TWO, sturmhond
DOIS, sturmhond
KSENYA KAMENOVA FRANZIU A TESTA ao entrar no Salão do Domo Dourado e perceber que o lugar estava claro como a luz do dia do lado de fora. Haviam Materialkis dando ordens uns aos outros enquanto concentravam em concertar a fissura do teto oval dividido ao meio.
─ Foi uma noite um tanto esquisita ─ disse Zoya Nazyalensky, se aproximando e encarando o trabalho dos Materialki. ─ Ah, como pude esquecer. Além disso ─ apontou para o teto, ─ ela chamou os Corporalki de arrogantes e disse que os Etherealki andam em bando.
─ Acho que posso ignorar quando a Conjuradora do Sol me chama de arrogante ─ retrucou Ksenya, ainda um pouco confusa.
Zoya apontou para os sapatos sujos de terra da recém chegada ao Salão do Pequeno Palácio.
─ A que horas saiu?
─ Pouco menos das seis ─ respondeu Kamenova, indiferente.
─ Ksenya...
─ Não quero ouvir sermão.
Zoya respirou fundo e parou bem ao lado da Sangradora.
─ Você precisa parar de procura-lo sozinha. Se o encontrar, o que fará contra um conjurador das sombras? Ele está cada vez mais poderoso, tem grishas do lado dele...
─ Ele entrou no Sikurzoi há pouco tempo, eu ouvi dizer ─ Ksenya interrompeu Zoya, dizendo baixinho. ─ Não posso contar com soldados do Primeiro Exército, mas sei que se falasse com outros Grishas, principalmente aqueles que também buscam vingança...
─ Vai ascender a chama da retaliação em pessoas que estão de luto? ─ Zoya balançou a cabeça, desacreditada do que ouvia.
─ Eu estou de luto! ─ Ksenya levou o indicador contra o próprio peito.
David, que misturava ingredientes um minúsculo frasco, olhou de soslaio para a as duas colegas grishas, mas logo voltou ao seu trabalho.
─ Achei que dentre todos desse lugar você entenderia ─ disse Ksenya. Nazyalensky não teve chance de retrucar ou se desculpar, o que provavelmente não faria, mas seu plano não era deixar Ksenya ir em frente, sozinha. Contudo, a corporalnik deixou o salão.
A biblioteca parecia remotamente atraente naquele final de tarde quando, na sala de jantar, Sergei começou a fazer perguntas, Ksenya se levantou e desapareceu pelos corredores, levando seu prato de comida com ela.
O problema era que estar sozinha trazia pensamentos ruins, especialmente sobre o que Ksenya estava realmente fazendo com sua própria vida desde o dia da tentativa de travessia. Todas as manhãs, antes mesmo de o sol nascer, ela saía para dar uma olhada nos arredores de Os Alta. Uma semana ela desapareceu durante três dias, mas Zoya fez-lhe prometer que não voltaria a dormir ao ar livre, no escuro e no frio. Mas ela queria encontrá-lo. Havia fantasiado inúmeras vezes sobre como mataria o Darkling; o mesmo monstro que destruiu a aldeia onde seus pais viviam, o monstro que era o culpado pela morte de sua irmã.
─ Eu assisti ao treinamento com Botkin hoje e não te vi lá.
Ksenya se virou rápido demais. Ela não tinha imaginado que o veria tão cedo, especialmente em dias tão curtos e ocupados como esta semana tinha sido. Mas Nikolai Lantsov estava na porta da biblioteca, vestindo um uniforme ravkano que Ksenya imaginou existir apenas uma peça daquela cor e daquele modelo no mundo. Seu cabelo estava penteado e ele tinha o sorriso mais presunçoso e bonito que alguém poderia ter.
E ela demorou a encontrar ao menos uma palavra para responde-lo. Diga alguma coisa, vocês foram amigos. Não banque a estranha.
Mas fazia cinco anos. Com certeza estavam mais altos, diferentes em muitos sentidos. Ele havia deixado de ser o garoto franzino, sarcástico e bonitinho. Nikolai agora era um homem forte e surpreendia na característica beleza, mas certamente ainda era esperto e sarcástico.
─ Estava ocupada ─ respondeu ela, simples e curta.
─ Eu perguntei por você ─ ele deixou a porta fechar e se aproximou, correndo dois dedos suavemente ao longo da borda da mesa central. ─ Esteve fora do Pequeno Palácio desde cedo.
─ É ─ Ksenya desviou o olhar para o próprio prato vazio, ─ você perguntou mesmo.
Nikolai abriu um sorrisinho, parando à dois metros de distância de onde Ksenya permanecia sentada.
─ É impressão minha ou seu cabelo está mais avermelhado?
Claro que Nikolai não iria diretamente ao assunto, seja lá qual fosse ele. Uma vez, quando crianças, ele confessou que gostava de alongar as conversas com Ksenya. Talvez isso fosse apenas coincidência, ou fosse uma lembrança do passado.
Ela não respondeu. Não havia o que dizer.
─ Lamento por ter ido ─ agora as mãos de Nikolai estavam juntas, ele as manteve atrás de seu corpo. ─ Eu estava frustrado e sempre tive dificuldades de me manter quieto.
─ Eu sei. Estou feliz que conquistou seus próprios méritos, Nikolai.
Ela queria completar a frase, dizer que apesar de estar feliz por ele, isso não a interessava mais. No entanto, falar seu nome em voz alta depois de anos congelou sua língua, deixando-a em silêncio quando quis continuar. Dizer que não se importava mais. Mentir.
Havia poucas notícias dele desde que deixou o Grande Palácio. Mas quando ela procurou há três anos atrás, descobriu que Nikolai tinha sido aprendiz de um construtor de navios, armeiro e engenheiro civil. Na época, Ksenya decidiu que não contaria isso ao rei ou para a rainha. Enquanto ainda estava em Ravka, em vez de cumprir o serviço militar como oficial, como era comum para alguém da família real, Nikolai certamente insistiu em servir na infantaria como um cidadão ravkano comum e ganhou seu posto de major por mérito próprio. Estava claro que ele se destacaria se procurasse por mais, e ele nunca tinha parado de procurar por muito.
─ E eu estou feliz de vê-la mais uma vez.
Nikolai sempre fazia isso, não que fosse sua intenção. O príncipe sempre soube conquistar um público, mas também sempre conseguiu conquistar Ksenya, mesmo sendo amigos.
─ Bem ─ Nikolai ajustou a postura e fez um aceno com a cabeça, ─ vou indo, talvez eu esteja invadido um momento de pensamentos pessoais. E eu preciso dormir para manter essa beleza em dia.
Ksenya o observou virar as costas. No momento em que tocou a maçaneta, ela falou.
─ Qual nome você usou? ─ ela soube que ele sorriu mesmo sem ver, ─ Claramente não usou seu nome "principesco", qual nome usou?
─ Um príncipe em alto mar é mais valioso do que um corsário ─ Nikolai se virou. ─ Sturmhond.
─ Qual o motivo? ─ Ksenya apoiou seu prato vazia sobre a mesa, então cruzou as pernas.
─ Alimentei um cachorro com os dedos de um capitão.
Ela não duvidou. Nikolai sempre foi um insano de boas maneiras, uma raposa esperta que sempre pensou a frente de qualquer um; e se ele alimentou um cachorro com os dedos de um maldito capitão, teve seus motivos.
─ Ksenya ─ ele andou e arrastou uma cadeira, sentando defrontre a garota, ─ eu não voltei por diversão, e sim por ambição, mas preciso ter pessoas como você ao meu lado.
─ Se eu não estivesse do seu lado, não estaria no Pequeno Palácio, sendo mantida sob infeliz vigilância dia e noite enquanto permaneço aqui.
Nikolai sabia da lealdade de Kamenova, mesmo que estivessem distante durante cinco anos. Ele pensou muitas vezes nela enquanto navegava descobrindo novas águas, imaginando o que ela estaria dizendo ou fazendo se estivesse com ele. E agora Ksenya estava na sua frente e ele só conseguia falar sobre política. Isso não a deixava tão surpresa como ele achou que ela ficaria, e talvez Nikolai estivesse chateado por saber disso.
─ Vasily não aguentará por muito tempo, ele está mais preocupado com cavalos e caças do que com Ravka ─ Nikolai se inclinou, deixando o rosto mais próximo de Ksenya, ─ ele vai se afastar em algum momento.
Agora que Nikolai falou, Ksenya estava compreendo que Ravka realmente estava perdendo dinheiro e recursos e tudo o que ela conseguia se preocupar era em encontrar o Darkling. E se conseguisse? O que aconteceria depois?
─ Eu quero criar uma aliança ─ continuou Nikolai, ─ durante muito tempo você foi a minha... ─ ele fez uma ligeira pausa ─ melhor amiga... a pessoa que eu confiei de olhos fechados, quero saber se podemos fazer isso novamente. Quero saber se me apoia.
─ Que tipo de aliança? ─ indagou Ksenya, tentando ignorar o restante do que ouviu.
─ Pretendo pedir Alina Starkov em noivado.
A biblioteca se tornou um lugar bastante silencioso no fim da frase do Príncipe. Eles se olharam por alguns segundos. Nikolai era ambicioso, Ksenya duvidava que estivesse apaixonado pela Conjuradora do Sol, entretanto, era um bom plano. Isso deixaria de lado o sentimento antigrisha do Primeiro Exército. Mas ainda assim parecia uma piada.
Então Ksenya deu risada.
─ Tanto tempo navegando te deixou maluco.
─ É uma aliança política, não é sobre amor.
Surpreendentemente ela já ouviu isso do próprio irmão de Nikolai. Uma grande coincidência, já que eles não pensavam de maneira nenhum pouco semelhante.
─ Vasily me pediu em casamento, queria que eu me tornasse rainha ao seu lado ─ disse Ksenya. Nikolai, que olhava o mapa ravkano na mesa principal, virou o rosto rapidamente na direção de Ksenya. As sobrancelhas juntas, parecia ligeiramente indignado... talvez chateado. ─ Os Grishas temiam, eu estive com eles quando Darkling se foi. Todos queriam algo ou alguém em quem acreditar, afinal, todos achavam que sua Sankta Alina havia morrido. Vasily me disse que não era uma relação amorosa, que também era uma aliança política.
─ Agora você se interessa por política, amor?
Se Ksenya ainda conhecia Nikolai, o seu amigo de infância, sabia que ele estava com uma pitada de ciúmes dela com o irmão. Sua frase, apesar de calma, pareceu defensiva demais para ser apenas mais uma frase comum carregada de ironia.
─ Me interesso em manter meu povo são e seguro. Os Grishas. E não me chame assim.
─ Seu povo? ─ Nikolai lentamente se levantou, indo até a mesa, passando os dedos sobre o mapa. Ele sorriu. ─ Então aceitou a proposta de meu irmão?
─ Eu até pensei sobre, mas isso seria ridículo ─ respondeu. ─ O Segundo Exército precisava de algo ou alguém para seguir. Agora Alina está de volta, isso é um milagre para quem acredita. Ela é um símbolo.
─ E eu sou muito mais sedutor e carismático que Vasily ─ Nikolai pensou em voz alta, espanando um pó invisível dos ombros de seu uniforme.
─ Não estou falando sobre carisma, mas sim sobre a fé que aquelas pessoas têm na Conjuradora do Sol. As pessoas não estão mais falando em outra coisa.
─ Então dirá não?
De repente Ksenya percebeu que Nikolai havia mudado o rumo daquela conversa. Ela fez uma careta quando levantou.
─ Vai recusar o pedido de Vasily?
Ele sabia a resposta e ainda assim indagava. Qualquer probabilidade de Ksenya aceitar casar-se com o Príncipe mais velho significava criar uma pequena rixa no próprio Grande Palácio. Irmão contra irmão brigando pelo trono enquanto promovem seus casamentos com Grishas poderosas. Uma piada.
─ Céus, Nikolai. É óbvio.
Nikolai sorriu para ela.
─ Eu me casaria com você.
Ksenya tentava entender como ele agia e falava normalmente coisas do tipo sem nenhum resquício de timidez. Mesmo depois de sete anos.
─ Vai dormir, Lantsov, está delirando.
─ Tenha uma boa noite, Kamenova.
Ela revirou os olhos, pronta para sair e deixá-lo sozinho. Imaginando que tudo aquilo parecia apenas mais uma brincadeira, quando estavam prestes a enfrentar uma guerra contra a escuridão.
─ E eu sinto muito por Natalya ─ disse ele antes que Ksenya cruzasse a porta. Ela parou por um instante, mas logo saiu sem dizer nada.
𓍢
A manhã seguinte estava sendo calma demais para um dia no Pequeno Palácio. Não passavam das sete da manhã, entretanto, assim como quase todos os outros dias, haviam Grishas acordados perambulando pelo local e fazendo suas devidas tarefas.
Kamenova normalmente acordava um pouco mais cedo para sair na troca de guardas, porém, naquele dia decidiu que não sairia, ainda não havia falado com Zoya e não queria deixá-la preocupada ou mais chateada enquanto estivesse fora. E se algo acontecesse? Nazyalensky era a pessoa que mais a ajudava a passar pelos estágios do luto, não merecia se preocupar pelas escolhas egoístas de Ksenya.
Entretanto, quando alguns grishas mais jovens passaram por Ksenya para ir diretamente para o treino naquela manhã, ela ouviu um burburinho vindo de fora do Pequeno Palácio. Quando se encaminhou, percebera que não havia soldado nenhum vigiando o lugar.
E Galena, uma infernal de catorze anos, caminhava na direção da ponte que atravessava para o Grande Palácio. De longe Ksenya conseguiu ver quando um soldado surgiu apontando um rifle para a jovem grisha. Então caminhou em passos muito rápidos até lá.
Assim que Ksenya chegou, Nikolai Lantsov apareceu do outro lado da ponte baixa.
─ Deixe-as, soldado ─ ordenou.
─ Se ousar apontar isso para ela mais uma vez, eu juro que transformo você em um homem sem cérebro! ─ Ksenya ameaçou, antes que o soldado a encarasse ─ Não estou blefando.
O homem obedeceu o príncipe, e, sem retrucar a ameaça da Sangradora, o deixou com as duas Grishas.
Ksenya sabia que ameaçar um soldado do Primeiro Exército era a última coisa que Nikolai iria sugerir para acabar com a ideia "exército contra grisha", mas deixá-lo olhar como se fosse superior a uma garota de catorze anos a deixava irritada, e ela sabia que conseguiria cumprir sua promessa feita ao soldado. E teve vontade.
─ O que está acontecendo lá? ─ Galena apontou para o outro lado da ponte baixa. Nikolai e Ksenya olharam para o grupo de soldados conversando fora do Grande Palácio. Vasily também estava lá, parecia um rato tentando acalmar um bando de gatos famintos.
─ Isso não é assunto que lhe interessa, Galena ─ retrucou Ksenya, calmamente ─ vá e volte para o Pequeno Palácio.
Nikolai observou como a menina obedeceu a Sangradora sem contestar. Também viu como mais três grishas curiosos no terreno não ousavam se aproximar deles sem que Ksenya os chamasse.
─ Ele ia atirar nela ─ Kamenova se aproximou do príncipe, apontando para o grupinho de soldados.
─ Ele não ia.
─ O que realmente está acontecendo? Por que estão tão agitados? ─ indagou ela.
─ Há rumores de que alguns soldados desertaram ─ respondeu Nikolai.
─ Soldados do Primeiro Exército? Isso não pode ser verdade. Para onde eles iriam?
Nikolai deu de ombros. Estava sim preocupado, mas não aparentava de maneira alguma. Ele se aproximou de Ksenya.
─ Vamos entrar ─ disse, ─ estou faminto. Conversamos sobre isso no café da manhã.
Ksenya ficou surpresa, mas não por Nikolai querer comer no Pequeno Palácio, e sim por levá-la para a antiga sala do Darkling. Então lembrou-se de que devia dizer algo.
─ Ouvi dizer que ele entrou no Sikurzoi...
Foi no instante em que Nikolai abriu a porta. Alina estava sentada na velha cadeira do general, Malyen estava de pé, eles pareciam estar discutindo algo. No entanto, no instante em que Nikolai entrou acompanhado de Ksenya, os dois ficaram em silêncio e olharam diretamente para ela. Naquele momento, dizer que o Darkling havia cruzado a fronteira entre Ravka e Shu Han não parecia importar nada. Não quando todas as coisas ruins que Ksenya tinha feito para a conjuradora e o rastreador vieram à sua mente, perturbando-a mais uma vez.
Jogar fora as cartas não parecia nada quando comparado com torturar Malyen Oretsev após a busca pelo cervo, ou então não contestar a decisão do Darkling ao colocar a força o colar no pescoço da Conjuradora do Sol. E Alina provavelmente não se esqueceria disso. No entanto, nenhum dos dois disseram nada.
Nikolai se aproximou do prato pela metade de Alina e colocou um pedaço de arenque na boca.
─ É possível que ele esteja no sul ─ disse o príncipe. ─ Ah, perdão, não sei se deveria apresentar vocês já que provavelmente se conhecem. Essa é Ksenya Kamenova e...
─ Já nos conhecemos ─ interrompeu o rastreador.
─ Parece que são grandes amigos ─ Nikolai se sentou e sorriu. ─ Enfim, os Sirkurzoi são um ótimo lugar para quem quer se esconder. Se esses relatos forem...
─ O que ela está fazendo aqui? ─ Malyen questionou, encarando o príncipe.
─ É a segunda vez que você me interrompe. Na próxima, que tal começar a falar antes de mim? ─ disse Nikolai.
Ksenya respirou fundo e se aproximou da enorme mesa. Já tivera tantas vezes naquela sala quando Darkling estava no Pequeno Palácio. Ela realmente não sabia porque Nikolai havia a levado para aquele lugar, mas não daria o gosto de confessar isso a ninguém... mesmo que merecesse ser tratada da pior forma possível por Malyen e Alina.
─ Ksenya é uma das mais habilidosas Grishas que já conheci na minha vida ─ continuou Nikolai, ─ não vou perder a oportunidade de tê-la do nosso lado.
─ Depois que ela e a irmã tentou nos matar e me torturou?
─ Você realmente quer que eu me desculpe? ─ Ksenya se pronunciou e todos os três olharam para ela ─ O que fará com meros "me perdoe" se não saberá se são sinceros? A questão é que não importa o que eu faça, vocês não irão acreditar em mim e eu não me importo com sua opinião, a única coisa que quero é encontrar o Darkling e mata-lo. Assim como vocês querem.
─ E o que você sugere? ─ perguntou Alina, pela primeira vez desde que Nikolai e Ksenya entraram na sala ─ Quer levar a guerra até onde quer que ele esteja?
─ Ele vai ficar mais forte, devíamos agir antes disso ─ Ksenya respondeu.
─ Há algumas notícias do Primeiro Exército ─ Nikolai mudou de assunto, não havia muito o que falar sobre o Darkling naquele momento. ─ Alguns soldados desertaram e desconfio que outros estão pensando em também fazê-lo. Eles estão se refugiando em mosteiros, aderindo ao culto da Santa do Sol. O Apparat está dizendo que você, Alina, está sendo feita prisioneira pelo rei e pela rainha.
O sacerdote era um lunático fanático por contos e Santos, não era novidade para ninguém no Grande ou Pequeno Palácio. O ex-general aproveitou-se desta situação para promover a travessia da Dobra das Sombras, o que deu completamente errado. E agora o Rei estava triplicando o preço pela cabeça do Apparat.
─ E agora eu sugiro que o capitão da guarda pessoal da Conjuradora do Sol comece a forjar alianças ou até cultivar amizades no Grande Palácio. É sua hora de brilhar, Oretsev ─ Nikolai olhou para Malyen, seu olhar penetrante não excluindo a parte sarcástica que viria logo depois. ─ Talvez você possa tentar desempenhar melhor o papel de diplomata do que o de amante ciumento.
Ksenya apoiou os braços numa cadeira e franziu a testa quando Malyen respirou fundo.
─ Vou pensar sobre isso.
─ Bom garoto.
Alina fechou os olhos e passou as mãos pelos cabelos quando baixou a cabeça impaciente. Ksenya estava começando a entender.
─ Cuidado, Nikolai ─ aconselhou o rastreador, ─ príncipes sangram como qualquer pessoa.
Nikolai sorriu. Não sabia se conter.
─ Claro ─ disse ele, ─ eles só fazem isso em roupas melhores.
finalmente nosso corsário favorito surgiu, e, claro, na melhor entrada possível e sempre com seu humor afiado na ponta da língua!
impossível não ser apaixonada por este homem.
mas me digam, gostaram do capítulo???
espero vocês no próximo, que terá uma cena de aquecer os corações <3
SKYLANTSOV | 2021
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