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01.  𝘘𝘶𝘪𝘦𝘵 𝘎𝘢𝘮𝘦

Os olhos de Satoru Gojo, ocultos atrás de seus óculos escuros, cintilavam como faróis, lançando reflexos suaves sobre as paredes do corredor lotado. A luz parecia brincar com os vidros escuros, acentuando a aura imbatível que o cercava. Ele se movia com uma confiança absoluta, à altura de seu corpo, criando uma linha tênue entre ele e o resto da multidão, como se um espaço invisível fosse criado a cada passo que dava. As conversas ao redor cessaram por um instante, um silêncio momentâneo dominando antes que os sussurros tomassem o controle.

— Ali vai ele — murmurou uma garota, o tom de sua voz carregando um misto de admiração e um toque de inveja não disfarçada.

— É o Satoru. Quem mais? — respondeu outra, com um desdém disfarçado, como se fosse o mais óbvio dos fatos.

Gojo, como sempre, percebeu cada palavra, cada olhar. Seu sorriso travesso, quase imperceptível, curvou-se em seus lábios enquanto ele ajeitava os óculos com uma suavidade exagerada, um gesto tão natural que parecia mais uma assinatura pessoal. O som dos sussurros continuava, formando uma trilha sonora quase invisível à medida que ele percorria o corredor, os passos firmes e seguros ecoando suavemente. Para ele, aquele ambiente parecia uma passarela, e ele, o centro das atenções, com a multidão como plateia silenciosa. Cada olhar lançado em sua direção era um prêmio conquistado, uma prova de que ele não precisaria fazer nada além de existir para ser o centro do universo de todos ali.

— Vocês realmente não cansam de me admirar, né? — Ele falou, a voz, um convite à provocação. Seus olhos brilharam ao lançar um olhar despreocupado e brincalhão para um grupo próximo, enquanto seus ombros pareciam relaxar ainda mais em sua postura já extremamente descontraída.

As pessoas ao redor engoliram a resposta, muitas congelando no lugar, como se o ato de dar uma resposta fosse algo que precisasse de mais coragem do que o habitual. O silêncio, então, tomou conta, mas os rostos corados e os olhares evitantes falaram por si só. Gojo conhecia o poder que tinha, e não estava nem um pouco surpreso com isso. No campo de batalha do campus, ele não era um simples estudante. Ele era uma estrela, e cada passo que dava reafirmava essa certeza.

Foi quando Suguru Geto, como se fosse uma sombra que surgisse sem aviso, apareceu ao lado de Gojo, o som do chiclete estalando suavemente entre seus dentes. Geto não parecia afetado em nada pelo frenesi ao seu redor. Ele mascava lentamente, como se estivesse mais interessado em observar o caos que seu amigo causava do que ser parte dele, seus olhos semicerrados em um gesto quase ritualístico de avaliação.

— Sabe, eu até entendo por que você usa óculos escuros, Satoru — disse ele, a provocação envolvida em sua voz, tornando-a irresistível, como uma brincadeira que apenas ele sabia brincar tão bem. — Mas óculos escuros em um prédio? Está um pouco desesperado por atenção hoje, não acha?

Gojo parou, seus olhos brilhando de maneira exagerada enquanto ele girava o corpo com uma dramatização digna de palco. Sua expressão era uma mistura de surpresa e uma falsa indignação, quase como se tivesse sido profundamente ofendido.

— Por favor, Suguru, você sabe que eu sou o centro das atenções com ou sem óculos. Isso é apenas um dom natural, meu caro.

— Um dom natural ou um incômodo constante? — Geto rebateu, dando outra estocada enquanto continuava a mastigar com aquela calma característica. — Porque, se bem me lembro, no semestre passado, eu te tirei o título de mais popular.

Gojo estalou a língua, colocando a mão sobre dramaticamente o peito, como se tivesse acabado de ouvir uma acusação terrível. Ele se inclinou para frente, os olhos quase pedindo uma confissão que nunca viria.

— Você roubou esse título com subornos descarados! — acusou, a expressão no rosto, um exagero cômico. Ele olhou para Geto com uma mistura de diversão e um leve toque de farsa, como se estivesse em uma cena de teatro.

Geto riu baixinho, começando a se afastar, sem dar muita atenção à teatralidade de seu amigo. Ele não parecia se importar nem um pouco com a cena que Gojo estava criando.

— Claro, Satoru. Continue acreditando nisso.

O sorriso tranquilo de Geto foi a última coisa que Gojo viu antes de ele desaparecer na curva do corredor, deixando Satoru em sua pose desconcertante, atrapalhadamente imóvel, enquanto vários olhares curiosos continuavam a se fixar nele.

Foi então que Megumi Fushiguro, silencioso como uma sombra, surgiu ao lado de Gojo. Seus passos eram tão discretos que, por um momento, Gojo sequer percebeu sua presença até que a voz de Megumi soou ao seu lado.

— Se eu tivesse que apostar, diria que hoje vai ser mais um dia cheio de... como posso dizer? “Satoru Gojo” — Megumi murmurou, a leveza da fala revelando que ele estava apenas compartilhando uma piada consigo mesmo.

Gojo lançou um olhar rápido para ele, o sorriso já tomando forma, malicioso e cheio de autoconfiança.

— Ah, Fushiguro, a falta de fé é quase encantadora em você. Sério, você precisa aprender a aproveitar mais a vida, sabia? — disse ele, uma risada suave escapando de seus lábios enquanto ele dava um pequeno toque em seu próprio ombro, como se fosse um sábio conselheiro.

Nesse momento, Nobara Kugisaki apareceu, os olhos brilhando com aquele sarcasmo afiado e o sorriso no rosto que dizia mais do que palavras poderiam expressar.

— Vai por mim, Meguminho, um pouco de Gojo na vida de todo mundo não faz mal a ninguém. Ou faz... dependendo de quão perto você fica dele — disse ela, com um olhar de lado e um tom de diversão que só ela sabia dar.

Gojo fez uma expressão exagerada, colocando a mão no peito, como se estivesse interpretando um papel de sofrimento épico.

— Sabe, Fushiguro, eu até entendo você. Mas o mundo precisa de um Satoru Gojo. Sem mim, o que seria de vocês, hein?

Megumi suspirou, mas não sem antes soltar um sorriso irônico, cortante como sempre.

— Não ia fazer diferença nenhuma. A diferença seria você finalmente tentar aprender alguma coisa com a gente.

Gojo riu, o som leve e cheio de prazer diante da troca de farpas. Ele se divertia com isso, sem perceber ou, talvez, sem se importar com os olhares impacientes que os mais novos lançavam em sua direção. Para Satoru, cada provocação era apenas mais uma oportunidade para se divertir.

O ambiente na sala estava imerso em uma leve tensão, como se todos soubessem que algo estava prestes a acontecer. O grupo de estudantes estava reunido para um estágio obrigatório, mas qualquer tentativa de organização parecia ser engolida pelo caos. Satoru Gojo estava no centro de tudo, como sempre, sua presença não apenas dominando a sala, mas transformando cada movimento em um espetáculo. Seus óculos escuros, sempre um enigma, escondiam seus olhos, mas ninguém precisava vê-los para entender que sua confiança transbordava em cada gesto. Ele estava lá não só para liderar o projeto, mas para garantir que todo o cenário girasse ao seu redor.

— Eu sou o líder natural, Suguru. Você sabe disso — Gojo disse, com um sorriso arrogante, os lábios curvados para cima enquanto jogava uma olhada desafiadora para Geto. A maneira como ele usava os óculos parecia um truque visual, como se fosse um código de status. Seu tom era leve, mas a convicção por trás das palavras era inegável.

Suguru, por outro lado, parecia não se importar nem um pouco com o desafio. Ele estava mais interessado em prolongar o jogo, a diversão que extraía de cada palavra trocada. Com os braços cruzados, a expressão descontraída e um leve sorriso no canto dos lábios, ele respondeu com um tom de leve zombaria.

— Claro, Satoru. Não me surpreende. Mas talvez, só talvez, o mundo precise de mais de mim e menos de você — ele disse, a provocação velada quase tão natural quanto respirar. Ele observava Gojo com uma calma desconcertante, como se estivesse se divertindo mais com a situação do que qualquer um ali.

Enquanto isso, Megumi Fushiguro, Itadori Yuji e Nobara Kugisaki estavam tentando manter o foco nas tarefas de verdade. Eles se sentavam em torno da mesa, organizando dados, discutindo as atividades, mas o som das palavras trocadas entre Gojo e Geto se arrastava pelo ambiente, sempre mais alto, sempre mais presente. Era impossível não notar. Megumi soltou um suspiro pesado, seu olhar fixo na pilha de papéis à sua frente, enquanto tentava ignorar o barulho ao redor. Itadori, no entanto, estava determinado a acalmar as coisas.

— Vamos, pessoal. Precisamos fazer isso funcionar — ele disse, a voz firme, tentando assumir o papel de mediador. Seu olhar passava entre Gojo e Geto, buscando um sinal de que o confronto estava chegando ao fim.

Nobara, com o braço cruzado e a paciência à flor da pele, soltou um resmungo impaciente, quase como se estivesse dizendo em voz alta o que todos estavam pensando.

— Se eles parassem de brigar, poderíamos terminar isso em meia hora, em vez de ficar aqui assistindo ao show! — ela disse, lançando um olhar fulminante para Satoru, cujas gargalhadas e gestos exagerados preenchiam o espaço, como se ele estivesse no palco de um teatro, não em um estágio acadêmico.

Do outro lado da sala, Kento Nanami observava, com um olhar analítico, suas anotações discretas, refletindo o interesse que ele tinha pelo comportamento dos colegas. Ele não estava apenas ali para avaliar o progresso do projeto, mas para estudar a dinâmica do grupo, como o caos se formava e se desfez, sempre movido pela força de Gojo.

A cena à sua frente estava tão longe da normalidade que parecia uma performance. As palavras de Satoru não eram apenas palavras; eram como peças de um espetáculo que ele havia escrito para si, enquanto Suguru, com seu sorriso enigmático, assistia à produção como se soubesse o script de cor.

Ainda mais distante, mas suficientemente próxima para ouvir o riso abafado, Utahime Iori observava, curiosa. Ela olhava para Gojo, um misto de perplexidade e intrigada curiosidade em seu olhar. Seria isso um simples desempenho para chamar a atenção, ou ele realmente não conseguia viver sem estar no centro das atenções? O comportamento dele parecia tão deliberado quanto descontraído, como se ele fosse uma estrela de cinema que não soubesse outra maneira de ser.

Gojo, sem nunca perder o ritmo, brincava com os colegas como se estivesse em uma arena e todos fossem seus espectadores. Ele se movia com a graça de quem estava acostumado a ter os olhos voltados para si, suas piadas e gestos exasperados saltando entre os participantes como um truque de mágica, mantendo todos em suspense.

Geto, sem jamais perder o sorriso sutil que nunca deixava transparecer o que realmente pensava, parecia mais entretido do que irritado. Como um mestre do jogo, ele observava o caos se desenrolar, abraçando a desordem que o cercava com um prazer tranquilo, enquanto a interação com Gojo, por mais irritante que fosse, ainda mantinha todos unidos de alguma forma, como uma sinfonia descompassada. E para ele, isso era mais que o suficiente.

A noite envolvia o apartamento de Gojo em uma calma quase imutável, interrompida apenas pelo som suave das garrafas colocadas sobre a mesa e o leve tilintar do gelo no copo. O sofá largo onde Satoru e Suguru estavam sentados estava marcado por um emaranhado de garrafas vazias, restando apenas vestígios de uma noite descontraída. O ambiente, embora relaxado, tinha algo de imprevisível, como se cada palavra trocada pudesse desencadear algo maior.

Gojo, com a postura relaxada, não demorou a quebrar o silêncio com seu sorriso de canto, o mesmo sorriso arrogante que sabia ser seu maior trunfo.

— Então, Shoko Ieiri, hein? — Ele disse, a provocação escapando de seus lábios com a naturalidade de quem a proferia todo dia. O tom leve de sua voz, carregado de humor, contrastava com o olhar que, por trás dos óculos escuros, observava atentamente Geto. — Romance sem futuro, não é? Aposto que ela nunca vai ceder.

Geto, descontraído como sempre, não deu o menor sinal de se incomodar. Com os braços cruzados e a cabeça reclinada no sofá, ele se inclinou um pouco para trás, os olhos com aquele brilho travesso de quem se divertia mais com a situação do que qualquer outra coisa.

— Como se você fosse o exemplo de um relacionamento duradouro, Satoru. Você só vive brincando com tudo, e ninguém acredita que você seja sério, nem por um segundo. — Ele falou, a voz marcada por um tom de zombaria suave, como se a piada estivesse em sua essência, mais do que nas palavras ditas.

O ritmo da conversa seguia, descontraído e afiado ao mesmo tempo, como se estivessem dançando ao redor de uma linha invisível que separava a provocação da amizade. Riam, falavam, e a conversa fluía como se nada, nem mesmo a noite silenciosa, pudesse interromper aquele momento.

No entanto, uma mudança sutil começou a preencher o ar. Quando Gojo, com uma leveza que parecia ser uma tentativa de afastar a carga da conversa, soltou uma frase que, mesmo sem querer, cortou a fluidez do momento.

— Às vezes, eu só queria alguém com quem eu pudesse ser genuíno... Sem a máscara do Satoru Gojo, sabe? — O tom despreocupado de sua voz vacilou um pouco. As palavras flutuavam no ar, mais pesadas do que ele imaginava, antes de se dissiparem no silêncio que se seguiu.

Por um instante, o ambiente pareceu se distender. O riso que antes tomava conta da sala agora parecia distante. Gojo, que sempre parecia dominar qualquer espaço que ocupava, agora olhava para a garrafa de bebida em suas mãos, um foco de distração, como se tentasse afastar o peso de sua própria confissão. O sorriso arrogante, que sempre parecia uma máscara, desapareceu, revelando algo mais vulnerável, algo que raramente ele deixava transparecer.

Geto, vendo a fraqueza não declarada, tentou aliviar o silêncio com uma risada baixa, quase como se tentasse se manter distante da gravidade do momento.

— Então, o grande Satoru Gojo também tem um lado sentimental? Quem diria. — Ele reclinou no sofá, o sorriso brincando nos cantos da boca, esperando ver como Gojo reagiria.

Gojo virou a cabeça ligeiramente, seu olhar fugaz e um pouco desconfortável, como se tentasse esconder o que havia dito, forçando a máscara de volta, ainda que não conseguisse encobrir totalmente o brilho de inquietação nos olhos. O sorriso voltou, mas parecia mais forçado dessa vez, como um espelho rachado tentando se recompor.

— Não é como se fosse um grande problema. Só estava pensando em voz alta. — As palavras saíram rápidas, tentando cobrir a brecha, mas a falha no tom não passava despercebida. Sua voz soava mais leve do que ele desejava.

Mas Geto sabia. Ele sempre soubera, talvez melhor do que Gojo pudesse perceber. E, embora a tentativa de Gojo de desviar o foco fosse clara, o olhar de Suguru o desmascarou. Aquela leve hesitação, o modo como Gojo se viu fora de seu controle usual, não podia ser escondido. Para qualquer um mais atento, as palavras de Gojo não eram só uma confissão — refletiram algo mais profundo, algo que ele temia.

Durante o silêncio que se seguiu, Gojo começou a perceber algo estranho em Geto. Seu amigo, que normalmente estava sempre atento à conversa, agora parecia distante, os olhos fixos no celular com uma concentração que não parecia natural. Era uma distração sutil, mas Gojo, com seu olhar afiado, não deixou passar.

— Suguru, você tem algo em mente? — Gojo perguntou, a curiosidade ainda escondida sob a leve provocação. — Está se desviando, hein?

Geto, pego de surpresa, tentou esconder o desconforto atrás de uma expressão indiferente, mas o celular em suas mãos não mentia. Ele estava claramente evitando algo, e Gojo, com o olhar atento, captou a mudança.

— Não é nada. Só estava pensando... — Geto disse, tentando dar um tom de desinteresse, mas a falha no olhar traiu sua mentira.

Gojo, mais intrigado, decidiu mudar a abordagem, suavizando o tom. Ele fingiu interesse na conversa, afastando a provocação e permitindo que a leveza de sua voz invadisse o ambiente.

— Você está esperando uma mensagem de alguém, não está? — perguntou, o tom agora menos incisivo, quase como se estivesse sondando uma verdade sem querer invadir o espaço do amigo.

Geto, como se tivesse sido fisicamente tocado, soltou uma risadinha baixa, mas já havia percebido a fragilidade no sorriso. A reação instantânea de Suguru, aquele gesto quase imperceptível, era tudo o que Gojo precisava para saber que algo estava ali, algo mais profundo do que ele estava disposto a admitir.

— Eu só estava pensando na Shoko... — Geto disse, a voz agora mais suave, com um toque de hesitação que não passava despercebido. — Mas não é como se fosse algo importante, vai.

Gojo riu, mas a leveza da conversa não mascarava a tensão crescente. Ele sabia que havia mais ali, algo que Suguru ainda não estava pronto para compartilhar. E, por um momento, Gojo se perguntou se isso tinha alguma relação com o que ele próprio havia dito antes. Suas palavras sobre ser genuíno estavam pairando no ar, ainda não ditas, talvez ainda não entendidas. Eles não estavam prontos para enfrentar aquelas verdades. Não ainda.

A sala de reuniões estava repleta de alunos nervosos, seus olhos trocando olhares curiosos e ansiosos, tentando se ajustar à dinâmica da faculdade. O som de sussurros e o estalar de cadeiras preenchiam o ar enquanto todos buscavam se acomodar. Então, a porta se abriu com um suave rangido, e o ambiente mudou instantaneamente. Uma jovem entrou como se o próprio espaço tivesse se curvado à sua presença. Ela possui cabelos longos ruivos claros, presos em uma trança solta com franjas que chegam logo abaixo das sobrancelhas e duas franjas laterais mais longas que emolduram seu rosto. Seus olhos são amarelos com vários anéis vermelhos dentro deles.

Ela não fez nenhum esforço para chamar atenção; sua simples entrada foi suficiente. Seus passos eram firmes, mas quase silenciosos, e a maneira como sua figura preencheu o ambiente fez com que o ar ao redor dela parecesse mais denso, mais carregado. Havia algo hipnotizante nela, como se cada movimento fosse calculado com precisão, mas também tão natural que ninguém duvidaria disso por um segundo. A sala, que antes estava cheia de murmúrios discretos, silenciou por um momento, como se o mundo estivesse segurando a respiração.

Gojo, com seu habitual desdém, permaneceu alheio à mudança no clima. Seu celular estava em suas mãos, o rosto voltado para a tela como se não houvesse nada de relevante acontecendo ao seu redor. No entanto, apesar de tentar se manter distante, seus olhos não puderam evitar um olhar furtivo na direção da nova aluna. Era quase imperceptível, mas ele a observava do canto do olho, atento a cada passo dela. Seus movimentos eram fluidos e calculados, sua postura impecável, algo que parecia instintivo, mas, ao mesmo tempo, refletia um controle absoluto. Satoru não pôde deixar de se perguntar se essa graça toda era realmente tão espontânea quanto parecia.

Quando ela se sentou ao lado dele, Gojo deu uma breve olhada em sua direção, tentando, sem sucesso, manter a fachada descontraída. Ele se recostou na cadeira, seus ombros relaxados, e lançou um sorriso suave, como se estivesse cumprimentando alguém trivial.

— Então, você é a nova aluna? — sua voz soou desinteressada, como se fosse só mais uma introdução sem grande importância.

A jovem não respondeu imediatamente. Seus olhos, com uma intensidade quase palpável, se fixaram nele, como se estivesse avaliando cada detalhe do seu comportamento. Por um instante, Gojo sentiu a sensação desconcertante de estar sendo examinado, como se ela estivesse tentando decifrar cada camada de sua fachada. O sorriso dela finalmente surgiu, lento e calculado, como se soubesse algo que ele ainda não havia percebido.

— Eu sou mais do que uma simples aluna, Satoru Gojo. — Sua voz foi suave, mas com um peso que fez as palavras pairarem no ar. Havia algo de predatório na maneira como ela falou, como se já soubesse mais do que ele gostaria. — Sou Makima Tachibana. Você vai descobrir logo o que eu sou de verdade.

A resposta dela não foi apenas uma declaração, mas uma provocação velada, algo que Gojo não conseguiu ignorar. Ele sentiu um arrepio frio percorrer sua espinha, uma sensação que raramente experimentava, e por um momento, seu sorriso vacilou. Tentou retomar o controle, mantendo sua postura de sempre, mas algo em seu olhar trazia a inquietação. Não era medo — mas uma estranha sensação de que ela não era apenas uma aluna qualquer. Ela era mais. Muito mais.

Makima, como se percebesse a ligeira mudança no comportamento de Gojo, deixou que o silêncio se alongasse por um segundo, antes de desviar o olhar para o resto da sala, tornando-se mais uma presença do que uma simples conversa. E, como sempre, Satoru Gojo, o imbatível, ficou apenas mais uma figura observando uma jogada que ele ainda não conseguia compreender.

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