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(OO4) ━━ 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐔𝐑; Maldições Querem O Bem.

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  J呪術廻戦 ┆ 𝗔𝗡𝗔𝗦𝗧𝗔𝗦𝗘 ! ,, ° 

( Avisos: Uso Excessivo de Remédios, Agressão, Bullying, "Dependência Emocional". De forma alguma reproduza as ações feitas neste capítulo, caso não se sinta confortável lendo esses temas, pule do "PASSADO" para o "PRESENTE". )

┇⍭ QUATRO ━━ MALDIÇÕES QUEREM O BEM.

┆❝ 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎.

ERA 2017 QUANDO começou as agressões para cima de Kikyo, a primeira delas veio da pessoa que deveria ser sua melhor amiga, Akiyori.

Poucas pessoas poderiam compreender a profundidade da amizade das duas.

As vezes, o amor pode doer. E no fim de tudo, você tem que suportar isso, por que você se torna dependente dele. E Kikyo, infelizmente, se tornou alguém dependente da amizade Akiyori.

Afinal, era a única que ela tinha.

Começou em um dia normal, quando ela estava esperando a garota para almoçar no recreio da escola, até que ela chegou com outras garotas.

E começaram a simplesmente... A esnobar. Primeiro xingaram sua aparência, depois seu tom de voz, o jeito que ela cuidava das unhas.

E depois, a agrediram sem nenhuma razão contínua.

━━ P-Por favor! Para! A-Akiyori, por que você está fazendo isso comigo?... Eu não entendo. ━━ Kikyo dizia, enquanto Ayaka segurava um punhado do seu cabelo e seu nariz tinha um filete de sangue.

Akiyori se abaixou, ficando frente a frente ao rosto surrado da Kobayashi.

━━ Por que eu quero. Me deu vontade... E eu fiz.

Após aquelas garotas a simplesmente largarem no terraço da escola, Kikyo ficou no chão por alguns minutos até precisar se levantar.

Seu andar era obviamente errado, ela cambaleava e segurava nas paredes, abriu seu armário a procura de qualquer coisa para cessar sua dor.

Achou uma cartela de dipirona.

Primeiro, ela tomou um comprimido a seco. Sem água alguma para descer.

Ela não sabia quando aquela cartela havia ficado vazia, e ela havia ficado inconsciente mas ainda estava acordada.

Kikyo Kobayashi fingia ouvir seu professor enquanto pingava de sono a aula inteira.

┆❝ 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄.

━━ Volta aqui... Agora! ━━ Kikyo estava visivelvemente ofegante, parando no caminho apoiando suas mãos em seus joelhos, o dia estava amarelo, indicando que logo iria ficar bem escuro.

A coisa estava simplesmente andando em direção a escola e corria rápido como um cachorro fugindo de casa na primeira oportunidade que tinha.

━━ Kikyo! ━━ A garota teve sua atenção chamada pelo porteiro da escola, ele parecia meio, sombrio, a coisa rodeou ele, andando pelos seus ombros zombando da cara da mesma. ━━ Veio tarde. ━━ A coisa fugiu novamente, dessa vez finalmente adentrando a escola.

━━ Vim pegar minhas coisas... Já volto!

Ela correu pelos corredores da escola, passando por baixo da catraca que ela tinha que usar um crachá. A "coisa", entrou dentro de seu armário.

━━ Agora eu pego você... ━━ A Kobayashi respirava pesadamente, cansada pela maratona que teve que fazer da sua casa até a escola.

Girou a "chave" do armário, que tinha uma trava com números, ela os escolheu aleatoriamente, os primeiros que vieram a sua cabeça, "2" "4" "2" "0".

Eram como se remetessem as características de alguém a ordem dos números, mas foi os que vieram primeiro a sua mente.

Quando o armário foi aberto, tudo caiu...

Inúmeras cartelas de remédios vazias.

━━ Ae, Fushiguro, você tem alguma lanterna aí? ━━ Itadori dizia olhando a escola escura, as luzes estavam desligadas e céu não estava mais amarelo.

━━ Não, Itadori. Só vamos entrar aqui logo, e procurar a garota, achar ela e fim nisso tudo. ━━ O citado disse simples.

━━ Sabia que tinha coisa naquela menina. ━━ Nobara falou por vez. ━━ Ei. ━━ Ela apontou para a portaria.

━━ Não devia de ter um porteiro aqui, não? ━━ Itadori questionou, ainda era cedo para o homem ir embora.

━━ Melhor assim. ━━ Fushiguro exclamou, e a cortina que impedia as pessoas de fora verem as coisas do mundo Jujutsu começou a cobrir a escola.

O trio andou pela escola, procurando pela garota. Eles receberam as informações de que havia uma maldição ali na escola, e que corria o risco de Kikyo estar junto.

━━ Cara, a energia tá pesada aqui, hein. ━━ Itadori coçou a cabeça, olhando ao redor, a procura de qualquer indício.

━━ Ei... Ali! Caramba, e tá com um dedo do Sukuna moscando na boca! ━━ Kugisaki apontou, para uma pequena coisa muscosa no chão, e Itadori começou a correr disparado atrás da coisa.

━━ Vem pra cá, já!

Kikyo arrumou todo o seu armário, novamente. Colocando cada cartela de volta dentro do armário, cabisbaixa pelas lembranças desse vício.

Ela nunca moeu os comprimidos e os cheirou, sabia que muita gente começava o vício em coisas mais pesadas... Desse jeito.

Sem rumo e sem saber o que fazer, olhou o corredor da escola que um dia foi seu maior pesadelo todos os dias, ou melhor, até ontem era o seu maior pesadelo.

Iria acabar. Sua mãe finalmente a tiraria daquele inferno e ela poderia ter paz novamente, e nunca mais nada a perturbaria.

E então, a coisa novamente apareceu.

O dedo estranho estavam entre suas mãozinhas.

━━ Ah... Você tá debochando. Me devolve! ━━ Ela correu novamente atrás daquela coisa.

No outro corredor, Itadori corria também atrás do bichinho, mas nenhum dos dois escutava, dado as passos fervorosos de cada um e desesperados.

As duas coisas se fundiram, a que Itadori corria atrás era uma ilusão.

E Kikyo chegou primeiro, pegando o dedo, finalmente avistando Itadori e se levantando ofegante.

━━ Olha... Moça, isso é meio que meu. ━━ O rosado apontou para o dedo que ela segurava.

━━ Meio? Eu... Ganhei ele, é meu. ━━ Ela disse, de forma como se tivesse posse total daquilo, como se a pertencesse.

Atrás do rosado, apareceram uma garota de cabelos castanhos, e outro de cabelos pretos.

━━ Kikyo Kobayashi. Você precisa devolver esse dedo, você está sob... Um perigo grande se continuar com ele. ━━ Fushiguro a alertou, tentando ajudar a garota, que não queria ser ajudada.

━━ Falei que essa daí não era boa coisa, óia'! ━━ Nobara exclamou, apontando diretamente a ela.

━━ Kugisaki, você não tá ajudando! ━━ Fushiguro repreendeu a garota de personalidade dura, era claro que o jeito dela de lidar com a mesma era dando uma surra até ela devolver o dedo.

━━ Oh Fushiguro, que... ━━ Itadori apontou para trás da garota desconhecida, a Kobayashi levantou uma sombrancelha em questionamento.

Fushiguro imediatamente juntou aos mãos, e na sua sombra, um Cão Divino Negro com um sinal vermelho em sua testa nasceu ali do lado do mesmo.

Kikyo podia finalmente ver aquilo.

Havia uma maldição grande atrás dela, e antes que o Cão Divino pudesse a alcançar, a coisa a pegou, como se a tivesse engolido e entrou na parede sumindo.

Tentando a salvar de sua perdição.

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