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Capítulo 16

Capítulo não revisado!

Atualmente| Los Angeles.

   Zayn Paganini

— Então, como deseja a casa, senhor Paganini? — A voz de Madelaine é suave, mas carrega uma sutileza intrigante enquanto vejo-a bebericar o café que Augusto trouxe.

A observação dela se transforma em um misto de fascínio e desconfiança; não posso negar que ela é bonita, com traços delicados e cabelos que caem em ondas suaves sobre os ombros. No entanto, há algo estranho na maneira como seus lábios vermelhos se curvam em um sorriso que parece, por um momento, quase maléfico. A tensão na sala aumenta, e uma intuição profunda me faz considerar que talvez eu devesse investigar mais sobre essa mulher, Madelaine Melicon.
Com um movimento lento, coloco o cartão na mesa de centro, sua superfície brilhante refletindo a luz suave da tarde, e pego o copo de vinho que pedi, dando um gole, sentindo o líquido encorpado deslizar pela minha garganta.

— Afastada da cidade, quero uma casa média — respondo, observando-a anotar minhas preferências em um bloco de notas com uma caneta de tinta preta, seus olhos fixos na folha enquanto a ponta da língua desliza levemente sobre os lábios.

Ela se vira para mim novamente, uma expressão de expectativa no rosto.

— Certo, com jardins?

— Não — digo, a voz firme, mas com um leve eco de algo mais profundo em mim — quero com um porão.

A palavra “porão” deixa a sala em um silêncio momentâneo, quase palpável. Vejo uma sombra de curiosidade atravessar seu rosto, e a maneira como ela anota mais algumas palavras parece revelar que talvez tenha entendido a implicação que vem com essa escolha.

Madelaine ergue as sobrancelhas, como se uma nova ideia tivesse surgido em sua mente. A luz que entra pela janela cria um jogo de sombras em seu rosto, acentuando seu sorriso enigmático. O jeito como se inclina para frente, apoiando o queixo na mão, dá a impressão de que está avaliando cada palavra que saí da minha boca.

— Um porão, senhor Paganini? — ela pergunta, a voz carregando uma leve ironia. — Não é um desejo comum, eu diria. Muitos preferem luz natural, espaços arejados…

— E eu prefiro o oposto — corto-a, sentindo um impulso de me afirmar. — Um lugar onde possa me isolar. Onde os ruídos do mundo lá fora não cheguem, onde os segredos possam ser guardados...

O olhar de Madelaine se aprofunda, como se estivesse tentando decifrar um enigma em mim. Ela anota mais algumas palavras, e eu me pergunto se, de alguma forma, está também registrando o que não digo. Há algo sobre a maneira como a observação dela se transforma em uma espécie de avaliação constante, como se estivesse montando um quebra-cabeça da minha psique.

— Entendo — ela diz, finalmente, deixando o bloco de lado e cruzando os braços. — Um refúgio do mundo exterior, um espaço onde você possa... viver à sua maneira.

— Exato. — O vinho me faz ter leveza na voz, e eu continuo. — Um lugar onde eu possa refletir, entender. E, se necessário, esconder.

Um sorriso tênue surge nos lábios dela, e, por um momento, eu me pergunto se ela está realmente interessada nas minhas palavras ou se está apenas se divertindo com a escuridão.

— E que tipo de segredos você pretende guardar? — ela questiona, o tom de sua voz revelando uma curiosidade genuína.

Eu hesito, analisando a pergunta. Ela é estranha, não posso abrir muito minha boca, mas parece que ela esconde algo tão tenebroso como eu. E então, em um impulso quase irracional, digo:

— Os meus. E talvez, alguns seus.

A atmosfera na sala se torna eletricamente carregada, um convite implícito para que ela se aprofunde no desconhecido. O sorriso dela se transforma em algo mais sério, como se ela estivesse considerando a profundidade de minhas palavras.

— Bem — ela murmura, inclinando-se levemente para frente — quem sabe possamos fazer um acordo. Eu tenho um bom conhecimento sobre casas que podem ser... interessantes.

— E você, Madelaine, o que busca nesse negócio? — pergunto, atraído pela forma como sua expressão muda.

— Certo, acho que já sei qual a casa perfeita para você.

Ela diz fugindo da pergunta enquanto pega o celular novamente e digita algo com agilidade. Após alguns segundos, vira a tela em minha direção, mostrando uma casa de tom bege. Era uma construção um pouco antiga, mas bem conservada, com janelas grandes e uma varanda que parecia convidativa. Apesar da simplicidade, havia algo de acolhedor nela.

— Posso dar uma olhada nela? — pergunto, tentando esconder meu leve entusiasmo.

— Sim, gostaria de ir agora? — ela retruca, já se levantando com um semblante sério.

Observo-a se mover rapidamente pela sala, e, percebendo que não tinha escolha, me levanto também, pegando meu celular.

— Você vai no seu carro e eu te sigo? — sugiro, tentando manter o tom casual.

Ela me encara por um momento, franzindo levemente a testa antes de soltar uma risada curta enquanto caminhava.

— Por que não vamos juntos no meu carro?

— E como eu sei que você não é alguém tentando me sequestrar? — rebato, com um sorriso que tentava esconder minha hesitação real.

— E você é alguém importante para ser sequestrado? — ela devolve, com a sobrancelha arqueada e um tom carregado de sarcasmo.

Solto um suspiro e dou de ombros.

— Você está certa, não sou ninguém importante.

Por um instante, o silêncio cai entre nós, mas não de forma desconfortável. Ela me observa com algo nos olhos que não consigo decifrar.

— Então, você vem ou não? — pergunta, balançando as chaves do carro em uma mão, sem paciência para qualquer hesitação.

Eu dou um passo em sua direção, sentindo que o momento já estava decidido desde o início.

— Vamos no seu carro.

Enquanto caminhamos para a saída, não consigo evitar uma sensação estranha, ela parece meio estranha, mas não a questiono, quero ver onde isso vai dar...

No caminho até o carro, ela caminha à minha frente com um passo firme. Pela forma como mexe as chaves na mão, diria que está acostumada a liderar situações. Ou talvez seja só uma fachada para esconder o nervosismo. Pessoas confiantes demais sempre têm alguma coisa a esconder — não que eu seja especialista em ler pessoas, claro.

— Está tudo bem? — pergunto casualmente, enquanto escuto o som das chaves tilintando.

Ela me lança um olhar por cima do ombro, como se tivesse sido pega no flagra.

— Por que não estaria?

— Não sei. Só pensei que talvez sequestrar alguém como eu possa ser mais complicado do que você esperava.

Ela revira os olhos e abre a porta do carro.

— Se eu quisesse te sequestrar, teria escolhido um alvo mais interessante.

Entro no carro com um sorriso no rosto, acomodando-me no banco do passageiro.

— Isso machuca mais do que você imagina.

Ela não responde. Dá partida no carro, e o som do motor enche o silêncio. Durante os primeiros minutos, ficamos em um clima de silêncio desconfortável, mas não deixo de notar os detalhes: o carro cheira a couro novo e algo cítrico. Talvez um perfume? O tipo de coisa que as pessoas usam para impressionar, mas que, no fundo, só denuncia o esforço.

Ela finalmente quebra o silêncio:

— Essa casa… Você vai gostar dela. É... peculiar.

— Peculiar como? — questiono, arqueando uma sobrancelha, não que ela possa ver.

— Você vai ter que confiar em mim.

Confiança. Essa é boa.

— Você sempre diz isso para seus clientes ou sou um caso especial?

Ela sorri, mas não tira os olhos da estrada.

— Acho que você vai descobrir.

A resposta não me satisfaz, mas admito que ela sabe como manter o suspense. O caminho até a casa é um pouco mais longo do que eu esperava. Aos poucos, as ruas começam a parecer mais isoladas. Menos barulho, menos movimento.

— Você tem certeza de que está me levando para ver uma casa e não uma cabana no meio do nada?

Ela ri pela primeira vez desde que entramos no carro, mas não responde de imediato.

— Quem sabe? Talvez eu tenha mudado de ideia e decidi que você vale a pena ser sequestrado.

Eu me inclino para trás, fingindo indiferença.

— Bem, só espero que a comida do cativeiro seja decente.

Ela não responde dessa vez, mas o sorriso no rosto dela cresce. Seja qual for o jogo dela, estou começando a achar que de fato essa mulher é um problema.
O carro finalmente desacelera, virando em uma rua ladeada por árvores altas que criam uma espécie de túnel natural. A luz do sol passa por entre as folhas, lançando sombras dançantes no asfalto. É o tipo de cenário que parece retirado de um filme antigo, com uma paz que esconde alguma coisa.

— Chegamos — ela anuncia, estacionando em frente a uma casa grande e… peculiar.

A casa é de um bege suave, quase elegante demais para o local isolado. As janelas amplas têm molduras brancas impecáveis, e a varanda envolvente é decorada com cadeiras de balanço e vasos com flores vivas. É bonita, mas há algo nela que me faz hesitar. Talvez sejam as cortinas, ligeiramente fechadas como se ocultassem segredos. Ou talvez seja o silêncio absoluto ao nosso redor.

— Essa é a casa, espero que goste. — Ela desliga o carro e desce, não esperando por mim.

Eu a sigo, meus passos mais lentos enquanto analiso o lugar. Apesar de tudo, não consigo evitar uma sensação de desconfiança. Não é apenas a casa; é o contexto. A forma como ela fala, a calma calculada em seus movimentos, como se cada passo fosse coreografado.

— Isso parece mais uma casa de bonecas do que um lugar para morar. — Minha voz sai com uma provocação, mas meus olhos continuam explorando cada detalhe.

Ela ignora meu comentário e caminha até a porta principal, destrancando-a com facilidade.

— Vai ficar aí fora ou quer entrar? — pergunta, segurando a porta aberta e me encarando como quem desafia.

— Estou só me perguntando qual é o truque. Essa fachada toda não combina muito com você. — Cruzo os braços, tentando decifrar seu olhar.

— Talvez o problema seja você não saber nada sobre mim. — Ela inclina a cabeça, os olhos estreitando ligeiramente. — Ou talvez você só tenha o péssimo hábito de não confiar nas pessoas.

— Culpa do meu histórico. — Dou de ombros, mas decido atravessar a entrada.

O interior da casa é ainda mais impressionante, mas de uma maneira sutil. O piso de madeira clara reflete a luz natural que entra pelas janelas, e o cheiro é de algo recém-limpo, com um toque de lavanda. Há uma lareira de pedra no canto, ladeada por estantes cheias de livros. Tudo parece cuidadosamente montado para causar impacto, como se alguém quisesse provar um ponto.

— Então, o que você acha? — Ela fecha a porta atrás de mim, encostando-se casualmente contra ela.

Dou um giro lento pelo ambiente, analisando cada detalhe.

— Eu acho… que alguém aqui está tentando me impressionar.

Ela ri, uma risada breve, mas sincera desta vez.

— Talvez. Mas, se você não estiver impressionado agora, espere até ver o restante. —Madelaine caminha subindo as escadas grandes, enquanto a observo e acompanho a ruiva.

Z.P


Me aproximo da janela, observando o jardim e as árvores ao fundo. É um cenário bonito, quase pacífico, mas há algo ali que parece me chamar, como se o silêncio já não fosse atrativo. As árvores são altas demais, antigas demais. Parecem vigiar o lugar, como se estivessem à espera de algo — ou alguém.

A ideia de ficar aqui, mesmo que temporariamente, começa a se formar na minha mente. Não só porque o lugar é impressionante, mas porque ele me dá algo que eu não tinha há muito tempo: privacidade.

E um tempo.

Tempo para pensar. Tempo para planejar. Tempo para decidir como vou lidar com Jade.

Sequestrá-la não seria difícil.

Mas eu não quero isso. Não ainda. Forçá-la seria um erro. Eu preciso que ela confie em mim, que baixe a guarda. Porque o que eu quero não é apenas ter controle sobre Jade; eu quero que ela ache que é dela a ideia de se aproximar de mim. Quero que ela acredite que somos iguais, que estamos jogando o mesmo jogo.

— Está pensando no que vai fazer com todo esse espaço? — A voz de Madelaine me tira do transe.

Ela inclina a cabeça, estudando-me como se tentasse decifrar meus pensamentos. O tom dela é casual, mas há uma leve curiosidade. Talvez ela também esteja tentando me ler.

— Estava pensando que esse lugar é perfeito para… recomeçar. — Minha resposta é deliberadamente vaga, mas ainda sincera.

— Recomeçar? — Ela franze a testa ligeiramente. — Parece uma palavra pesada para alguém como você.

Eu sorrio.

— Às vezes, a vida precisa de peso para fazer sentido.

Ela estreita os olhos, mas não diz nada. Apenas assente, como se minha resposta tivesse despertado algo nela. Eu não pergunto o que. Não preciso saber e não me importo.

Porque, no momento, tudo que importa é que Jade está exatamente onde eu quero. E, por mais que ela ache que tem o controle, é apenas uma questão de tempo até que ela perceba que o jogo é meu.

E eu não costumo perder.

Enquanto Madeline e eu saímos da casa e caminhamos de volta a seu carro, ela diz sobre algo que não faço questão de ouvir, puxo o celular discretamente do bolso. A tela brilha, iluminando o nome de quem eu realmente confio: Meu “capanga” de longa data. Se tem uma coisa que ele sabe fazer bem, é vigiar sem ser notado.

Abro a conversa com ele e digito rapidamente, os dedos deslizando pelo teclado como se fossem pincéis de sarcasmo.

“Dorian, me diga que você não está cochilando enquanto deveria vigiar a nossa estrela do show.🙃”

Pressiono enviar e espero, sabendo que Dorian odeia emojis tanto quanto odeia saber como eu fico quando estou com raiva. A resposta não demora.

D: Estou no meu posto chefe . O que você deseja?”

Sorrio de canto, satisfeito. Não há ninguém mais eficiente do que ele, mesmo que tenha um temperamento digno de uma pedra mal-humorada.

“Quero saber o horário em que nossa querida Jade fica sozinha. Alguma lacuna na rotina dela? Algo que você, com sua habilidade quase sobrenatural de observar, tenha notado?”

Enquanto espero a resposta, volto minha atenção para Madeline. Ela da a volta e entra no carro e eu faço mesmo, ela liga o carro de volta e coloca uma música na rádio do carro.
Meu celular vibra em minha mão, trazendo a resposta seca de Dorian:

D: Ela costuma ficar sozinha no final da tarde. Entre 16h e 18h, geralmente sai para correr ou para algum café próximo. E antes que você pergunte, sim, estou de olho nela enquanto isso.”

Sorrio, satisfeito. Dorian sempre faz o trabalho direito, mesmo quando minha implicância coloca seus nervos à prova.

Ótimo. Continue com seus olhos de águia nela.”

Antes de bloquear o celular, adiciono uma última mensagem, porque não posso perder a oportunidade:

Ah, e Dorian... Se você errar, espero que tenha um plano para escapar de mim. 😉”

Guardo o celular no bolso, sentindo o familiar gosto de controle voltando para minhas mãos. Jade acha que está no comando, mas mal sabe ela que todos os seus movimentos já estão no meu radar.


E, em breve, a dança vai começar.


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