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Capítulo 02: Apenas Vá Se Foder

ERAM SEIS DA MANHÃ, e apesar do milagroso dia ensolarado, as janelas e cortinas permaneciam fechadas, iluminando apenas o quarto com a suave luz de um abajur amarelado no criado-mudo junto à cama. O aposento estava deserto, mergulhado em um silêncio opressivo, apenas interrompido por um certo ruído persistente que teimava em aumentar periodicamente.

Diante das sombras invisíveis, próximo a uma estante repleta de revistinhas em quadrinhos, encontrava-se Kazutora Hanemiya. Ele se inclinava para a frente, batucando incessantemente um estilete na madeira envelhecida, totalmente imerso em seus inúmeros pensamentos e sentimentos distantes.

Parecia viver em uma verdadeira guerra mortal sob sua própria mente. Aquela que era para ser sua amiga, ao longo dos anos, tornou-se sua inimiga.

Ele era assombrado por todos aqueles arrependimentos passados e, principalmente agora, atormentado por uma curiosidade genuína, pensando nos longos e finos fios azuis de cabelo. Questionava-se incessantemente qual seria o motivo que levou aquela garota a tentar ajudá-lo.

Incapaz de aceitar que aquilo fosse apenas um ato genuíno de bondade por parte da moça, ele considerava a possibilidade de a vida tê-lo traumatizado a ponto de duvidar de qualquer manifestação de generosidade. Afinal, ninguém se revela tão transparente, especialmente alguém em seu estado de Gênesis.

Ela era misteriosa, e isso era estranhamente intrigante para o rapaz.

O Hanemiya negava-se a se importar com a figura, pois não deveria, ainda que, jamais pudesse contestar que mesmo depois de todo o ocorrido de alguns dias atrás, a sua maior e única vontade, era de conhecê-la de uma forma descente, ou apenas tentar entender quem de fato era Gênesis Perbl.

OS DIAS NO COLÉGIO eram, praticamente, uma repetição constante. Não divergiam muito de sua rotina em casa e na loja onde trabalhava – dias exaustivos e tediosos. Na verdade, sua vida parecia uma bolha rotineira prestes a estourar.

Dormi, escola, trabalho, casa, cama.

Kazutora Hanemiya percorria os amplos corredores do imenso colégio, seus ombros curvados sob o peso de uma mente turbulenta.

Seus passos, rápidos e leves, eram quase invisíveis para os demais que transitavam por ali, como se ele fosse um espectro em meio à multidão. Parecia carregar consigo um antigo mecanismo de defesa contra os outros que povoavam o local, um segredo que o tornava quase invisível.

E em meio a rostos borrados, ele escolhia focar apenas em dois de seus amigos.

No ambiente ruidoso, Keisuke Baji e Chifuyu Matsuno se entregavam a uma conversa animada, onde risos ecoavam e palavras ousadas desafiavam seus vocabulários.

De alguma maneira, essas palavras, que estavam além de suas habituais expressões, revelavam-se irresistivelmente atraentes a ponto de serem proferidas em alto e bom som.

Não era como se eles se importassem com as opiniões alheias.

Conversavam animadamente sobre as garotas que, com grande probabilidade, se candidatariam ao concurso do bunkasai anual. Este evento marcava a tradição, coincidindo com a formatura do terceiro ano, uma celebração anual aguardada por todos.

Contudo, para o trio, era o festival menos entusiasmante, pois, dependendo do tema, frequentemente acabavam sem um par para acompanhá-los. Essa situação resultava em um esforço notável, suscitando, de alguma forma, a compaixão das professoras, que, em muitas ocasiões, se tornavam suas inusitadas acompanhantes.

Mas para Baji, essas professoras não representavam nenhum problema; pelo contrário, eram apenas uma vantagem.

━ Chega mais! ━ Chifuyu chamou, encarando Kazutora. O loiro acenou com a cabeça e, em seguida, dirigiu-se à porta da sala mais próxima, sinalizando para os outros dois amigos o acompanharem pelo mesmo caminho.

━ E aí? ━ Baji começou, se esticando sobre a carteira mais próxima. ━ Vai com quem, encalhado?

Dentro daquela sala, encontravam-se resguardados, distantes das conversas alheias do intervalo pós-aulas, que suavam o som de suas vozes.

━ Não vou, e nem vou perder tempo levando fora igual o Chifuyu sempre faz, todo ano por sinal. ━ um sorriso travesso iluminou seu rosto ao provocar, sendo recompensado com um tapinha na nuca do mais baixo, que o encarava incrédulo diante do possível insulto.

━ Pois fique sabendo que esse ano eu consegui meu par!

━ Ah, tá, e eu sou o Elvis. ━ ironizou, cruzando os braços.

━ Só se for sem o Presley, seu idiota. ━ acrescentou Baji, provocando olhares de negação de Kazutora, que rapidamente se transformaram em risadinhas marotas.

Keisuke Baji começava a traçar seus planos para o baile de formatura, determinado a encontrar um par que não fosse sua professora de estudos sociais, por mais que a achasse estranhamente sexy. No entanto, Kazutora Hanemiya ainda mantinha seus olhos fixos em outro lugar, em outra pessoa, além dos limites daquela sala.

Gênesis se destacava na aglomeração crescente do corredor, encostada na parede, com alguns livros nos braços para se proteger do frio da temporada.

Vestindo o clássico uniforme colegial japonês, ela parecia indiferente a ele. A cada ajuste na saia plissada para além dos joelhos ou na arrumação das golas folgadas da camisa, era evidente que aquele traje não era sua escolha preferida.

Dois braceletes adornavam seus braços com as tonalidades do uniforme, estendendo-se um pouco além dos pulsos. Um detalhe sutil, assim como seu cabelo, porém de grande importância, pois destacava Gênesis.

Não era que essa distinção fosse negativa; na verdade, era fascinante observar como ela desafiava as normas, permitindo-se pequenas adições em um ambiente estritamente regulamentado. Ele achava legal!

Ela emanava uma aura singular, contudo, também parecia sentir os olhares variados pesando sobre suas costas, especialmente as inúmeras afrontas que pareciam se dirigir a ela como facas afiadas.

Era como se estivesse assumindo outra identidade, uma persona desejosa de ocultar cuidadosamente o azul nebuloso que a envolvia.

Era uma versão diferente, distante da garota confiante na ponte que o resgatara, mesmo que relutantemente.

━ Para de secar a Perbl, gado. ━ os pensamentos do moreno foram bruscamente interrompidos, arrancando-o da imersão mental, ao perceber que há mais de dois minutos seus olhos se fixavam involuntariamente na garota.

Com uma mão na nuca, ele esboçou um sorrisinho amarelo ao ver Baji mordiscar uma maçã, enquanto Chifuyu vasculhava sua mochila aberta.

━ Eu não tô secando a... ━ foi interrompido.

━ Quem tá secando quem? ━ indagou Chifuyu, recolocando a mochila nas costas.

━ O Kazu, ele tá secando a Gênesis!

BAJI!

━ A Gênesis? Espera, a Gênesis Perbl?! Cara! E aquilo barra pesada que rolou com ela? ━ relembrou o garoto, com os olhos arregalados.

━ O caraí, qual é? Eu não tava secando ela! Eu só tava... ━ pensou sem saída. ━ Olhando para as janelas! E-e, falem baixo, seus porras!

━ Ah, para com isso, você estava quase agindo como um stalker psicopata. Aliás, já viu 'Pânico'? ━ o Hanemiya ergueu as sobrancelhas ao receber a pergunta do amigo, notando-o descartar o restante da maçã.

━ Depende do filme, qual dos três? ━ questionou ao cruzar-se seus braços.

━ O terceiro, aquele do ano passado. ━ Baji disse e Kazutora balançou a cabeça em negação, mantendo os braços cruzados, enquanto Chifuyu também arqueava as sobrancelhas.

━ Pena. Depois assiste, você tava parecendo o Roman.

━ Seja lá quem for Roman, apenas vai se foder.

© Victoria Melim, 2022

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