𝟬𝟬𝟳 | 𝐩𝐫𝐨𝐛𝐥𝐞𝐦𝐬 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐭𝐡𝐞 𝐬𝐩𝐫𝐢𝐧𝐠
Estava com um pouco de frio ainda, a roupa de couro que me fora dada não esquentava quase nada. Azriel estava terminando de apertar as facas pela roupa preta que estava em meu corpo.
—Tem certeza de que vai? Posso tranquilamente ir em seu lugar – ele disse se levantando
—Me treinaram para que eu ficasse trancada dentro de casa? – perguntei e o mesmo negou – ótimo, tenho certeza. Além do mais, Cassian estará comigo.
Azriel olhou no fundo dos meus olhos sem falar mais uma palavra, encarei-o de volta.
—Merda – Ele disse e me puxou pela cintura, minha respiração automaticamente ficou ofegante.
Fechei meus olhos e engoli em seco, sentindo apenas os lábios de Azriel em meu pescoço. De repente, meu corpo começou a esquentar mais do que uma lareira em chamas.
O mesmo me afastou de si e olhou para trás rapidamente. Respirou fundo e me encarou de volta. Não me mexi, apenas engoli em seco novamente.
—Sabe o que precisa fazer, tem todas as coisas que precisa presa a você – ele falou com a voz falha– estará sozinha dentro da corte Aurore, precisara de todo cuidado possível.
— Será coisa rápida Az – falei enquanto subia no cavalo que me foi presenteado
—Não morra – ele falou e eu assenti – volte pra casa.
Assim deixei a casa seguindo em direção a montanha que me fora mandado atravessar. Azriel tomou todo o cuidado em me avisar sobre não confiar em ninguém além daquela montanha, que eu precisava ser breve e deixar o aviso, voltar para casa em segurança era a única coisa de que ele precisava.
O caminho foi uma tortura, minha mente estava tão fora de si pensando no que haveria acontecido se não estivesse do lado de fora da casa, se estivesse... se quisesse ficar em casa.
《 ✮ 》
Ao entrar naquela corte, um arrepio por todo meu corpo me incomodou o bastante para querer voltar logo para casa. Caminhei ao lado de uma moça não tão alta, vestida totalmente de cores branco e azul, passamos por cômodos. alegres como qualquer primavera que tínhamos na aldeia.
—Senhorita Courto – um macho loiro, alto veio de encontro – me avisaram sobre sua vinda. Venha, temos coisas a tratar.
A moça parou onde estava e me deixou seguir o macho até uma sala enorme, similar a uma biblioteca.
— Sinto muito pelo seu pai, ele era um homem bom – o macho falou, ele conhecia meu pai? – não sei sobre o que meu velho amigo falou sobre mim, receio que já tenha o conhecido.
—Azriel? – perguntei e o mesmo negou
—Lucien – ele falou e eu neguei, nãohavia conhecido o macho que citou – bom, de qualquer forma, Tamlin é meu nome. Venha, vou entregar a ti o que Rhysand me pediu.
Ao andar vi a semelhança de Tamlin com a corte, com a primavera, seus olhos verdes como a grama de um jardim florido, suas roupas de certa forma lembrava as flores da primavera.
Tamlin me entregou uma bolsa preta, com um peso um pouco acima do que eu esperava, e dois livros. Dois livros grandes.
—A bolsa para Rhysand – ele falou – tem a quantia que foi combinado. E um dos livros... – ele deu uma grande pausa, respirou fundo – entregue para Feyre. Entregue os dois livros para Feyre.
Assenti com um meio sorriso de lado. Logo deixei aquele grande lugar. Estava tarde demais para voltar direto para casa.
Encontrei uma gruta pelo caminho e me abriguei ali com Cassian, que ficou o tempo todo de guarda para o lado de fora da corte, um pouco afastado. A noite era ainda mais linda do que eu imaginava, mas não se comparava com a noite na corte noturna.
Antes que eu pudesse me deitar em qualquer lugar para dormir, comecei a ver sombras, sombras se mexendo. Fechei os olhos tentando afastar aqueles pensamentos que eu achava ser apenas ilusões depois de um dia sem comer. Quando abri-os de novo, dois soldados com roupas coloridas, as mesmas da corte primaveril, me golpearam com um soco.
Cai sem dizer uma palavra, sorte minha Azriel ter colocado facas em meu traje. As peguei e me levantei vendo os dois de costas. Tarde demais para golpeá-los, eles eram ótimos na perspectiva.
—Tolice sua senhorita Courto, vir até aqui a mando de Rhysand – a mesma moça de mais cedo falou e se virou para conversar com o outro soldado
—Tolice é virar as costas para um inimigo – falei me levantando e a golpeando por trás
A Mulher caiu de joelhos, ainda respirando fracamente. Então, a acertei com um golpe na cabeça. O outro soldado veio a atacar-me, mas parou quando Cassian acertou sua barriga.
—Preste atenção – falei olhando em seus olhos com raiva – volte para casa e avise que, a partir do momento de agora, não precisamos mais do seus serviços e somos oficialmente inimigos.
Ele se levantou com dificuldade e tentou caminhar, mancando e com uma de suas mãos na barriga. Ao ver o mesmo sair dali, Cassian me olhou com orgulho e decidimos voltar para casa naquela noite fria, escura e além de tudo, bonita.
《 ✮ 》
Ao chegar em casa, encontrei com Sara que me abraçou assim que desgrudei de Cassian.
—Que bom que voltou – ela falou e eu assenti
Logo vi Azriel vir correndo até mim, o mesmo me abraçou e eu retribui. Quando nos soltamos, entreguei a bolsa para ele e fechei a cara.
—Estamos em guerra, não são nossos aliados – falei mostrando a mancha roxa em meu braço – são nossos inimigos.
Cassian caminhou até nós tranquilamente e respirou fundo. Me olhou e assentiu.
—Ja sabíamos – Rhysand falou surgindo atrásde Azriel e pegando a bolsa de sua mão – mandamos você lá para pegar o que é nosso por direito.
Azriel não falou nada, apenas concordou. Ele estendeu os braços e eu o olhei estranho. Entreguei os livros e caminhei para dentro da casa com raiva. Fui direto para meu quarto, Nuala e Cerridwen prepararam um banho e lá fiquei por horas.
As gêmeas foram dispensadas do quarto quando alguém entrou no mesmo. Era Azriel, me encolhi na banheira para cobrir partes do meu corpo.
O mesmo parou longe, de lado e não olhou para mim se quer um minuto.
—Você foi ótima – ele disse olhando para o chão – agradeço por ter ido em nosso lugar.
—Ficaria ainda mais brava se não tivesse me deixado ir – brinquei com a água – tem mais alguma coisa que andam escondendo do mero brinquedinho de vocês?
—Você não é nosso brinquedo... Aurore – ele balançou a cabeça tentando não olhar – e há tantas coisas que ainda saberá, quando for a hora.
Resmunguei. Ele respirou fundo. Sai da banheira sem ter o trabalho de me envolver em uma toalha. Meus pés molharam o caminho que fiz até ele. Ele continuou de cabeça baixa enquanto parava em sua frente.
—Olha pra mim – falei e ele não olhou – Azriel, olha pra mim.
Seus olhos passearam por todo o meu corpo, dos meus pés até meus olhos.
nota da autora:
fazia um tempinho que
não tinha atualização né,
mas eu voltei!
até o próximo capítulo e
não se esqueçam de beber água!
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