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𝗘𝗸𝗼𝗹𝘂

❝𝖰𝗎𝖺𝗇𝗍𝗈 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗍𝗋𝖺́𝗌 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝗉𝗎𝖽𝖾𝗋 𝗏𝖾𝗋, 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝗍𝖺𝗋𝖽𝖾 𝗏𝖾𝗋𝖺́.❞

Winston Churchill.

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☪ ━ 𝖲𝗂𝗇𝖺'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖

Já faz duas semanas que eu estou nessa casa e o Noah não me deixa sair nem para dar uma volta no bairro.

— Se acalme, querida. — dona Mery diz enquanto lava os pratos.

Ela já é uma senhora de idade e pelo que eu soube, trabalha nessa casa desde que o Noah tinha seis anos.

— Não dá! O Noah não me deixa sair nem com os seguranças. — falo e bufo irritada.

— Ele só quer te proteger do mal que há lá fora. — diz e dá um pequeno sorriso.

— Milhões de pessoas passam ao lado de diversos monstros e nem sabem. — falo e como um dos morangos que a Mery havia deixado para mim.

— Mas os monstros da nossa realidade são diferentes, e você sabe disso. — diz e eu suspiro, pois, sabia que ela tinha razão.

— Você deve conhecer o Jacob, né? — pergunto mudando de assunto e ela ajeita a postura.

— Você sabe muito bem que esse tipo de assunto é proibido dentro dessa casa.

— O Noah não vai saber, eu juro! Eu apenas quero saber como era a convivência deles dois. — falo e tento fazer uma expressão fofa para que ela me conte sobre.

— Se o Noah ficar sabendo disso... — ela não termina de falar, pois eu a interrompo.

— Ele não vai gostar. Eu sei! Mas me conta, se ele descobrir, eu arranjo uma desculpa qualquer. — falo e ela suspira.

— Eles tinham uma relação boa. O Jacob sempre ajudava o Noah em qualquer situação, não importava se ele iria se machucar ou não. Eu pensei que com a união deles, eles conseguiriam tudo que quisessem pelo mundo, mas acho que eu estava errada...

— O Noah agia como um ser humano quando o Jacob ainda não tinha sido banido? — pergunto e ela sorri.

— Para falar a verdade, o Noah nunca quis seguir essa vida.

— Não? — pergunto surpresa.

— Não. Ele queria ser livre, queria poder sair sem preocupações de que havia alguém querendo matá-lo, mas na família em que ele nasceu, isso não era possível.

— Sei como é. — falo e me lembro de alguns momentos da minha adolescência.

Quando eu saia escondida para conhecer pessoas que tinham uma vida normal e me divertir com elas, o meu pai sempre descobria... E quando ele descobria, ele me batia nas costas com um chicote.

Ainda tenho algumas marcas, pois a última vez que ele me bateu foi recente.

Flashback on:

— Você vai se casar com ele querendo ou não! — grita e eu sinto a ardência nas minhas costas.

Eu queria chorar, queria gritar. Mas naquele momento, aquilo não era uma boa opção.

— Se você se quer pensar em fugir de novo, eu irei te trancar no poço, está me ouvindo?! — pergunta e me dá outra chicotada, fazendo eu arquear as costas.

O poço não era algo muito legal. Era um lugar pequeno, fundo e totalmente escuro.

Meu pai coloca os inimigos lá para tortura-los, e normalmente ele os deixam pelados, para passarem frio e para que os insetos venenosos consigam penetrar o veneno mais fundo na pele.

Não consigo me segurar e lágrimas escorrem pelo meu rosto, mas seguro a vontade de fazer algum barulho, pois se ele perceber que eu estou chorando, irá me bater mais.

— Você está me ouvindo, sua vadia?! — pergunta e eu sinto outra ardência nas costas.

— Sim, papai. — falo tentando manter o meu tom de voz normal.

Eu tenho nojo desse homem, e tenho mais nojo ainda de chamá-lo de pai depois dele fazer tudo isso comigo.

— Ótimo! Irá ficar trancada aqui o dia inteiro para você aprender. — diz e sai do quarto.

E mais uma vez, lá estava eu... Totalmente nua, em posição fetal, chorando em silêncio, em um quarto totalmente escuro e vazio.

Flashback off.

— Sina, está me ouvindo? — escuto a voz da Mery e saio do meu transe.

— Me desculpa. Eu estava me lembrando de algumas coisas. — falo e dou um pequeno sorriso.

— Boas ou ruins?

— As lembranças dessa vida nunca são boas. — falo e ela me olha com pena.

— Você é uma mulher tão linda. Não devia viver nessa vida cruel e sangrenta.

— Infelizmente a gente não escolhe. — falo e ela assente, concordando. — Mas me conta mais sobre o Jacob e o Noah.

— Bom, o Noah não se preocupava muito com essa vida, já que ele sabia que quem ocuparia o lugar do seu pai seria o Jacob. Então, quando o Jacob cometeu aquele erro gravíssimo, além do Noah ter se sentido traído pelo próprio irmão que era sangue do sangue dele, ele se sentiu inseguro, porque não sabia como iria lidar com aquilo, e isso fez com que o ódio pelo seu irmão se tornasse cada vez maior.

— E onde a Any estava no meio disso tudo? — pergunto, pois, a mesma não sabe de absolutamente nada disso.

— Desde que ela nasceu, o Marco decidiu levá-la para a casa da avó, para ela ficar segura e ser criada longe dessa guerra toda. É por isso que ela sabe poucas coisas sobre esse mundo todo.

— Queria que meu pai tivesse feito a mesma coisa por mim... Pelo menos assim eu poderia considerá-lo como tal.

— Querida, lembre-se que as cicatrizes fazem de você uma pessoa mais forte. Se você passou por isso, é porque vai passar por coisas onde isso vai ser importante para você criar forças e lutar. O seu passado faz de você quem você é hoje.

— Entendo. Mas eu não queria ter passado por isso e nem quero passar por coisa pior.

— Não estou dizendo que você irá passar por coisas piores, estou dizendo que as cicatrizes na sua pele ou no seu coração, vão fazer você mais forte e preparada, pois sejam elas rasas ou profundas, cada uma delas mantém um segredo e um ensinamento. Cada uma delas tem uma história de superação.

— Tudo bem, acho que consigo conviver com isso. — falo e ela sorri.

— Tente fazer algo que te acalme. Você está precisando relaxar o corpo e a mente.

— Acho que eu vou fazer ioga lá na academia. — falo e saio da cozinha, subindo as escadas para ir ao meu quarto.

Visto um short apropriado para fazer alongamento e coloco um top que faz conjunto com o short.

Desço as escadas e vou para o lado de fora da casa, pois a academia ficava atrás da mesma, perto da piscina.

Assim que eu chego perto da entrada, vejo que o Noah estava treinando. Ele estava sem camisa e estava bem suado.

Confesso que ver ele daquele jeito estava me deixando um pouco excitada.

Ele estava malhando os bíceps e eu não entendo o porquê, já que o tanquinho dele estava em um tamanho muito proporcional ao seu corpo.

— Se for me atrapalhar, me avisa. — ele diz, fazendo com que eu me assuste.

— Como sabia que eu estava aqui? — pergunto entrando na academia.

— Scopaesthesia. — diz e eu assinto, fingindo entender.

Ando até uma parte onde tinha alguns tapetes de borracha e pego um, colocando-o no chão. Sem perceber, eu havia colocado o tapete de frente para onde o Noah estava treinando.

Coloco os fones de ouvido e assim que a música começa a tocar, eu começo a me alongar.

Após me alongar, começo a fazer algumas posições de ioga.

Me sento sobre os calcanhares, de forma confortável e fecho os dedos das mãos com os polegares no meio, fazendo um punho.

Acomodo as mãos fechadas na barriga entre as costelas, e deito o tronco sob as pernas com a cabeça na direção do chão. Permaneço respirando lentamente e profundamente por um minuto.

Logo depois, eu levo os braços e todo o corpo para baixo, permitindo que ele fique paralelo às minhas pernas. Levo as mãos até os tornozelos e fico na posição por cerca de 30 segundos, sentindo o alongamento na parte de trás das minhas pernas e da minha coluna.

Após terminar esse alongamento, levo os braços para frente, inclinando-me para baixo, mantendo os pés firmes no chão e as costas retas. Ficando nessa posição, a minha bunda fica totalmente exposta para o Noah.

Assim que eu iria me levantar, senti algo pressionando a minha bunda. Duas mãos fortes pararam nas minhas costas, me impedindo de levantar e me fazendo deitar no tapete.

Senti os meus fones sendo retirados dos meus ouvidos e o meu corpo foi virado, fazendo com que eu encarasse o seu rosto.

— Não sei se você sabe, mas não é bom ficar me provocando. — Noah diz colocando as mãos dele em cada lado da minha cabeça.

— É, acho que eu já ouvir falar sobre. — falo em um tom debochado. — Mas para a sua informação, eu não estava te provocando, estava apenas fazendo ioga.

— Justo na minha frente?

— Coincidência. — falo dando de ombros.

— Duvido muito.

— Acredite no que quiser. — falo e reviro os olhos. — Aproveitando que estamos tendo uma conversa, o que acha de me contar do porquê o Jacob deve estar voltando?

— De novo esse assunto, Sina? — pergunta começando a ficar irritado.

— Sim! E vou te encher o saco até você me falar. Porra! Eu sou a sua esposa. Fui obrigada a me casar com você? Fui! Mas se quer que eu confie em você, tem que me contar o que eu quero saber, para quem sabe, eu poder ajudar. — falo demonstrando irritação.

— Você fica sexy assim. — diz e morde o lábio inferior.

— Noah! — o repreendo e dou um tapa em seu peito, que não deve nem ter feito cócegas.

— Tudo bem. Olha, ele provavelmente descobriu que eu me casei e deve ter feito algum plano idiota para me afetar.

— Mas como ele iria te afetar? — pergunto confusa.

— Te usando. Se ele sabe que eu me casei, sabe que agora eu tenho um ponto fraco, mesmo que eu não demonstre. Ele me conhece o suficiente para saber que eu não me casaria com qualquer mulher só pelo corpo.

— Calma... Isso significa que você se importa comigo? — pergunto dando um sorriso maroto.

— Sina, cala a porra da boca! — diz e tenta sair de cima de mim, mas eu envolvo a sua cintura com as minhas pernas, o impedindo de sair dali.

— Voltando ao assunto. O seu outro ponto fraco é a Any. Então, por que ele não decidiu vir antes? — pergunto e ele suspira.

— Por mais que ele tenha feito o que fez, eu sei que ele a ama e se importa com ela. Se ele pegasse ela para me atingir, ele acabaria se atingindo também. Mas se ele por as mãos em você, ele não vai pensar duas vezes em meter uma bala na sua cabeça. — diz e eu engulo em seco.

— Calma aí! Não é pra tanto também.

— A vida é como um campo minado, Sina. Um passo em falso, e tudo explode. — diz e eu assinto, entendendo o que ele quis dizer.

— Por isso você não quer me deixar sair de casa? — pergunto, ele assente, confirmando.

— Não quero correr o risco dele acabar roubando você de mim.

— Poxa! Como é que eu vou gastar o dinheiro do cartão do Josh desse jeito. — comento e ele franze o cenho.

— Quando foi que ele te deu o cartão dele? — pergunta confuso.

— Quando ele apostou comigo que eu não conseguiria fazer com que você me contasse sobre o Jacob e perdeu. — falo e sorrio, orgulhosa de mim mesma.

— Ah! Quando você me manipulou com o seu belo e gostoso corpo, e me fez uma proposta irresistível. Aliás, eu ainda estou esperando para ela acontecer. — diz e distribui pequenos beijos pelo meu pescoço.

— Então é bom você comprar uma breja e sentar em um lugar bem confortável, porque vai demorar para isso acontecer. — falo e tento fazê-lo parar de me beijar, mas não dá muito certo.

— Será mesmo? Você não irá conseguir resistir por muito tempo, Sina. Eu percebo como você fica quando eu te toco, e sei que fica me observando quando acha que eu não estou prestando atenção.

— Está blefando. Eu não tenho nenhum interesse em você. — falo e ele se aproxima do meu rosto.

— Será mesmo?... — pergunta em um sussurro e roça os seus lábios nos meus.

Segundos depois eu sinto a sua boca colada na minha, e ele força a entrada da sua língua, fazendo eu me desmanchar naquele beijo quente e saboroso.

Ele passa a mão pela minha cintura e aperta a minha bunda com força, fazendo eu gemer entre o beijo.

Tudo bem, confesso que aquilo estava bom.

Muito bom!

Assim que o Noah encerra o beijo, ele pega o meu cabelo com força - mas não ao ponto de machucar - e aproxima o meu rosto do dele, fazendo eu arfar.

— Você é minha. Apenas minha e de mais ninguém. — diz e me beija novamente.

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Scopaesthesia: Uma sensação tão comum como a de poder perceber um olhar pelas costas foi analisada e estudada pelo filósofo e biólogo britânico Rupert Sheldrake, que chamou o fenômeno de scopaesthesia - do grego skopein [olhar] e aesthesis [sensação].

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