
𝟬𝟮𝟮 ، I'M SORRY FOR YOUR LOSS.
▎ SINTO MUITO PELA SUA PERDA.
❪ black out days ━ act two ❫
⌗ ، sem nunca olhar para trás . ༉‧₊˚
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"Amada filha, irmã, amiga."
Clichê demais para frase de túmulo, talvez, mas Andy imaginava que eles acabassem seguindo nessa linha caso algo desse errado. É, fazia sentido. Ela não achava que tivesse alguma frase única que fizesse as pessoas lembrar imediatamente dela, não. Na verdade, Andrea não achava que era alguém que as pessoas lembravam facilmente - ela era arrogante, impaciente e muitas vezes parecia gostar de fazer as pessoas a detestarem.
Parecia mais fácil.
Não eram todos que ela conseguia afastar, obviamente, e seu irmão acabava sendo um deles, o que tornava seus próximos passos extremamente difíceis; Andrea não estava pronta para morrer, mas enquanto subia o morrinho que lhe levava até a entrada do laboratório, era apenas o que vinha em sua mente cansada.
Que tudo, enfim, acabaria para ela naquele momento.
Mas então aquela vozinha irritante lhe lembrava que não poderia morrer enquanto aqueles malditos seres estivessem por ali, vivos. Andrea gostaria de poder controlar seu destino, mas isso não era algo que realmente acontecia, então só lhe restava rezar (e rezar muito, para compensar por todos os anos desde que decidiu negar à igreja) e ela rezava fervorosamente, como nunca havia feito antes.
Ela chegou à porta. Aproximando a cabeça do vidro temperado, ela franziu os olhos na esperança de ver algo, mas a falta de luz estava dificultando sua tentativa. Ela tentou a maçaneta, um arrepio subindo por seu braço ao puxar a porta; de repente, toda a coragem que tinha se esvaiu e ela considerou dar meia volta, mas os gritos dos demogorgons novamente a fez respirar fundo; Jesus, ela sentia que poderia vomitar apenas com aquele som.
Foi quando, enfim, as luzes voltaram.
Andy, com uma dose imensa de positividade forçada, tomou aquilo como um incentivo para seguir em frente.
A garota adentrou o prédio lentamente, incerta de qual caminho tomar, principalmente com os corpos que ia encontrando. Após alguns segundos de consideração, achou mais seguro ir pela entrada que já conhecia, que levava aos escritórios - lembrava brevemente do caminho, nas poucas vezes em que esteve ali para conversar com Owens -; ela passou pela recepção, caminhando lentamente enquanto mantinha a arma em mãos, pronta para atirar em qualquer um que se mexesse.
━ Por que eu vim aqui, Deus... ━ sussurrou para si ao passar por outro conjunto de portas, parando por um instante quando ouviu o som de estalar.
Tinha algum ali. Tinha algum ali e ela estava ferrada.
Andrea deu um passo para trás, e mais outro e outro até chegar nas portas que acabara de atravessar. Eram portas que se abriam apenas com cartão magnético, mas, quando ela tentava trancar, não ocorria nada - veio em mente a possibilidade de terem destravado as portas.
Fazia sentido, com o retorno da energia.
Ela xingou baixo, vendo, no fundo do corredor, um demogorgon aparecer.
Ambos travaram olhares; ele deu um passo à frente e a luz iluminou o que seria sua face. Com um rasgo aparente ali, ela rapidamente considerou que aquele poderia ser uma das criaturas a atacar o grupo no ferro-velho, um dos que foi atingidos por Steve e seu taco de basebol.
Ambos ficaram ali pelo o que pareciam ser horas, ainda que não tivesse se passado um minuto. Ela estava com medo demais para correr enquanto a criatura dava lentos passos em sua direção; ele parecia pensar diferente, visto que, de repente, correu na direção da mulher. Ela se apavorou, pulando na direção de um dos guardas mortos - tentando ignorar todo o sangue, carne e ossos exposta - para alcançar um par de algemas.
O Demogorgon estava na metade do corredor quando ela se levantou, passando o metal entre as maçanetas das duas portas de vidro e os prendendo. Andrea caiu assustada para trás quando o animal bateu contra o vidro, tentando atacar a garota. Ela se afastou da porta, escorregando e batendo seu cotovelo no chão no processo, xingando baixo.
Talvez fosse melhor esperar por alguém no saguão, pensou, tentando ignorar o som da criatura batendo contra a porta de vidro.
Ela retornou para a recepção com passos rápidos, travando próxima da recepção quando viu Joyce parada na entrada do prédio. A morena deu alguns passos na direção da mulher, que lhe fitou com as sobrancelhas franzidas e milhões de perguntas na ponta da língua, mas nenhuma das duas foi capaz de falar algo.
Uma porta foi aberta e Andy levou as mãos à arma roubada, arregalando os olhos ao ver Bobby ali, mãos nos joelhos enquanto tentava recuperar o fôlego; mas para a morena - ver o homem parecer tão aliviado em um local que estava parecendo mais um cemitério do que laboratório - era insano e ela simplesmente não aceitava.
Joyce estava bem ali e, confirmando suas suspeitas segundos depois, Jim Hopper também. Todos deveriam aproveitar daquele momento para entrar nos carros e ir embora, sem nunca olhar para trás.
E foi exatamente isso o que Andrea Hopper pensava enquanto corria até Bobby, o puxando pela manga da camisa. O homem lhe fitou confuso, quase tropeçando, assustado pela aparição repentina da garota que havia sumido dois dias atrás; para ser sincera, Andy entendia. Ela poderia ter feito o homem ter um ataque cardíaco ou algo do tipo, visto que ele já era bem velho, mas diante de tantos sinais gritando para que ela saísse dali, Bobby morrer de um ataque do coração seria a menor das preocupações dela naquele dia.
Isso até um demogorgon aparecer e pular em cima dos dois.
Andy foi ao chão, estando poucos metros do mais velho, que era atacado pela criatura horrenda. A jovem se arrastou para trás apavorada, tendo forças suficientes para se levantar mas ainda foi incapaz de correr até Joyce - a mais nova havia sido jogada ao chão novamente. A diferença, dessa vez, é com um peso quase familiar pressionando seu corpo para baixo e tirando seu ar.
Sons de tiro puderam ser ouvidos imediatamente e a criatura vacilou, caindo para o lado. Aquilo deu abertura para a Hopper mais nova, com as pernas bambas, engatinhar para longe, mas o Demogorgon rapidamente se recuperou, aproveitando da aproximação para erguer suas garras e rasgar a carne da perna de Andrea, que gritou em dor.
O animal aproveitou para subir novamente, e, apesar de seu corpo tremer de dor e o suor frio se formar em sua testa, ela tentou alcançar a arma roubada para tentar a sorte, mas um tiro na cabeça do monstro o fez sair de cima dela. A jovem olhou na direção da porta, vendo Jim ali, lhe encarando com pavor. Ela tentou se arrastar até o mais velho, mas a porta do outro lado do saguão foi aberta e mais criaturas apareceram, correndo na direção de Bobby e Andy.
Jim Hopper não teve outra opção senão agarrar Joyce e sair dali.
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capítulo curtinho pois era necessário (e eu não tava com inspiração pra próxima parte e decidi soltar logo isso)
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