𝗨𝗺𝗶𝗸𝘂𝗺𝗮̄𝗹𝗶𝗺𝗮
❝𝖤𝗎 𝗇𝖺̃𝗈 𝗌𝖾𝗂 𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗌𝖾𝗋, 𝗆𝖺𝗌 𝗌𝖾𝗂 𝗆𝗎𝗂𝗍𝗈 𝖻𝖾𝗆 𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗇𝖺̃𝗈 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗆𝖾 𝗍𝗈𝗋𝗇𝖺𝗋.❞
Friedrich Nietzsche.
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☪ ━ 𝖲𝗂𝗇𝖺'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖
Acordo sentindo algo no meu pescoço e logo sinto alguém apertar a minha coxa. Me viro contra a pessoa e pressiono o meu ante-braço sob o seu pescoço, o fazendo me soltar.
— Esqueceu que dorme comigo? — Noah pergunta sorrindo e eu o solto.
— Desculpa. — peço, me deitando sob o seu abdômen. — Você nunca me acordou assim, então eu pensei que era outra pessoa.
— Outra pessoa na mesma cama que você? Isso não iria acontecer nem se eu estivesse enterrado. — diz e eu olho para ele.
— Você sabe muito bem que se você morresse, o meu pai poderia me obrigar a casar com outro homem.
— Eu vou matá-lo antes que isso aconteça. — fico tensa com o que ele disse e o mesmo parece perceber. — Desculpa. Eu não queria fazer você se sentir mal.
— Está tudo bem. Ele deseja a minha morte tanto quanto eu desejo a dele. Mas, por incrível que pareça, eu ainda me importo com ele, e me odeio por isso.
— É normal você se importar com alguém que está fazendo mal a você, mas que foi muito próximo no passado. — diz e eu sinto que ele não estava falando do meu pai.
— Você se importa com ele, não é? — pergunto e ele me olha.
— Ele quem? — pergunta, fingindo estar confuso e eu reviro os olhos.
— Não aja como um idiota. Você sabe muito bem de quem eu estou falando. — falo e ele suspira.
— Você acha que se eu não me importasse eu não o teria matado ao em vez de tê-lo banido do país?
— E agora vai ter que matá-lo... — murmuro, sentindo seus músculos ficarem tensos.
— É o único jeito. Eu pensei que o afastando, ele se daria conta do que fez e continuaria sua vida em qualquer país e longe de tudo isso. Ele poderia ter tido uma vida normal, mas preferiu fazer uma vingança idiota por um motivo que ele mesmo causou.
— Se você pudesse escolher, teria uma vida normal? — pergunto e ele me olha.
— Não existe mais salvação para uma mente como a minha. Não tem como eu voltar atrás e deixar o Jacob no comando, enquanto eu viajo pelo mundo sem deixar um rastro de sangue.
— A Mary me contou sobre como você era antes... Você o culpa por ter se tornado assim?
— Não sei. Eu o culpo pela morte do meu pai, mas não pelo que eu me tornei. Sinto que eu iria me tonar um assassino sanguinário mais cedo ou mais tarde, o Jacob só fez com que eu me tornasse assim mais cedo do que eu pensei que seria.
— Você nunca imaginou que teria uma escapatória? — pergunto e ele me olha como se perguntasse se eu estava falando sério.
— Não, Sina.
— Nem uma vez se quer?
— Não, porquê isso é praticamente impossível de se imaginar quando você nasce nessa vida. Todo mundo que nasce nessa merda sabe que só tem uma maneira de sair dela, e você sabe muito bem qual é.
Morto.
— Eu sei...
— Você já pensou em fugir?
— Por que você acha que o meu pai me batia tanto? — pergunto e ele continua me olhando, como se esperasse que eu contasse mais sobre. — Eu vivia fugindo de casa para me divertir com pessoas que nem se quer imaginavam o que se passava na minha vida. Por algumas horas, eu realmente me sentia livre e feliz...
— Desconheço essas palavras... — Noah murmura e eu fico curiosa para saber do seu passado.
— Como foi a sua infância?
— Não foi. — diz e eu o olho confusa. — Você não acha que eu tive uma infância normal, não é?
— Eu tive até os meus dez anos. Pensei que você também tivesse até uma certa idade. — falo e ele sorri, negando com a cabeça.
— Eu não tinha brinquedos quando eu era pequeno. E quando eu falei para o meu pai que eu tinha medo do escuro, ele me deu uma glock quarenta e sete, e disse que eu não deveria ter medo do escuro, e sim do que tem dentro dele.
— Quantos anos você tinha?
— Seis. — responde, fazendo com que eu fique surpresa.
— Ele te deu uma arma com seis anos? — pergunto e ele assente, sem se importa com aquilo.
— Eu comecei a treinar com sete e a torturar com dez, mas eu não torturava muitas pessoas igual ao Jacob. Às vezes ele conversava com o meu pai para me liberar de algumas coisas, já que eu não precisaria ter tanto treinamento quanto ele.
— Na família em que você nasceu, ele até parecia um irmão legal.
— Eu achava que ele era... — Noah murmura e ficamos em silêncio.
Escutamos uma batida na porta e o Noah se levantou da cama, colocando um short logo em seguida - já que ele estava completamente nu.
— O que foi? — ele pergunta logo após abrir uma pequena brecha na porta.
Escuto o segurança cochichar algo, mas não consigo decifrar o que é. Vejo o Noah confirmar com a cabeça e ele fecha a porta logo em seguida.
— O que aconteceu? — pergunto me levantando da cama e colocando o meu roupão de cetim.
— Nada com o que você deva se preocupar. — diz e começa a se vestir.
— É claro que eu devo me preocupar. Você está nervoso. — falo e ele tenta sair do quarto, mas eu o impeço, ficando em frente a porta.
— Sai da frente, Sina. — pede, tentando manter a calma.
— Não até você me contar o que está acontecendo. — falo e tranco a porta, colocando a chave dentro do meu roupão.
— Acha mesmo que eu não vou ter coragem de arrancar de você?
— Se quiser arranjar uma briga eterna comigo, fique à vontade.
Noah respira fundo, irritado e senta na ponta da cama. Ando até ele e fico para na sua frente, com os braços cruzados.
— Eles pegaram o seu pai. — diz e eu descruzo os braços, ficando ereta. — E eu vou ter uma pequena conversa com ele agora.
Fico encarando ele por alguns segundos, até que tomo uma decisão.
— Eu vou com você. — falo convicta e ele nega com a cabeça.
— Não!
— Vou sim!
— Sina, eu sou capaz de tortura-lo quando o ver. Acredite em mim quando eu digo que você não vai querer ver isso. — diz se levantando e vindo até mim.
— Pode tortura-lo o quanto quiser. Eu não vou me importar.
— Que merda eu faço com você, mulher? — pergunta, demostrando irritação.
— Me deixa ir com você. — falo e ele suspira, desistindo de me contrariar.
— Vai se trocar. — diz e eu assinto, indo em direção ao closet.
Me visto rapidamente com um conjunto básico preto e volto para o quarto, destrancando a porta logo em seguida.
— Não acredito que eu estou fazendo isso. — Noah comenta assim que saímos do quarto.
— Fica tranquilo. Você nem vai perceber que eu vou estar lá.
— Esse é o problema...
Saímos de casa e entramos no carro que estava parado em frente a casa. Noah começou a dirigir e eu percebi que havia dois carros nos seguindo.
— Vai mesmo levar todos os seus homens?
— Não estou levando todos, apenas o necessário para garantir a sua segurança.
— Não consegue me proteger sozinho? — pergunto, provocando o seu ego.
— Consigo. Mas eles são para o caso de eu precisar de um plano B.
— E por que você acha que vamos precisar de um plano B?
— Não interessa o que eu acho. Estou apenas me prevenindo.
— Do Jacob?
— Sina.
— O quê?
— Cala a boca.
— Tá bom. — falo dando de ombros e ele olha para mim, estranhando a minha obediência.
— Eu não vou te jogar do carro, se é com isso que está preocupada. — diz e eu dou risada.
— Eu sei.
— Hum. — Noah me olha com um olhar desconfiado e eu faço um sinal para ele prestar atenção no trânsito.
Passamos alguns minutos na estrada, até que o Noah para o carro em frente a uma casa abandonada. Estranho o lugar, mas não comento nada sobre.
Entro na casa ao lado do Noah e sigo o mesmo até o andar debaixo da casa. Passamos por um corredor e paramos em frente a uma porta de ferro que estava trancada.
Noah abre a mesma, dando visão de outra escada. Descemos a mesma e seguimos por um corredor cheio de portas.
— Lugar subterrâneo. Gostei. — comento e o Noah continua olhando para frente, me ignorando completamente.
Paramos em frente a última porta do corredor e dois dos homens do Noah abriram ela, dando visão a uma sala grande com uma cadeira no meio.
Ele estava lá. Com correntes prendendo as suas mãos e os seus pés na cadeira, e havia sangue escorrendo pelo seu rosto.
Por um segundo eu me deliciei com aquela cena.
Entro na sala com o Noah e ele me olha, como se mandasse eu ficar ali e não me aproximar. Resolvo obedecê-lo e permaneço encostada na parede atrás de mim, com alguns guardas ao meu lado.
— Obrigou ela a vir? — Sebastian pergunta, intercalando o seu olhar entre o Noah e eu.
— Ela insistiu para vir.
— Vai mesmo me torturar enquanto ela vê tudo? — pergunta, dando um sorriso debochado.
— O que ela vai ver ou não, é problema dela, não meu. — Noah diz, sem demonstrar nenhuma emoção se quer.
— Não parece se importar tanto com ela agora. O que foi? Cansou de esperar ela te servir como uma vadia? — Sebastian pergunta e Noah dá um soco no seu rosto, o fazendo cuspir sangue.
— Sorte a dela que ela não vai se importar de te ver morrendo aos poucos.
— Como tem tanta certeza disso?
Noah me olha, como se me perguntasse se eu ainda queria ficar ali e eu olho para o Sebastian por alguns segundos.
— Faça o que quiser com ele. — falo e dou de ombros, fazendo com que o Noah pegue uma faca logo em seguida.
— Só me responde uma coisa antes de eu começar a fazer uma pequena cirurgia em você. Por que se aliar ao Jacob? Eu sei que não foi porquê eu não cumpri a metade do acordo. — diz e passa a faca no rosto do Sebastian, fazendo escorrer sangue.
— Por que você quer tanto saber disso? Não importa o porquê de eu ter me aliado a ele, o importante é que ele vai acabar com você e com todos que estiverem do seu lado.
— Agora que você foi capturado, acha mesmo que ele vai levantar um dedo se quer para te resgatar? — Noah pergunta e corta a camisa do Sebastian, deixando a barriga dele a amostra.
— Não quero que ele venha me resgatar. A única coisa que eu quero, é que ele corte a sua cabeça fora e que mate aquela vadia na sua frente. — diz se referindo a mim e eu fecho o punho com força.
Noah enfia a faca abaixo do seu estômago e faz um grande círculo ali, tirando a sua carne para fora com a mão. Ouço o Sebastian gemendo de dor e me delicio com a imagem dele sofrendo.
Sinto ânsia de vômito após o Noah tirar o seu rim para fora, mas consigo me conter. Se eu fizer qualquer coisa que pareça que eu estou com nojo ou incomodada em ver aquilo, todos ali irão me achar fraca.
— Quanto um rim deve estar valendo nesse exato momento no mercado negro? — pergunta enquanto observa o rim na sua mão. — Se bem que não deve estar valendo muito vindo de uma pessoa podre como você. Mas quem sabe não dê para comprar pelo menos um vestido para a sua filha.
— Eu quero que ela apodreça em um buraco, nua e suja... — diz em um tom de voz baixo pela perda de sangue e o Noah tira o seu outro rim para fora.
— Pena que você não vai estar aqui nem para tentar. — Noah diz e passa a faca mais acima do corte que ele havia feito antes, retirando a sua pele para fora. — Vamos mandar um presentinho para o Jacob.
Vejo o Noah cortar o seu fígado para fora e sinto o meu estômago se embrulhar com aquela cena. Respiro fundo, ignorando qualquer pensamento de eu vomitando na frente de todos e olho diretamente para o Noah.
Ele esmaga o fígado em sua mão, fazendo com que o sangue em volta respingue no seu rosto. Noah o corta no meio e coloca uma das partes na boca do Sebastian.
— Isso aqui é para você não esquecer de que quase matou a minha mulher. — diz e dá o outro pedaço para um dos homens que estava ali. — Dê um jeito de encontrar o Jacob e manda esse recado para ele.
Noah limpa as mãos com um pano que tinha ali e olha para o Sebastian por alguns segundos.
— Tirem a roupa dele e o coloquem em um buraco sem saída. — diz para os homens ali e olha para mim por breve segundos. — Não era isso que queria fazer com a minha mulher? Se divirta morrendo aos poucos enquanto sente bichos comendo a sua pele.
Noah faz menção de ir embora, mas eu seguro o seu braço, o impedindo.
— Noah... — o chamo em um tom de voz baixo e ele nem se quer olha para mim.
— Foi você quem quis vir. Não me interessa se não gostou, ou se você se sentiu mal. — diz sem olhar para mim.
— Eu me senti um pouco mal, mas não significa que eu não gostei.
— Eu me controlei por sua causa.
— Não quero que se controle. — falo e ele me olha.
— Garanto que você não quer isso.
Pego a arma que estava em sua cintura e atiro na cabeça do Sebastian, mantendo o meu olhar no seu e fazendo com que a sala fique em total silêncio.
— Ainda dúvida da minha palavra? — pergunto sem desviar o olhar.
— Nunca duvidei.
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Achei esse capítulo meio fraco, mas pelo menos tiveram o que queriam :)
Desculpem se tiver algum erro e não esqueçam de votar, bjs💜
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