No dia seguinte, quando Az voltou para a casa após o almoço o recebi com um abraço extremamente apertado. Ele me segurou perto de si com um de seus braços por um bom tempo, até nos afastarmos e nos encararmos olho a olho. Azriel tinha algo, eu não sabia o que, mas me mantinha interessada em si.

—Pedi secretamente um favor para Nuala e Cerridwen – ele sussurrou em meu ouvido e sorriu quando as mesmas apareceram atrás de mim

               Dei um último olhar para ele antes de subir para meu quarto com as gêmeas. Elas prepararam um banho para mim e quando terminei, um lindo vestido preto foi escolhido para a ocasião. Nuala fazia ondas em meu cabelo enquanto Cerridwen arrumava algumas joias prateadas em minhas orelhas e em meus pulsos. Quando estava tudo finalizado, as mesmas desceram comigo para o salão onde um Azriel tranquilo me aguardava. Suas asas estavam a mostra, baixas e ele estava relaxado.
               Azriel então sorriu quando me viu, caminhando em sua direção. Ele depositou um beijo em minha testa e assentiu agradecendo as gêmeas que deixaram o lugar. O mesmo me segurou de lado com toda a sua força e nos atravessou para fora de casa. Fomos parar no Rita's, o local onde nos reunimos ontem para jantar com todos juntos.

—Vamos comer no Rita's novamente – perguntei e Azriel negou

—Vou te mostrar Velaris à luz das estrelas – ele disse apontando para a ponte que ficava a frente do local, a ponte que estávamos encostados ontem a noite.

               Nós caminhamos além dela, passamos por um lindo lago, era encantador como a luz das estrelas deixavam cada lugar ainda mais bonito com seu brilho. Azriel sorriu ao me ver encantada com cada detalhe. Paramos em frente a uma cabana, o que parecia ser bem pequena. Azriel então destrancou a porta e entramos, o lugar por dentro era encantador.
               Era pequeno, porém tão organizado e aconchegante, o cheiro ali era delicioso.

—Venho aqui sempre que preciso de paz – ele disse terminando de fechar as portas – Você é a primeira pessoa que trago comigo. Quero dizer, a primeira pessoa que vem aqui por vontade minha. Cassian e Rhysand já vieram aqui, mas não foi com minha autorização e eles tentaram me levar de volta para a corte.

—Confia demais em mim para me trazer ao seu lugar secreto – falei olhando cada detalhe do lugar

—Porque não confiaria? – ele perguntou em meu ouvido

—Porque sou uma estranha, não conviveu tempo suficiente comigo para saber se sou boa de verdade – falei e me virei. Puta merda. Quero dizer, porque acha que pode confiar em mim?

—Porque você é a fêmea mais linda e intrigante que eu ja vida em minha vida toda – ele disse me pegando em seu colo, revelando minhas coxas quando o vestido automaticamente abriu por conta da fenda – e porque eu sinto que posso.

               A fêmea mais linda, eu acreditei em suas palavras quando não consegui mais ficar longe de seus lábios. Azriel selou-os com os meus em um beijo extremamente desesperado, mas para nós, era como uma dança em meio a multidão de sentimentos que frequentavam ali.
Azriel beijou meu pescoço enquanto caminhava até a mesa maia próxima do local, me colocando sobre ela. Quando menos esperei, Azriel estava sem suas roupas, seu corpo nu um tanto que suado e um sorriso espetacular. Suas mãos passearam pelas minhas pernas, acariciando toda a região enquanto o mesmo depositava beijos por onde passava. Em segundos, minha calcinha estava em suas mãos. Depois, ele subiu a barra do meu vestido deixando minha parte de baixo completamente descoberta.

—Não vai terminar de tira-lo? – perguntei me referindo ao vestido

—Acha que preciso? – ele disse sorrindo quando se aproximou de mim

Um grunhido foi a resposta que ele precisava, quando senti Azriel dentro de mim. Suas mãos seguraram meus cabelos, puxando-os para trás. Minhas mãos ficaram onde estavam, segurando com força a borda da mesa. Azriel se divertiu com meu pescoço enquanto fazia movimentos extremamente calculados dentro de mim. Suas sombras dançaram em volta de nossos corpos. Foi ainda melhor do que a primeira vez, com Azriel é bom, é magnífico.

《 ✮ 》

—a mais de 500 anos sem... sexo? – perguntei enquanto acariciava os cabelos de Azriel – tipo, como?

—talvez eu nunca tenha encontrado o alguém certo – ele falou abraçando minhas pernas enquanto olhava a lua da janela

—e porque comigo? – levantei sua cabeça para mim

—porque com você me sinto confortável, seguro – ele disse – sinto que em você encontrei esse alguém que tanto procurei.

              Sorri para ele e então o mesmo selou nossos lábios com vários beijinhos carinhosos. Concordamos em voltar para casa amanhã quando acordássemos.
               Assim foi feito, logo pela manhã, Azriel e eu saímos dali. Antes que pudéssemos ir para casa, Az voou por toda Velaris comigo, era linda, transbordava paz e felicidade.
               Quando chegamos, a casa estava cheia, mais do que o normal. Estavam todos felizes enquanto conversavam, então aos poucos foram notando nossa presença.

—a casa está cheia irmão – Azriel sorriu para Rhysand

—e está de bom humor, que ótimo – Rhys piscou

—Aurore, vem conhecer as meninas – Mor me chamou, dei uma última olhada para Azriel e segui para o lado dela – Essas são Emerie e Gwyn, parte das Valquírias junto de Nestha.

               Elas sorriram para mim e eu retribui, logo me apresentando. Mas meus olhos pararam na figura feminina idêntica a Rhysand, exatamente idêntica.

—E essa é a irmã de Rhys, Eilsha – Morrigan falou quando a fêmea finalmente sorriu para mim

—Azriel, você tem um bom gosto – ela disse alternando seu olhar de mim para ele que ficou envergonhado pela brincadeira – você é linda menina.

—obrigada, você então – retribui o elogio

—Aquele é Lucien, o parceiro de Elain – Mor por fim terminou de apresentar as figuras novas da casa

               Ele então sorriu e eu retribui o sorriso. Logo Azriel ja havia voltado ao meu lado. Sara nos olhou com um lindo sorriso em seu rosto e senti meu rosto avermelhar.

《 ✮ 》

—Onde estava ontem a noite? – Sara perguntou entrando em meu quarto toda sorridente

—Azriel me levou para passear por Velaris – falei

—E então passaram a noite juntos – ela falou e eu assenti – gosta dele?

—que? – falei espontaneamente

—perguntei se gosta dele – ela disse sorrindo – a meses atrás você não queria nem entender o porque ele estava em nosso chalé, o chamando de estranho, com medo de ser perigoso.

—Az me fez mudar de ideia, ele é bom – falei sorrindo e ela retribuiu com um sorriso ainda mais lindo.

notas da autora:

pra quem bateu o pé de não
confiar em um estranho, Aurore
está super bem com o "estranho"
né?
juro, eu to amando escrever eles!