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Sasuke ficou uma semana sem falar com Itachi, mesmo que o irmão fosse todos os dias bater na porta do seu quarto dizendo que queria conversar. O ignorava todas às vezes.

O garoto sabia que não foi desejado pelo pai, e isso era claro e evidente, mas não imaginava que ele daria em sua cara por somente dizer a verdade.

E não só a Itachi, ele ignorou seu amigo Naruto, que mandava mensagens preocupadas tentando saber sobre o porque dele não ir à escola há uma semana.

Porém, em uma noite de sábado, onde o casal não estava em casa, restando somente os mais novos, Itachi resolveu que de uma vez por todas voltaria a falar com seu amado irmãozinho. Como não era bobo, encomendou pizza para fisgar Sasuke pela barriga.

Ele não conseguiria resistir ao sentir o cheiro bom dos quatro queijos. Sentou-se no sofá depois de ir chamar Sasuke e avisá-lo sobre a pizza.

Pegou o copo de refrigerante que estava sobre a mesinha de centro e deu um gole, ouvindo passos no corredor. Virou os olhos para o lado e o viu, com sua cara emburrada junto das mãos no bolso da calça que usava.

— Que bom que saiu do quarto, Sasuke — abriu um sorriso nasal, sem mostrar os dentes.

O mais novo deu de ombros e se aproximou para pegar um pedaço da pizza. — Fique comigo... Me faça companhia — olhou para o outro, que lhe deu um olhar de tédio.

— 'Tá carente? Cadê o SharkBoy? — revirou os olhos.

— Kisa foi visitar a mãe — respondeu dando uma mordida na pizza que pegou na caixa — Venha, assista essa série comigo.

— Supernatural? Já viu tudo, tsk — resmungou, repousando ao lado do mais velho.

— Nem, podemos ver outra.

— Once Upon a Time — declarou, vendo Itachi pesquisar a série na Netflix.

— Sasuke, me desculpe — virou o rosto para encarar o citado que suspirou fundo — Eu disse que iria te prote-

— A culpa não é sua. Só estava com raiva — disse sério, deitando a cabeça sobre o encosto do sofá, encarando o teto branco.

Itachi engoliu a seco e se sentiu culpado pelo que aconteceu. Abaixou o olhar, envergonhado, no tempo em que Sasuke colocava a mão sobre a sua.

— Prometo que sairemos daqui quando eu arrumar um emprego — mordeu o lábio inferior, voltando a olhar para o outro.

— Certo... — concluiu o diálogo, sentindo um aperto fraco em sua mão.