Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 15

Zayn Paganini

Atualmente| Los Angeles.

Desabotoei os botões da minha camisa branca, sentindo o tecido frio deslizar pela minha pele. Ajustei o relógio prateado no pulso, em um gesto automático. A sala estava silenciosa, exceto pelo zumbido da televisão ao fundo, onde passavam as notícias. Sentado à mesa de mogno polido, o brilho suave da luz do abajur refletia na superfície, criando sombras tênues que dançavam ao redor, enquanto o cheiro do café amargo ainda pairava no ar.

Ouço a voz do repórter que parecia escapar da tela, preenchendo o silêncio da sala:

Um homem foi assassinado durante a noite de ontem, por volta das oito horas. As primeiras evidências sugerem que o crime ocorreu durante um assalto. A vítima foi encontrada com sinais de luta.” — As palavras ecoavam pelo ambiente; dou um sorriso pela notícia, realmente ele foi roubado... roubado pelo ceifador de almas, e eu sou ele.

— Como meus problemas foram resolvidos, só está faltando um pequeno detalhe, que não está seguindo o roteiro que fiz para ela.

Falo, levantando da poltrona Aston Century preta, e caminho até a grande janela da minha casa, onde há uma vista para o jardim. O gazebo, de cor preta, se ergue no centro do jardim, suas colunas envoltas em vinhas espessas, como se a própria natureza tivesse se enroscado em torno dele, tentando consumi-lo ao longo dos anos. O ferro parece frio, resistente, absorvendo a luz cinzenta do céu nublado acima. A estátua no centro é uma figura feminina, sua forma capturada no meio de um movimento delicado, quase como se estivesse dançando. Ela está congelada, mas, de alguma forma, parece viva, como se eu pudesse sentir o momento da sua dança, preso no tempo.

— Jade...

Sussurro seu nome com uma certa necessidade. O que tenho que fazer para meu anjo me obedecer? Porém, gosto de como ela se faz de difícil e de ser realista, por mais que isso me irrite.

Meu celular vibra discretamente no bolso da minha calça e, por um momento, o som abafado parece se misturar com o farfalhar das folhas do jardim à minha frente. Saco o aparelho e vejo a tela acender com o nome de Alex. Respiro fundo antes de atender, sem tirar os olhos do gazebo.

— Ciao, Alex. — digo com a voz controlada, quase fria, e espero que tenha dado certo o que pedi a ele.

Cugino, só queria te avisar que o homem conseguiu deixar o pacote onde você queria. — A voz de Alex soa meio ofegante, e ao fundo escuto o som distante de carros e vozes. Ele deve estar próximo ao local marcado.

— Perfetto. Ninguém o viu entrando no apartamento? — pergunto, meus olhos se fixando em uma árvore de pinheiro que balança suavemente.

Não, pode ficar tranquilo, ninguém o viu. Ele deixou em cima da cama dela, como você mandou. — O tom de Alex é de quem tenta acalmar, mas há algo nervoso em sua fala.

— Eccellente. — murmuro, um sorriso quase imperceptível surgindo em meus lábios, enquanto minha mente já visualiza a cena. Sei que cometi uma burrada; então, depois dos tapas, sempre têm que vir os beijinhos.

Mas não acha isso meio... bizarro? — Alex hesita, como se não quisesse ofender. — E se ela ficar com medo?

— Claro que não. — digo, a irritação começando a se infiltrar em meu tom. — Ela vai ver o quanto eu a quero, o quanto estou me esforçando. — Minha voz ganha uma nota mais sombria, como se cada palavra carregasse um peso que Alex nunca compreenderia.

Sei lá... eu ficaria com medo. — ele replica, sua dúvida evidente.

Fecho os olhos por um momento, apertando a ponte do nariz. Ele não entende. Ninguém entende.

— Você não entende nossa relação. — digo firme, cortando sua objeção como uma lâmina afiada.

Tudo o que ela fizer, você vai saber... — Alex continua, sua voz baixa, quase como se estivesse falando mais consigo mesmo do que comigo. — Então ela não vai saber que foi você quem mandou? Não quer controlar a vida dela, certo?

— Controlar? — repito com desdém, minha voz carregada de ironia. — Eu só quero garantir que ela veja o que estou disposto a fazer para tê-la.

Isso é bizarro do meu ponto de vista... — sua voz soa mais firme agora, como se estivesse tentando me desafiar de algum modo.

— Quando você perceber que a Anna está fugindo de você, então vamos falar sobre o que é ou não bizarro. — retruco, com uma ponta de veneno.

Alex suspira do outro lado da linha, claramente derrotado.

Não entendo, mas tudo bem... você sabe o que faz. Preciso desligar agora.

— Certo. — respondo seco, observando enquanto a ligação é encerrada.

O silêncio retorna e, por um momento, fico parado, encarando o jardim à minha frente. Coloco o celular de volta no bolso da calça, meus dedos demorando um segundo a mais, como se o ato fosse um encerramento simbólico de algo maior. Mas lá no fundo, a ansiedade permanece. O silêncio parece se estender além do jardim, preenchendo a casa. O ar pesa, carregado por uma expectativa latente.

As escadas rangem levemente sob meus pés enquanto subo, sentindo o eco reverberar em meus pensamentos. Cada passo parece contar o tempo até a próxima distração. Ao entrar no escritório, o familiar brilho das telas de três monitores gaming me acolhe. Meus dedos deslizam rapidamente pelas teclas, ativando o sistema Manything que coloquei em prática ontem.

Me sento na cadeira de couro preta e dou play nas câmeras. O sorriso em meu rosto é leve, quase irônico. Não era para isso que tudo havia começado, mas agora, assistir Jade sem que ela soubesse, tornou-se parte da minha rotina.

Agora eu vou ver como um anjo dorme — murmuro para mim mesmo, a voz mal quebrando o silêncio que dominava o quarto.

As telas curvadas dos monitores acendem em sincronia, formando um panorama perfeito de cada detalhe do quarto dela. O ambiente claro, com cortinas azuis recém colocadas, contrasta com a quietude de seu quarto. Verifico o relógio mais uma vez. Ela está perto de chegar. Meus olhos permanecem fixos na tela, observando cada sombra e reflexo com uma atenção obsessiva.

Então, a porta do quarto se abre. Ela entra, seus passos quase silenciosos. Meu coração acelera enquanto me encosto na cadeira, um sorriso rasteiro se forma em meus lábios. Seus cabelos estão presos em um longo rabo de cavalo, e as mechas caem suavemente pelas suas costas. Ela veste um short de alfaiataria bege, elegante, combinado com um cropped de tom marrom terroso que realça sua pele. Há algo quase hipnótico em sua presença, e eu já consigo visualizar a perfeição quando ela tirar a roupa.

Ela se aproxima da caixinha na cama e, com um gesto delicado, a pega. Seu sorriso leve é uma faísca de esperança para mim, uma confirmação de que talvez ela tenha gostado da surpresa. Ela lê o bilhete e seus lábios se curvam por um segundo, mas então a expressão muda de forma abrupta.

Filho da puta. — Ela murmura com raiva.

A suavidade se esvai de seu rosto, substituída por uma fúria silenciosa. Meus olhos fixam na tela, sem entender o que a deixou assim. Ela tira o celular da caixa, o modelo mais recente de iPhone que comprei para ela. Meus dedos batem impacientemente na mesa. Ela sempre usou um iPhone... Então, por que agora parece irritada? Minha mente corre tentando encontrar o erro. Cada detalhe foi cuidadosamente calculado.

Ela aperta o iPhone com mais força do que deveria, seus dedos tensos em volta do aparelho. Consigo ver seu maxilar trincado, seus lábios antes suaves agora uma linha firme de irritação.

É isso que ele acha que vai me comprar? Depois daquela merda toda, me aparece com a porra de um celular novo? — ela fala sozinha, a voz quase imperceptível, mas cheia de rancor.

Me encosto ainda mais na cadeira, com o sorriso desaparecendo lentamente do meu rosto. Ela joga o celular na cama de qualquer jeito, como se fosse nada. As câmeras nos cantos do quarto capturam tudo com precisão, cada movimento brusco, e eu acompanho atentamente.

Esse maldito quer me deixar maluca? — Ela caminha até a janela, olhando para fora por um momento, suas costas rígidas, quase como se estivesse prestes a explodir. A obsessão que me guiava antes agora começa a virar frustração. Talvez eu tenha calculado errado; talvez ela desejasse algo diferente do que eu imaginei. Mas uma coisa é certa: ela não me escapa.

Ela suspira, virando-se novamente para a cama. Jade volta a encarar o presente. Algo dentro dela se debate. É quase palpável a luta interna. Ela pega o iPhone de novo, mas dessa vez com mais delicadeza, hesitando por um momento. Ela está mudando de ideia?

Meus dedos se apertam ao redor da borda da mesa. Isso ainda pode funcionar. Se eu jogar minhas cartas certas, ela vai entender o que estou tentando fazer. Ela sempre entende... eventualmente. Mas então, ela ergue o olhar, como se estivesse falando diretamente comigo através da tela.

Você, Zayn Paganini, é um puto desgraçado.

A fúria em sua voz me faz rir, ainda mais por ela parecer ter ficado vermelha de raiva.

— É você, Jade Evans... você é minha!

Minha voz sai rouca, e a encaro pela tela dos monitores, tão linda... tão meu anjo.

A vejo pegar o celular e caminhar até a porta; provavelmente ela vai dizer algo a Ayla ou Anna.

Anjo, não pode ignorar algo inevitável.

                             ✧⃝
     
Acordo com o som insistente do interfone tocando várias vezes. Porra, já avisei ao Augusto que, quando estou esperando visita, eu o aviso. Mas ele insiste em ligar toda vez, como se a minha vida dependesse disso. Pego meu celular, a irritação fervilhando em mim, e vejo que já tem uma mensagem dele:

“A corretora de imóveis que você contatou está te aguardando.”

A vontade de responder com uma sequência de palavrões é forte, mas me contenho. Decido que um banho rápido pode me ajudar a clarear a mente e me preparar para o que está por vir. A água quente escorre pelo meu corpo, levando embora um pouco da frustração. Envolto em vapor, me visto apressadamente: um short preto justo que contorna minhas pernas e uma blusa de botões, também preta, com mangas curtas que não esconde totalmente a tensão em meus ombros. Desço as escadas lentamente, sentindo que o banho me deixou relaxado, e caminho com as mãos nos bolsos até a sala de visitas.

Ao entrar, sinto uma mistura de expectativa e ceticismo.

— Boa tarde, senhor Paganini — diz uma voz suave, mas carregada de um tom que não posso ignorar.

Vejo a mulher ruiva se levantando. Ela está vestida com um terninho feminino vermelho, as linhas ajustadas realçando sua figura, enquanto seus cabelos estão amarrados em um coque elegante. Caminho até ela, observando cada detalhe; seu olhar é penetrante, quase diabólico, e sinto uma faísca de desafio no ar.

— Você não parece a Candace que contatei — digo, parando em sua frente, avaliando-a de cima a baixo, a desconfiança estampada no meu rosto.

A mulher me encara com um sorriso enigmático, porém interessada em sua resposta.

— Candace teve um imprevisto e me mandou no lugar dela — explica, sua voz doce carregada de simpatia, como se isso pudesse suavizar a situação.

— Eu não te conheço? — pergunto, penetrando seus olhos escuros em busca de um sinal de familiaridade.

— Acho que não, mas sou Madelaine Melincon. — Ela estende um cartão vermelho, o nome impresso em letras elegantes, com seu contato de corretora de imóveis logo abaixo. — É um prazer te ajudar a escolher uma casa, senhor Paganini.

O cartão em sua mão brilha sob a luz da sala, refletindo o mistério que a envolve.

— Certo, Madelaine — respondo, ainda intrigado. Me pergunto o que ela realmente está escondendo atrás desse sorriso.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro