|Capítulo 00|
P.O.V Narradora
Aurora dirigia com cuidado pela estrada, os limpadores do carro em movimento constante enquanto a chuva caía forte sobre o para-brisa. Ela deu uma olhada pelo retrovisor e viu a filha, Adalind, dormindo no banco de trás, o rostinho sereno e descansado. Um sorriso suave se formou em seus lábios antes de voltar a atenção para a estrada. Ao avistar a entrada de Forks, ela decidiu parar em uma lanchonete para que ambas pudessem fazer uma pausa e comer alguma coisa.
Estacionando o carro, ela tirou o cinto e se virou para alcançar o pezinho da filha, dando-lhe um leve toque.
— Filha? Capetinha da mamãe? — chamou Aurora, usando seu apelido carinhoso. Adalind abriu os olhos devagar, ainda sonolenta, encontrando o olhar da mãe.— Vamos comer algo? — perguntou, e a pequena assentiu com um sorriso preguiçoso.
Aurora saiu do carro, abriu a porta traseira, e ajudou Adalind a descer. Ela segurou firme a mão da filha e olhou para o chão molhado.
— Adalind, tome cuidado, o chão está escorregadio. Não corra, tá bom? — alertou Aurora, mas antes mesmo que pudesse terminar, a pequena ruiva já corria em direção à porta da lanchonete.
Aurora apenas conseguiu ver o momento em que Adalind escorregou e caiu sobre o braço, um pequeno gemido escapando dela. Com um suspiro, Aurora colocou as mãos na cintura e caminhou até a filha, que fazia um biquinho, com os olhos levemente marejados.
— O que a mamãe disse, Adalind?
— Ai, mamãe... eu caí em cima do braço — murmurou a pequena, tentando segurar as lágrimas.
Aurora se agachou ao lado dela e a pegou nos braços, ajeitando-a com cuidado. Enquanto fazia isso, a porta da lanchonete se abriu, revelando um homem uniformizado, com o rosto preocupado.
— Ela está bem? — perguntou ele, observando a expressão contida de Adalind,Aurora deu um leve sorriso, ainda focada na filha.
— Só foi uma queda — ela respondeu, enquanto checava o braço de Adalind, que tentava bravamente não chorar.
— Talvez fosse bom levá-la ao hospital para conferir.— disse l homem, sem perder a calma, sugeriu gentilmente.
—Sou Charlie Swan, aliás.
— Aurora Burkhardt — disse ela, estendendo a mão com um leve aceno de cabeça.— Essa é a Adalind.
— Você é nova na cidade? — perguntou Charlie, notando o tom de sua voz e o cansaço discreto de quem está em trânsito.
— Cheguei hoje — respondeu Aurora, com um sorriso contido. — Poderia me dizer onde fica o hospital, por favor?
— Claro. E me deixe ajudar com ela — ofereceu ele, acompanhando Aurora até o carro e abrindo a porta traseira. Ela acomodou Adalind na cadeirinha com um sorriso agradecido para Charlie, que explicou a direção do hospital.
— Muito obrigada, Charlie — disse ela, antes de entrar no carro e dar partida.
Enquanto dirigia, Aurora lançou um olhar breve para a filha pelo retrovisor.
— Agora você pode chorar, minha pequena — ela disse em um tom suave.
Finalmente, Adalind fez um biquinho e deixou as lágrimas rolarem, desabafando em um choro sentido enquanto Aurora continuava o trajeto, com um olhar terno e compreensivo.
(...)
No hospital, Adalind estava sentada na cama, balançando as perninhas ansiosamente enquanto Aurora permanecia ao seu lado, segurando sua mão. O quarto era grande, com outras camas vazias ao redor, e algumas enfermeiras passavam, ocasionalmente lançando olhares gentis para a pequena ruiva. Uma das enfermeiras se aproximou e informou com um sorriso que o médico estava a caminho.
A porta se abriu, e Aurora levantou o olhar. Um homem alto, loiro, com uma pele tão pálida quanto sua expressão calma, entrou no quarto. Havia algo quase sobrenatural em sua beleza. Ele caminhou até elas com um leve sorriso.
— Boa tarde, sou o Doutor Cullen — disse ele, sua voz suave e acolhedora. Seus olhos pousaram em Aurora por um breve instante, e ela sentiu uma estranha familiaridade na profundidade de seu olhar. Mas logo ele desviou a atenção para Adalind.— Tudo bem se eu der uma olhada no seu braço? — perguntou Carlisle, com um tom paciente.
Adalind olhou para a mãe, que assentiu, incentivando-a. A menina estendeu o braço com cuidado, enquanto Carlisle examinava com atenção, movendo o braço dela levemente.
— Parece que foi só um susto, nada grave — disse ele, com um sorriso tranquilizador.
Aurora soltou um suspiro de alívio. Carlisle notou o alívio no rosto dela e, sem deixar de sorrir, colocou a mão no bolso do jaleco e tirou um pequeno doce, estendendo-o para Adalind.
Adalind o olhou desconfiada e, em seguida, para a mãe e depois para o Doutor Cullen.
— Mamãe disse que não posso aceitar doces de estranhos — disse ela com seriedade, o que arrancou uma risada de Carlisle.
— Sábia decisão — respondeu ele, divertido, antes de olhar para Aurora, esperando por uma resposta dela.
— Esse é um doce especial, querida.
—Aurora sorriu, passando a mão nos cabelos da filha —Pode pegar.
Adalind sorriu, aceitou o doce e agradeceu com um murmúrio. Aurora voltou-se para Carlisle, ainda com um olhar de gratidão.
— Então está tudo bem com ela, doutor?— perguntou ela—Nada com que eu precise me preocupar?
— Absolutamente nada, senhora... — Carlisle hesitou, percebendo que não sabia o nome dela.
— Burkhardt. Aurora Burkhardt.—Aurora riu levemente, estendendo a mão, Carlisle estreitou os olhos por um instante, reconhecendo o sobrenome.
— Burkhardt... — murmurou, quase para si mesmo, antes de apertar sua mão. — Um prazer conhecê-la, Aurora.
— Igualmente, doutor Cullen. E obrigada por cuidar dela — respondeu Aurora, ainda com a mão entrelaçada na dele por um momento a mais do que o necessário, ao perceber Aurora afastou a mão e pegou a filha no colo, sua sorriso e saiu andando, Carlisle observou as duas saindo, ainda sorrindo.
(...)
Aurora estacionou o carro na garagem da nova casa e, ao descer, notou a casa ao lado: uma construção elegante, com grandes janelas de vidro que davam um ar sofisticado. Ela sorriu ao ver Adalind saindo do carro, observando curiosa ao redor. Com um estalar de dedos, Aurora fez as malas flutuarem para fora do carro e seguirem em direção à casa, movendo-se pelo ar com leveza mágica.
Adalind, encantada com a cena, tentou imitar a mãe, franzindo a testa enquanto estalava seus pequenos dedos. Quando nada aconteceu, ela bufou, fazendo um biquinho frustrado.
— Não se preocupe, querida.—
Aurora riu e se abaixou ao lado dela.—Logo você vai dominar seus poderes.
Adalind sorriu, satisfeita com a promessa, e saiu correndo pela garagem em direção à casa.
— Onde é meu quarto, mamãe? — perguntou, empolgada.
— Lá em cima, primeira porta à esquerda — respondeu Aurora, acompanhando-a com o olhar enquanto a filha disparava escada acima.
Aurora entrou na cozinha, dando uma olhada nos armários. Com um movimento de mão, ela os abriu todos ao mesmo tempo, avaliando o que já estava estocado. Percebendo que a despensa estava vazia, suspirou e pensou em como passaria horas no mercado no dia seguinte. Fechou os armários com um aceno e foi ver como Adalind estava.
No quarto, Adalind já havia se instalado no chão, espalhando alguns brinquedos e mergulhando em seu próprio mundo de brincadeiras. Aurora se encostou na porta, observando com ternura antes de chamar sua atenção.
— O que acha de pedirmos uma pizza para comemorar a casa nova? — sugeriu Aurora, sorrindo.
— Sim! Pizza!—Adalind levantou o rosto, os olhos brilhando de alegria.
Aurora caminhou até ela e sentou-se no chão ao seu lado. Adalind, depois de uma pausa, olhou para a mãe com uma expressão mais séria.
— Mamãe... Dessa vez vamos ficar nessa cidade, né? — ela perguntou, a voz carregada de esperança e cansaço de tantas mudanças.
— Sim, querida.—Aurora acariciou os cabelos ruivos da filha, sentindo o peso de sua promessa.— Vamos ficar aqui. Essa vai ser a nossa casa de verdade.
Adalind observou a mãe com um brilho confiante e levantou a mão, beijando dois de seus pequenos dedos e estendendo-os para Aurora.
— Promessa de dedinho?
Aurora sorriu, repetindo o gesto, beijando seus próprios dedos e unindo-os aos da filha.
— Promessa de dedinho.
Elas uniram as mãos e selaram a promessa. Adalind sorriu, o alívio e a felicidade estampados em seu rostinho, enquanto Aurora a observava, desejando de todo coração que essa fosse, finalmente, a casa em que poderiam ficar.
Primeiro capítulo postado amores, espero que tenham gostado amores 🥰🥰🥰
Até o próximo capítulo amores ♥️ 🥰 ♥️
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