzinho Lina!
Paulina respirava fundo a cada passo que dava e seu coração batia mais forte com a aproximação do vestiário. Não apareceu ninguém no corredor que pudesse atrapalhar sua decisão de ver seu amado, mas o que ela não esperava era que nem tudo estava ao seu dispor.
― Quem é você? ― perguntou a loira de braços cruzados ao lado de outras mulheres. ― Quem te deu autorização para chegar tão perto dos jogadores?
― Principalmente usando essa roupa aí. ― resmungou a morena. ― A gente não vamos te deixar entrar!
❤️🤍
𝙴 𝚗𝚘́𝚜 𝚎𝚜𝚝𝚊𝚖𝚘𝚜 𝚌𝚘𝚖𝚘?
𝕾𝖊𝖓𝖙𝖎𝖓𝖉𝖔 𝖔 𝖌𝖔𝖘𝖙𝖎𝖓𝖍𝖔 𝖉𝖆 𝖑𝖎𝖉𝖊𝖗𝖆𝖓𝖈̧𝖆!!!
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