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❚ Capítulo ❸❾

▬▬▬▬ ❝ PAULINA SOARES• 🥰

'🏟️⚽'

{Antes do jogo uma surpresinha}

        u não acredito no que estou vendo. Jogadores de time rival na maior harmonia de todas! Posso apostar que nem mesmo a Ayla esperava por isso, e pelo seu semblante até parece que ela está gostando de vê-los unidos assim. Não sei porque, mas eu também estou gostando... Eles são incríveis.

― Oi meninas. ― Gabriel Martinelli disse nos olhando. ― O Richarlyson estava querendo impressionar vocês era? Milagre isso acontecer num é mesmo amigo? ― ele riu.

― Ele não precisa dançar para me impressionar. ― Ayla se manifestou de primeira. ― Ele é incrivelmente perfeito do jeito dele diferentemente de você.

― Calma aí. ― digo puxando ela de novo. ― É o modo de dizer Ayla. Você não precisa...

― Claro que não. ― Ayla apontou para os outros jogadores dos Spurs, e depois para o Gabriel Martinelli. ― Não sei se você percebeu mais é você quem está sobrando aqui!

Houve um silêncio constrangedor. Eu sabia que tava demorando muito para ela se soltar em relação à torcida dos Gunners e sua rivalidade incomum. Fiquei pouco tempo escutando o Wallace falando muito sobre eles, mas foi o bastante para imaginar a minha amiga sendo presa pelos guardas vermelhos do Rei Charles III da Inglaterra.

― Ignora ela por favor! ― digo entrando em sua frente. ― É que ela fica muito emotiva em relação aos jogadores do Tottenham... Principalmente vendo os próprios namorados. Espera aí, eu quis dizer os próprios jogadores favoritos!

― Lina, o que você pensa que está fazendo? ― ela me encarou.

― Eu tô tentando te salvar é isso. ― soltei um sorrisinho. ― Você não pode fazer um barraco aqui. Não estamos em casa!

― Ei, rapazes, o caminho é por aqui. ― escutei a voz de uma funcionária esportiva. ― O outro time já está vindo e precisam de espaço!

― Nós estamos em casa sim! ― Ayla ignora a funcionária, e me olhou arqueando as sobrancelhas. ― Aqui é o estádio do Tottenham! O Tottenham Hotspur Stadium e por isso...

― Não começa! ― digo a interrompendo. ― Me desculpe, mas a minha mana aqui está muito emotiva e por isso estamos indo...

― Eu não vou a lugar nenhum! ― ela cruzou os braços.

'Desde quando a Ayla é teimosa?' Olhei tentando procurar os jogadores do Tottenham e percebi que eles já tinham ido embora. Apenas restava Gabriel Martinelli que parecia estar perdido em meio a nossa pequena discussão.

― O que você está fazendo aqui ainda? ― a pergunta foi tão dura que fez o pobre jogador ir embora. ― Quem ele pensa que é para falar assim com o meu pombo querido? Com o meu Richarlyson!

― Ayla, também não precisava falar assim com o Martinelli. ― digo. ― Você não percebeu que eles estavam brincando?

― Porque você tá defendendo ele, Paulina? ― ela me encarou, ignorando tudo o que estava acontecendo ao nosso redor. ― Você está torcendo por Gunners? Isso é por causa do Wallace hein?

'O que eu deveria dizer agora?' Talvez 40% fosse por causa dele. Mas e o restante? Eu deveria contar a verdade sobre o meu "quase romance" com o capitão do Arsenal? Melhor não. A minha amiga dramática não me perdoaria por isso.

― É que... ― houve um silêncio.

Não posso dizer a verdade. Me virei querendo ir embora daquele ambiente, quando fui surpreendida pelos próprios jogadores dos uniformes vermelhos que para o meu azar eles me reconheceram. Não importa o que eu faça, eles sempre vão aparecer na minha vida? Parece que sim, desde aquela escala em Portugal.

― Paulina? ― Tomiyasu disse me reconhecendo de longe. ― É você mesmo?

― Claro que é. ― Saka respondeu. ― E ela está usando o uniforme do rival.

― Será que eles brigaram? ― comentou outro jogador que parecia ser novato.

― Oi? ― digo em um sussurro.

― Foi. ― Xhaka respondeu. ― E acho que eles ainda não fizeram as pazes.

Me virei para a Ayla que não estava entendendo nada, e pelo o seu olhar julgativo eu teria que explicar tudo depois. E para piorar alguns dos outros jogadores passaram pela nossa frente cochichando, e isso me deixou muito intrigada.

― Impressão minha ou eles estão olhando para você? ― ela perguntou.

― Acho que não é impressão não. ― eu virei o meu boné. ― Ayla eu vou em um banheiro feminino ali, ok?

― Tá bom. ― ela sorriu, me assustando um pouquinho. ― Mas não demora.

― Certo. ― respondi cobrindo o meu rosto com a mão. ― Só assim você aproveita para olhar para os seus jogadores queridos!

        esmo não conhecendo direito o Tottenham Hotspur Stadium parecia que eu não iria me perder tão facilmente. E assim fui guiada pela minha intuição que não me levou tão longe assim, fazendo com que parasse em um corredor grande e silencioso.

― Poxa! Porque essas coisas só acontecem comigo? ― digo me escorando na parede. ― Isso tudo ficou tão frustrante! Eu só queria um momento de paz... Espera? ― fui deslizando até o chão. ― Porque não estou escutando barulho nenhum? Será que encontrei o portal do céu e não sabia? ― eu sorrio fechando os olhos delicadamente. ― Só falta um anjo aparecer aqui bem diante dos meus olhos...

― Oi? ― alguém disse.

Aquela voz era reconhecível em todos os sentidos. 'Será que Deus me escutou?' Eu rapidamente abri meus olhos me deparando com o meu anjo da guarda usando seu perfeito uniforme vermelho.

― Tudo bem? ― ele estendeu a sua mão, e eu a aceitei. ― Aconteceu alguma coisa?

'Porque diacho o meu loirinho está aqui? Porque ele está me olhando desse jeito?' Ele sorriu, aquele maravilhoso sorriso!

― Só a pressão de estar aqui. ― digo um pouco sem jeito. ― Aliás, muito obrigada!

― Por nada. ― ele sorriu, soltando a minha mão. ― O que estava fazendo aqui?

Uma onda de emoções surgiu dentro de mim, acompanhada das lembranças daquele dia na festa onde fiquei sozinha e fiz coisas que não deviam.

― É, aliás... Sinto muito por aquele dia! ― respondi tentando não olhar para os seus belos olhos claros. ― Eu estava bêbada e por isso...

― Tudo bem. ― ele respondeu, me interrompendo. ― Não precisamos falar sobre aquilo.

― Ok.

― É passado.

'Como que ele consegue fazer isso?' Fiquei ainda escorada na parede pensando em várias coisas, antes de tomar coragem para lhe contar o que meu coração sentia naquele momento enquanto estava ao seu lado.

Eu esperei fundo.

― Fico impressionada com o destino. ― digo. ― Não importa o que aconteça ele sempre tenta nos unir de novo…

'Como que ele consegue fazer isso?' O que meu coração sentiu por ele desde o momento que o conheci no avião é difícil de explicar. Assim, como as diversas coincidências da vida que faz a gente nos encontrar sempre.

― O destino? ― ele questionou.

― Sim. ― assenti. ― É como se o destino gostasse de nos ver juntos hahaha! Fico impressionada com isso, sabe?

― Eu também. ― ele sorriu. ― Eu não acredito em destino. Eu acredito que Deus é o único que pode realizar sonhos e criar propósitos em nossas vidas.

― Propósito? ― indaguei e me aproximei dele, lembrando da minha mãe. ― Acredita em Deus?

― Sim.

― Acredita que possamos virar um casal? ― eu rir de mim mesma. ― Hahaha, estou tão nervosa que parece que estou bêbada! 

― Apenas fique calma. ― ele riu.

― E a parte do destino? ― ergui os meus ombros.

― Parece ser verdadeiro. ― ele assentiu. ― Mas, com um toque de propósito.

Eu estava sentindo algo diferente. Uma enorme explosão de sentimento surgiu dentro de mim com a aproximação dele.

― Desde o momento que te conheci, Paulina. ― ele continuou. ― Eu sabia que algo diferente tinha acontecido...

― E isso significa o quê? ― perguntei.

― Só pode significar uma coisa.

Ele estava próximo demais. Era como se existisse apenas eu e ele no universo... Eu podia sentir sua respiração e de imediato, fechei os meus olhos com a iniciativa que ele teve de me beijar ali mesmo, percebendo a minha vontade também. Em fração de segundos nós dois estávamos conectados em um único selo de amor... Era um beijo totalmente diferente dos outros. Nós dois estávamos sóbrios e queríamos muito aquilo que abriu os verdadeiros e sinceros sentimentos.

― Capitão? ― Tomiyasu disse acabando com toda a nossa conexão. ― Perdão! Eu não queria te atrapalhar...

― Tudo bem! ― nós dissemos em uníssonos.

― Só me pediram para te encontrar. ― Tomiyasu completou coçando o cabelo sem jeito.― Eu não queria atrapalhar!

Me afastei rapidamente do meu loirinho. 'O que foi que acabou de acontecer aqui?' E sem pensar duas vezes sair correndo do corredor sem olhar para trás. O meu coração está acelerado e eu não acredito que a gente nos beijamos outra vez!

― Paulina! ― Ayla gritou me tirando dos pensamentos. ― Ainda bem que eu te encontrei, garota. ― ela se aproximou de mim, me analisando. ― Aconteceu algo?

― Sim. ― respondi, friamente.

― Lina! ― ela se espantou. ― O que foi que aconteceu?

― Eu encontrei o loiro.

― Ai meu Deus, o seu loiro está aqui? ― Ayla perguntou bastante animada. ― Será que hoje é o grande dia que vou conhecer o meu... Cunhado? O famoso loiro do pub?

― Sim. ― eu respirei profundamente. ― E a gente nos beijamos…

No mesmo momento os dois jogadores do Arsenal passaram pelo nosso lado, e eu mal consegui olhar para o Martin. Uma coisa passou pela minha mente e decidi que havia chegado o momento exato para contar a verdadeira identidade do meu loirinho. Ela merecia saber a…

― Ayla? ― digo. ― O loiro do pub sempre foi...

― Diga de uma vez! ― ela me sacudiu, curiosa. ― Lina, diga de uma vez o nome do seu loirinho do pub!

― É, o Martin Ødegaard. ― respondi, deixando a minha amiga de queixo caído. ― Eu estou perdidamente apaixonada por ele!

𝖬𝖾𝗇𝖼𝗂𝗈𝗇𝖺𝖽𝗈; F o t i n h a, d e l e ❤️‍🔥🥂

𝖬𝖾𝗇𝖼𝗂𝗈𝗇𝖺𝖽𝗈; Genteee que jogo foi esse??? 🥲🙃🤔😡🤍❤️

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