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✶ capítulo seis

┄  OO6   ᠁  ✶  capítulo seis ⌒⌒
╰╮  ATELOPHOBIA   ·    જ   💀


Ravi sentiu um alívio imenso por aquele domingo ter transcorrido em uma paz incomum. O sol lentamente se despedia, tingindo o céu com um tom alaranjado, enquanto uma brisa fria começava a soprar pela rua, conhecida por ser a mais serena da cidade. Contudo, o jovem loiro não conseguia relaxar completamente; havia dois meses que se sentia indeciso e inseguro em relação ao seu baralho de tarô.

Desde os eventos perturbadores que o envolveram com seu novo grupo de amigos e o inexplicável mundo dos fantasmas, Ravi não encontrava a tranquilidade necessária para realizar uma leitura adequada. Cada tentativa de tiragem resultava em mensagens confusas e inconsistentes, refletindo sua própria inquietude interior. Ele sabia que já estava mais do que na hora de procurar uma cartomante mais experiente, alguém que pudesse ajudá-lo a desvendar o que estava por trás dessas leituras tão enigmáticas e que estavam lhe dando uma dor de cabeça sem igual.

Assim que Ravi'ell cruzou a soleira da porta, o aroma delicado de incenso envolveu suas narinas, enquanto um mantra suave ecoava ao fundo, conferindo ao ambiente uma atmosfera serena e acolhedora. A iluminação sutil emprestava um ar denso e enigmático ao local, reforçando a aura de mistério que permeava cada canto.

O jovem percorreu o ambiente com os olhos, contemplando o veludo púrpura que revestia as paredes, contrastando com as bancadas robustas e de feitura artesanal. Símbolos místicos, como cristais, pêndulos e estátuas de divindades, estavam dispostos de forma harmoniosa em prateleiras, como se cada objeto tivesse sido cuidadosamente colocado em seu lugar, criando uma sensação de equilíbrio e reverência.

──── Ora ora, o que temos aqui ──── a voz feminina surge da escuridão, fazendo o Vincent se assustar brevemente. ──── Um dos Vincent! Céus, como você tá grande menino, e olhe- Está a cara de sua mãe!

O coração do loiro bateu rapidamente com a citação de sua figura materna, ele nunca tinha visto aquela mulher em toda sua vida e mesmo assim ela parecia o conhecer bem, ele até ficaria assustado e acharia estranho se não lembrasse que sua mãe quando era viva, conhecia de cabo a rabo todas as videntes, cartomantes e cultos religiosos da cidade.

──── Ahn…. Olá? ──── o loiro se apresentou, enfiando seus punhos no bolso do moletom, acanhado.

──── Não fique aí parado, parecendo um passarinho assustado ──── disse a mulher, emergindo das sombras com um sorriso enigmático. Seu olhar era intenso, mas ao mesmo tempo acolhedor. ──── Venha, sente-se. Há muito que podemos discutir, especialmente com os ventos que têm soprado em sua direção.

Ravi'ell hesitou por um momento, antes de caminhar até uma cadeira próxima, sua mente repleta de perguntas.

──── Eu sei o que o trouxe aqui, loirinho. Suas cartas têm falado com uma língua estranha ultimamente, não é? ──── Ela gesticulou para o baralho que ele segurava, o que fez o loiro franzir o cenho, intrigado.

──── Sim… Tem sido confuso. Nada parece fazer sentido. ──── Ele olhou para ela, ainda tentando entender como ela sabia tanto sobre ele.

──── Ah, mas as cartas nunca mentem, querido. Elas apenas refletem o estado de sua alma. E a sua… ──── Ela fez uma pausa, observando-o com olhos penetrantes. ──── Está em um turbilhão.

──── Um turbilhão? ──── Ele repetiu, mais para si mesmo, sentindo uma pontada de ansiedade se espalhar em seu peito.

──── Exatamente. Mas não se preocupe, garoto. O que está em caos, também pode se reorganizar. Você só precisa de orientação. ──── Ela fez um gesto para que ele entregasse o baralho.

Ravi'ell entregou o baralho nas mãos da vidente, que o segurou com reverência, como se estivesse segurando algo sagrado.

──── Vamos ver o que o destino tem reservado para você, Ravi'ell. Não tema o desconhecido… Às vezes, ele é o que mais precisamos. ──── Ela começou a embaralhar as cartas, seus olhos nunca deixando os dele.

O loiro sentiu uma mistura de apreensão e curiosidade. Ele sabia que aquela leitura poderia trazer respostas, mas também revelar coisas que talvez não estivesse preparado para enfrentar.

──── A propósito ──── chamou a atenção do loiro, que estava completamente imerso nas cartas que ela embaralhava com destreza. ──── Não nos apresentamos direito, mas meu nome é Fiorella.

──── Prazer! Eu—

──── Eu sei quem você é, Ravi'ell. Sua mãe era uma grande mulher e amiga. ──── A voz dela adquiriu um tom mais suave, demonstrando um carinho especial pela mulher citada. ──── Fiquei devastada quando soube do acidente… Claro, não tanto quanto a família, mas mesmo assim.

──── É… Foi tudo uma loucura na época. ──── Sua voz saiu incerta e desconfortável, um reflexo do peso emocional que o assunto carregava. Falar sobre o acidente de sua mãe mexia com ele de uma forma peculiar, como se houvesse algo não resolvido pairando sobre o ocorrido.

──── Você é considerado de casa, não precisa pagar por essa consulta, ok? ──── Ela disse com um sorriso, depois de dividir as cartas em três montinhos. Em seguida, acenou com os olhos, convidando-o a escolher.

──── Eu… agradeço, eu acho. ──── O loiro sorriu timidamente, apontando para o montinho do meio, tentando não pensar muito no que as cartas poderiam revelar.

Fiorella retribuiu o sorriso e, sem cerimônias, começou a tirar as cartas. A primeira foi A Torre, seguida do Nove de Espadas, A Morte, Cinco de Copas, e finalmente O Louco.

──── Hmm… interessante. ──── Ela murmurou, seus olhos dançando sobre as cartas, absorvendo o significado que se desenrolava diante dela.

──── Interessante? ──── Ravi'ell perguntou, tentando não soar alarmado, mas falhando miseravelmente. ──── Isso é tipo o interessante bom ou o interessante do tipo estamos todos ferrados?

──── Bem, digamos que é um interessante que deixa as coisas, como posso dizer… movimentadas. ──── Ela lançou um olhar significativo para a carta da Torre, uma imagem de destruição iminente. ──── A Torre indica uma mudança repentina, algo que pode abalar suas fundações. E o Nove de Espadas… isso pode simbolizar ansiedade, medo, aquelas noites em claro que você anda tendo.

──── Ah, ótimo, já começamos com as boas notícias. ──── O loiro tentou brincar, mas a tensão em sua voz era evidente.

──── Não se preocupe tanto, menino. ──── Ela deu um sorriso tranquilizador. ──── A Morte não significa que alguém vai morrer, pelo menos não literalmente. É mais sobre transformação, deixar para trás o que não lhe serve mais. ──── Seu olhar era firme, mas havia uma centelha de humor em seus olhos. ──── Agora, o Cinco de Copas... é sobre perda, lamento, mas também sobre não deixar o passado te prender. A mensagem aqui é clara: você vai passar por dificuldades, mas deve se lembrar de não se apegar ao que foi perdido.

──── Certo, então até agora temos destruição, ansiedade, morte e perda. Que bela mistura de tragédias. ──── Ravi'ell tentou sorrir, mas o desconforto estava evidente.

──── Ah, não seja tão pessimista, Rav! ──── Ela riu levemente, percebendo o nervosismo dele. ──── A última carta aqui é O Louco. Ele é o começo de uma nova jornada, uma carta de esperança e novas possibilidades. Claro, também sugere que talvez você deva parar de pensar demais e, sabe, se jogar um pouco mais na vida.

──── Então é tipo: ‘Vai dar tudo errado, mas talvez dê certo no final’? ──── Ele riu um pouco, finalmente se permitindo relaxar.

──── Exatamente! ──── Ela sorriu de forma mais aberta agora. ──── Mas não terminamos ainda. Há mais três cartas aqui que podem trazer um alívio.

Ela tirou mais três cartas com movimentos deliberados: Dois de Copas, A Estrela, e Os Amantes.

──── Ah, agora sim chegamos ao ponto interessante. ──── Ela disse, com um brilho nos olhos. ──── O Dois de Copas é sobre parcerias e conexões. A Estrela simboliza esperança, cura e uma luz no fim do túnel. E, claro, Os Amantes... bem, acho que nem preciso explicar, não é? ──── Ela piscou para ele.

──── Espere… então isso quer dizer que… ──── Ele sentiu suas bochechas esquentarem ao perceber o que as cartas estavam insinuando.

──── O que isso quer dizer é que, no meio de todo o caos e mudanças que estão por vir, você pode encontrar algo—ou alguém—que trará equilíbrio e, quem sabe, amor à sua vida. ──── Ela sorriu de forma afetuosa. ──── Mas lembre-se, Rav, as cartas indicam possibilidades, o resto é com você.

──── Bem… Isso é… inesperado. ──── Ele riu, coçando a nuca, tentando processar as revelações. ──── Eu acho que vou ter que manter os olhos abertos, então.

──── Isso mesmo. E lembre-se: o futuro não é algo que você apenas encontra… é algo que você cria. ──── Ela guardou as cartas com cuidado, dando um último sorriso caloroso para Ravi'ell.

──── Obrigado, Fiorella. ──── Ele disse sinceramente, sentindo-se um pouco mais leve, apesar das revelações tensas.

──── De nada, querido…. Mais uma coisinha, Rav.

──── Hã?

──── Você não precisa se esforçar tanto.

──── Como assim? ──── ele soltou um riso nervoso.

──── Ravi'ell….. Errar é a coisa mais humana que existe, você não precisa ter medo ou guardar pra si mesmo esse tanto de sentimentos ruins que você insiste em prender dentro do seu peito ──── a voz dela soava mais carinhosa e maternal, como se soubesse exatamente o que se passa pelo interior do loiro. ──── Você tem pessoas preciosas ao seu lado que se importam muito com você, tenho certeza que nenhum deles vai te julgar se você demonstrar um pouquinho só de fraqueza.

──── Uau… Eu nem sei o que dizer ──── ele coça a garganta. ──── Na verdade eu esperava clarear um pouco a minha mente e não… Receber uma consulta gratuita de psicólogo.

──── Besta! ──── a mulher riu. ──── Por favor, apareça mais vezes. Sempre é bom ter um Vincent por perto.

Quando Ravi'ell cruzou a porta de saída, parecendo ter aliviado ao menos parte do peso que carregava em seus ombros, Fiorella suspirou profundamente, silenciosamente pedindo proteção para aquele jovem e sua irmã. Os caminhos que ambos estavam prestes a trilhar seriam tudo, menos fáceis ou confortáveis. Ela não conseguia compreender como o destino podia ser tão implacável; era um fardo imenso para apenas dois adolescentes suportarem.

Enquanto caminhava pelas ruas escuras, Ravi'ell estava absorto em seus pensamentos, refletindo sobre os eventos recentes que pareciam complicar ainda mais sua vida. Desde o momento em que beijara Ben, tudo ganhara um tom peculiar, quase como se o mundo ao redor deles estivesse mudando. Embora as carícias que compartilhavam em segredo trouxessem um calor reconfortante, a relutância de Ben em tornar o relacionamento público deixava Ravi'ell ligeiramente inquieto, sem compreender por completo os motivos por trás dessa decisão.

O grupo ao qual pertenciam também não estava isento de turbulências. Ashlyn, agora sob a tutela de seu pai, estava aprendendo os fundamentos do kick-boxing, algo que, a princípio, parecia um alívio, mas também uma responsabilidade adicional. Logan, por outro lado, enfrentava desafios com valentões, algo que abalava a todos, especialmente Evaline, que, em contrapartida, se mostrava cada vez mais distante e menos combativa. Aquele temperamento explosivo que antes caracterizava suas interações com Tyler parecia ter sido substituído por uma melancolia silenciosa. Tyler, por sua vez, parecia ter encontrado uma calma inusitada, como se algo o tivesse feito reconsiderar suas atitudes. Taylor permanecia o coração afetuoso do grupo, sempre acolhedora, enquanto Ashlyn assumia, de fato, uma posição de liderança secundária. Quanto a Aiden... bem, Aiden continuava sendo o mesmo, com sua personalidade peculiar e inabalável.

Com esses pensamentos ecoando em sua mente, Ravi'ell não podia deixar de sentir que, apesar de toda a estranheza, havia algo reconfortante em saber que, no meio de tanto caos, ele não estava sozinho. Mas o que o destino reservava para todos eles ainda era um mistério, e ele sabia que precisaria estar preparado para o que quer que estivesse por vir.

──── Tão fazendo o que? ──── a voz naturalmente animada de um certo loiro de olhos vermelhos surge na entrada do ônibus velho.

──── Puta merda, você sempre é o que chega cedo, né. ──── Evaline diz, pacientemente virando a folha do livro em seu colo enquanto balançava lentamente naquela rede que ficava no final do ônibus.

──── Você é tão fofa, é sempre a primeira a demonstrar que sentiu saudades.

────  Te falta uma dose de cimancol, isso sim.

──── Trouxe a pizza, Aiden? ──── Ashlyn cortou a possível troca de farpas. A ruiva estava entretida tentando ajeitar as extensões elétricas, tomando cuidado ao ligar o videogame e a TV velha apoiada em um dos bancos.

──── Eu não, o Ben que se encarregou de trazer sozinho, ele deve chegar junto com o Ravi'ell ou o Logan. ──── o loiro da de ombros.

──── Só podia, né? ──── Evaline revirou os olhos, fechando o livro com um tapa leve. ──── O Ravi sempre demora uma eternidade pra se arrumar, acha que vai desfilar na passarela.

──── Ou tá tentando impressionar o Ben, né? ──── Aiden riu, jogando a mochila no chão antes de se esparramar num dos bancos. ──── O cara fica se enfeitando mais que árvore de Natal.

──── Vai ver tão no amasso. ──── Ashlyn provocou, soltando um risinho enquanto se esticava para ajeitar o controle na mesinha improvisada.

──── Se for isso mesmo, aí eu já perdoo a demora. ──── Aiden piscou com malícia. ──── Mas cês tão tudo se preocupando à toa. O Logan é sempre o último a aparecer, né? Todo atrapalhado, coitado.

──── Não pega no pé do garoto, Aiden. ──── Evaline retrucou, balançando a cabeça. ──── Mas falando sério, quem é que vai pegar a pizza? Tô com fome já.

──── Relaxa, a pizza chega antes do Ben, com certeza. ──── Aiden brincou, jogando um olhar cúmplice para Ashlyn. ──── Quem topa dar uma de Logan e ir buscar?

──── Eu que não vou, tô quase morrendo aqui tentando ligar essa porra de TV. ──── Ashlyn resmungou, finalmente conseguindo acender a tela velha, que piscava em preto e branco. ──── Pronto, tá aí o videogame que vocês tanto queriam.

──── Falando nisso, quem vai ser o primeiro a apanhar pra mim no Mario Kart? ──── Aiden desafiou, pegando o controle e ligando o jogo com um sorriso maroto.

──── Ah, pode vir, otário, que eu te mostro quem manda aqui. ──── Evaline respondeu, jogando o livro de lado e se aproximando com um olhar determinado. ──── E pode ir se preparando pra perder.

──── Bora ver então, mocinha. ──── Aiden provocou, enquanto Ashlyn só observava a cena com um sorriso de canto.

──── Vocês dois são um caso perdido. ──── a ruiva balançou a cabeça, mas logo abriu um sorriso travesso. ──── Mas vai lá, Evaline. Dá um pau no Aiden por todos nós.

──── Coitada, vai perder rapidinho, o pai aqui é pró player.

──── Tá bom, lindinho, continua falando, vai que sua fantasia se realiza.

──── Evaline, se for chorar manda áudio.

──── Vocês são muito idiotas, por Deus ──── Ashlyn revirou os olhos e se levantou do tapete que foi colocado no chão do ônibus, para evitar de sentar na lataria suja. ──── Enquanto vocês se amassam aí, eu vou ver se encontro alguns salgadinhos na dispensa.

──── Vai na fé, quando você voltar eu já vou ter vencido o Aiden umas cinco vezes mesmo.

──── Seu cu!

Ashlyn apenas solta um riso de lado e desce do ônibus, indo pacientemente para dentro de sua casa. Aiden se vira parecendo uma criança animada e cheia de energia para a loira.

──── Eai, garota florista, pronta pra ser humilhada, trucidada, acabada, esfarrapad-

──── Chega né, tá me zikando muito, no final quem vai quebrar a cara vai ser você!

──── Só não me faça rir com sua confiança ridícula. ──── Aiden retrucou, com um sorriso desafiador. ──── Vou te mostrar que o pai aqui também sabe dar um show.

O clima estava descontraído, mas a tensão entre os dois era palpável, uma mistura de provocações e olhares penetrantes. Evaline e Aiden se encaravam, cada um tentando desestabilizar o outro com suas piadas e sorrisos irônicos. Eles realmente estavam dando a vida no jogo, como se estivessem em algum tipo de olimpíada ou se no final quem perdesse teria que depositar dez mil na conta um do outro. Bizarro a forma que essa dupla funcionava.

──── Vai, me mostra o que você sabe fazer. ──── Aiden desafiou, dando início à partida no videogame com um movimento dramático. ──── Ou eu vou ter que começar a achar desculpas pra te dar umas dicas?

──── Quem precisa de dicas quando se tem talento natural? ──── Evaline respondeu com um sorriso, seus olhos fixos na tela enquanto ela manobrava com habilidade.

──── Só faltou o talento…

──── Aiden! ──── a loira o empurrou para o lado com o ombro.

A partida começou, e o ônibus se encheu de sons de carros derrapando e reações exageradas de ambos. Ashlyn dentro da casa lutava para encontrar salgadinhos na despensa improvisada, deixando as duas crianças encapetadas sem supervisão nenhuma.

──── Você é tão competitivo, Aiden. ──── Evaline comentou, com um tom de voz que parecia um pouco mais suave, mas ainda cheio de sarcasmo. ──── Isso é tudo o que você tem?

──── Isso mesmo sua branquela, fica provocando. ──── Aiden respondeu.

De repente um clima estranho surgiu entre os amigos, do tipo que fez a espinha de Aiden se arrepiar completamente, ele lutou para manter seus olhos focados no jogo, mas de repente isso virou uma missão impossível. Em algum momento, o loiro deixou de prestar atenção na partida, dando para Evaline uma vantagem que fez com que a mesma ganhasse e comemorasse alegremente, parecendo alheia ao olhar do garoto ao lado dela.

Esse momento de distração não durou muito, pois quando a menina se virou para o olhar e percebeu que já estava sendo observada, um bolo se formou em sua garganta, a fazendo engolir a seco e sentir um pouco desconcertada. As bochechas da menina ficaram vermelhas por um momento.

A tensão entre eles crescia, e, sem aviso, uma risada de Evaline se transformou em um sorriso mais próximo. Aiden, notando a mudança, abaixou um pouco o tom e se inclinou um pouco mais perto, seus olhos nunca se desviando dos dela.

──── Então, quem foi que comeu poeira agora? ──── Evaline perguntou, a voz mais baixa e quase um sussurro.

──── Vamos ver. ──── Aiden murmurou, e antes que pudesse se dar conta, ele se aproximou e deu um rápido beijo nos lábios dela, um gesto inesperado e carregado de tensão.

Foi um beijo terno e estranhamente carinhoso, a loira ousou até a levar sua destra até a nuca do Clark e segurar com firmeza, enquanto o mesmo largou o controle do jogo no chão e segurou a cintura dela, dando leves apertos.

Quando o ar finalmente faltou e os dois se separaram ofegantes e com os lábios levemente inchados, Evaline ficou paralisada por um momento, a surpresa visível em seu rosto. Aiden parecia igualmente surpreso com o próprio gesto, com um sorriso breve e um olhar envergonhado, se afastou um pouco, sem saber como reagir à própria impulsividade.

──── Isso foi… inesperado. ──── Evaline comentou, ainda um pouco atordoada, mas seu olhar estava mais suave, quase como se tivesse derretido um pouco com o gesto, talvez um pouco tímida também.

──── É… foi. ──── Aiden respondeu, tentando recuperar o ritmo. ──── Vamos focar no jogo, então?

──── V-vamos! ──── ela continuou o olhando por um momento. ──── … Isso não vai sair daqui, certo?

──── Claro que não, Eva, relaxa… Eu nem sei por que eu fiz isso na verdade. ──── ele riu nervosamente, voltando a segurar com firmeza o controle do vídeo game.

──── Foi coisa do momento.

──── Isso! Não vai se repetir. ──── disse ele com convicção.

Ambos tentaram voltar ao jogo, mas a atmosfera entre eles parecia ter mudado, mesmo que de forma sutil. Evaline se sentiu confusa por um momento, não sabia dizer se era algum ruim ou bom aquele clima estranho que começou a pairar entre os amigos. No fundo de sua mente, ela rezava para não ficar tudo estranho na amizade deles.

ꔛ˚ ATELO + PHOBIA . ˚◞♡ ⎯⎯ ﹐  eu não sei nem o que falar dessa bomba que eu escrevi de madrugada morrendo de sono, e tô postando de madrugada tb

ꔛ˚ ATELO + PHOBIA . ˚◞♡ ⎯⎯ ﹐  troquei a estética pela 3° vez 🫶

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