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𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 5

❝ 𝗕𝗟𝗨𝗘 𝗧𝗘𝗔𝗥𝗦 ❞
▬▬ 05: dor relativa
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Albert Einstein costumava dizer que o tempo é relativo, quem sou eu para discordar? A alguns dias atrás eu realmente nem sabia quem eu era...mas o tempo me mostrou, e o tempo também me mostrou as camadas sombrias da minha vida que ele escondia

Eu costumo pensar que a dor é relativa. Algo que doi em mim, pode não doer pra você. Mas...isso significa que você é mais forte que eu?

"Depende" seria a maioria das respostas

Mas depende do que? Se for uma dor física pode ser...agora, uma dor mental...quem conta é a diferença. A diferença das memórias, experiências, se sua mente é aberta ou fechada e seus sentimentos e transtornos

A dor é relativa

Em um momento em específico eu gostaria que ela fosse igual. Que a minha dor, mental e física, fosse partilhada e semelhante a de uma pessoa

- É apenas mais um exame, procedimento padrão! Não seja fraca, não existe lugar para fracos no CRUEL - Um homem que eu não conseguia reconhecer dizia

- Vai matá-lo! Ele está gritando com angústia e dor! Está mexendo com seus traumas! - Eu dizia em desespero. Apenas podendo assistir por de trás de um vidro

- Pare de se importar tanto, os outros não pareceram ficar abalados. Por que está tomando as dores desse garoto? - O homem se agacha na minha frente com um olhar desafiador

- Porque não tomaria?! Eu convivo com ele a anos, sei tudo sobre ele e qualquer um saberia que isso que ele está sentindo...machuca, fisicamente e mentalmente

Por trás do vidro, eu consegui ver diversos cientistas mexendo em máquinas estranhas enquanto Minho estava praticamente pendurado em uma das máquinas com algum aparelho em sua cabeça. Esse aparelho soltava algo em seu cérebro que o fazia gritar de dor. Eles estavam buscando suas memórias mais sombrias e tentando fazer ele ficar mais forte com elas... mas a única coisa que eles conseguiriam é o tornar mais vulnerável e fazer com que aquelas memórias sejam mais doloridas ainda

- PARE! POR FAVOR PARE! - eu gritei batendo no vidro e sentindo lágrimas escorrerem pelo meu rosto

- Já chega, garota! - O homem ao meu lado me pegou pela parte de trás do meu cabelo e puxou - Aumentem a frequência! E não parem até eu voltar - O homem ordenou para os cientistas dentro da sala e saiu me puxando pelos cabelos até o fim do corredor

Quando eu percebi que ele estava me levanto para o meu quarto eu me desesperei imaginando o que ele faria. Rapidamente comecei a olhar para todos os lados procurando pela minha tia

O homem puxava cada vez mais forte o meu cabelo fazendo com que as lágrimas se tornassem lágrimas de dor, muita, muita dor mesmo

Ele abre a porta do meu quarto e rapidamente me arremessa ali, fazendo com que eu caía no chão.

Me apoiando entre as mãos eu tentei me levantar, eu estava completamente devastada

- Aprenda a controlar suas dores e emoções, Jenna! Ou se afogará nelas antes mesmo que perceba - Ele ia fechar a porta mas rapidamente voltou - Se contar algo pra sua tia...quem irá sofrer será ela e o seu garotinho

Assim que ele finalmente fechou a porta eu coloquei a mão sobre a minha nuca, que ainda pulsava de dor, e eu vejo sangue em minhas mãos. Lágrimas de dor, escorrem pelo meu rosto. Lágrimas de dor física e mental...E, ah, como eu queria que aquele homem sentisse metade do que estou sentindo agora

MOMENTOS ATUAIS

Me olhando no espelho eu rapidamente fiz um rabo de cavalo. Meu cabelo era muito grande e eu não aguentava mais ficar com ele solto. Se um dia eu começar a andar com ele solto, saiba que eu estarei completamente revoltada e pirada da cabeça

Joguei água no meu rosto e aproveitei para passar os resquícios de água no meu cabelo. Alisando a parte de cima as minhas mãos rapidamente correram até nuca, onde, sem querer, eu sinto um relevo...uma cicatriz

E aí uma memória invade a minha cabeça. Uma memória que eu não sei se gostaria de ter lembrado

Meu cérebro não voltou completamente. Algumas memórias vêm simplesmente do nada. Ou quando se relacionam em algum momento do presente

Conforme eu andava pela clareira eu percebia que as coisas estavam tranquilas...tranquilas até demais. Minho e Gally ainda não haviam se bicado nos últimos dias, Clint já havia dito que não tinha nada pra fazer na enfermaria e estavam todos exercendo seus papeis...tranquilamente. Uma bomba estouraria em alguns segundos, certamente

Me aproximo de onde meus amigos estavam e aí eu percebo que era só os outros que estavam tranquilos. Porque Newt estava sendo fuzilado com as perguntas matinais de Thomas

Quando encosto no tronco onde eles estavam reunidos eu tento pegar o fio da conversa. E enquanto Newt e Zart trabalhavam capinando um tronco de árvore enquanto Tomás estava sentado com Chuck...fazendo perguntas

- Por que o Alby entrou no labirinto? - Disse Thomas - Ele não é um corredor

Eu ri enquanto pegava um dos machados no chão para ajudar Newt e Thomas. Newt rapidamente me comprimentou com a cabeça enquanto eu levantava as sobrancelhas para ele, dando a entender que achava graça da sua situação com Thomas

- As coisas são diferentes agora. O alby foi tentar seguir os rastros do Ben antes do sol se pôr...Vai ajudar ou não?? - Seu tom de voz mudou para um impaciente ao final da frase

- Tá então ele vai aonde o Ben foi picado? Por que iss... - Newt rapidamente o interrompeu

- Alby sabe o que está fazendo, está bem?

Assim que reparo o que Thomas tinha falado eu rapidamente paro o que estava fazendo e reparo no que estava acontecendo

- Newt...Onde está o Minho? - Pergunto

- Jenna - Ele começa a dizer mas eu o interrompo

- Hoje é o dia de folga dele e ele mesmo assim se ofereceu pra ir com o Alby em um lugar onde eles muito provavelmente podem acabar igual ao Ben? - Eu ri desacreditada

- Minho é o melhor corredor, e ontem perdemos o Ben, o segundo melhor. Não vejo ninguém melhor para ir acompanhar Alby nessa. Nada vai acontecer com nenhum deles - Newt diz e eu engoli seco - Alby sabe no que se meteu, e sabe melhor do que nós

- O que isso quer dizer? - Thomas perguntou

- Já devem ter comentado. Todo mês a caixa manda um novato. Mas alguém teve que vir primeiro. Alguém passou um mês inteiro na Clareira sozinho. Foi o Alby

- Não deve ter sido fácil - Comentei enquanto cravada o machado no tronco

- Mas quando os outros garotos começaram a chegar, ele viu a verdade, e aprendeu que a coisa mais importante que temos é um ao outro porque nós estamos nessa juntos

- Vai ficar fazendo perguntas o dia inteiro ou vai ajudar? Vamos ver se trabalha tanto quanto fala - Eu lhe entrego um machado, fazendo o mesmo se levantar e se juntar a nós

Passamos a tarde ali, juntos, variando entre as atividades que apareciam. Mas no geral, Thomas não consegue ficar calado por muito tempo e eu contei sobre como foi quando eu entrei aqui, sendo a única garota. A minha mente dava nós enquanto eu contava a história, percebi que precisava me segurar muito para não colocar minhas memórias na história

- Mas no final todos me acolheram bem, sei que só estavam assustados com o novo. No lugar onde vivemos, o novo pode ser o mais perigoso - Thomas sorriu enquanto nos apoiavamos nas pilastras da cabana, nos resguardando da chuva que vinha

- Fico surpreso que Gally a trate bem. Acho que ele nunca seria assim comigo - ele riu e eu o acompanhei

- Eu sei que no fundo ele tem um coração bom e gigante que só quer nos proteger. É questão de tempo até ele se acostumar com você - Sorri

- Não estava nos meus planos ficar aqui por muito mais tempo - Thomas parou e observou a chuva cair. Vi ele encarar a entrada do labirinto por alguns segundos - Eles já deviam ter voltado...o que acontecerá se não voltarem?

- Eles vão voltar - Digo encarando o labirinto também, mas agora com o coração apertado e o desespero tomando conta de mim

Logo as memórias de hoje mais cedo e as memórias do dia em que Minho entrou no labirinto tomaram conta de mim

- Tá mas é se não conseguirem? - Thomas me encarou

- Eles vão conseguir - Respondi

- Mas é se... - Eu rapidamente o interrompi

- Thomas, cala a boca! Está me deixando nervosa! - Thomas rapidamente recuou um pouco assustado

Olhei para as minhas mãos e vi as veias azuis ficarem reluzentes, brilhando em um azul indescritível

As escondi rapidamente por de trás do meu corpo. Eu ainda não tinha entendido o que elas eram. E Clint também não sabia a resposta. Às vezes eu conseguia ouvir os cochichos sobre isso, mas dentre ameaças para que ninguém fizesse isso, eram poucos e não chegavam a me afetar. Mas as atitudes de medo das pessoas as entregavam. Estavam obviamente assustados com o que acontecerá comigo no dia da fogueira

Aos poucos o tempo foi passando, a chuva deixava de cair e agora só sobravam as plantas molhadas e o aroma de terra molhada que expandia nossas narinas

Mas nenhum sinal de Minho ou Alby. Devia faltar cinco minutos para a porta fechar e aí eu comecei a me desesperar de verdade. Comecei a coçar os meus próprios braços com o nervosismo. Estávamos todos na porta do labirinto, esperando algum sinal deles, mas nada

Foi quando eu me abaixei no chão e segurei meus cabelos com força. Pude ver minhas veias azuis começarem a brilhar, fui impedido pela dor na minha cabeça, não tinha percebido que estava puxando tão forte

O silêncio dos outros me ensurdecia. Eu estava sentindo o mesmo desespero que senti naquela sala enquanto via Minho ser torturado. Me sentia uma tola por isso

- Não podemos mandar ninguém atrás deles? - Thomas quebrou o silêncio

- É contra as regras - Gally respondeu. Também estava abaixado no chão ‐ Eles voltam ou não voltam

Eu encarei o garoto ao meu lado, segurei firme as lágrimas, mas já sentia meu olho lacrimejar

- Não podemos quebrar essa merda de regra pelo menos uma vez? Mas que droga, Gally, eles podem estar feridos e precisando de ajuda - Eu praticamente supliquei

- Não podemos arriscar perder mais alguém - Gally diz rebatendo

- Tudo bem, eu me voluntario pra arriscar a minha própria vida - Eu disse

- Não é hora de bancar a heroína, Jenna. Você pode querer arriscar a sua vida, mas ninguém mais quer que você faça isso. Então fica paradinha aí e torça pros dois chegarem aqui a salvos e a tempo - Ele desviou seu olhar de volta para o Labirinto - É tudo o que podemos fazer

De repente o cantarolar sombrio do labirinto foi escutado, o vento desgovernado vinha logo em seguida. As portas iriam fechar nos próximos segundos

Merda

Merda

Merda

- OLHEM LÁ! - Thomas apontou o que me fez levantar e esticar o pescoço para enxergar

Minho apareceu dentre as paredes do labirinto carregando Alby arrastado. Estava muito devagar, ele não ia chegar a tempo

Por impulso, eu rapidamente dei um passo à frente. Vi Gally rapidamente por o braço na minha frente, me barrando

- Nem pense nisso! - Ele disse mas eu já não estava respondendo por mim

Quando vi a parede se juntar, dando pouco mais de um metro uma da outra, eu vi Minho derrubar Alby, já sem forças e cansado. Ele suspirou fechando os olhos

Rapidamente me veio a memória de eu vendo ele ser torturado. Ele olhava para mim e depois fechava os olhos, não aguentando mais aquilo. Como se pedisse socorro

O Minho que eu estava vendo agora no labirinto, prestes a morrer, não se lembrava da memória que eu acabará de lembrar. Ele se lembrava dessa garota do labirinto

E eu não poderia deixar ele esquecer essa garota também

Em um momento desprevenido de Gally eu desviei de seu braço e corri labirinto a dentro. Senti algumas mãos tentarem me puxar de volta mas foi em vão

As portas ainda não tinham fechado tanto ao ponto de ficar apertado para eu correr o que facilitou para mim

- JENNA, NÃO! - Ouvi Minho gritar em desespero mas era tarde, eu já estava quase chegando ao seu lado

Quando eu ia pegar Alby para ajudar a levantar era tarde, eu vi as portas se fecharem, só restando o silêncio, mas... o que era isso?

Ah sim, era Thomas

Parece que Newt está de folga e terei que passar os restos das minha horas de vida com uma máquina de perguntas ambulante

- VOCÊS SÃO MALUCOS OU O QUE?! - Minho gritou - TEM NOÇÃO QUE A CLAREIRA ACABOU DE PERDER 4 PESSOAS ESSENCIAIS DE UMA VEZ?!

Ele dizia tudo de forma irritada, ele estava muito irritado

Eu me sentei no chão e coloquei as duas mãos na cabeça tentando raciocinar o que tinha feito. Minha respiração estava ofegante e minha mão brilhando como uma vagalume azul, mas que merda estava acontecendo?

Eu vi Thomas dizer alguma coisa a Minho mas não prestei atenção. Só vi ele começar a carregar Alby labirinto a dentro e Minho antes de segui-lo se virou pra mim e me encarou por alguns segundos

- Por que fez isso? - Ele disse ofegante

- Alby estava com você e eu... - Ele me interrompeu não satisfeito com o início da minha resposta

- Não, eu te perguntei, por que fez isso? - Ele disse, parecia ler meus olhos, minha mente e a minha alma

- ...fiquei com medo que se esquecesse de mim - Abaixei meu olhar

- Eu nunca esqueceria você - Ele disse firme, me analisando por completo

- Já se esqueceu uma vez - Respondi mas percebi só depois de alguns segundos a grande merda que eu tinha acabado de fazer

- O quê? - Ele pareceu desmontar com a minha resposta. Pela primeira vez na vida eu o vi desnorteado

***
( notas da autora💙 )

Demorei mais voltei né😝

GENTE O QUE FOI ESSE CAPÍTULO HM???

Oq estão achando?

Amo vcss!<3

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