‣ Ɲσʂʂσ ƈσɱҽᥴ̧σ | *☪ .
Vila Akai me, localizada no leste da floresta Saku, distante da civilização e do mundo à fora.
Akai me, lugar onde residia um grande grupo de pessoas, longe dos demais, tentando, na maior parte do tempo, viver em harmonia, mesmo que ocasionalmente tivessem que cortar algumas maçãs podre da árvore. Tirando isso, se davam bem, sempre seguindo as ordens do líder da vila chamado Uchiha Madara, o vampiro mais forte do seu clã, consequentemente, dos outros também, perdendo apenas para seu esposo Hashirama, do qual preferiu dedicar o seu tempo cuidando dos demais, sendo o melhor médico do lugar.
Os habitantes eram divididos, obviamente, por seus clãs, onde cada um tinha de fazer as suas tarefas, como: caçar animais, cuidar da horta, jardim, da academia onde as crianças estudavam, entre outros afazeres do qual a pessoa mais apropriada para cada cargo, fazia.
Cada um dos clãs tinha o seu líder, que deveria cuidar e zelar pela paz, para não haver disputas internas que fossem atingir os demais, e quando não podiam lidar com isso - raramente -, Madara entrava e exercia o seu poder, mostrando quem mandava e a quem deveriam obedecer.
Geralmente, as mulheres ficavam em casa cuidando dos seus filhos, se assim desejavam, visto que muitas delas gostavam de estar a dar aula ou até mesmo indo em caçadas com os vampiros mais fortes. E assim como elas, tinham homens que ficavam no seu lugar, exercendo o seu papel de pai e cuidando dos filhos, afinal, havia vampiras mais fortes que vampiros. Lidavam bem com isso, sem preconceito.
No meio dessas pessoas, havia um híbrido lobo-vampiro, que era o único no lugar, sendo do clã Aburame, um jovem rapaz de 20 anos que fazia caça com os outros, sendo o mais forte, veloz e muito inteligente, até mesmo despertando inveja em alguns, que sabendo da sua força, preferia não entrar numa briga e apenas odiá-lo, somente por suas habilidades elevadas.
Shino era alto, medindo 1,90 de altura, pele clara com um rosto fino, nariz pontudo, boca carnuda de cor rosada, junto das sobrancelhas pequenas e erguidas, ordenando com os seus olhos puxados de olhos brilhantes de cor violeta, sensíveis ao sol, por conta disso, sempre usa óculos fora de casa.
O seu corpo era definido e esbelto, com os ombros largos, coxas grossas e nádegas no tamanho perfeito que mesclava com o resto que lhe rendia muitos olhares das mulheres e homens que adorariam tirar uma casquinha do Aburame, e mesmo assim, não dava bola para nenhum deles.
Afinal, além de nenhum deles fazer o seu tipo, já tinha o seu parceiro destinado, sendo do clã Hyuuga, onde nasceu um Dansei no seishoku, que era nada mais que um homem que pode gerar uma vida, assim como as mulheres. Muitos estudos eram feitos ao passar dos anos e não conseguiam saber o porquê disto ocorrer com os vampiros durante as décadas.
Por serem espécies raras, tinham de se juntar para procriar, sendo que, os demais viam como parceiros destinados, já que nasciam na mesma época e com meses ou 1 ano de diferença de idade.
Os jovens sabiam que teriam de se casar quando ficassem mais velhos, sabendo disso desde que se entende por gente, aprendendo sobre na academia, afinal, não iriam perder essa oportunidade única de junção, que lhes renderia pessoas fortes, ainda mais do que vampiros comuns.
Até então, os que nasciam assim, aceitavam o seu destino imposto pelos demais, porém, desta vez, foi um pouco mais complicado do que pensavam. O garoto do clã Hyuuga não queria casar com um cara do qual não gostava e nem falava, visto que, desde pequenos eram distantes um do outro, principalmente Shino que sempre preferiu estar só, sem amigos, sendo até hoje assim.
Ele fala, mas não se envolve
Por conta disso, Shino chegou em casa com o casaco molhado pelo suco que Neji jogou em si depois dele ter dito que o Hyuuga era mimado e não entendia como as coisas funcionam fora da vila, recebendo esse "presente" como resposta.
Hyuuga não fazia caça, ele era sensei substituto na academia enquanto Kurenai estava a cuidar da sua bebê que nasceu recentemente, fora sempre preferir ajudar ali dentro. Sendo assim, não imaginava o que Shino tinha de enfrentar, ou até mesmo ver. Às vezes tinha algumas mortes por conta dos seus colegas preferirem ficar a bater papo do que olhar onde pisa ou prestar atenção ao seu redor.
Com essa junção, fariam com que a força do lugar crescesse ainda mais, entretanto, para Neji não era necessário fazê-lo ficar com uma pessoa que não sente nada somente por isso. Todavia, era uma ordem da qual ele não podia desrespeitar, tendo que, querendo ou não, se casar com o Aburame.
Mesmo sabendo que muitos matariam para ter uma noite com o mais velho, Neji não ligava para ele, muito menos se o Aburame era um híbrido cretino do pênis grande. Demais.
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No dia seguinte após o jantar na casa dos Hyuuga, Shino não tinha de trabalhar, então iria dar uma arrumada na sua casa, do qual morava sozinho desde os 18 anos, querendo liberdade e privacidade, mas ao contrário de alguns da sua idade, não fazia festas até altas horas, gostava da paz e tranquilidade que o seu lar lhe transmitia.
Todavia, estar sozinho era uma dádiva que Aburame Shino apreciava, mesmo sabendo que logo terá que cumprir os seus deveres e encher a residência de filhotes que fará com Neji, que agora bateu na sua porta com força, fazendo o mais velho sair do seu sofá e colocar os seus óculos, caminhar até a porta em seguida, observando o garoto de 1,65 de altura com uma expressão irritada, que para Shino era fofa.
— Escuta bem, seu poste ambulante — apontou o indicador na face do Aburame, tendo que olhar para cima por conta da diferença gritante de tamanho que não intimidava o pequeno Hyuuga emburrado, enquanto Shino escorou no batente da porta e cruzou os braços, mantendo sua expressão neutra — Não pense que vamos nos casar, entendeu? — cerrou os olhos.
— É? — o mais velho perguntou, não dando importância, deixando Neji vermelho de raiva.
— É, cretino! — manteve o seu olhar firme.
Shino deu um breve suspiro e chegou mais perto do menor, olhando nos seus olhos perolados que transmitiam raiva - já que os olhos dos vampiros só ficavam vermelhos quando iriam atacar -
— Veremos! — sussurrou, mordendo o lábio inferior ao olhar para os lábios avermelhados do Hyuuga que engoliu a seco a provocação do outro e saiu dali batendo o pé, sentindo o olhar sobre as suas nádegas — Bumbum bonito — disse calmo, fazendo Neji virar para trás e colocar uma das mãos na cintura, e com a livre, mostrou dedo do meio.
Aburame deu uma olhada em volta e notou que ninguém estava por perto, então resolveu jogar sujo. — É com esse dedo que irá tocar-se na minha frente? — notou as bochechas infladas irem para um tom ainda mais vermelho.
— Morra, desgraçado! — deu meia volta e continuou o seu caminho em passos largos.
— Ele é tão fofo — fechou os olhos e balançou a cabeça em negação, voltando para dentro da sua casa.
Enquanto Shino se resguarda no seu lar, Neji foi dar uma volta, pensando em como poderia matar o Aburame.
"Uma facada? Não"
"Chumbinho? Pouca coisa"
"Jogar ele de um precipício? Talvez"
"Cortar ele em pedacinhos? Hum!"
"Jogar água quente no corpo dele? Ele vai sofrer..."
"Castrar ele? Oh! não é uma ideia ruim"
Pensava enquanto andava pela floresta adentro, prendendo os longos fios castanhos num rabo de cavalo baixo, com algumas mechas caindo sobre a sua face lisa e bonita, junto dos olhos perolados, sobrancelhas em perfeita sincronia e um nariz fino, mesclando com a sua face oval e o queixo um pouco quadrado.
Neji, sem dúvidas, era um cara lindo, com o seu corpo definido, coxas fartas assim como as nádegas arrebitadas que atraia muitos olhares maliciosos, do qual ele realmente não ligava, afinal, nenhum dos caras da vila lhe interessava romanticamente, mesmo que houvesse alguns que seriam ótimos partidos, mas, de qualquer maneira, o seu destino era ao lado do híbrido que apelidou de lobipiro, uma junção de lobisomem e vampiro.
Suspirou ao perceber a diferença de altura que eles dois tinham e de como ter que erguer a cabeça para olhá-lo. — Aquele merdinha — estalou a língua no céu da boca, pisando num galho, quando notou a presença dos amigos logo à frente, sentados em pedras, conversando sobre algo que ele não conseguia escutar.
— Neji — Sai chamou pelo Hyuuga que se aproximou de braços cruzados — O que houve?
— Deixe-me adivinhar: Aburame Shino?
— Shikamaru perguntou, recebendo um aceno positivo do garoto que torceu o nariz e fez alguns ali rirem.
— Ainda 'tá pilhado por ter que casar com ele?
— Kiba disse em seguida, sentado no meio de Hinata e Ino.
— Com certeza, a gente nunca se falou e agora tenho que casar com um cara do qual não sinto absolutamente nada — bufou, revirando os olhos.
— Não fique assim, nii-san, você pode conhecê-lo melhor com o tempo, de uma chance — Hinata disse do jeito calmo e centrado, quando o Inuzuka passou o braço pelas suas costas, lhe dando um beijo na bochecha, fazendo a garota ruborizar.
— Seu cão sarnento, larga ela — Neji mostrou os seus dentes afiados e olhos vermelhos como sangue, enquanto o outro riu e fez o que lhe foi mandado, tirando risadas dos demais.
— Tempo? Que tempo o quê! Ele e eu, não vai rolar
— fez um movimento com a mão, cortando o pescoço — Outra coisa, notaram o quão alto ele é? Parece um poste, e eu, que não passo dos 1,65 'tô mais para um gnomo — assistiu Naruto e Kiba rirem alto.
— Mas a pergunta que não quer calar... — Tenten chamou a atenção de todos, que focaram o seu olhar na garota de coque — Será que cabe?
Bastou dizer isso para Neji fazer cosplay de tomate e esconder a face com as mãos, no tempo em que os seus amáveis amigos riam ainda mais da fala de Tenten. — Te desejo boa sorte— Sakura debochou, ao lado de Sasuke que era o único que achava tudo aquilo uma grande idiotice, afinal, não tinha nada a ver com que acontecia com o Hyuuga que bateu o pé e foi embora dali, triste por que nem os seus companheiros estavam ao seu lado.
— Como eu sofro — fez drama e caminhou de volta para sua casa, onde morava com o seu tio e primas, sabendo que logo essa realidade iria mudar
— Talvez eu devesse conversar com Itachi?
Itachi era como Neji, um Dansei no seishoku já nascido há várias décadas, tendo hoje 1 filho junto do marido Kisame, sendo uma referência que o Hyuuga tinha e não poderia haver outra melhor. Além de ser um homem pacífico, nutria gentileza e transmitia paz a quem quer que fosse, porém, não deixava de ser um vampiro forte e poderoso, sendo o, 3° do seu clã, perdendo somente para seu primo Obito que ficava em 2° e o seu tio Madara em 1°.
Decidiu desviar do seu caminho e ir para o distrito dos Uchiha, podendo ver alguns habitantes por ali e até mesmo barracas de comida que ficavam pelas ruas em organização, sendo que o líder não gostava de desordem no local. Obito poderia ser um cara brincalhão e até mesmo palhaço com a sua segunda personalidade, mas quando se tratava de botar o clã nas rédeas, era sério e rígido.
Seguindo mais adentro, direcionou até a residência do Uchiha e bateu na sua porta, sendo atendido por um garoto de cor azul e olhos negros com guelras no canto, mesclando com o seu tom de cabelo escuro espetado, igual do pai.
— Konnichi wa, Neji-sama — o pequeno de 6 anos recebeu o Hyuuga com um sorriso, retribuído de imediato pelo mais velho.
— Olá! Aoi, a sua mãe está? — recebeu um aceno positivo, sendo convidado para entrar, vendo Itachi sentado no sofá comendo dango, com uma barriga de 3 meses de gestação das gêmeas que logo nasceriam.
— Neji! — o mais velho falou, batendo a mão no sofá para que o citado sentasse ao seu lado.
— Como vai? — o Hyuuga caminhou até lá e acomodou-se junto do outro que lhe ofereceu um dango que recusou, no tempo em que Aoi foi para seu quarto para voltar a estudar.
— Bem, comendo muito, e você? — abaixou o volume da TV.
— Nada bem — abaixou a cabeça, com uma aura triste pairando sobre ele, fazendo o Uchiha dar uma risada — Eu odeio ele.
— Odeia não, sei disso. Shino é um cara decente e bom — elogiou o Aburame, vendo a cara de bunda que Neji fez — Pelo menos tenta, ok?
— Diz isso porque não é você! Kisame e você eram amigos desde sempre, assim como Sai e Shikamaru. Agora Shino e eu não... A gente nem se falava na academia, não sei nada sobre ele, só que é um híbrido — suspirou.
— Mas você vai saber, não se preocupe, tenho certeza que ele entende e saberá esperar
— Itachi viu o mais novo franzir o cenho.
— Esperar? Esperar o quê?
Uchiha riu mais uma vez e deu uma mordida no dango, alisando sua barriga sobre a blusa com a mão livre. — Filhotes.
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Pela noite, Shino teria um encontro - dessa vez a sós - com Neji. Iriam caminhar um pouco e tentar se conhecer mais, sugerido por Hiashi e as filhas que estavam na torcida para que aquilo desse certo, afinal, achavam o Aburame um ótimo partido para seu primo que consideram irmão.
Vestiu uma roupa fresca, mesmo que o tempo estivesse frio, o seu corpo é bem quente e ficar muito coberto fazia-lhe soar. Colocou uma calça jeans de cor preta e uma blusa de manga longa da mesma cor, que mostrava bem o seu peitoral malhado, calçou uma bota usual da mesma cor da blusa e saiu de casa, seguindo para o distrito do clã Hyuuga, vendo Neji saindo de lá, com um sobretudo de cor verde musgo, calça preta e bota de cano baixo amarronzada, deixando os longos cabelos soltos.
Neji seguiu até Shino e suspirou, erguendo as sobrancelhas. — Como está? — o Aburame colocou as mãos no bolso e começou a caminhar ao lado do menor.
— Ah! eu estou ótimo, não está vendo? — disse irônico, com um sorriso debochado nos lábios.
— Fico feliz por isso — responde calmo, olhando para Neji que fez bico — Como foi seu dia?
— Foi uma merda. Fui zoado por sua culpa
— emburrado, cruzou os braços.
— Por quê? — ajeitou os óculos, seguindo para dentro da floresta, visto que queria levá-lo para um lugar hoje à noite.
— Não quero falar sobre isso, lobipiro — disse a última palavra baixinho, porém, Shino tinha um ouvido aguçado e nada passava por ele.
— Você apelidou-me? — franziu o cenho, ouvindo uma risadinha do menor. Gostou de ouvir aquilo.
— Mas é claro — deu de ombros — Para onde está me levando? — perguntou, olhando ao redor, notando que não fizera essa trilha antes.
— A um lugar que vou às vezes e acho a vista de lá a mais bela, depois de você, claro — viu os olhos do menor brilharem, desviando o olhar em seguida, envergonhado — Que tal apostarmos uma corrida?
— O que vou ganhar com isso? — voltou o seu olhar para Shino, agradecendo por estar escuro e ele não notar as suas bochechas vermelhas.
— O que você quiser, mas se eu ganhar, vai ter que me dar um beijo. Topa?
— Claro, fique sabendo que não ganhará
— parou ao lado de Shino e prepararam-se para soltar e começar a corrida — 3, 2, 1
E lá estava a dupla, correndo numa velocidade absurda pela floresta, pulando pelas pedras, com Neji exibindo um sorriso vitorioso nos lábios, sendo que estava na frente de Shino, e só notou que ele lhe ultrapassou quando estava alguns metros à sua frente, fazendo o seu sorriso desmanchar e uma carranca aparecer.
— Não acredito nisso — o menor cerrou os punhos após ter perdido para Shino que mantinha sua expressão calma.
— Quero o meu beijo, mas antes, olhe para essa vista — fez Neji sair dos seus devaneios e prestar atenção no lugar onde estavam, especificamente, na ponta de uma grande pedra, com um lago em baixo e a lua brilhando no céu estrelado da noite fria.
— Nossa, não conhecia esse lugar — comentou, passando seu olhar pelo lugar e apreciando a paisagem do local.
— Agora eu quero o meu beijo — aproximou-se do Hyuuga que resmungou, puxando-o para pertinho de si e colando os seus corpos, notando que mesmo com o sobretudo, Neji continuava gelado.
— Não quero te beijar — torceu o nariz e tocou o peitoral definido do mais velho.
— Por que torceu o nariz? O meu cheiro é ruim?
— perguntou, um pouco chateado.
— Não, não é isso — o Hyuuga tratou de dizer ao notar a expressão caída do maior.
— Vampiros pensam que lobos fedem, você sabe disso — soltou Neji, mesmo que não quisesse
— Penso que estou me apressando demais, gomen ne — fez uma breve reverência, voltando a olhar para a lua em seguida.
— Shino — o menor tomou a iniciativa e ficou na frente do Aburame, que abaixou a cabeça para
olha-lo, vendo que tinha um biquinho fofo nos lábios — Deixa de ser idiota, você não fede, eu gosto do seu cheiro — confessou sem pensar.
— E olha que você só esteve comigo 3 vezes
— o Aburame disse, um pouco convencido, trazendo Neji para perto de si novamente, pousando suas mãos na cintura do menor que deslizou os dedos pelo seu peitoral.
— Só vou te beijar se você me mostrar os seus olhos
— arqueou uma sobrancelha e mordeu o lábio, gostando de estar colado ao corpo do Aburame.
— Até algumas horas atrás você me odiava
— Shino tirou as lunetas e fitou o olhar perolado de Neji nos seus olhos violetas, tão brilhante quanto um diamante, fazendo o menor ficar hipnotizado, deixando os seus olhos bem abertos, sabendo que nunca iria esquecer desse dia — Posso te beijar agora? — sussurrou, passando as mãos pelas nádegas do Hyuuga e o pegando no colo.
Neji passou os braços pela nuca do mais velho e respirou contra a sua face, deixando um sorriso escapar ao entrelaçar as suas pernas na cintura de Shino que o apertou contra o seu corpo, olhando no fundo dos seus olhos.
— Você é lindo, ainda mais lindo sem os óculos
— o Hyuuga beijou a bochecha do outro com delicadeza, sendo retribuído de imediato, para então os seus lábios se juntarem num selinho calmo e inexperiente. Os dois nunca beijaram antes, então, queriam ir com calma e aproveitar, afinal, estavam beijando seu parceiro destinado.
— Hum... — Neji gemeu manhoso quando Shino chupou sua língua, apertando suas nádegas com uma mão enquanto a outra massageava suas costas. De olhos fechados, ele puxou os fios de cabelo da nuca alheia e deixou-se levar pelo momento, assim como Shino que aproveitou da língua quente e prazerosa do menor, gostando de ouvir os murmúrios baixinhos do Hyuuga.
Sem muita demora, Neji passou uma das mãos na bochecha de Shino iniciou um beijo mais selvagem, mordendo e chupando os lábios do mais velho que prensou o menor numa árvore, sentindo o seu corpo ficar ainda mais quente, com saliva escorrendo pelo canto da sua boca.
— S- Shino... — Neji chamou pelo outro quando os beijos desceram para seu pescoço, lhe fazendo gemer mais uma vez quando um chupão foi deixado ali
— V- vamos com calma — pediu, tão manhoso que fez o Aburame parar somente para olhar pra sua face vermelha e lábios na mesma cor, apreciando a beleza que Neji tinha.
— Certo — deu mais um beijo saboroso no outro e o desceu com delicadeza, deixando um selinho ali, para logo ver um sorriso contente nos lábios do mesmo, que pegou na sua mão, sentindo o quão gelada estava — Quer que eu lhe esquente?
— Pode ser, lobipiro — riu e ficou na frente do outro que passou os braços pelo seu corpo, colocando o queixo apoiado no topo da cabeça de Neji que manteve o seu olhar na lua, focando no barulho que os grilos faziam, no silencioso que ele e Shino estavam, apenas aproveitando da companhia um do outro, sabendo que teriam um longo caminho pela frente para se conhecer melhor.
— Já que você me deu um apelido, posso fazer o mesmo — cheirou os fios cheirosos do cabelo do menor.
— E qual será? — olhou para cima e sentiu a mão de Shino no seu pescoço, para logo lhe dar mais um selinho molhado, sentindo o quão bom a boca do Aburame era.
— Não sei... Meu perolado? Meu baixinho? Meu nenê? — fez uma cara pensativa, no momento em que o outro riu e balançou a cabeça em negação
— De qual você gostou? — virou Neji para frente, o puxando para um abraço.
— Odeie todos e eu não sou tão baixinho, você que é alto demais — deu um olhar de nojo para Shino que ignorou e continuou pensativo.
— Meu... Meu baixinho? Eu gostei, soa bem
— viu Neji revirar os olhos.
— Mas mudando de assunto, como é sua forma lobipiro? — perguntou, abraçado ao mais velho
— Nunca vi, poderia mostrar-me?
— Não é nada de mais, eu só fico parecendo a fera da Bela e a fera.
— Sério? — separou o abraço e esperou Shino se transformar, indo se sentar na pedra, enquanto o outro ficou parado com as mãos na frente do corpo
— Vai, está esperando o quê?
"Ele mudou o seu pensamento sobre mim bem rápido"
Shino pensou e sorriu internamente, se transformando na criatura que o Hyuuga desejava ver, nada mais do que ele um pouco mais alto e peludo, fazendo com que a sua roupa rasgasse... Mais uma vez. Já perdeu as contas de quantas peças de roupa foram rasgadas nessas transformações.
— Caralho — Neji arregalou os olhos e foi até Shino, um pouco eufórico para tocar na pele peluda do homem logo à sua frente, notando que os pés e mãos continuavam igual a antes — Isso é incrível, a sua transformação tem 2 estágios então? — pergunta, avaliando tudo, enquanto era respondido pelo outro.
— Sim, está que você está vendo, e quando eu finalmente viro um lobo por completo — sentiu as mãos do menor alisando o seu peitoral peludo, que para Neji era fofo.
— Um grande urso peludo — falou de uma maneira inocente, com um sorriso meigo nos lábios que fez Shino quebrar, com o seu coração começando a bater mais rápido, e aquela sensação estranha na sua barriga, como borboletas rodeando o local — Você parece ser ainda mais quente dessa forma — abraçou o mais velho que retribuiu com cuidado, afinal, estava com o triplo da sua força.
— Gosta? — fez cafuné nos cabelos do menor que resmungou um "sim, faz mais". Shino o pegou no colo como um bebê e deitou a sua cabeça no seu ombro, ainda lhe fazendo carinho.
— Eii? Ou? Acorda — Shino sentiu um tapa sendo dado em sua cabeça, quando olhou para baixo, viu Neji com uma cara irritada, desviando seu olhar e olhando ao redor, notando que ainda estavam na vila.
— Mas... — o Aburame franziu o cenho e deu um breve suspiro.
Aquilo nunca aconteceu.
— Cara, você tá parado aqui a 10 minutos
— estalou a língua no céu da boca e cruzou os braços, ainda irritado — Vamos continuar aqui ou daremos uma volta?
Shino balançou a cabeça em negação e caminhou ao lado de Neji.
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Então, em um piscar de olhos, os meses foram passando e logo aconteceu o casamento da dupla, com Neji ainda emburrado, porém, agora aceitava... Um pouco, afinal, a companhia de Shino não era tão ruim assim, geralmente ele só falava o necessário e tentava agrada-lo com comida, coisa que o "antigo" Hyuuga, gostou e muito.
Agora ele é um Aburame e vive com Shino na casa dele, que a partir daquela pequena cerimônia, tornou-se sua.
Ao menos puderam se conhecer melhor e manter uma relação saudável, mesmo que Neji não quisesse beijos ou sexo, porém, não era fácil suportar as provocações do mais velho que gostava de roçar em suas nádegas aqui e ali, para logo pedir desculpas como se nada tivesse acontecido, deixando o marido irritado e com as bochechas avermelhadas.
Neji não podia negar que gostava desse contato, mesmo que ele odiasse saber que sentia prazer com aquilo ou acabasse se tocando dentro do quarto que ficava no lugar, visto que não queria dormir com Shino.
Sempre tentava ser o mais silencioso possível, mas com a audição de Shino, era impossível não ouvir e sentir tesão naquilo e acabar por fazer mesmo, desejando estar dentro de Neji em algum momento, e iria provoca-lo até fazê-lo implorar para ser penetrado até suas pernas ficarem trêmulas e não conseguir andar no dia seguinte por tê-lo feito esperar por tanto tempo.
E hoje não seria diferente.
Neji acordou cedo, visto que daria aula na academia e foi fazer o café da manhã por acordar antes do Aburame. Saiu para comprar pão e voltou deixando sobre à mesa, indo preparar o café para Shino, mesmo que ele próprio não gostasse, não custava nada fazer. Pegou queijo, presunto e manteiga na geladeira e pôs ao lado dos pães que já estavam dentro de uma cesta com um forro.
Pegou algumas frutas na fruteira e fez suco de goiaba, colocando 2 delas no liquidificador, batendo em seguida com água e açúcar, ouvindo passos na escada, sabendo que Shino já tinha acordado.
— Ohayou — desejou ao adentrar o local, vendo Neji pôr a jarra na mesa.
— Ohayou — bocejou e sentou-se, começando a se servir.
Shino fez o mesmo e colocou café em sua xícara, sentindo o gosto bom e adoçado na medida certa, não deixando de lamber os lábios ao provar, sendo olhado de relance pelo menor que mordeu um pedaço do pão fresquinho. — Seu café, como sempre, gostoso
— elogiou e viu Neji erguer as sobrancelhas.
— Obviamente — deu de ombros, fingindo não se importa, mas, obviamente, gostou de ouvir aquilo, visto que Shino sempre fazia.
— Igual a você — olhou nos olhos perolados, sem o habitual óculos, já que havia mostrado seus olhos para o outro no primeiro dia de casados, relembrando da sua reação surpresa e jeito que ele ficou ao vê-los, dizendo que mesmo que Shino fosse um idiota, seus olhos eram os mais lindos que já viu.
— Isso também é óbvio — fechou os olhos e empinou o nariz.
Logo após terminarem o café, Shino subiu para escovar os dentes, pedindo para que Neji lavasse o que ele sujou e que no jantar, iria lavar a louça. O menor retirou os objetos sujos e foi lavar.
Ao voltar, o Aburame mais velho viu o outro de costas, podendo vizualizar suas nádegas cobertas pela calça moletom de cor preta que acabava marcando por serem empinadas. Caminhou até ele e ficou atrás do mesmo que suspirou, já acostumado com isso.
— Vou sentir saudade — beijou a nuca do menor que repeliu e sentiu seus pelos arrepiarem.
— Vai logo, cretino — resmungou, sentindo o membro do outro roçar em suas nádegas — Sai! — derrubou a xícara dentro da pia — Viu o que você fez? — disse com raiva, verificando se não havia quebrado.
— Quem deixou cair foi você — disse ao pé do ouvido de Neji, que gemeu baixinho — Seu gemido é excitante, igual ao que eu ouvi ontem à noite
— riu rouco, enquanto o outro corou e engoliu a seco, não imaginou que ele conseguiu ouvir um sussurro de prazer tão baixo.
— O- o quê? Você ficou maluco de vez
— gaguejou, demostrando nervosismo, ainda mais pela risadinha maliciosa que Shino deu.
— Fiquei? — apertou a cintura do menor e voltou a se mexer, pressionado seu membro no meio das nádegas fartas, sentindo o cheiro bom que Neji exalava.
Aburame mais novo deixou o objeto na pia e olhou para o lado, erguendo a cabeça para cima, mantendo seu olhar com o do marido que aproximou o rosto do seu — Você estava parecendo uma cadela no cio enquanto gemia meu nome. Por que não deixa que eu foda você ao invés de seus dedos? — ergueu as mãos para cima, mostrando para Neji como eram grandes, vendo sua boca entreaberta — Ou posso usar meu pau, o que acha? — sugeriu, pegando delicadamente no queixo do marido que tentou dizer algo, porém só consegui corar e se afastar.
— P- para com isso, i- isso é assédio! — falou, pegando o pano de prato e batendo em Shino com ele que se protegeu com o braço.
— De novo isso de assédio? — disse calmo, recebendo um olhar incrédulo do menor.
— Como assim "de novo"?
Shino arqueou uma sobrancelha, descrente com o cinismo do marido, relembrando a vez em que ele foi até a sala de Madara, onde ocorria uma reunião com os líderes do clã, que Neji abriu a porta sem se importar e dizer que Shino o assediava diariamente, quando notou os demais, se curvou junto do marido que segurou uma risada na garganta.
— Neji, Shino, o que houve dessa vez? — Madara já estava cansado do olhos perolados sempre ir ali reclamar do esposo que mantinha sua calma.
— Esse filho da-
Shibi limpou a garganta antes que seu genro xingasse sua mulher.
— Shino... — corrigiu — Vive me assediando, eu não aguento mais — puxou os fios de cabelo e bufou, com as bochechas infladas, fazendo Obito, Izuna e Hashirama rirem.
— Isso é verdade, Shino? — Madara balançou a cabeça em negação, vendo Hiashi encarar o citado.
— Não, Neji está imaginando coisas — responde com calma, enquanto o marido baixinho surtava, olhando para ele com as mãos na cintura e um olhar de raiva.
— Eu? — disse alto, com Shino mantendo sua postura, com as mãos entrelaçadas, no tempo em que os demais apenas assistiam.
— Gomen ne — pediu para os demais, pegando na mão de Neji que ficou com mais raiva
— Ele entendeu errado, não estou assediando meu marido. Iremos resolver nossos problemas dentro de casa — reverenciou e puxou Neji que não teve tempo de discutir, visto que já estavam no lado de fora com a rapidez do mais velho que o colocou no ombro.
— Me solta seu poste ambulante, lobipiro
— gritava, batendo nas costas de Shino que continuava calmo, andando em passos largos até sua casa.
— Isso tudo foi culpa sua! — esbravejou, caminhando até o segundo andar, subindo as escadas com Shino atrás dele.
— Isso fez seu tio ficar na minha cola durante 1 mês inteiro — suspirou, seguindo para o quarto de Neji que foi escovar os dentes dentro do banheiro, resmungando xingamentos — Bem, já vou indo.
— Já foi tarde — falou, colocando a pasta na escova de dente, vendo Shino pelo reflexo do espelho, aproximando-se — Nem vem, Aburame
— virou-se para o mais alto que ergueu as sobrancelhas, deixando suas mãos dentro do bolso.
— O que foi? Só quero desejar um até logo para o meu marido — viu o outro virar-se novamente. O abraçou e beijou o topo de sua cabeça — Mata ne — saiu e deixou Neji sozinho, que revirou os olhos e sentiu seu coração ficar quentinho.
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Durante a amanhã, o de olhos perolados deu aula na academia, fazendo algumas atividades com os pequenos - que não fosse apenas estudar as matérias - resolvendo levar os pequenos para o campo de treinamento que Kakashi e Yamato lideravam, com os instrutores: Sai, Tenten, Ino e Hinata que treinavam os adolescentes da vila divididos em grupos.
Foi divertido vê-los tentar imitar os golpes dos adolescentes presentes. Logo depois dali foram para a grande horta que havia no local, onde Hiruzen supervisionava, ficando sempre de olho nos demais.
Ao final da manhã, levou os pequenos de volta para academia, onde puderam almoçar para irem para casa em seguida, assim como ele que adentrou sua residência tirando o tênis e jogando no chão, correndo para o sofá, jogando-se no estofado, ainda morrendo de sono, afinal, sua madrugada foi agitada.
Decidiu dar uma soneca de alguns minutos e descansar um pouco, já que também brincou com os pequenos e cuidar de criança cansa.
.
Já pela noite, Neji acordou e percebeu que estava em seu quarto, tentando recordar em que momento parou ali. Bocejou, levantou-se e foi tomar um banho, sentindo seu corpo relaxado pelas horas dormidas.
Ao terminar, vestiu uma cueca e um blusão qualquer, saindo do quarto logo depois e desceu, já sentindo um cheiro bom vindo da cozinha, caminhando até o cômodo e vendo Shino mexendo na panela, experimento algo que parecia ser molho.
— Dormiu bem? — o mais velho perguntou, deixando a sopa cozinhar e abrindo a geladeira em seguida.
— Muito — coçou os olhos, sentando-se em volta da mesa, quando Shino lhe ofereceu um copo d'água
— Valeu, lobipiro. Aliás, foi você que me colocou na minha cama? — deu um gole.
— Sim, você capotou — devolveu a jarra para dentro da geladeira e cruzou os braços, escorando na pedra do balcão, ficando atrás da mesa — Ficou acordado até tarde, não é?
— Isso não é da sua conta — torceu o nariz.
— Sim... Neji, posso te fazer uma pergunta?
— falou, um pouco sério, tendo a atenção do menor que balançou a cabeça em confirmação, olhando em seus olhos violentas — Meu cheiro é ruim?
— Como assim? — franziu o cenho com aquela pergunta estranha — Seu cheiro é normal para mim.
— Porque sou metade lobo e metade vampiro, e vampiros dizem que lobos fedem — disse indiferente, sentindo um déjà vu.
— Bem, isso é verdade, mas não acho seu cheiro ruim, de qualquer forma — falou com sinceridade.
— Tem certeza? Não diga isso somente para me agradar.
— Tenho certeza absoluta, por que esse questionamento agora? Você vive se esfregando em mim e nunca disse isso — olhou para o mais velho de maneira suspeita — Alguém disse algo?
— As pessoas não precisam dizer, vejo no olhar delas ou quando torcem o nariz quando eu chego
— caminhou até o fogão e deu uma olhada na comida que já estava pronta, quando Neji levantou e foi até ele, puxando sua face para encara-lo nos olhos.
— Shino — apertou as bochechas do outro com as mãos — Eu gosto do seu cheiro, entendeu? Nunca achei ruim, desde o começo não me incomodou. Você tem um cheiro de lobo Alfa, é sexy e bom
— confessou, fazendo com que a boca do maior se formasse um biquinho — Você anda lendo a mente de alguém?
— Não, nunca fiz isso, somente nas lutas
— respondeu com um pouco de dificuldade, deixando a voz sair de uma maneira que Neji achou fofa, gostando de sentir as mãos delicadas do menor em sua face, diferente das suas que eram ásperas.
— Ótimo — soltou as bochechas e olhou para a panela — Vamos jantar?
— Vamos sim.
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