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|0.4| O MAPPA, O JARDIM E O PALAZZO.

"Deixai toda a esperança, vós que entrais.
Estas palavras em letreiro escuro
escritas vi por cima de uma porta;
e disse: ''Mestre, o seu sentido é duro''.­
Então ele, avisado, me conforta:
Convém deixar aqui temor secreto;
convém toda a vileza seja morta."- A Divina Comédia, Dante Alighieri.

⊰⊱

OS RAPAZES não disseram nada a viagem inteira e quando chegamos na casa de Bobby Singer, senti quase de imediato que já conhecia aquele lugar. Um homem de idade, usando um boné azul surrado e camisa de flanela nos recebeu na porta.
- Quando disseram que viriam, imaginei a merda que tinha dado.
- Obrigado pela confiança, Bobby - Dean comentou.
- Nada pessoal - O velho deu de ombros. Ele olhou para mim e o olhar suavizou.- Espero que esteja melhor.
- Um pouco - Hesitei um momento e continuei.- Como conheci você?
- Seu pai caçava - Respondeu e meu queixou quase caiu. Os meninos estavam tão surpresos quanto eu.- Mas ele queria que você ficasse fora disso tudo, então você ficava com a sua mãe. Até que... ele acabou morrendo em uma das caçadas, e eu fui até sua casa dar a notícia. Prometi a ele antes de morrer que cuidaria de você e de sua mãe.
Eu me vi sem chão naquele momento, Sam deu um passo à frente e me segurou pelos ombros, eu agradeci mentalmente, afinal eu teria caído se não fosse por ele.
- Como ele morreu? - Sussurrei a pergunta, minha garganta estava tão seca que chega arranhava.
- Foi um lobisomem.
Mesmo não me lembrando de seu rosto eu era capaz de sentir a imensa dor da perda comprimindo meu peito. Essa sensação era parecida com o que senti ontem com aquele cão invisível encima de mim.
- E minha mãe? - Perguntei. Seria possível que eu não tivesse mais ninguém?
- Ela também morreu, alguns anos mais tarde de câncer.
Minha respiração falhou e finalmente o choro veio. Me virei para Sam e o abracei, escondendo meu rosto em seu peito. Quanto mais descobria sobre meu passado, mais me questiono se realmente quero conhece-lo.
Houve um momento de comoção onde ninguém emitiu qualquer som até que eu estivesse composta outra vez.
Me afastei de Sam e então abracei Bobby. Seu rosto, agora eu conseguia reconhecer. Sempre ali, no funeral, no hospital e depois novamente em um funeral. Bobby era a única pessoa que tive por anos.
- Desculpe por esquecer de você - Falei.
- Não foi culpa sua, querida.
Respirei fundo e me afastei, secando o rosto.
- Bobby, eu quero que me diga tudo que eu falei quando te procurei.
Ele concordou e começou:

- Você chegou e era bem tarde quando bateu na porta. Eu achei estranho, você nunca vinha sem avisar e quando entrou parecia muito nervosa, nunca tinha visto você assim antes. Você disse que vinha tendo a sensação de estar sendo observada e que seu apartamento foi invadido naquela noite. Então eu tomei a decisão de te mandar até os Winchester.
- Eu fiz alguma suposição sobre o motivo de estarem atrás de mim?
Perguntei ansiosa.
- Você não estava em seus melhores dias, parecia cansada e estava muito agitada - Falou.- Contou uma história sobre um tal pintor... eu não me lembro agora do nome, e depois de como ele escondeu a palavra "Cerca Trova" em um quadro, você disse depois que precisava encontrar antes deles, acredito que sejam os demônios que estavam atrás de você.
- Eu estava ficando maluca.
Afirmei cobrindo o rosto com as mãos, quase chorando novamente.
- Não - Dean falou.- Não estava, isso faz sentido. Você deveria saber o paradeiro de algo muito importante, significa que virou alvo daqueles monstros. Não seria a primeira vez que isso aconteceria.
- Mas o que de tão importante ela saberia? - Castiel indagou.
- Um objeto, sem dúvidas - Sam especulou.
Então eu mesma me questionei. O que eu deveria saber de tão importante para que demônios me perseguissem? Minha mente tem sido um lugar confuso, mas de uma coisa eu acredito ter certeza; não é algo. Não é um objeto. Eu sinto que não. É um lugar.
Um lugar obscuro, sombrio, tão escondido embaixo da superfície que não é nem mesmo possível ver o céu ou as estrelas.
- Não - Falei, todos se voltaram para mim, parando de falar.- Não é um objeto é um lugar. Uma lagoa... a lagoa que não reflete as estrelas.
- O que isso significa? - Castiel perguntou.
- Eu não sei! - Respondi.- Gostaria de saber, mas as palavras surgem aleatórias dentro da minha cabeça e eu tento colocá-las em ordem... mas de uma coisa eu tenho certeza, é lá que os demônios querem chegar, por algum motivo, e eles querem que eu mostre o caminho a eles.
- Isso faz muito sentido - Bobby concordou.- Ah, claro, tem outra coisa.
Bobby se afastou e quando retornou carregava uma grande folha de papel dobrada.
- Você me entregou isso.
Eu apanhei a folha e abri, quase soltei um grito quando vi a imagem horrenda pintada. Morte, miséria, dor e no fim o próprio Satan, três cabeças famintas engolindo homens inteiros. Quando passado o susto inicial, consegui raciocinar melhor e entender toda a imagem. Eu a conheço!

- O Mappa dell'Inferno, de Botticelli - Falei, um entusiasmo tomando o lugar de qualquer outra emoção.- Essa é a representação mais fiel ao Inferno criado por Dante ja vista, foi pintada por Botticelli em 1490. Mas, por que eu daria algo assim para você?
- Como disse; você não estava nos melhores dias. Quando me entregou isso parecia bem aflita e assustada, pediu que eu escondesse muito bem e que só devolvesse para você.
Bobby respondeu. Novas informações, novas peças para juntar... por que parece que tudo só piorou? É como um cubo mágico, quando resolvo uma face a outra se desmonta e assim sucessivamente.
Sam pegou o mapa de minhas mãos e passou a analisar junto ao irmão e do anjo.
- Isso é incrível - Castiel murmurou.- É tão... real.
- O que você acha, Castiel? Alguma coisa relacionada a isso na rádio dos anjos?
Dean perguntou, mas Castiel fez que não com a cabeça.
- O que quer que os demônios estejam tramando está muito bem escondido dos anjos.
Eles continuaram conversando, até que Castiel disse que ele mesmo iria tentar descobrir novas informações e simplesmente sumiu no ar. Tanta maluquice só me deixaria ainda mais desacorsoada.
O Mappa de Botticelli é apavorante, realmente causa arrepios, eu quase não sou capaz de observa-lo por inteiro.
- Isso aqui - Apontei para Satan no último círculo infernal.- Está pintado no Batistério. Aquele que falei. Fica no alto e sempre que Dante entrava se sentia apavorado.
- Como sabe disso?
Dean perguntou.
- Eu... não tenho idéia, apenas... sei - Respondi.
Voltei a analisar o Mappa. Por que é tão importante que eles não o encontre? Comecei a analisá-lo melhor...
- Isso está errado.
- O que está errado? - Sam perguntou se aproximando de mim.
- Os nove ciclos do Inferno pintados por Botticelli estão na ordem dos pecados capitais, mas... os ciclos estão invertidos.
- Como sabe disso?
Dean me pergunta.
- Eu estudo história da Arte, Dean.
- Então você não consegue se lembrar do seu sobrenome, mas reconhece que um quadro de 500 anos atrás foi alterado?
Eu o olhei aborrecida e rebati.
- Se não está satisfeito com a minha performance, a porta está bem ali!
Dean bufou e se afastou. Sam se aproximou mais de mim.
- Ele só está frustrado.
Murmurou.
- Ninguém aqui está mais frustrado do que eu, Sammy.
Resmunguei, meus olhos fixos no quadro. Houve um breve segundo de silêncio e Sam perguntou:
- Me chamou de quê?
Eu o olhei.
- De Sam.
- Não, você me chamou de Sammy.
- O que...? Não...- Eu murmurei. Será que chamei? Droga, agora minha memória só está piorando.- Desculpe, eu não sei porquê chamei você assim.
- Na verdade... você começou a me chamar assim quando...
Ele começou tímido, mas foi interrompido por Bobby.
- Não quero atrapalhar, mas encontrei algo - Ele nos indicou um ponto na imagem. Em um dos ciclos, entre duas pessoas afundadas de cabeça para baixo até a cintura no que parecia lodo, havia uma letra C.
- Isso não deveria estar ai - Afirmei. Continuei procurando e encontramos mais letras. Estavam fora de ordem, mas quando reorganizei os ciclos como deveriam ser, a palavra que tanto me persegue mostrou sua origem.
Cerca Trova.
- Então foi daqui que eu tirei a palavra - Concluí.- Por isso fiquei obcecada por Vasari.
- E o que isso significa?
Sam perguntou ansioso.
- Eu preciso ir a Florença. Preciso ver a Batalha do Marciano de perto, o quadro que Vasari escondeu as palavras.

- Itália é meio longe... eu preciso falar com Dean primeiro.
Ao dizer isso ele se retirou, mas eu não me importava com o que ele e o irmão iriam decidir. Eu vou para Florença de qualquer forma, seja acompanhada ou sozinha.
- Luna? - Bobby apareceu do meu lado com um livro grosso de capa vermelha. Era Inferno, de Dante.- Sempre acreditei nas suas intuições, acho que deve levar isso.
- Esse livro é meu...- Murmurei ao ver meu nome assinado na aba.
- Sim, você esqueceu aqui aquela noite. Tem algumas anotações que você iria querer ler.
- Obrigada, Bobby - Agradeço a ele.
Me sento em uma poltrona e abro o livro, a primeira coisa que encontro assinado na contra capa era: Neste dia, neste local, o mundo teve seu destino decidido.
O dia, depois de amanhã. O local... A lagoa que não reflete as estrelas.

⊰⊱

Sam concordou em pegarmos um vôo para Florença, mas Dean se recusava veementemente a entrar em um avião.
- Eu não vou entrar naquela coisa.
- Dean, você precisa se acalmar.
Sam pediu.
- Eu estou calmo, olha para mim. Eu estou dizendo calmamente que não entro naquela merda nem amarrado.
Eu revirei os olhos, estava exausta e irritada. Fui até Dean e o segurei pelos ombros.
- Agora me escuta bem, tem demônios tramando alguma merda muito grande que pode destruir o mundo. O único jeito que temos para evitar é entrando no avião, indo até Florença e sendo mais rápidos do que eles! Então você pode ficar aqui choramingando com medo de uma droga de avião ou vir conosco e salvar o mundo.
Ele me encarou firme e respirou fundo algumas vezes e depois concordou.
- Está bem, mas espero que tenham tranquilizante de leão, porque quero apagar a viagem toda.
Seguimos até o check in e logo estávamos dentro do avião. Dean tomou alguns calmantes e literalmente desmaiou. Sam não parecia preocupado com o avião e sim comigo:
- Como estão as coisas?
- Difíceis - Falei, cansada.- Toda essa carga emocional está acabando comigo.
- Você soou bem firme quando falou com Dean.
Eu sorri.
- Na verdade... eu gostei de assumir a voz da sensatez pelo menos uma vez - Eu faço uma pausa e continuo.- Até porquê... depois de como Bobby me descreveu, eu estava pirando.
- Você estava meio paranóica quando nos conhecemos. Estava... falando sozinha, e tinha alguns lapsos.
- Lapsos?
- Sim, como ausências. Saía do ar por alguns minutos e depois voltava sem saber o que aconteceu.
- E por que não me contou isso antes, Sam?! - Perguntei indignada.
- Não parecia importante no momento. Havia demônios perseguindo você, achei que você só estava muito cansada e traumatizada.
Respirei fundo e encarei a capinha azul que revestia o encosto da poltrona de frente.
- Você não sabe como aconteceu esse ferimento na minha cabeça?
- Não. Você sumiu, achamos que eles haviam conseguido te pegar. Ai Castiel localizou você naquele hospital, já sem memória.

Me sinto em um filme, correndo contra o tempo, perseguindo algo impossível de se ter.
- Eu só quero que isso acabe logo - Falei. Sam virou-se para mim e afastou uma mecha de cabelo caído em meu rosto.
- Vai acabar. Confie em mim, isso vai passar.
Balancei a cabeça concordando. Sam é tão doce e compreensivo.
- É uma droga não ter conhecido você em um momento melhor - Murmurei, olhando-o.- Talvez até poderíamos ser grandes amigos.
- Amigos?
Ele questionou em um tom engraçado.
- Provavelmente algo além de amigos - Respondi, mordendo meu lábio inferior e ele riu.
Sam se inclinou um pouco em minha direção.
- Eu também acho isso uma droga - Concordou. Ele estava tão perto, não foi difícil completar a distância que faltava e beija-lo.

⊰⊱

Eu me via novamente em meio as vielas da Cidade velha. Mas dessa vez a sensação era diferente, pois não sentia que era eu... ou apenas eu.
Caminhei alguns passos e um pouco ao longe avistei um homem. Ele segurava um livro grosso, capa vermelha, ele usava um gorro e uma longa bata de mangas compridas, igualmente vermelho.
- Beatriz - Falou quando me viu. Era a mesma voz que ouvi da outra vez.- Você está aqui.
- Eu não me chamo Beatriz - Falei.- Desculpe, mas eu não sou ela.
O homem tinha um nariz adunco e um queixo pontudo, assim que me aproximei mais e vi seus detalhes o reconheci.
- Você veio...
Ele voltou a murmurar, haviam lágrimas em seus olhos.
- Dante Alighieri - Falo parar diante dele.
- Beatriz - Repetiu com voz embargada. Olhei atrás dele e encontrei um enorme portão aberto, acima dele estava escrito algo em latim que não soube identificar.
- Por que fica me chamando assim? - Perguntei.- Eu não sou ela.
Ele nada disse, apenas ergueu seus olhos para o alto fitou o céu que antes estava claro, mas que agora ficava nublado com uma velocidade espantosa. A chuva começou a cair quase que imediatamente então só me restou afastar-me correndo e tentar me abrigar abaixo de um grande arco.
Dante não saiu do lugar, permaneceu embaixo da chuva até que eu não conseguia mais vê-lo atrás das grossas gotas de água.

Abri os olhos e percebi que o avião tinha pousado. Sam acordava o irmão, pois logo iriamos desembarcar. Uma sensação esquisita tomava meu corpo, lembranças de um sonho muito estranho. A expressão melancólica do poeta pareceu quebrar meu coração, eu quase podia sentir sua dor, sua saudade...
Saímos do aeroporto, Sam e Dean estavam totalmente perdidos ali, ambos me encararam.
- Certo, estamos aqui, e agora? - Dean indagou.
- Uhn...- Comecei, incerta. Não que não soubesse aonde ir, eu apenas não sabia por onde começar. - Vamos começar indo para a Cidade velha, onde Dante viveu, com certeza é lá que devemos ir.
Meus pés pareciam conhecer muito bem o caminho, pois costurava por entre as ruas apinhadas de turistas como um especialista. Os rapazes me acompanhavam.
Quando dei por mim estava correndo, tão grande era minha vontade de alcançar logo meu destino.
- O que está acontecendo alí? - Sam perguntou. Havia um enorme bloqueio de carros na entrada para a Cidade velha, um grande trânsito, mas fora isso tinha diversas viaturas policiais.
- É a polícia - Falo.- Estão atrás de alguém.
- São as nossas fotos!
Dean exclamou. - Mas acabamos de chegar...
- Demônios tem telefone? - Perguntei após ver um policial ficar com os olhos totalmente negros.- Ou internet? Porque definitivamente eles se comunicam muito rápido.
- Tem outra rota?
- Acho que não, a Porta Romana é a única de que me lembrei.
Eu olhei de um lado a outro, pelo menos não que eu me lembrasse. Atravessei a rua, o mais discreta possível e os outros dois me seguiram. Caminhei pela extensão do muro, tentando me recordar de ja ter estado aqui antes.
- Atrás desse muro ficam os Jardins de Boboli, é uma propriedade enorme, se entrarmos lá vamos ter acesso ao Palazzo Pitti, a distância até a Porta Romana de lá é curta, vamos conseguir passar.
- Como sabe isso tudo?
Dean perguntou.
- Ja estive aqui antes, fui a cada lugar dessa cidade - Falo.- As memórias estão chegando como um tsunami.
- Como chegamos aos Jardins?
Sam questiona.
Olhei em volta vi uma plataforma, meio escondida.
- Alí, venham!
Corremos até a plataforma e eu fui a primeira a saltar para outro lado do muro, Sam veio depois e Dean por último, ambos com habilidades que sugeriam não ser primeira vez que eles pulavam um muro.
- Esse lugar é lindo - Sam ofegou. Eu sorri.
- É, é sim.

Comecei a caminhar na direção do Palazzo, estranhei não haver turistas, mas logo descobri o motivo, todos estavam reunidos na entrada, sendo revistados e interrogados por mais polícias. Aparentemente todas as entradas estavam impossibilitadas.
- Merda! - Soltei, irritada.
- São muitos, não podemos com todos - Sam falou para o irmão, respondendo alguma pergunta que não ouvi ser feita.
- Algo realmente grande deve estar em jogo - Dean murmura.- Parece que todo o Inferno está empenhado em encontrar você.
- Tem outro caminho? - Sam perguntou.
Eu forcei minha memória, mas não consegui me lembrar de nada. O som de um farfalhar nas folhas chamou minha atenção, mas não havia nada lá, achei que fosse coisa da minha cabeça, até escutar o rosnado.
- Corram - Murmurei.- Cães Infernais.
Eram mais de um, com certeza, eram muitas respirações. Então eu comecei a correr, os outros me seguiram, disparei pelo bosque olhando para trás apenas para conferir se Sam e Dean estavam lá.
Desci correndo uma colina, os latidos dos cães estavam distantes agora, cheguei ao que parecia ser uma gruta, era bizarramente bonita.
Entrei e sentei no chão, tentando recuperar o fôlego.
- Eles ficaram para trás... eu acho.
Dean falou.
- Que lugar é esse?
Sam indagou.
- Acho que nunca estive aqui antes - Respondi. Outra vez ouvi os rosnados dos cães, eles pegaram nosso rastro. Fiz sinal de silêncio para os rapazes e adentrei mais a gruta, descobrindo que ela se dividia em três câmaras, cada vez mais escuras e com entalhes profundos. O som das passadas dos cães pela pedra, denunciou que eles estavam dentro da primeira caverna e logo nos alcançaria. Recuamos ainda mais para o fundo da câmara até que não havia mais para onde ir.
Pelo menos foi o que pensei, até que senti algo frio como metal e encontrei uma porta. Não tinha fechadura do lado de fora e algo me dizia que seria impossível arrombar.
Eu tinha uma chance de nos salvar antes que aqueles malditos monstros nos destroçasse, e é essa porta... desde que ela vá para algum lugar. Antes que eu batesse na porta, ouvi os cães se aproximarem da entrada para a última câmara, mas para meu alívio eles recuaram. Os passos recuaram.
- Boa notícia, não estamos mortos, notícia ruim... Estamos presos aqui - Dean sussurrou.
Me voltei para a porta e passei a esmurra-la. Os dois me olhavam sem entender e a porta demorou uns dois minutos para ser aberta por um segurança corpulento e mal-humorado.
- É limitato, non...
Eu me apresseu, com medo dos cães voltarem e disparei a falar:
- Abbiamo bisogno di aiuto... Per favore, sono incinta, è all'inizio ed è un rischio!! Ho un sacco di dolore e mio marito non parla italiano!
Enquanto falava, coloquei a mão em meu ventre e fiz a melhor expressão de dor para que ele acreditasse no que eu dizia. Falei que estava em início de gravidez de risco e estava sentindo muitas dores. O homem me encarou meio desconfiado:
- Scusa, ma non posso permettere a nessuno di entrare. È limitato.
Desculpe, mas não posso permitir sua entrada.
Ah, mas eu vou entrar sim. Impliquei ainda mais dor em minha voz e me agarrei ao braço de Sam.
- Ho bisogno di un posto dove sedermi, per favore. Un posto che può riposare fino all'arrivo del dottore.
O homem pareceu acreditar, e se comover com minha situação.
- Va bene ... solo pochi minuti.
Permitiu.
- Grazie - Agradeci. Entrei e Sam e Dean vieram atrás. A porta fechou e eu respirei aliviada.

Atrás da porta tinha um corredor e mais para frente outro portão, esse estava fechado com uma trava especial, com senha.
- Você fala italiano?
- Parece que sim - Respondi para Sam que estava bem surpreso.
- O que você falou para ele? - Dean perguntou.
- Que eu estou grávida e que estou com dores. Pedi que nos deixássemos entrar para descansar até que um médico chegasse.
Atravessamos o portão e chegamos em uma sala de controle pequena e sem muita coisa.
Segurei o braço de Dean.
- Tem que fazer ele desmaiar.
Falo.
- Por que?
- Porquê ele não vai nos deixar passar pela outra porta e não podemos voltar por onde viemos ou seremos mortos.
Ele concordou com a cabeça e caminhou lentamente por trás do homem, ele o agarrou e deu uma chave de braço fazendo com que o segurança desmaiasse pela falta de ar.
- Vamos!
Chamei e corri até a outra porta. Entrei e dei espaço para que os outros viessem também. Demos de cara com um longo corredor de pedra, com algumas janelas e todo coberto por tapeçarias. Mas não só isso.
Ao longo do corredor haviam algumas das obras mais raras e valiosas da história da arte.
- Que lugar é esse? - Sam perguntou. Eu finalmente reconheci o lugar... eu estive aqui antes com a minha turma e o professor Langdon.
- Esse é o Corredor Vasari - Eu respondo sem conter minha empolgação.

⊰⊱



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