𝗘𝗸𝗮𝗵𝗶
❝𝖲𝖾 𝗇𝖺̃𝗈 𝗁𝗈𝗎𝗏𝖾𝗌𝗌𝖾 𝗈 𝗂𝗇𝖿𝖾𝗋𝗇𝗈, 𝗌𝖾𝗋𝗂𝖺𝗆𝗈𝗌 𝖼𝗈𝗆𝗈 𝖺𝗇𝗂𝗆𝖺𝗂𝗌. 𝖲𝖾𝗆 𝗂𝗇𝖿𝖾𝗋𝗇𝗈, 𝗌𝖾𝗆 𝖽𝗂𝗀𝗇𝗂𝖽𝖺𝖽𝖾.❞
Flannery O'Connor.
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☪ ━ 𝖭𝗈𝖺𝗁'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖
A música começou a tocar e logo as portas foram abertas, revelando a grande beldade que era aquela loira dos olhos verdes-acinzentados.
A primeira vez que eu vi ela, sabia que era ela quem deveria estar ao meu lado, me ajudando a comandar a máfia.
Sina Deinert, a mulher mais linda, corajosa, bela, delicada e afrontosa que eu já conheci.
Faz pouco tempo desde que eu a conheci, mas para mim, parece que foi ontem.
Flashback on:
Estava conversando com o Josh até que eu vejo uma bela loira entrar pelo salão da festa.
— Quem é ela? — pergunto ao Josh e aponto para a garota.
— Sina Deinert. Ela é filha do Alemão. — diz e eu olho para ele surpreso.
— Ela parece ser tão diferente dele.
— Na aparência talvez, mas eu soube que ela é muito parecida com ele em relação ao jeito de ser. Grossa quando quer, não tem medo de balas, sabe negociar e principalmente, sabe manipular. Parece que o pai a ensinou muito bem para esse mundo.
— Isso é ótimo. — falo olhando para a loira.
— Vai ser ela? — pergunta e eu olho para ele.
— Como?
— Você sabe muito bem que secretamente essa é uma festa para você escolher a sua esposa. — diz e eu suspiro.
Eu tinha me esquecido desse detalhe.
— Vou conversar com ela primeiro. — falo e vou em direção à mesma.
Assim que ela me vê, tenta caminhar para outro lugar, imagino eu que é para não falar comigo.
— Está com medo de mim? — pergunto quando alcanço ela.
— Por que eu teria medo de você? — pergunta com uma expressão séria.
— Não sei. Me diz você.
— Não tenho medo de animais. — diz e eu a olho surpresa.
— Obrigado pelo elogio. Mas posso saber o por quê? — pergunto chegando mais perto dela.
— Eles são fáceis de serem adestrados. — diz com um sorriso debochado.
— Gatas, principalmente. — falo sorrindo e ela fica séria novamente.
— Se está me comparando com um animal indefeso, saiba que está muito enganado.
— Estou? — pergunto em um tom sarcástico e ela chega perto de mim.
— Sim, está! E fique você sabendo, que eu não sou de seguir regras, ou seja, estou fora do seu alcance. — diz perto do meu rosto.
Mas naquele momento, ela não sabia que fez exatamente o que eu queria.
Me desafiasse.
Flashback off.
Eu fiz de tudo para ela ser minha. Paguei ao pai dela milhões de dólares e fiz vários acordos que fariam tão bem para mim, quanto para ele.
Sina fez de tudo para fugir disso, fez de tudo para fugir de mim. Mas a partir do momento que ela me desafiou dizendo que eu não a conseguiria, eu corri atrás dela e a cacei como um lobo.
— Noah e Sina. — o padre começou a dizer e eu sai do meu transe. — Vocês estão aqui livremente e sem reservas para se entregarem um ao outro em matrimônio? Irão se amar e honrar um ao outro como marido e mulher até que a morte os separe?
— Sim. — respondo por nós dois e percebo a Sina revirar os olhos.
Vamos dizer que ela não concordou muito com a ideia de se juntar a mim.
— Sendo a intenção de ambos contraírem matrimônio, juntem suas mãos direitas e declarem seu compromisso diante de Deus e da Igreja. — diz e assim nós fizemos.
— Eu, Noah Urrea, aceito você, Sina Deinert, como minha legítima esposa. Prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe. — falo e ela me olha como se não acreditasse naquelas palavras.
Bom, ela não precisa acreditar, até porquê ela deve saber que a máfia sempre vem em primeiro lugar e que eu não a amo de verdade.
Era a vez da Sina falar, mas parece que ela estava se recusando a fazer isso. Aperto as suas mãos com força e a olho com um olhar ameaçador, que faz a mesma estremecer.
— Eu, Sina Deinert, aceito você, Noah Urrea, como meu legítimo esposo. Prometo amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe. — diz sem olhar diretamente nos meus olhos.
— Pode beijar a noiva. — o padre diz e eu me aproximo da Sina.
Toco os meus lábios no dela e percebo que os seus lábios estavam secos, o seu corpo estava tendo e aquilo fez eu saber que ela estava com medo do que iria vir depois disso.
A partir de agora, ela só sai dessa vida se for pela morte.
A única coisa que ela pode ficar aliviada, é que eu nunca irei traí-la, pois na máfia estadunidense temos uma tradição.
Se você é capaz de trair seu companheiro, que confia em você ao ponto deitar ao seu lado e fechar os olhos, você é capaz de trair qualquer um. Ou seja, se um de nós trairmos, seremos expulsos da organização ou até mortos.
No entanto, que quando assinarmos o papel que irá oficializar o nosso casamento, iremos fazer um pequeno corte em nossas mãos e escreveremos nossa assinatura com nosso próprio sangue.
— Está na hora da prova de sangue. — o padre diz e entrega uma adaga para cada.
Eu e a Sina fizemos um corte em nossas mãos e esperamos o sangue cair em um pequeno pote que havia ali. Assim que os nossos sangues se misturaram, pegamos as canetas e passamos a ponta no sangue, assinando o papel logo em seguida.
— Agora vocês estão oficialmente casados. — o padre diz e todos aplaudem.
Saímos da igreja e fomos para o salão que ficava ao lado da mesma.
Eu abraçava a Sina pela cintura, pois a mesma queria se afastar de mim.
— Sorria, ou eles vão achar que você foi obrigada a isso. — falo em seu ouvido.
— Mas eu fui obrigada. — diz com um sorriso forçado.
— Você quem escolheu isso.
— Não lembro de ter implorado para você me obrigar a casar com você.
— Mas vai me implorar para eu fazer outra coisa... — sussurro em seu ouvido e aperto a sua cintura.
— Vai sonhando. — diz com uma expressão séria.
— Não preciso. Daqui a pouco isso vai acontecer. — falo com um sorriso malicioso.
— Sabe quando você vai se desfrutar do meu corpo? Nunca! Você pode ter me obrigado a me casar com você, mas não vai me obrigar a perder a minha virgindade e nem vai fazer com que eu sassei as suas vontades. — diz e se solta de mim bruscamente, indo em direção à mesa de bebidas.
— O que deu nela? — Josh pergunta chegando perto de mim.
— Nada. Ela só está um pouco estressada. — falo e dou de ombros.
— Noah, como você está? — o pai da Sina pergunta chegando perto de nós.
— Senhor Deinert, estou bem e o senhor? — pergunto com um sorriso educado.
— Estou me sentindo muito bem depois da nossa união. — diz sorrindo.
Deve estar feliz por causa do dinheiro, isso sim.
— Acho que a única pessoa não muito feliz aqui é a Sina. — falo e olho para a mesma que estava conversando com uma convidada.
— Ela é assim mesmo. Daqui a pouco ela se acostuma e abaixa a bola. Você sabe como são as mulheres que gostam de se achar independentes. — diz e dá uma pequena risada.
— Eu sei? — pergunto com uma sobrancelha arqueada.
— Claro! Você deve saber que mulheres assim às vezes precisam de uma boa lição para nos obedecer. — diz e eu fico o mais sério possível.
Não estou gostando do rumo dessa conversa.
— Me desculpa interromper. Mas não foi o senhor que a ensinou a ser assim? — Josh pergunta.
— Sim, mas foi porque eu não tive um filho homem. Mas saiba, Noah, que se precisar coloca-lá no lugar dela, tem a minha permissão para castiga-lá.
— Está se referindo a espanca-lá? — pergunto começando a ficar com raiva.
Meu pai sempre me ensinou que nunca devemos bater em mulher. Podemos fazer parte da máfia, mas isso não significa que temos que ser idiotas.
Ele sempre disse que temos que respeitar quem está do nosso lado, pois são elas que tem que estar lá quando a gente precisar. Temos que fazer elas confiarem na gente e não terem medo.
Só quem deve ter medo de nós, são os nossos inimigos.
— Se me permite fazer uma pergunta. Você já bateu na Sina? — pergunto e desejo para que a resposta dele seja não, porquê se não eu sou capaz de matá-lo.
— Bom, teve algumas vezes que tive que dar uma lição nela, mas nada de mais. Ela aguentou bem toda a pressão. — diz e dá de ombros.
Cerros os punhos assim que ele termina e eu sinto o Josh me segurar pelos ombros.
— Me desculpa, senhor Deinert, mas nós temos que resolver algumas coisas. — Josh diz e me tira dali.
— O que nós temos que resolver? — pergunto de cara fechada.
— Nada. Só te tirei de lá para você não acabar espancando o pai da sua esposa no dia do noivado de vocês. — diz e eu pego uma taça de champanhe que o garçom estava oferecendo.
— Você ouviu o que ele disse? — perguntou revoltado.
— Sim, eu ouvi e imagino o tamanho da sua indignação. Eu também ficaria com raiva se soubesse que alguém havia batido na Any. — diz e só então eu me lembro da minha irmã.
— Aonde ela está mesmo? — pergunto a procurando pelo salão.
— Ela passou mal enquanto estava se arrumando e decidiu ficar em casa para poder descansar um pouco.
— O que ela estava sentindo? — pergunto preocupado.
— Um pouco de dor de cabeça e ânsia de vômito. Mas ela disse que não era nada de mais.
— Você tem que ficar de olho nela.
— Eu sempre fico. — diz sorrindo.
— Para com essa merda ou eu vou te dar outro tiro no ombro. — falo e saio dali a procura da Sina.
Assim que eu viro o corredor, vejo a Sina conversar com uma mulher, mas a conversa não parecia ser muito boa.
— Eu não faço ideia de quem você está falando. Agora se você me der licença, eu preciso ir. — diz e tenta sair, mas a mulher segura o seu braço.
— Não até você fazer o que eu mandar.
Penso em ir lá e ajudar a Sina, mas paro assim que vejo o próximo passo dela.
Sina gira e vira o braço da mulher e logo depois ela bate a cabeça da mulher na parede, fazendo a mesma cair no chão inconsciente.
Assim que ela percebe que eu estou olhando, suspira e arruma o vestido.
— Essa desgraçada sujou o meu vestido de sangue. — diz e vai em direção ao banheiro.
Ela entra no banheiro e eu entro junto com ela, trancando a porta logo em seguida.
— Que eu saiba, aqui é o banheiro feminino. — diz ligando a torneira e passando água em cima da pequena macha de sangue que tinha no vestido.
— O que aquela mulher queria? — pergunto olhando ela pelo espelho.
— Isso é da sua conta? — pergunta sem olhar para mim e eu encosto meu peitoral em suas costas.
— Tudo que é da sua conta, também é da minha. — falo perto do seu ouvido e ela me olha pelo espelho.
— Ela ficou falando insistentemente sobre um tal de Jacob, mas eu fiquei repetindo várias e várias vezes para ela que eu não conhecia ele. — diz e eu fico ereto.
— O que mais ela falou? — pergunto com os punhos cerrados.
— Disse que ele iria passar instruções para ela e que era para eu fazer o que ele mandasse.
— E depois?
— Depois disso eu decidir ir embora e aconteceu o que você viu. Mas, quem é esse Jacob? — pergunta e eu me afasto dela.
— Não é da sua conta. — falo com uma expressão séria.
— É sério isso? — pergunta em um tom sarcástico.
— Sim, e para de usar esse tom sarcástico comigo. — falo em um tom autoritário e ela revira os olhos.
— Só por isso não vou te dizer o que mais ela falou. — diz e vai em direção a porta do banheiro, mas eu a pego pelo braço e a prenso na parede.
— Fala, antes que eu seja obrigado a te estrangular. — falo, me aproximando do seu rosto.
— Você não vai fazer isso. Eu conheço as regras da sua família. — diz e dá um sorriso convencido.
— Posso não te bater, mas posso fazer outra coisa que você não vai gostar. — falo, dando um sorriso diabólico e começo a passar as mãos pelo corpo dela.
— Ela disse que ele está vindo. — diz e eu fico sério novamente.
— Porra! — grito e soco a parede.
— Vai me contar o porquê dessa agressividade?
— Não. — falo e saio do banheiro.
Ele só pode estar blefando. Ele não teria coragem de aparecer.
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Vish, quem será esse tal de Jacob? Algum palpite?
Gostaram do primeiro capítulo?
Desculpem se tiver algum erro e não esqueçam de votar, bjs💜
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