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𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐄𝐢𝐠𝐡𝐭𝐞𝐞𝐧

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REDENÇÃO

POINT OF VIEW

Abigail Givens


O corpo de Sirius aconchegava o de Abigail com seu calor costumeiro que contrastava unicamente, juntamente do seu suave perfume de sândalo, suas mãos ásperas serpenteavam por toda a extensão dorsal da bruxa. Em seus braços, ela sentia-se amada, completa e protegida. Eram um só novamente.

Abigail levantou-se da cama, e observou o homem remexer-se sonolento, instantes após a bruxa sair do banheiro depois de tomar seu banho, deparou-se com Sirius já sentado na cama aguardando seu retorno com suas madeixas bagunçadas e sua feição sonolenta que deixavam-o mais charmoso do que o costume.

— Bom dia. — resmungou mexendo levemente o cabelo na tentativa de controlar os fios.

— Bom dia. — Abigail riu levemente da ação do bruxo e depositou um beijo na ponta do seu nariz — E feliz natal.

O homem demorou um pouco para compreender a frase, então piscou algumas vezes os olhos e como se entendesse finalmente que dia era, balançou a cabeça:

— Sim, feliz natal, meu amor. — desejou puxando para um abraço, onde enterrou com cuidado seu rosto na curva do pescoço de Abigail e depositou um beijo gentil ali.

— Vou descer para preparar o café da manhã, e depois vou precisar sair. — avisou a mulher com um certo tipo de incerteza na voz, torcia para que Sirius não perguntasse sobre a tal saída ou pedisse informação alguma. Contudo, logo em seguida ele ponderou instantaneamente sobre o assunto:

— Para onde você vai? — quis saber levantando-se da cama e buscando seu robe preto de veludo, que logo cobriu seu corpo magro e nu.

Ainda que conhecesse Sirius e suas perguntas, Abigail xingou-se mentalmente por não ter pensado em um motivo para sair tão cedo naquela manhã de natal, por mais que fosse por uma boa razão, a bruxa não poderia contar para o homem. Ela precisava visitar Margo, abastecer o chalé, conferir se ela estava bem e passar aquela data comemorativa com a mulher. Entretanto, até o conhecimento de Abigail em relação ao paradeiro da prima, era extremamente perigoso.

— Eu vou a Greenbryer. — respondeu ligeiramente observando o cenho de Sirius franzir e sua boca se entreabrir — Visitar os meus pais.

Após um momento, o bruxo atenuar a expressão e enfiou as mãos no bolso:

— Faz muito tempo desde o fim da guerra que vocês não se falam? — quis saber curioso, fazendo a bruxa repensar em uma ligeira contra-resposta.

— Não, nós voltamos a manter contato há alguns anos.

Ele balançou com a cabeça e pareceu ponderar sobre algo em silêncio, depois se manifestou:

— Você quer que eu vá com você? Pelo o que eu lembro sua tia francesa gosta do meu bom gosto para bebidas. — disse divertido com um brilho no olhar, aquilo doeu em Abigail, sabendo que sair daquela mansão nem que fosse por algumas horas para o homem já era válido.

— Querido, isso é arriscado, você sabe. — replicou Abigail tentando manter a voz firme.

Sirius suspirou profundamente depois de abrir a boca e fechá-la algumas vezes, demonstrando que aquela era realmente uma má ideia até na cabeça dele:

— Tudo bem. — murmurou caminhando até o banheiro e fechando a porta em seguida.

Abigail soltou um profundo suspiro, detestava como pôde fazer com que aquele momento entre os dois se dissipasse de maneira tão efêmera.

Uma hora depois todos estavam em volta da mesa, ao que tomava café ou suco de abóbora, ainda que Abigail tivesse pedido expressamente que Molly não se preocupasse em ajudar na cozinha naquela manhã, a bruxa alguns anos mais velha já havia preparado: torradas, ovos fritos, lingüiça e algumas geleias. Abigail a repreendeu gentilmente, considerando que ela havia feito boa parte da Ceia do dia anterior.

Após a refeição matinal, os jovens encaminharam-se curiosos para verificarem os presentes sob a árvore, depois de abrirem com agilidade os embrulhos a primeira a vir em sua direção agradecer, foi Gina:

— Isso é demais, Abigail! — seus olhos brilhavam ao que a jovem bruxa analisava o equipamento de quadribol presenteado por Abigail, como: óculos, luvas... Tudo autografado por uma capitã de time de quadribol do País de Gales, a bruxa Givens agradeceu sua intuição quando viu que a Weasley realmente gostara do presente.

Depois vinheram os Gêmeos, Hermione, Rony e Harry, este último que parecia mais alegre do que quando a bruxa chegara na mansão um dia antes, Abigail ficou feliz em ver que o efeito da sua conversa com seu afilhado surtira efeito. Remo chegou um pouco mais tarde, mas não o suficiente para o bruxo tomar um copo considerável de suco de abóbora acompanhado de ovos fritos, linguiça e torradas.

Abigail subiu novamente para o quarto de Sirius, e preparou a sua bolsa de vermelho bordô com um feitiço indetectável de extensão, após assegura-se de que ele fora bem executado, a bruxa guardou dentro da deste: um estojo de ferramentas para herbologia — sabia que sua prima gostava de estudar ervas e plantas; algumas poções e alimentos para abastecer a despensa do chalé, e por fim um macacão para bebê de uma cor verde-desbotado dobrado e guardado em um bonito embrulho. Prontamente a bruxa buscou seu sobretudo azul que ia a altura do seu joelho, alcançou a bolsa e desceu as escadas.

Um pequena comitiva formada por: Harry, Molly, Gina, Hermione, Remo e Sirius, reuniu-se para cumprimentar Abigail antes de sair:

— Não acha melhor ir pela a rede de flu, Abigail? — quis saber Molly com uma sutil preocupação.

Contra a pergunta, a bruxa argumentou:

— Minha família desconectou nossas lareiras com a rede de flu desde o meu sexto ano em Hogwarts — explicou ela observando Molly assentir em compreensão — Mas vou aparatar, a visita vai ser rápida e chegarei aqui antes da hora do chá.

Dito isso, Harry sorriu e a abraçou desejando uma boa viagem, assim como Molly, Hermione, Gina e Remo.

— Diga aos seus pais que desejei boas-festas, Abigail. — Remo falou gentilmente e a bruxa balançou com a cabeça em agradecimento.

Por fim, Sirius aproximou-se taciturno da bruxa e depositou um beijo em sua bochecha, ainda que estivesse chateado pelo fato de não "ir" com esta visitar seus pais, o homem ainda reuniu um pouco de humor antes da bruxa sair pela a porta da frente:

— Diga aos meus sogros que estou em regime aberto, logo os visitarei.

「• • •」

A cozinha rústica era iluminada por alguns raios de luz solar que a janela veneziana filtrava, o ambiente estava muito bem cuidado e arejado, Abigail deduziu que a prima abria a porta e as janelas da casa todos os dias, contudo naquele específico elas se encontravam fechadas devido a circulação do vento gélido do inverno do interior da Irlanda. A viagem não demorou, na realidade fora bem rápida considerando que Abigail utilizou a chave de portal não autorizada que Dumbledore criará há alguns meses.

Logo, as duas bruxas se encontravam naquele cômodo ao que saboreavam um pouco de chá e bolo de café e nozes. Abigail admirou a barriga média e pontuda de Margo, a bruxa possuía um aspecto mais radiante e humor menos ácido, ainda que possuísse sutis bolsas roxas abaixo de seus intimidantes olhos verdes.

— Você não precisava ter comprado algo para mim, não é como se tivéssemos seis anos novamente. — comentou conferindo o estojo de ferramentas e em seguida o macacão para seu bebê.

Abigail bufou irônica e balançou a cabeça:

— Não por isso, Margo.

Ela rolou com os olhos e deu uma considerada garfada no bolo de café e nozes, digerindo aquele pedaço.

— Espero que o abastecimento venha a ser útil durante as próximas semanas. — começou Abigail mexendo levemente a xícara com o chá, observando o líquido escorregar até a borda — Não vou poder vir com tanta frequência, agora que as aulas estão voltando.

Margo riu.

— Você fala como se realmente me visitasse com frequência.

Contra isso, Abigail replicou:

— Meu Matagot está sempre por perto, então é quase a mesma coisa. —

Um minuto de silêncio se fez presente, depois Margo o quebrou:

— Onde você passou a véspera de Natal? — sua voz saiu baixa, mas não menos curiosa.

A bruxa Givens ponderou sobre a resposta por um longo instante e a outra bruxa notou tal cautela. Abigail não poderia omitir sobre Sirius, não para Margo, e não tratava-se de questão de confiança, já que a bruxa já a garantira de todas as formas: por palavras e feitiços de sigilo.

Abigail umedeceu os lábios, depositou a xícara sobre a bancada de madeira e confessou:

— Com Sirius.

O silêncio de Margo pesou naquele momento. Seus olhos tentavam decifrar a feição receosa estampada no rosto de Abigail e descobrir se havia algo mais a revelar, mas após alguns minutos ela viu que era apenas aquilo.

— Há quanto tempo vocês se reencontraram? — indagou com o olhar fixo em Abigail.

— Meses. — limitou-se a dizer, não quis especificar o período para que Margo não levantasse hipóteses ou questionamentos sobre o paradeiro de Sirius, mas principalmente para que a bruxa não soubesse que na realidade Abigail só se reuniu com Sirius de cinco meses até então.

— Você sabia do Black o tempo todo. — cuspiu ela em forma de deboche — Estou realmente surpresa com sua capacidade de fingir.

— Não cabia a mim contar um segredo que não é meu, além disso as motivações de Sirius não dizem respeito a você, Margo.

Ela balançou a cabeça e reprimiu os lábios.

— Quanto a isso não restam dúvidas, Abigail. Na verdade, por mais que tenhamos nossas diferenças, eu preciso admirar a coragem do Black. — por um instante a bruxa soltou uma baixa gargalhada — Traído por aquele covarde maldito do Pettigrew, e sendo condenado aquele buraco infernal no meio do mar.

Abigail piscou os olhos e ergueu uma sobrancelha:

— Os comensais sabiam sobre a inocência de Sirius?

Margo lançou um olhar indiferente.

— Eles não se importavam com isso, entretanto sabiam que ele não estava do nosso lado, um de vocês mas não ele...Foi quando pouco tempo depois da guerra descobrimos que foi o tal Pettigrew que forneceu a informação dos Potter ao... Lorde — proferiu o nome com incerteza na voz, e Abigail notou aquilo;

— Sua associação com os comensais da morte sempre me pareceu uma medida extrema ao meu ver — confessou a bruxa Givens após alguns instantes de silêncio absoluto — Entendo que as principais motivações foi a sua paixão por Horst, e a intolerância com os nascidos-trouxas e mestiços. Mas você nem sempre foi assim, com ideais preconceituosos e decisões radicais.

A mulher pareceu levar um grande baque com a fala da prima, contudo com sua postura sempre defensiva ela tratou de contestar:

— Eu não preciso dar satisfação alguma...

Abigail interrompeu firmemente:

— Sobre suas escolhas? Você precisa quando elas afetam as pessoas. — o olhar de Abigail voou para a barriga da prima e ela suavizou um pouco mais a voz: — Não tenho a intenção de fazer mal a você ou ao seu bebê... Mas Margo você precisa saber que independente de você ser minha protegida ou prima, eu não esquecerei o que já fez e em qual lado ficou na guerra, assim como não significa que eu virarei as costas para você, eu quero ajudá-la a repensar sobre aquilo que Horst e toda essa supremacia de puro-sangue prega.

A atmosfera mudou, pesou e o interior das duas igualmente. Era uma conversa de adulto, sobre caráter e respeito. Abigail ansiava por aquilo há algum tempo, mesmo que fosse mais nova do que Margo, a bruxa sempre demonstrou mais maturidade para certos assuntos e aquilo sempre chamou atenção da primeira mulher. Se Margo aceitaria ou não aquela proposta, a bruxa Givens não sabia, contudo esperava que suas palavras surtissem o mínimo efeito que fosse.

Durante um curto tempo o único barulho a ser escutado era o silvo sussurro da ventania fria daquela manhã, esta que trazia uma vermelhidão sensível às pontas dos narizes e bochechas das bruxas.

— Eu entendo o ódio que ajudei a disseminar há alguns anos. — murmurou Margo e seu olhar vazio viajou pelo rosto da prima — E não preciso que acredite em mim, mas eu nunca matei ou participei diretamente das torturas realizadas pelos comensais. — aquela frase instantaneamente a fez lembrar de um comentário proferido por Dumbledore em outro momento "Ela pode não possuir a marca, mas isto não a faz menos seguidora" — Eu não preciso da sua pena, Abigail, eu não mereço compaixão, e é por isso que o que eu vou pedir a você agora não é por mim, e sim pelo a criança que está dentro de mim... — ela passou a mão suavemente em sua barriga afagando-o e a admirando — Cuide dela e ensine-a ser melhor do que os pais, eu confio em você.

Aquela frase pegou Abigail de surpresa. A súplica de uma mãe, que não possuía sequer a chance de consertar os erros e ajudar sua criança sobre o certo e o errado, para que ela também não cometesse tais falhas.

— Você estará neste futuro para fazer tal coisa. Como uma pessoa melhor e evoluída. — respondeu Abigail solícita.

Margo dirigiu-lhe um sorriso irônico.

— Sempre Abigail, nunca realista. — ela levantou-se da cadeira e caminhou até o fogão, alcançando a chaleira e servindo-se de mais chá. Depois de alguns minutos, ela trouxe um assunto delicado para a conversa: — Sabe... Um dia desses enquanto arrumava sua escrivaninha, eu encontrei algumas cartas dos seus pais, algumas antigas e outras recentes... Ainda está sem falar com eles?

Abigail respirou profundamente e desviou o olhar para qualquer lugar da cozinha.

— Este assunto já está encerrado há muito tempo.

— Não quando só uma parte envolvida dele decidiu bater o martelo — argumentou a bruxa articulando com as mãos — Essa sua negação machucou e continua machucando seus pais durante esses quatorze anos.

— O que teria feito no meu lugar? — quis saber Abigail elevando a voz e exasperada com o assunto que fora levantado — O Ministério ficou na minha cola até que eu comprovasse minha inocência, eu não queria que as consequências das minhas escolhas afetassem meus pais.

— Então se isolou deles?

— Era o mais correto a se fazer na época.

Margo calou-se por um breve momento e Abigail continuou:

— Eu me machuquei muito durante esse tempo. E aos poucos estou reconquistando tudo aquilo que a negação e a minha própria fraqueza me tirou. — umedeceu os lábios e deixou os ombros relaxarem — Quando tudo isso acabar, eu vou até os meus pais.

A outra bruxa assentiu com a cabeça e ponderou silenciosamente sobre o assunto, ao considerar que ela também tinha seus próprios conflitos com a mãe, Ambre, que era irmã de Evangeline, mãe de Abigail. As duas eram bruxas francesas, que estudaram na Academia de Magia Beauxbatons, após o período na Academia, Evangeline, em uma Copa Mundial de Quadribol, conhecera Kalabá, pai de Abigail, as histórias sobre a ocasião eram sempre contadas nos aniversários de Abigail e nos de casamento dos dois. Era divertida e romântica, em tempos em que a paz perpetuava-se no mundo bruxo.

— Que tal irmos até a lareira, esquentar os pés mais um pouco antes de você ir? — propôs Margo mudando de assunto e efetivamente Abigail sorriu.

— É uma ótima ideia.

「• • •」

Abigail limpou superficialmente a neve sobre o casaco ao que dava passos curtos no hall de entrada em direção a sala de jantar da Mansão Black, quando ela empurrou a porta do cômodo observou Sirius e Snape sentados à longa mesa, ao que se encaravam com o ódio presente em seus olhos, e Harry ao lado do primeiro bruxo olhou para a bruxa como se suplicasse ajuda silenciosamente:

— Snape — pronunciou a mulher permitindo que o olhar viajasse de Snape para Sirius, temendo um grande conflito entre os dois bruxos — Aconteceu algo?

O bruxo de cabelo longo, preto e escorrido a observou com indiferença.

— Estou aqui apenas para transmitir a Potter o pedido feito por Dumbledore.

Harry abriu a boca para falar, mas Sirius o interrompeu:

— Dumbledore quer que o ranho... Snape — corrigiu-se propositalmente fazendo Abigail o repreender com os olhos a imatura implicância — Ensine Oclumência.

A última frase acendeu um lampejo de luz na cabeça da bruxa, que logo puxou a cadeira e virou metade do corpo para Snape:

— Isso é necessário, Severo? Oclumência é uma prática mais aprofundada da magia.

— Sim, Givens. Mas é extremamente útil, e Dumbledore acredita que é uma boa ideia.

Quando a bruxa verificou a feição de Harry, notou medo, levando em consideração de que ela própria garantira que a questão do jovem bruxo estar sendo possuído pelo Lorde das trevas estava fora de questão, e a Oclumência tratava-se da defesa contra a penetração externa.

— Espero você às seis horas da tarde na segunda-feira, Potter. Minha sala. Se alguém lhe perguntar, diga que está tomando aulas particulares de Poções. Ninguém que tenha visto você em minhas aulas poderia negar que precisa de reforço. — sibilou Snape com acidez na voz, em seguida levantou-se com sua capa preta esvoaçante, tal frase fora suficiente para Sirius se colocar de pé estressado.

— Escute bem, Snape, espero que você não use estas aulas de Oclumência para infernizar a vida de Harry, senão vai ter que acertar as contas comigo.

Snape expressou um sorriso amargo.

— Potter assim como o pai é um arrogante, as críticas resvalam nele. Então não se preocupe com isso. — imediatamente Sirius empurrou a cadeira para o lado e encaminhou-se em direção a Snape, com a varinha empunhada.

— Sirius. — gritaram Harry e Abigail, esta última que tentou puxar Black para longe — Abaixe essa varinha, Snape.

Os homens se mediram por um momento, Sirius furioso e Snape calculista, o ódio tinha uma força monstruosa entre os dois.

— Eu lhe avisei, Ranhoso — disse Sirius, seu rosto a menos de meio metro do de Snape —, não me interessa se Dumbledore acha que você se regenerou, eu sei que não...

— Para com isso, Sirius, você está fora de controle. — suplicou Abigail colocando-se entre os dois ao que Harry tentava fazer com que o bruxo se afastasse igualmente, mas estava impossível, pois Sirius era mais alto e a raiva o deixava mais forte e teimoso.

— Não se preocupe com isso, Abigail. Black não tem jeito, é outro peso morto que você tenta ajudar exatamente como sua prima. — estimulou em uma voz de seda, que por mais ligeira que tenha sido proferida foi o suficiente para Sirius parar de avançar contra Snape e Abigail olhar, este último com incredulidade.

A tensão engoliu a atmosfera caótica de minutos antes.

— O que ele quis dizer? O que isso tem a ver com a Margo?

Um sorriso presunçoso surgiu nos lábios de Snape.

— Ah... Ele não sabe? — o bruxo levantou uma sobrancelha, deu alguns passos para trás e avaliou a postura de Sirius, que ainda estava com raiva e confuso. — Abigail está apenas tentando salvar a pele do seu próprio sangue. Confesso que Margo é um caso perdido, mas não posso deixar de apreciar o dom da Givens em tentar achar solução nesse tipo de gente. — Sirius se calou, mas Abigail ainda podia escutar a respiração pesada dele atrás de si enquanto a bruxa fuzilava Snape com o olhar.

Ela puxou a varinha do bolso do casaco e apontou para Snape:

— Vá. Embora. Agora. — ameaçou entre dentes.

— Seis horas da tarde, segunda-feira, Potter.

Disse ele e foi embora.

Abigail virou-se já sentindo-se com derrotada ao observar a feição de Sirius, Harry estava atrás do homem olhando-a confuso e surpreso pela ameaça dirigida a Snape.

— Quando você ia me contar? — perguntou Sirius após um longo período de silêncio.

Abigail engoliu em seco e balançou a cabeça.

— Eu não ia.

— Como você pôde, Abigail? — seu tom ficou mais alto e severo, o que fez Harry saltar discretamente mas aquilo não causou ação alguma em Abigail, no seu exterior.

— Ela precisava de mim. Ela precisa... Sirius ...você não entende. — a bruxa deu um passo em sua direção e automaticamente o homem afastou-se.

— Margo não é tão diferente de Bellatrix, Lucius, Horst, Snape... — começou a pontuar indignado — Ela é exatamente o tipo de pessoa que segue Voldemort, que mata e tortura pessoas apenas por não achar que elas não são puras.

Abigail olhou novamente para Harry que fez o mesmo, como se quisesse confirmar aquela informação com a madrinha.

— Ela implorou minha ajuda, Sirius. — pronunciou a mulher — Eu faria o mesmo por você.

Os dois ficaram em um silêncio por alguns instante, e Sirius o quebrou com sua voz rouca e machucada:

— Não faria. Quando eu precisei de você há quatorze anos, você não fez. — ele deu as costas e saiu do cômodo em um profundo e tortuoso silêncio, que fora quebrado algum momento depois pela a entrada de Arthur, a família Weasley e Hermione:

— Curado! — anunciou animadamente para todos na cozinha. — Completamente curado!








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