𝗘𝗵𝗶𝗸𝘂
❝𝖮 𝗆𝖺𝗅 𝗇𝗎𝗇𝖼𝖺 𝖾́ 𝖿𝗈𝗋𝖺 𝖽𝗈 𝖼𝗈𝗆𝗎𝗆 𝖾 𝗌𝖾𝗆𝗉𝗋𝖾 𝗁𝗎𝗆𝖺𝗇𝗈. 𝖢𝗈𝗆𝗉𝖺𝗋𝗍𝗂𝗅𝗁𝖺 𝗇𝗈𝗌𝗌𝖺 𝖼𝖺𝗆𝖺 𝖾 𝖼𝗈𝗆𝖾 𝖺̀ 𝗇𝗈𝗌𝗌𝖺 𝗆𝖾𝗌𝖺.❞
Wystan Hugh Auden.
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☪ ━ 𝖲𝗂𝗇𝖺'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖
— Vamos logo, Noah! — grito descendo as escadas.
— Primeiro; para de gritar. Segundo; para de ser ansiosa, eu já disse que estou indo. — diz descendo as escadas, mas acho que só de implicância, ele andava o mais devagar possível.
— Você está implicando comigo, né? Você não é lerdo desse jeito. — falo e cruzo os braços.
— Estamos casados há quatro meses, e isso não é tempo suficiente para você me conhecer direito.
— Então você é assim na cama também? Porquê se for, você deve gozar bem rápido, ou nem isso. — o provoco e ele me olha com raiva.
— Eu odeio quando você faz isso, e infelizmente eu não posso fazer nada com você. — diz e eu sorrio, me sentido vitoriosa. — Vamos!
Noah começa a andar o mais rápido que consegue e eu corro atrás dele para tentar acompanhá-lo.
Saímos de casa pela porta de trás e fomos em direção ao porão, que tinha uma sala para servir de cativeiro e tinha outra sala que era para treinar tiros.
Eu e o Noah estávamos treinando luta quase todos os dias, mas ontem eu pedi para ele me ensinar a atirar.
Meu pai havia me ensinado algumas coisas sobre armas, mas nunca deixou eu tocar em uma, o que me deixava frustrada.
Assim que entramos na sala, vi uma mesa enorme com muitas armas em cima dela, quando eu digo muitas, é muitas mesmo.
Faço menção de ir até elas, mas o Noah me segura pela cintura.
— Sem brincadeiras, está me ouvindo? São armas de verdade, ou seja, são balas de verdade e não de borracha.
— Tá! Eu não sou doida de sair atirando por aí. — falo e ele solta a minha cintura.
— Vamos começar com uma básica para você se acostumar com a pressão que ela faz. — Noah diz pegando uma das várias armas na mesa e ergue a arma na minha direção.
— Sério? Uma M9? — pergunto e ele me olha surpreso. — O que foi? Eu posso não saber atirar, mas isso não significa que eu não sei nada sobre elas.
— Já que é assim, pega o calibre dela e recarrega. — diz cruzando os braços e se apoia na mesa.
Pego a recarga de nove milímetros, encaixo na parte de baixo da arma e destravo ela logo em seguida.
— Assim? — pergunto sorrindo e ele retribui o sorriso.
— Tudo bem, já entendi que você sabe sobre armas. Mas agora você precisa saber atirar. — diz andando em direção ao enorme balcão que impedia de ficarmos muito perto do alvo e eu o sigo, parando ao seu lado. — Seu objetivo é acertar um tiro na perna, outro no peito e principalmente, na cabeça.
Fecho um olho para conseguir mirar na perna e atiro logo em seguida, mas a bala acerta a parede.
— Por que você fechou um olho? — Noah pergunta, parecendo confuso.
— Para conseguir mirar direito. — respondo em um tom óbvio.
— Fecha um olho e mira de novo na perna. — faço o que ele pede, mas não atiro. — Agora, fecha o que está aberto e abre o outro. — percebo que a mira está errada e começo a entender o que ele quis dizer.
— Acho que eu entendi...
— É por isso que você tem que manter os dois olhos abertos. Pode parecer difícil, mas é só você se concentrar no cano da arma e vê para onde ela está apontando.
Sigo o conselho e olho para o cano da arma. Quando eu vejo que o cano estava bem na frente da perna, eu atiro, mas o tiro pega de raspão.
— Eu fiz do jeito que você falou. — falo e sinto ele por trás de mim.
— Quando você atira, a arma faz pressão na sua mão, então você tem que segurá-la com força e mantê-la firme. — diz me ajudando a segurar a arma e eu respiro fundo, para não me distrair com o fato dele está praticamente roçando em mim.
Miro na perna e atiro. Com o Noah me ajudando a segurar a arma, eu consigo acertar o alvo, e comemoro logo em seguida.
— Agora tenta sem a minha ajuda. — diz e apoia as mãos na minha cintura.
Firmo a arma nas minhas mãos, miro no peito e aperto o gatilho.
— Parabéns. — Noah me parabeniza assim que eu acerto o alvo e beija o meu pescoço.
— Obrigada.
— Agora acerta na cabeça. — diz e aperta a minha cintura, fazendo com que eu reprima um gemido.
Tento mirar na cabeça, mas o Noah começa a me provocar com lambidas e beijos pelo meu pescoço e eu acabo atirando na parede.
— Errou... — sussurra próximo ao meu ouvido e mordisca o lóbulo da minha orelha.
— Você está me desconcentrando... — sussurro, pois estava começando a perder o controle do meu corpo.
— Eu não estou fazendo nada, estou apenas incentivando a minha esposa... — Noah aperta o meu pescoço, mas não ao ponto de me sufocar e me puxa para mais perto do seu corpo, fazendo com que eu sinta o seu membro rígido.
— Você está me incentivando a outra coisa... — arfo assim sinto um aperto forte em uma das minhas coxas.
Noah pega a arma da minha mão, travando a mesma e coloca ela em cima do balcão.
— Ótimo! — diz me pegando no colo e me coloca sentada em cima do balcão.
Noah coloca uma de suas mãos no vão do meu pescoço, me puxando para um beijo e eu sinto sua língua invadir a minha boca com urgência.
Puxo seu cabelo com um pouco de força e arranho sua nuca, sentindo ele se arrepiar com o ato. Começo a sentir um formigamento entre as pernas e envolvo elas ao redor da cintura do Noah, fazendo com que seu membro roce em mim.
— Noah...
— Não me pede para parar, por favor. — diz enquanto tira a minha blusa.
— Eu pediria tudo, menos isso. — falo e ele ataca os meus lábios novamente.
Adentro as minhas mãos por dentro da sua camisa e arranho seu abdômen, fazendo com que ele geme entre o beijo.
Noah faz menção de tirar o meu sutiã, mas algo o impede de continuar.
— Ai meu Deus! — escutamos um grito e olhamos para a porta, vendo a Any tampando os olhos com as mãos.
— Porra, Any! Justo agora?! — Noah pergunta extremamente irritado e eu pego a minha blusa, a vestindo logo em seguida.
— É que eu vim te lembrar da festa do governador. Falta menos de uma hora para começar. — diz e abre os olhos aos poucos, verificando se não há mais nada acontecendo.
— Merda! Eu tinha me esquecido.
— Que festa?
— É uma festa que eu vou ter que ir para fechar alguns contratos, se é que você me entende.
— Corrupção?
— Eu não diria corrupção, e sim pagamentos associativos para não se intrometerem nos meus assuntos e continuarem nos seus cargos. Eu poderia matá-los e colocar pessoas de confiança no lugar, mas seria muito trabalho. Além do mais, a única coisa que eles querem é dinheiro e mulheres, coisa que eu tenho de sobra.
— Você tem mulheres de sobra? — pergunto com os braços cruzados.
— Nas boates. — responde sem dar muita importância e eu reviro os olhos, irritada.
— Eu vou sair daqui antes que sobre pra mim. — Any diz, indo embora dali.
— Voltando ao assunto da festa, você vai comigo. — Noah diz e eu o olho confusa.
— Por quê?
— Porque agora eu sou casado e você é minha esposa, sendo assim, você vai comigo.
— Que saco!
— Se eu fosse você, parava de reclamar e começava a se arrumar. Você tem menos de uma hora para isso.
— O próximo tiro que eu acertar vai ser na sua cabeça. — falo saindo de cima do balcão e vou em direção a saída.
— Acredite, você só vai pegar em uma arma de novo quando eu permiti.
Passo pela porta e a fecho na sua cara. Aquilo não era nada de mais, mas pelo menos eu consegui saciar a minha raiva.
Subo as escadas do porão e entro em casa, seguindo em direção ao quarto. Entro no closet e procuro por algum vestido que eu possa usar.
Nada muito elegante para não acharem que sou uma patricinha metida, nada muito chamativo para não me acharem uma vadia e nada muito simples para não me acharem descuidada.
Os minutos foram se passando e finalmente eu consegui achar o vestido que eu estava procurando. Ele era branco sem muitos detalhes chamativos, mas que continha um corte na lateral esquerda.
Elegante, chamativo e simples. Perfeito!
Tomo um banho rápido, mas não o suficiente, já que o Noah estava me apressando do lado de fora do banheiro.
Faço uma maquiagem leve e seco o meu cabelo, fazendo com que ele fique ondulado nas pontas.
Saio do banheiro - totalmente pronta - e o Noah me olha de cima a baixo, vindo na minha direção logo em seguida.
— Você está linda.
— O que eu posso fazer? É um defeito. — falo sorrindo e ele me puxa pela cintura, fazendo com que eu fique com o meu rosto próximo ao dele.
— Um defeito que mexe comigo, e não é pouco. — diz com um sorriso provocativo e faz menção de me beijar, mas eu o impeço.
— Vai borrar o batom.
— Tudo bem. Eu consigo esperar até o fim da festa para tirar ele. Aliás, eu pretendo tirar outras coisas também. — diz me olhando de cima a baixo e eu reviro os olhos, sem paciência para as suas insinuações sexuais.
— Vamos logo. — falo saindo do quarto e sinto ele vir atrás de mim.
Saímos de casa e entramos no carro que estava parado em frente a casa.
— E os seguranças? — pergunto quando percebo que só haviam dois deles nos seguindo.
— É uma festa, não posso aparecer com muitos seguranças se não vai ter muita gente fazendo perguntas que não devem, e eu já mandei alguns ficarem envolta do local para se acontecer algo, eles me avisarem. — diz e coloca a mão no bolso do terno, tirando uma pequena caixa dali.
— O que é isso?
— Um presente. — Noah abre a caixinha e eu vejo um colar de âncora com algumas pedras de diamante. — Eu comprei há pouco tempo, mas não tive oportunidade para te dar.
— É lindo... — tiro o colar da caixinha e o olho. — Por que uma âncora?
— A âncora é considerada um símbolo de firmeza, força, tranquilidade, esperança e fidelidade. Além de que no sentido figurado, ela pode indicar abrigo, proteção ou apoio.
— E o que você que dizer com isso?
— Que você pode fazer de mim a sua âncora, assim com eu faço de você a minha. — paraliso no exato momento em que ele diz aquilo e ele parece perceber o meu estado de choque. — Você é a minha âncora, Sina Urrea.
Sina Urrea... Nunca parei para pensar em como esse sobrenome combinava comigo.
— Deixa eu colocar em você. — Noah diz pegando o colar da minha mão e eu continuava em silêncio, sem saber o que falar.
Me viro de costas para que ele possa colocar o colar no meu pescoço, e assim ele faz. Sinto os seus lábios no meu pescoço e me viro para ele, o beijando por impulso.
— Obrigada.
— Se eu soubesse que era só te dar um colar para você me beijar, eu tinha feito isso antes. — diz sorrindo. — Acho que eu preciso comprar mais joias para você, quem sabe isso não dê em sexo.
— Acabou com o clima.
— E tinha um? — pergunta com um sorriso provocativo, mas eu não respondo. — Eu tenho outra coisa para te dar. — diz e fecha o vidro que faz com que o motorista nos veja.
— Por que fechou o vidro?
— Para eu poder colocar isso em você. — diz e tira uma cinta liga de dentro do terno.
— Eu não vou usar isso!
— Vai sim.
— Por quê?
— Para poder guardar isso. — diz tirando uma pequena arma de dentro do terno.
— Por quê?
— Porque eu estou pressentindo que essa festa não vai sair como o planejado e eu não quero que você fique desprotegida caso eu me afaste de você.
— Por quê?
— Para de me perguntar o porquê e coloca isso logo.
Fico parada, ainda processando o que ele quis dizer e ele bufa, irritado com a minha demora.
— Deixa que eu coloco. — diz e coloca a cinta liga até a altura da minha coxa, fazendo com que o vestido esconda.
Noah coloca a arma entre a cinta liga e a minha coxa, fazendo com que eu me arrepie com o metal gelado da arma.
— Vai ficar tudo bem. Isso é só por precaução.
Fico pensando no que poderia acontecer até que o motorista para em frente a mansão do governador.
É uma festa? Não pode acontecer nada de grave... Ou pode?
Noah desce do carro e dá a volta para abrir a porta para mim. Ele estende a sua mão e eu a pego, saindo do carro logo em seguida.
A porta da mansão estava aberta, mas tinha dois guardas ao lado da entrada. Havia algumas pessoas do lado de fora, e assim que nos viram, arregalaram os olhos, só não soube descifrar se era de medo ou admiração.
Escuto uma moto acelerando e olho para a rua, vendo um homem em cima de uma moto e com uma arma na mão.
Tentei avisar ao Noah, mas os tiros que vieram logo em seguida foram mais rápidos que eu.
Noah me puxou para dentro da mansão e entramos em uma sala vazia, que começou a se amontoar de pessoas desesperadas.
— Noah... — o chamo e ele me olha rapidamente.
Tiro a mão do meu abdômen - onde eu estava sentindo dor - e vejo o meu vestido branco começar a ficar vermelho.
— Merda. — Noah diz e me segura, me colocando deitada no chão logo em seguida.
— Eu vou morrer... — sussurro enquanto sinto ele pressionar o meu ferimento.
— Para de falar besteira. Eu não vou deixa isso acontecer.
Tento manter meus olhos abertos, mas eu estava ficando cada vez mais fraca por causa da perda de sangue.
— Sina... Sina... Sina!
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Calada ficarei.
Todas as imagens de inspiração estão na mídia, espero não ter ficado confuso, pois eu não consegui escolher só uma para ficar na mídia, então eu editei :)
Desculpem se tiver algum erro e não esqueçam de votar, bjs💜
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