𝗘𝗽𝗶𝗹𝗼𝗴
❝𝖢𝗁𝗈𝗋𝖺𝗋 𝖿𝖺𝗓 𝖾𝗎 𝗆𝖾 𝖺𝖼𝖺𝗅𝗆𝖺𝗋 𝖾 𝗌𝗎𝗉𝗈𝗋𝗍𝖺𝗋 𝗈 𝗉𝖾𝗌𝗈 𝖽𝗈𝗌 𝗆𝖾𝗎𝗌 𝗉𝗋𝗈𝖻𝗅𝖾𝗆𝖺𝗌.❞
Divertidamente.
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☪ ━ 𝖭𝗈𝖺𝗁'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖
Dois anos depois...
Observo o Josh andar de um lado para o outro e me seguro para não tacar a garrafa de cerveja que eu estou segurando em sua direção.
— Para com essa porra. — falo, o fazendo olhar para mim.
— Hoje tem a possibilidade de você morrer, e você quer que eu fique calmo?
— Não. Eu quero que você pare de andar de um lado para o outro como se quisesse fazer um buraco no chão. Aquieta a porra da bunda no sofá. — falo e tomo um gole de cerveja, começando a ficar um pouco mais relaxado quando vejo o Josh sentar no sofá.
— Como você consegue ficar tão calmo? Se os anjos mentiram para gente, vai ter dois cães do inferno te caçando.
Pelas contas do Josh, se caso a tal da Noemi estiver mentido, seria hoje que os cães do inferno buscariam a minha alma.
Obviamente, eu não estou nenhum pouco preocupado, porque se a Sina disse que o pacto está desfeito, então está. Eu acredito nela.
— Eu sei que eles não mentiram e a minha palavra deveria valer para vocês. — Sina diz, chamando nossa atenção.
— Eu confio em você. Quem está desesperado é ele. — falo e a puxo para se sentar no meu colo. — Tem certeza que não sobrou nenhum resquício de poder? Só para você fazer ele apagar.
— Infelizmente não.
— Argh! Até eu estou cansada do Josh. — Joalin diz e só então eu me lembro que ela estava deitada no chão, próxima ao sofá que a Sabina estava deitada.
— Por que você está deitada no chão? Deita comigo. — Sabina pede, mas Joalin balança a cabeça em negação.
— Estou me acostumando com o chão duro para caso eu acabe sendo presa e não tenha colchão na sela. — Joalin diz, me fazendo revirar os olhos.
— Você não vai ser presa! Isso aconteceu em Londres e duvido muito que alguém lembre da cara de vocês.
Já faz alguns meses desde que a Joalin e a Sabina descobriram uma maneira de fechar as portas do inferno, mas descobrimos que alguém teria que dar a própria vida para aquilo.
Então, como não queríamos arriscar a vida de mais ninguém, decidimos deixa o feitiço bem guardado e usar só caso realmente fosse necessário.
Os demônios descobriram e tacaram fogo na biblioteca com as meninas lá dentro, mas é óbvio que elas foram espertas o suficiente para saírem antes que o lugar explodisse.
Infelizmente, uma câmera gravou elas saindo e o vídeo dar a entender que elas que colocaram fogo. O Josh apagou o vídeo de todos os sistemas de Londres, mas a Joalin continua paranoica.
O Josh quis fechar os portões do inferno, mas a Sina disse que assim que começássemos, os demônios poderiam perceber e começaria uma guerra entre eles e os caçadores.
Então, pela nossa paz, decidimos usar o feitiço só se os demônios planejarem começar um apocalipse ou algo do tipo.
— Não tenho muita confiança nas coisas que o Josh faz. — Joalin diz e ele bufa, irritado.
— Eu sou o mais inteligente de todos aqui e mesmo assim ninguém confia nas minhas habilidades técnicas.
— Eu nunca disse nada disso. — falo, me defendendo. — A única coisa que eu acho é que você deveria ser menos paranoico com todas essas coisas de demônios e monstros. Já faz mais de um ano que não estamos caçando eles por pura espontânea vontade.
Se paramos de caçar? É óbvio que não.
Depois de tudo que aconteceu, resolvemos dar um tempo de tudo isso e estamos bem até agora. Mas isso não significa que se virmos um monstro, vamos dar as costas e seguir em frente.
Viajamos pelos estados sem pretensão nenhuma de caçar. Mas o que podemos fazer se parecem que eles vem até nós? Só nos resta salvar algumas vidas e nos divertirmos enquanto isso.
A Sina nos deu a ideia de ajudar novos caçadores, como se fossemos conselheiros ou algo que eu provavelmente não entendi muito bem e todos concordaram. Confesso que no começo eu duvidei de que alguém iria querer saber sobre as nossas experiências, e muito mais de que iriam querer nossa ajuda.
Pelo visto eu estava enganado, já que estamos recebendo mais de vinte ligações quase todos os dias.
Por mais que a Sina tenha tentado convencer a Sabina e a Joalin de fazerem o mesmo, elas não quiseram parar mesmo que fosse só um pouco.
Elas continuam caçando pelos Estados Unidos e de vez em quando vem nos irritar com a visita delas.
Tudo bem... Só eu fico irritado com a visita delas.
Se estiverem em um caso muito difícil, nos vamos ajudá-las, fora isso, nos vemos duas vezes por semana e eu ainda acho isso muito tempo.
Não que eu não goste da presença delas, eu só não adoro...
— Pensando em como nos odeia, Noah? — Joalin pergunta, me tirando do transe.
— Eu sou tão previsível assim?
— Em odiar a gente? Com certeza.
— Você franze o cenho e faz bico quando pensa em pessoas que não gosta. — Sabina diz e eu a olho irritado.
— Eu não faço bico! — falo, indignado.
— Faz sim, Noah. — Sina diz e eu a aperto mais contra mim.
— Não, anjo! Você tem que ficar do meu lado. — encosto a minha cabeça sobre o seu ombro e cheiro o seu pescoço, viciado no cheiro de cacau.
Não fazia ideia de que exista shampoo e perfume de cacau até ver a Sina comprando milhares deles.
— Eu fico. Mas só quando você tem razão. — diz e me dá um selinho em seguida.
— Me arrependo até hoje por querer que vocês fizessem as pazes. Vocês juntos são muito pior do que separados. — Josh diz, fazendo careta.
Isso tudo é apenas mau-humor por ser o único solteiro de nós e ter que aguentar ser vela.
— Se você está incomodado em ser o único aqui sem uma namorada, é só ir atrás da Any. Ou seria da Heyoon? — pergunto, o provocando.
— Também tem a Savannah, e a Hina. — Sina diz, zoando com a cara dele.
O Josh até pode parecer um mocinho certinho de livro de romance, mas não passa de um homem que sempre pega alguma mulher em toda cidade em que a gente viaja.
— A Any não tinha dado um pé na bunda dele porque ele não contou sobre com o que ele trabalhava de verdade? — Sabina pergunta.
— Não adiantou de nada ele mentir, já que ela acabou descobrindo no final e nem se incomodou.
— Então, por que ela deu um pé na bunda dele? — Joalin pergunta, confusa.
— Porque ele mentiu. — Sina responde, dando a resposta mais óbvia.
— Parem com essa merda! Ela não me deu um pé na bunda. — Josh diz, emburrado.
— Ah, não? — pergunto, debochado.
— Não. Ela só pediu um tempo.
— Do quê? Se vocês não tinham nada. — Joalin pergunta e eu me seguro para não rir.
— Nossa, muito engraçado. Gostava mais de você quando implicava com o Noah. — diz e joga um travesseiro nela.
— Arranje uma namorada e paramos de tirar sarro da sua cara. — falo e me levanto da poltrona, segurando a Sina no meu colo estilo noiva.
— Aonde vocês vão? — Josh pergunta.
— Fazer algo que você não faz porquê não tem namorada. — respondo e saio da cabana, indo em direção à cachoeira.
— Por que você me trouxe até aqui? — Sina pergunta e eu a coloco sentada sobre uma das pedras perto da cachoeira.
— Eu estava pensando em fazer isso em um lugar especial e em uma data especial, mas depois eu pensei, não tem nada mais especial do que o lugar que nos beijamos pela primeira vez e em um dia onde vamos comemorar que eu não vou morrer.
— Se formos comemorar como comemoramos no dia em que eu te salvei daquele pacto idiota, eu aceito. — diz aproximando a sua boca da minha e eu sorrio com a menção da nossa primeira vez.
— Com certeza iremos fazer isso hoje, mas por um motivo bem mais especial. — falo e dou um selinho rápido nela, pulando na água logo em seguida. — Vem! Eu quero te mostrar algo.
Observo a Sina pular com roupa e tudo na água, e seguro a sua cintura, a fazendo colocar as pernas ao redor do meu quadril.
— Eu já sei nadar.
— Mas eu gosto de te segurar.
Nado uma ela agarrada em mim até a cascata e mergulho, passando por ela. Coloco a Sina sentada em uma das pedras e vejo observar o lugar.
Havia um pequeno espaço com pedras atrás da cascata, como se fosse uma pequena caverna. Aproveitei esse lugar para colocar alguns lençóis, travesseiros e velas para iluminar o lugar.
Quero que seja especial e inesquecível, mas também que combine com nós dois.
— Isso é lindo. — Sina diz olhando para cada canto desse lugar com os olhos brilhando em alegria e surpresa.
É esse brilho que eu gosto de ver no seu rosto, meu anjo.
— Deu um pouco de trabalho para eu trazer tudo isso pra cá sem que molhasse, mas valeu o esforço. — pego a sua mão e a faço se sentar sobre os lençóis, me sento ao seu lado logo em seguida.
— Acho que esse foi o seu primeiro ato romântico sem ter a ajuda ou o incentivo ninguém. Ou teve?
— Foi somente eu, sozinho.
— E isso tudo é apenas para comemorarmos que estão todos a salvo? — pergunta e retira a blusa do seu corpo, deixando o sutiã vermelho de renda à amostra.
Porra, Sina! Assim fica difícil de eu me concentrar.
— Se acalme, meu anjo. Nem parece que viveu em celibato por séculos. — a provoco e ela sorri, corando um pouco.
— Tudo bem. Siga em frente com a sua surpresa.
— Vou tentar me concentrar, já que você me desconcertou um pouco. — falo, a fazendo dar risada e respiro fundo. — Desde o instante em que seus olhos angelicais cruzaram meu caminho, meu mundo se iluminou com a luz de um amor que transcende a compreensão terrena. Em cada respiração, em cada batida do meu coração, você é a sinfonia celestial que ecoa no silêncio da minha alma. Você, que desceu dos céus como uma estrela-cadente, iluminou as sombras da minha existência. Cada momento ao seu lado é uma prece atendida, uma bênção que eu temia não merecer. Cada momento ao seu lado é uma dádiva, e meu coração pertence a você.
— Você passou horas pensando em cada palavra, não é? — ela provoca, mas percebo os seus olhos marejados.
— Um pouco. Eu queria dizer algo que representasse exatamente o que você é, e por mais que você não tenha mais poderes, continua sendo um anjo aos meus olhos. — confesso e pego uma caixinha de madeira que eu havia colocado embaixo dos travesseiros, vendo uma lágrima solitária escorrer pelo seu rosto assim que a olho novamente. — Meu anjo, meu amor, minha Sina. Em meio aos desafios que enfrentamos e desespero de perder um ao outro, eu te peço; aceita ser minha companheira para a eternidade? Aceita unir sua luz à minha escuridão, construindo um único paraíso onde só o nosso amor importa? — faço a pergunta mais importante da minha vida e abro a caixinha, revelando o anel que eu mesmo fiz.
O anel era feito da madeira mais resistente que eu encontrei. Meu pai, por mais distante que fosse de mim, havia me ensinado algumas sobre carpintaria, então achei melhor demostrar o meu amor pela Sina fazendo o seu próprio anel.
Eu havia feito alguns detalhes em volta do anel, passei bastante tempo fazendo as asas de anjo, mas passaria dez anos fazendo se fosse preciso, e por último, coloquei um cristal brilhante no centro.
— Noah, isso é lindo. — Sina diz, admirada com o anel.
— Isso é um sim? — pergunto, nervoso.
— Claro que é um sim! — responde sorrindo e eu me apresso para colocar o anel no seu dedo. — Você quem fez?
— Eu não queria que o seu anel de noivado viesse do dinheiro de outra pessoa, ainda mais um dinheiro roubado, então eu decidi fazer. Demorou alguns dias, mas eu passaria por todo o trabalho de novo se fosse preciso. — confesso e ela pula em cima de mim, tomando os meus lábios para si.
— Eu te amo.
— Tenho certeza que eu amo mais. — falo dando um sorriso provocativo e a deito sobre os lençóis.
— Vamos comemorar?
— Com certeza, meu anjo.
Nunca fui muito de acreditar no amor, e se você tem o mesmo pensamento que eu tinha, apenas espere.
O amor vem quando você menos espera. Talvez, ele até caia do céu.
Fim.
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É, chegamos ao fim de mais um história. Gostaram?
Agradeço muito a todos que leram, que votaram, e que principalmente comentaram, adoro ver como vocês reagem a cada capítulo e me divirto muito. Muito obrigada a todos vocês :)
Desculpem se tiver algum erro e não esqueçam de votar, bjs e até a próxima💜
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