᎔ 📞★⸃𝚂𝙴𝙰𝚂𝙾𝙽 𝙾𝚗𝚎 ✹ 𓈊 ˑ ִⱺ

᎔ 🧨★⸃𝕋𝚑𝐞 𝔹𝚕𝐚𝕔𝚔 ℙ𝚑𝐨𝕟𝚎 1985✹ 𓈊 ˑ ִⱺ

𝟬𝟬𝟰. Casa do Finney𖣂 ᳝ ˑ
᎔ 🥀★⸃ S/n Jones ✹ 𓈊 ˑ ִⱺ

Cruzei os braços e revirei os olhos. O que esse idiota está fazendo na minha porta? Realmente eu mereço passar qualquer tipo de estresse a essa hora?

— O que você quer idiota? — perguntei arrogante enquanto ele me encarava de cima a baixo com uma careta.

—  De você? Não quero nada, obrigado. Prefiro deixar que o fracote do Moose dê uma surra em mim do que eu querer algo de você, querida.

— Então se não quer nada, então o que veio fazer aqui?

— Eu só vim aqui por causa do Finney. Ele me pediu para encontrar a tal S/n que ele tanto fala. E acabei de perceber que infelizmente ela é você.

Eu não queria mais ouvir a voz irritante dele. Agarrei a maçaneta, pronta para fechar a porta na cara dele quando fui surpreendida por ele. Ele segurou a porta e a empurrou, fazendo com que a porta batesse forte na parede e eu sair da frente.

— Você é um louco mesmo! — exclamei limpando o suor da testa. — Quer chamar atenção da vizinhança inteira mané?

— Você ia fechar a porta na minha cara! Eu nunca permito que me ignorem quando estou falando. Entendeu?

Por incrível que pareça, ele é um pouco mais alto que eu. Meus olhos chegam na altura de seu nariz. Ele olhou em meus olhos e apontou para fora.

— Você irá sair por essa porta, vai aceitar ir até Finn e fazer o que tiver que fazer e depois voltar pra casa. No caminho de ida e volta, fingimos que somos invisíveis um com o outro. Pode ser ou tá difícil?

— Eu não vou a lugar nenhum. — neguei com a cabeça. — Não posso estar no mesmo ambiente que você. Você me irrita.

— Você também me irrita idiota. — diz ele, bufando. — Mas pelo Finn, eu faço o sacrifício de aturar você e esse seu mau humor.

— Mas eu não estou disposta a fazer sacrifício. — cruzei os braços novamente.

— Deixa de frescura e vamos logo.

— Eu já disse que não vou a lugar nenhum com você.

— Você vai sim caralho — ele olhou para mim, parecendo que está querendo explodir de raiva a qualquer momento.

— Não saio daqui nem arrastada — fechei os olhos enquanto balançava a cabeça, de um modo convencido.

Ele arqueou uma sobrancelha e depois sorriu malicioso. Eu estreitei os olhos pela sua expressão.

Sufoquei um grito quando o garoto agarrou  minha cintura, me erguendo do chão. Ele me colocou sobre o ombro e se virou para sair.

Ele é mesmo um louco!

— ME SOLTA IMBECIL — Exclamei, batendo em suas costas enquanto ele fechava a porta da minha casa com o pé.

— Não — ele deu uma risadinha.

— Se você não me soltar Tarzan de Chernobyl, eu vou gritar!

Ele deu uma gargalhada enquanto eu estava praticamente pendurada em seus braços. Ele tem força para me aguentar o caminho inteiro se ele não me soltar?

— Eu não acredito que me chamou de Tarzan — ele negou com a cabeça. Eu não podia ver sua expressão por que eu só via suas costas. — Eu não sou nada parecido com ele.

— É sim — falei irritada. — Dá pra me soltar?

— Eu já disse que não. Só irei soltar você quando chegarmos na frente da casa do Finn.

Porque ele não quer me soltar? Se ele me soltasse, eu sairia correndo claro.

— Porquê?

— Eu não confio em você. Porque se eu soltar você, irá tentar fugir.

Ele lê mentes?

— Você vai mesmo me carregar como um saco de batata no meio da rua?

— Vou sim. Quer que eu te carregue como? Como uma noiva?

— Seria bem mais confortável. Se você não vai me soltar, então tem como mudar a minha posição? Estou ficando enjoada.

— Eu mereço — ele murmurrou enquanto me colocava no chão.

Eu já estava pronta para correr. Quando dei um pequeno passo, ele percebeu. Ele me puxou novamente e me segurou. Agora como uma noiva. Mas que brega. Quero vomitar depois dessa.

— Eu sabia que iria tentar fugir docinho. — ele disse a última palavra com um certo nojo. — Mas sou bem mais forte e hábil que você.

— Ah vai se ferrar.

Não passamos muito tempo em silêncio. Agradeci aos santos por não ter ninguém na rua pra ver um garoto ridículo segurando uma garota emburrada no colo.

Nos aproximamos da casa branca, que havia um cercado. Gwen e Finn estavam sentados na varanda. Eles se levantaram rapidamente. Mas quando viram as minhas condições, fizeram expressões estranhas.

Gwen arqueou uma sobrancelha e o Finn estreitou os olhos. Minhas bochechas coraram pelo fato de eles terem visto eu sendo carregada por outro garoto.

Dei uma leve batida no ombro de Robin.

— Agora pode me soltar idiota? — perguntei revirando os olhos.

— Já que insiste.

De repente, ele me soltou com tudo no chão. Gemi de dor e coloquei a mão no meu quadril, onde havia doído.

Me levantei rapidamente e caminhei até Robin. Estou com raiva e ódio por ele ter sido tão indelicado ao ponto de me jogar no chão como se eu fosse nada.

— Como se atreveu a me jogar assim no chão? — exclamei, fazendo o garoto parar. — Quem você pensa que é?

— Você pediu para que eu a soltasse. — ele se virou pra mim e deu de ombros. — E eu fiz oque pediu.

— Você é um inútil! Eu poderia ter quebrado meu quadril.

— Mas não quebrou nada, bonequinha de plástico?

Abri a boca pasma.

— Você me chamou de quê, magricela? — cheguei mais perto dele, enquanto ele olhava seriamente para mim.

— Tá surda? — perguntou ele rindo sarcástico. — bonequinha de plástico. Quer que eu soletre pra entender?

— GENTE! — exclamou uma vozinha para chamar nossa atenção. Virei a cabeça e vi Gwen de braços cruzados, nos encarando. — Dá pra pararem de discutir?

Me afastei dele enquanto ele bufava. Ficamos em silêncio até que Finn se aproximasse.

— Pelo visto já se conhecem. — diz Finney sem graça. — E não se deram bem.

— Infelizmente conheci ele hoje de manhã. Ele se atravessou na minha frente como se fosse o dono da calçada. E ainda foi um chato e insinuou que eu deveria pedir desculpas. Por favor né!

— Ela é uma garota selvagem e chata pra caralho — ele colocou a mão nas  costas. — Ela bateu tanto nas minhas costas que ficou dolorido.

— Porquê veio carregando ela até aqui? — perguntou Gwen enquanto se sentava ao lado dele.

— Depois de ver que o Robin era seu vizinho samurai bonitão, ela não queria vir.

Revirei os olhos e cruzei os braços. Até em uma situação como essa ele insiste em ser convencido.

— Então eu trouxe ela a força.

Gwen olhou para mim com as sobrancelhas erguidas.

— Eu iria vir — descruzei os braços.

— Mentira — interrompeu o Arellano sorrindo de um modo maléfico em minha direção, como se quisesse me explanar.

— Eu não podia passar exatamente cinco minutos com ele em uma calçada. Eu esperaria ele ir embora para eu poder ir sozinha.

— Tudo mentira...

— PARA DE ME INTERROMPER "FILHO DA MÃE"

Finn estreitou os olhos novamente e coçou a nuca. Robin parou de sorrir e Gwen ficou confusa.

— O que você disse? — perguntou a garota. — Você disse a última palavra em outra língua.

Oh. Eu havia falado "filho da mãe" em português.

— Eu entendi perfeitamente o que essa ridícula disse. — Robin se levantou e pegou a foguete. — A língua dela é parecida com a minha. O meu é espanhol e o dela é português.

Gwen abriu a boca pasma. Não consegui decifrar a expressão de Finn.

— Resumindo — Robin se aproximou e pegou um fio de meu cabelo. —, ela é brasileira. Por isso é tão barraqueira.

O empurrei de perto de mim enquanto ele arregalou os olhos.

— Calma princesa. — ele colocou a mão no próprio peito. — Eu não mordo.

— Idiota — sussurrei enquanto ia até Gwen, que estava sorrindo animada.

— Não acredito que é do Brasil! — exclamou ela.

— Por que está tão animada? — sorri com sua animação.

— Porquê eu só ouço falar do Brasil. Nunca eu havia conhecido uma brasileira antes.

— Agora conheceu.

— Por isso que é tão bonita.

Sorri envergonhada. Não me segurei e abracei Gwen. Não sei o que eu pensei ou o que ela vai pensar disso. Eu não recebo muito elogios sobre minha aparência. Acho que foi por isso que reagi assim.

— Mas Gwen — me separei do abraço. —, ser do Brasil não significa que sou bonita. Qualquer um pode ser bonito de qualquer país.

— Sei claramente. Mas aqui, as brasileiras tem fama de serem as mais belas do mundo. E hoje finalmente eu comprovei. — ela riu.

Robin fez uma careta. Finn sorriu sem mostrar os dentes.

— Concordo com ela. Você é muito bonita.

— Concorda Robin? — perguntou Gwen dando um sorrisinho em sua direção.

— Não — ele se virou de costas, ajudando Finn a posicionar o foguete.

Dei de ombros. Foda-se se ele não acha. Oque importa é que eu me acho linda.

— Você tá mentindo meu caro amigo. — diz Finni, dando uma risada. — O seu nariz mexe quando mente. E está mexendo agora.

— Vai se ferrar Finn.

Passei alguns minutos conversando com a Gwen. Ela já disse que havia adorado fazer amizade comigo e que iria me apresentar a uma amiga dela.

— Tá pronto S/a! — diz Finn me puxando animado. Ele sorria radiante.

Olhei para Finn e sorri para ele também. Mas o que eu não havia percebido era que Robin estava olhando para nós, com uma sobrancelha arqueada. Ele cochichou com Gwen.

Não liguei pra isso. Me concentrei em ver o Finney pegando o controle. Quando ele clicou em um dos botões, o foguete subiu alto e soltou um mini paraquedas no alto. Comemorei junto com ele. Batemos a mão um no outro.

— Foi incrível Finn!

— Sim. Eu pensava que não iria funcionar.

— Fiquei feliz por você cara. — diz Robin, colocando as mãos em seus ombros. — É o seu primeiro foguete que funcionou. Tô orgulhoso.

— Sempre soube que você iria conseguir Finni — Gwen deu um abraço no irmão.

Entramos na casa dos Blake. Lanchamos um lanche e conversamos. Eu não trocava uma só palavra com o Robin. Nós só ficávamos nos encarando. Eu achei bom mesmo. Não aguentava mais as suas provocações.

Nem vi o tempo passar. O céu já estava quase escuro, para começar a noite. Finney nos acompanhou até a porta.

— Está começando a escurecer. — diz Finney olhando para o céu escuro. — Vou acompanhar você até...

De repente, Gwen se atravessou na frente do irmão, sorrindo amarelo.

— Falta exatamente 5 minutos para papai chegar. E você sabe Finni que papai odeia que a gente saia depois das cinco.

— Ah é. Eu havia me esquecido. Robin, se não for encômodo, poderia acompanhar S/n até sua casa novamente?

— Eu vou passar no Drive in para ver o catálogo de filmes. Não vai dar.

Por dentro eu comemorei, mas alegria de pobre dura pouco.

— Não dá pra ver isso amanhã?

Robin olhou para mim e revirou os olhos.

— Tá. Vamo logo garota. Tchau Finn!

Acenei para eles enquanto me afastava. Quando nos afastamos o suficiente, parei no meio do caminho.

— Se quiser ir no Drive in, pode ir. Não faço questão da sua presença — falei olhando para trás, vendo o garoto se aproximar.

— Acredite, eu quero fazer isso. Mas pensei bem e não posso deixar a bonequinha de plástico totalmente indefesa a noite no meio da rua.

— Você é ridículo.

— E você é fraca.

Dei o dedo do meio pra ele e continuei andando. Não demorou muito para chegarmos na rua de casa. Agradeci aos santos por não ter que ver o rosto dele por mais tempo.

Abri a porta de casa mas antes pude ouvir Robin murmurar que eu era uma má agradecida.

— Já chegou? — Meu tio Max estava na mesa, enquanto lia um jornal.

— Já. Estava ficando tarde. — escorei na porta do quarto. — Não irei jantar. Já comi na casa do Finn. Vou tomar um banho e ficar no meu quarto.

Meu tio assentiu e disse boa noite. Entrei em meu quarto, peguei minha vestimenta e fui direto para o banheiro. Tomei o meu banho pensando no dia de amanhã. Espero que não seja tão cheio como foi hoje pela manhã.

Fui direto para a cama. Tremi de frio e vi que a janela estava aberta. Fui direto fechá-la e vi meu estúpido vizinho mexendo em algo na cama. Ele dobrava suas bandanas e guardava na gaveta. Olha só, ele é organizado.

— Boa noite pra você também bonequinha de plástico.

Tive um surto de ódio por dentro. Ele tem olho nas costas?

Ele se virou e deu língua pra janela. Fiz uma careta e fechei a cortina enquanto apagava a luz. Me deitei e fechei os olhos, tentando esquecer o estresse que eu passei hoje.

ꨄ︎☦︎𖦹 ─ NOTES

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.°𖦹✦ ── Boa noite besties! Como estão??

.°𖦹✦ ── Espero que tenham gostado<3

.°𖦹✦ ── Vocês viram no tik tok que acharam um menino idêntico ao Miguel? MANO eu passe uma hora namorando o menino pela tela do celular KKKK

.°𖦹✦ ── Amo vcs❤️‍🩹

xoxo, nih💐