━━ CAPÍTULO 7
NARRADORA
Amélia, com suas expressões meticulosas, absorve cada detalhe do lugar com surpresa evidente. Suas sobrancelhas, minuciosamente desenhadas, refletem sua atenção aos detalhes em cada cena que se desenrola.
O sorriso de Amélia é uma maravilha que contagia a cidade; as pessoas a cumprimentam diariamente para testemunhar a alegria única que ela traz consigo. Seu humor matinal é um espetáculo magnífico que ilumina cada dia.
Willy Wonka, ao observar a moça com o sorriso encantador, sente seu coração pulsar com intensidade. As perguntas dela sobre as salas em exibição desencadeiam um olhar de admiração, tornando o homem ainda mais feliz diante dessa cena cativante.
— Vejam! Vejam! – Apontou o chocolateiro. — Senhoras e senhores, bem vindos ao Monte Fudge!
As pessoas olharam para uma montanha coberta de Neves, Oompa-Loompas que estava escalando olharam para eles e acenaram, Amélia se alegrava quando via eles.
O elevador foi passando por dentro de um túnel que passava por uma sala com várias ovelhas rosas, suas lãs estavam sendo retiradas e colocadas em uma máquina.
Willy Wonka sorriu com aquilo mas se desfez quando lembrou de algo.
— Prefiro não falar deste aqui.
Amélia desceu seu olhar para as ovelhas e olhou desconfiada para o chocolateiro.
Passaram novamente pelo um túnel e entram em uma sala com várias camas hospitalares.
— Este é o Hospital de bonecos e Centro de Queimaduras. – Willy apontou para um Oompa-Loompa empurrando uma cama com boneca queimada.
— É relativamente novo.
O elevador passou por outro túnel e desceu uma rapidez, entraram em outra sala com vários Oompa-Loompa vestidos de terno, cada um deles estavam mexendo no computadores.
— "A sala de administração."
O elevador parou em frente uma Oompa-Loompas.
— Olá, Dores! – acenou o Willy.
A Londrina sorriu para a Dores e a mesma sorriu para ela.
— Ai meus Deus, uma Oompa-Loompa. Que adorável. – animou Amélia, dando um pulinho de alegria e acenando para ela.
A mulher não parava de fazer isso, no momento que entrou no elevador que ficou de boca aberta. Os botões com vários nomes que possuíam chamou sua atenção, se pudesse sair apertado todos.
Charlie ficou feliz com aquilo, ele adorava como a sua amiga sorria, os seus olhos vão ficando pequenos através do seu sorriso.
O Willy apontava para os lugares que passava e falava sobre, ele estava adorando ver alegria da moça. Amélia não parava quieta sacudia os braços dele sem parar, ela parecia aquela criança que estava julgando a uma hora atrás.
Quando mais o elevador passava, mais os dois se aproximavam até chegar a se esbarrar, ambos ficavam vermelhos quando isso aconteceu. No ocorrido o Willy por impulso segurou na cintura da mulher, quando a mesma percebeu que sentiu seu coração batendo forte, imaginava que iria morrer de infarto naquele exato momento.
A Cooper não sabia o que era exatamente aquilo, na verdade não sabia o que se apaixonar de verdade. Uma vez perguntou para sua tia como é o amor à primeira vista, mas a mesma contava as coisas tudo de diferente que ela via pelos os livros e filmes.
Amélia prestava mais atenção no chocolateiro, a forma como ele olhava para ela e o jeito que o mesmo se atrapalhava todo para ficar mais perto dela. A Londrina gostava de como ele se expressava.
Os fogos de artifício chamou a atenção da mesma, seu reflexo do seu olhar era algo magnífico, tudo em volta estava colorido. O elevador passava mais devagar, os Oompa-Loompas saía atirando os fogos.
— Por que tudo aqui é totalmente sem sentido? – perguntou o Mike olhando para os fogos sendo arremessado.
— O chocolate não precisa ter sentido – Retrucou Charlie. — Por isso é doce.
O chocolateiro abriu um sorriso com a falar do garoto.
— Que tolice! – disse Mike. — Doce é uma perda de tempo.
O sorriso de Willy se desfez imediatamente, a palavra que o garoto expressou saiu idêntica ao seu pai. O seu passado lhe condena desde de sempre mas hoje foi horrível de lidar, cada momento que acontecia no passeio lembrava ao seu pai.
O garoto repetia aquela frase repetidamente, quando Charlie estava prestes a mandá-lo calar a boca. Amélia queria ver aquela cena acontecer, porém ela estava responsável pelo seu amigo.
A Cooper olhava para o homem que estava imóvel, ele estava novamente tendo devaneios.
— Quero escolher uma sala. – virou brutalmente o Mike olhando para o chocolateiro.
O Willy saiu do transe em questão de segundos, olhou pro garoto da sua frente e lhe deu um grande sorriso.
— À vontade.
O homem deu um passo para o lado e saiu de perto dos botões para o garoto passar.
Os olhos curiosos do menino eram vistos no vidro transparente do elevador. Seu olhar foi descendo em um nome que ele conhecia muito bem; Sala de televisão.
Quando o garoto apertou no botão, o elevador andou novamente rápido. Os locais que foram vistos na visão do que estava lá foi tornando tudo borrando.
Isso era definitivamente um castigo para Amélia no momento que o elevador passava mais rápido que a luz do sol, o que ela imaginava dele. Sua cabeça estava pedindo socorro nesse exato momento fazia de tudo pra não tropeçar naquela caixa de vidro ambulante.
A Cooper podia jurar que aprendeu a falar em grego, suas orações começaram a ficar rápidas quando o elevador desceu em uma velocidade que ela podia nem imaginar como aquilo não quebrou ainda. As suas presas foram ouvidas no momento que o elevador parou em frente uma sala branca.
— Obrigada. – colocou sua mão sobre seu peito agradecendo mentalmente.
As portas se abriram, vários Oompa-Loompas passando por nós, todos com vestimentas brancas segurando algo tecnológico, em seus rosto possuíam um óculos estranho.
— Atenção! Peguem e coloquem logo, e não tirem de jeito nenhum – comentou o chocolateiro pegando os mesmo óculos que os Oompa-Loompas possuía.
— Esta luz pode queimar suas retina e cegá-los.
— E não queremos que isso aconteça, certo? – Sorriu ele.
Na sala que Mike Teavee imaginava, a presença das tecnologias era avassaladora. Seu olhar de admiração não se refletia nos óculos, mas sim em seu sorriso enquanto um Oompa-Loompa manipulava o videogame. A atmosfera irradiava a fusão entre a visão futurista e a excitação do garoto diante da realização de suas expectativas tecnológicas naquela sala singular.
— Esta é a sala de testes da minha mais recente e maior invenção – disse o chocolateiro todo orgulhoso. — A televisão chocolate.
— Um dia, eu pensei assim: "Se a televisão pode dividir uma imagem em milhões de pedacinhos, por que não posso fazer o mesmo com chocolate? mandá-los zunindo pelo ar e reagrupá-los do outro lado – Perguntou sem parar. — Por que não posso mandar uma barra de chocolate pela televisão prontinho para ser comida?"
Aquilo foi um ponto de interrogação para os visitantes, um verdadeiro quebra cabeça.
— Parece impossível.
— E é impossível.
O Willy Wonka virou rapidamente para o garoto e voltou andar novamente pela sala.
— Você não entende nada de ciência. – Falou o garotinho andando atrás do chocolateiro. — Primeiro, existe uma diferença entre ondas e partículas. Segundo, a força necessária para converter energia em matéria. Seria de nove bombas atômicas.
— E mentira! Sério. Eu não entendo uma palavra do que você está dizendo! – Apontou para o garoto.
Virou-se novamente e olhou para frente olhando para cada canto da sala que era vista de cima.
— Muito bem. Agora, vou enviar uma barra de chocolate de um lado da sala... para o outro, pela televisão! – Apontou para duas televisões que estavam na sala.
— Tragam o chocolate! – ordenou ele.
Quatro Oompa-Loompas carregando uma enorme barra de chocolate, levando a mesma para o meio da sala.
— Tem que ser muito grande, pois sabem que a televisão... filma um homem de tamanho normal, e ele acaba assim. – A mostrou tamanho na palma da mão.
— É o mesmo princípio básico.
A barra de chocolate, impulsionada pela gravidade, erguia-se lentamente no meio da sala, capturando a atenção de todos os visitantes. Olhares de curiosidade e admiração ecoavam na mente deles, enquanto indagações sobre a possível loucura do chocolateiro pairavam no ar.
Um enorme sorriso adornava os lábios do chocolateiro, mas na percepção de Amélia, esse sorriso assumia contornos psicopáticos. A barra de chocolate deslizava habilmente por um tubo perfeitamente ajustado, iluminada por uma luz intensa quando dois Oompa-Loompas a lançaram em direção ao seu destino.
Em questão de segundos, a barra desapareceu, intensificando ainda mais a curiosidade dos visitantes diante do espetáculo surreal que se desdobrava naquela sala peculiar.
— Sumiu. – espantou Charlie.
— Não falei? O chocolate está passando pelo ar acima de nossas cabeças... em milhões de pedacinhos. – Comentou o chocolateiro em forma de clareza e inteligência.
— Venham aqui. Andem, venham!. – saiu andando chamando os demais.
— Observem a tela! – disse o Willy apontando para uma tela.
Na imagem da televisão eram vistas um deserto e um grupo de macacos em volta de um o estranho objeto, um retângulo negro (o monólito).
— Lá vem ele.
No momento em que ele terminou de falar, o objeto estranho substituir pela barra que foi arremessado. Os macacos viram aquilo com certa curiosidade.
— Pegue. – olhou em direção do Mike, apontando para a barra.
— É só uma imagem em uma tela. – comentou o menino olhando para a tela.
— Seu medroso!
O homem olhou para o Charlie e sorriu para si mesmo.
— Pegue você!
Charlie observou a tela com uma curiosidade e depois em seguida olhou para sua amiga, Amélia deu um sorriso e balançou a cabeça em confirmação.
— Vamos lá, estique a mão e pegue. – O chocolateiro olhou para o garoto.
— Vamos!
Charlie olhou para aquilo e em seguida esticou as mão direto na tela, na mesma hora que ele sentiu a barra a puxou para fora.
— Minha nossa. – Comentou Amélia colocando a mão na boca.
O garoto sem entender nada que estava acontecendo, na sua mente havia vários pontos de interrogação, como era possível isso?
— Coma! Vamos lá.
— É uma delícia! É a mesma barra. Ela só ficou menor com a viagem, só isso. – Encorajou-se o garoto fazendo um sinal de mastigar com os dentes.
Charlie olhou novamente para a barra, e em seguida mordeu um pedaço. Um sorriso brotou em seu rosto.
— É uma delícia. – Sorriu ele.
— Imagina só. Estão sentados em casa vendo televisão... e um comercial entra na tela com uma voz que diz: "Chocolates Wonka são os melhores do mundo. Se você não acredita, prove agora mesmo". – Apontou ele para televisão.
— Daí, vocês esticam a mão e pegam!
— Gostaram? – Perguntou ele, com um enorme sorriso.
— Interessante. Isso seria útil para os preguiçosos... como a mim. – Sorriu Amélia.
Ambos sorriram um para o outro, a primeira coisa que o Willy Wonka viu na querida Amélia foi o seu sorriso contagiante. Não à toa ele chama ela, a moça do sorriso bonito.
O chocolateiro saiu do transe quando o Sr Teavee falou-se:
— E dá para enviar outras coisas... como barras de cereais? – Perguntou o Sr.Teavee.
— Você tem ideia do que barras de cereais são feitas? São aquelas raspinhas de lápis que saem do apontador. – Disse o Willy com cara de nojo.
— Mas poderia mandar pela televisão se quisesse? – Perguntou Charlie olhando para o chocolateiro.
— É claro que sim.
— E quanto as pessoas?
— Por que é que a mandaria pessoas? Elas não têm gosto bom.
— Não se dá conta do que inventou? É um teletransportador! – berrou Mike.
Oompa-Loompa que estava escutando tudo sentado em uma pequena poltrona, olhou ligeiro para o seu chefe. O chocolateiro ficou observando em silêncio o garoto falando sem parar.
— É a invenção mais importante da história do mundo! E você só pensa em chocolate!
— Calma, Mike – Disse o Sr.Teavee acalmando seu filho. — Acho que o Sr. Wonka sabe o que está fazendo.
— Não sabe, não! Ele não faz ideia! – berrou ele novamente.
Charlie olhou espantado para sua amiga que estava observando aquela situação de boca aberta. Amélia sempre imaginou que o Mike fosse um menino mal-educado do que qualquer outra criança que passou na fábrica, mas nisso ela não imaginava.
O Sr. Teavee não podia fazer nada com essa situação, Mike é filho único, o que era de esperar que ele fosse assim. Como todas as crianças que passaram por aqui.
— Nem todos são como o garoto Mike, mas sempre tem um igual a ele. – pensou Amélia.
— Você acha que ele é um gênio, mas é um idiota! – Disse o Mike.
— Mas eu não sou!
O garoto saiu correndo e pulando em seguida por cima de um Oompa-Loompa, passou a correr novamente pela sala e derrubou dois deles que estavam passando por lá.
— Ei, rapazinho! – Gritou o Willy Wonka. — Não aperte o botão!
Aquela frase foi mesmo que nada para Mike, o garoto pulou no lugar que estava a barra a um minuto atrás, os Oompa-Loompas se abaixaram rápido com aquilo.
Sr.Teavee correu desesperado com essa situação, ele olhava espantado para seu filho. Mike logo começou a se levantar como a barra, as luzes se acenderam logo em seguida. Era um sinal que o garoto ia se teleportar logo como passe mágico.
A expressão de Willy Wonka era assustadora, seu sorriso era enorme e ele definitivamente estava adorando essa cena.
Mike sentiu que estava subindo começou fazer umas dança estranhas dentro do tubo. Tudo em volta da sala ficou um silêncio observando o Mike subindo cada vez mais.
Antes que pudéssemos ver o que aconteceu com o garoto, uma luz forte atingiu nossa vista e logo em seguida ele tinha sumido.
— Ele sumiu.
— Vamos ver se está na televisão. – imediatamente ele correu em direção ao aparelho.
— Espero que nenhuma parte fique para trás.
Os olhares voltaram rapidamente para o chocolateiro.
— Como assim? – Espantou-se o Sr.Teavee.
— Às vezes, só metade dos pedacinhos acha o caminho. – Voltou a olhar novamente para a televisão na procura do garoto.
— Se tivesse de escolher metade do seu filho, qual seria? – Perguntou como se não fosse nada de mais.
— Mas que droga de pergunta é essa? – perguntou furioso.
O Willy Wonka sabia como aquela conversa ia se terminar, deu um sorriso para o homem.
— Não fique nervoso! É só uma pergunta.
— Tente todos os canais. Estou ficando meio preocupado. – Virou-se para o Oompa-Loompa que está sentado em uma poltrona.
Em meio de tantos canais, nenhuma notícia do Mike, o chocolateiro está realmente preocupado com essa situação. Até quando o Charlie apontou para uma figura minúscula em meio de uma reportagem.
— Lá está ele! – Apontou.
— Mike!
O repórter Oompa-Loompa começou a cantar perto do garoto, vários canais foram passados e cada um deles contava uma letra que batia certinha no Mike. Ele ficava perdido em tantas cantorias, tudo em sua volta mudava o cenário na tela que se passava rápido.
E de repente um show de Rock se passou na televisão, várias luzes piscando em parar, Mike via aquilo tudo rodando em sua volta.
Os Oompa-Loompas que estavam fora da tela, começaram a cantar em volta dos visitantes. Mike era jogado como lixo em todos os canais, tudo em sua volta era enorme ou ele era pequeno demais para os cenários.
Até quando tudo passou, o garoto foi teleportando novamente para a reportagem, mas no momento que ele parou foi atacado com umas folhas de papel por um Oompa-Loompa.
— É alguém pegar!
— Socorro! Socorro! – Gritou o Mike.
O Sr. Teavee ergueu as mãos diante do seu filho, mas se espantou ao vê-lo tão pequeno.
— Graças a Deus, ele escapou ileso! – Agradeceu Willy olhando para o garoto.
— Ileso? Que história é essa?
— Mande-me para o outro lado! – Disse Mike, se debatendo na mão do seu pai.
— Não há outro lado – Comentou Willy. — É televisão, não é telefone. É bem diferente.
— E o que sugere que a gente faça? – Indagou o Sr. Teavee.
Willy Wonka ficou uns segundos pensando até vir uma ideia.
— Eu não sei. Mas os jovens são flexíveis, eles esticam muito. – Sorriu ele.
— Vamos esticá-lo jeito caramelo.
— Esticar?
— Ei, essa ideia foi minha. Puxa, ele vai ficar bem magrinho – Disse ele, observando o pequeno Mike. — E... Vamos esticar.
O chocolateiro foi até um Oompa-Loompa que estava sentado em uma poltrona.
— Quero que leve o Sr. Teavee e o... filhinho dele ao esticar de caramelo, está bem? Estique bem!
O Oompa-Loompa foi ao encontro do Sr. Teavee e puxou o seu tecido. O mesmo seguiu o homenzinho.
Quando os dois saíram a sala foi escurecendo, os Oompa-Loompas que estavam lá foram saindo em fileira. Amélia e Charlie seguirão o Sr. Wonka até a porta.
— Vamos indo! – Andou até a saída.
— Ainda temos muito o que ver. Bem, quantas crianças sobraram? – Virou-se para as duas pessoas que estavam paradas em sua frente.
Amélia retirou os óculos e ajudou o Charlie a fazer o mesmo. A Londrina olhou diante dos olhos do chocolateiro que ficou parado observando aquilo.
— Sobrou apenas meu amigo Charlie, Sr.Wonka. – Amélia comentou com uma voz calma.
— Então, você é o único?
Concordou Charlie com um sorriso no rosto.
— O que houve com os outros? – Indagou,
O Willy Wonka abriu um longo sorriso.
— Meu caro, quer dizer que você venceu! Você está de parabéns. Está mesmo! Eu estou encantado! – o chocolateiro todo elétrico.
— Era meu palpite desde o início. Muito bem.
— Não podemos perder tempo... porque temos muitas coisas a fazer antes do fim do dia.
Ele estava realmente elétrico e feliz com esse acontecimento. Virou-se rapidamente em passos ligeiros e andou em direção do elevador que não deu conta que o mesmo estava fechado.
Amélia e Charlie observavam aquilo espantado até ver Willy Wonka caindo no chão, os mesmo arregalaram os olhos ligeiros. O chocolateiro levantou rápido e olhou ao redor até encontrar as duas pessoas que estavam paradas olhando para ele.
— Estou bem. – Colocou a mão no lugar da pancada.
O Willy Wonka se adentrou no elevador todo tímido pelo acontecimento da queda, em sua companhia Amélia e Charlie ficaram logo atrás do chocolateiro. Um botão afastado dos demais foi sendo mostrado para eles um nome bem interessante para Charlie; "Para cima e além."
— Para cima e além? Que sala é essa? – Perguntou Charlie.
— Você vai ver!
O elevador foi passando um pouco rápido, mas o chocolateiro não estava satisfeito com isso.
— Nossa! Precisamos ir muito mais rápido, ou jamais vamos atravessar! – Comentou o Willy observando o teto.
— Atravessar o quê?
O chocolateiro sorria sem parar, olhando para cima.
— Há anos, eu desejava apertar esse botão – sorriu. — Lá vamos nós. Para cima e além!
— Que dizer que vamos...? – nervosa, perguntou Amélia.
— Vamos!
— Você é tantan das ideias. – sussurrou a londrina que puxou o seu amigo para si.
Amélia ainda fazia a mesma pergunta quando sentiu o elevador indo mais rápido. Suas orações começaram novamente a ficar em grego, o que ela fez para merecer isso? Ela odiava ficar tonta.
Quando mais o elevador subia rápido, mais ela apertava Charlie para si. O garoto sorria sem parar com essa loucura.
— Vamos! Vamos! – repetiu ele sorrindo igual um lunático.
— Mas é feito de vidro... vai quebrar em mil pedaços! – Desesperou a mulher.
— Vamos virar farinha! – Gritou ela chegando mais perto do chocolateiro.
O homem sorria sem parar até perceber que a moça do sorriso bonito chegava mais perto dele.
— Você me ouviu?
— Isso é... diversão, minha cara amada. – tranquilizou ele.
A mulher arregalou os olhos que ele falou como se não fosse nada de mais. Quando a londrina foi retrucar, sentiu uma luz forte na sua visão.
O elevador subiu tão rápido por perto das nuvens que em questão de segundos ele desceu rapidamente. O chocolateiro apertou os botões da caixa de vidro, ela foi ficando parada lentamente sobre o ar.
Lá embaixo os portões da fábrica foram se abrindo, duas pessoas que eles conheciam muito bem saíram de lá. Augustus Gloop, o primeiro sorteado, saiu acompanhado de sua mãe, a mesma não parava de brigar com ele.
Em seguida saiu a Violet Beauregarde a terceira sorteada, aparência da mesma estava toda roxa. A sua mãe não estava nada feliz com essa situação, mas a garota estava adorando essa nova habilidade que ela possuía, a flexibilidade.
Mas atrás delas havia duas pessoas saindo de lá, a Veruca Salt saia acompanhada de seu pai, suas roupas continuavam as mesmas, mas algo acrescentava neles, eles estava coberto de lixo e as moscas voam sem parar nas suas cabeças.
Logo foi o Sr.Teavee saiu de lá sendo acompanhado do seu grande filho o Mike Teavee o conhecido pelo Willy o "garoto hacker". Ele estava realmente esticando como caramelo e muito magro.
— Onde vocês moram? – virou o chocolateiro com dois amigos.
— Charlie mora naquela casinha afastada. – apontou Amélia — Bem, eu moro naquele sobradinho que tem uma biblioteca abaixo. – continuou ela.
— Então é vou deixar o pequeno Charlie primeiro, depois eu deixo você.
O elevador foi sobrevoando pela pequena cidade de Londres, vários cidadãos que estavam embaixo passeavam pelo lugar. A neve ficava linda sobre o alto, Amélia ficava encantada com a paisagem.
(...)
Na casinha distante a Sra. Bucket fazia o jantar para os avós de Charlie, o seu marido ajudava a organizar a mesa para a chegada do garoto. O Vovô Joe contava uma história para os companheiros na espera do jantar.
— A que horas eles voltam? – cortando o repolho, a Sra. Bucket perguntou ao seu marido.
— Não sei, querida.
Um estrondo atingiu o teto, os Senhores Bucket se assustam com barulho, os vovôs correram para cama e se perguntando o que estava acontecendo? O pó de poeira se espalhou por toda a casa.
— Eu acho que tem alguém na porta. – Disse a vovó Georgina.
— Oi mãe! – acenou Charlie.
Amélia deu um sorriso para cada um, Charlie correu ao seu pais, o garoto estava tão feliz por chegar em sua casa. O Willy Wonka saiu do elevador e foi ao encontro da família Bucket 's.
— Este é Willy Wonka. Ele nos deu uma carona.
— Eu percebi. – olhou diretamente para o teto da sua casa.
— Vocês devem ser os p... – travou o chocolateiro observado a família.
— Pais?
— É, isso!
— Ele disse que o Charlie ganhou uma coisa. – Amélia comentou se aproximando do seu amigo.
— Não foi uma coisa qualquer! Foi a mais incrível de todas as coisas incríveis! – Ele caminhou até a prateleira procurando algo.
— Eu vou dar a este jovem minha fábrica toda.
No momento que o chocolateiro falou isso, todos arregalaram os olhos, imaginando se isso era realmente verdade. Todos dali já sabia que o Willy Wonka era doido pela fábrica, isso seria impossível de se acreditar.
— Alguns meses atrás, durante meu corte de cabelo semestral... tive uma estranha revelação. – lembrou ele sobre o acontecimento.
— Naquele cabelo branco... vir refletindo o meu trabalho, a minha fábrica, os meus queridos Oompa-Loompas.
— Quem iria cuidar de tudo após de mim?
— Eu percebi naquele instante, preciso encontrar um herdeiro. - terminou ele.
— Eu consegui, Charlie: você! – Sorriu o chocolateiro.
— Por isso enviou os convites dourados.
O Willy Wonka começou andar novamente pela casa fuçando tudo que via pela frente. Seu olhar caiu sobre uma pequena fábrica de chocolate que o garoto Charlie fez.
— O que me diz? Está pronto para deixar isto para trás e morar comigo na fábrica? – perguntou ele, olhando ao redor.
— Sim, é claro. – Sorriu. – Quer dizer, tudo bem se minha família for?
— Meu caro rapaz, é claro que não.
O brilho de Charlie se desfez imediatamente.
— Não pode ser dono de fábrica... com uma família pendurada em você feito cabide velho! Sem querer ofender! – O chocolateiro olhou para os avós do garoto de cima e baixo.
— Não ofendeu. Idiota!
Amélia observou aquilo tudo calada, ela não iria se meter em algo que não sobre sua pessoa. Mas ouvir ele falando sobre os vovôs deixou a londrina triste, poxa ela considerava eles da família, os Bucket são sua família.
— Um chocolateiro tem que ser livre e só. Deve seguir seus sonhos, e se danem as consequências. – virou as costas andando novamente para o elevador.
— Olhe para mim! Eu não tenho família e sou muito bem-sucedido.
— Se eu for com você para a fábrica, nunca mais virei minha família, é minha melhor amiga Amélia? – Charlie olhou diretamente para o olho do Willy Wonka.
— Sim, considere isso um prêmio extra!
— Então, eu não vou. Eu não deixaria minha família por nada. Nem por todos os chocolates do mundo. – Disse Charlie dando um fim nesse assunto.
— Entendo, curioso!
— Há outros doces além de chocolate. – convenceu o mais velho.
— Desculpe, Sr. Wonka, eu vou ficar aqui.
O chocolateiro olhou para aquilo espantado como isso é possível de acontecer? Todo mundo se mataria só pra ter uma fábrica de chocolate em suas mãos.
— Poxa! Bem, isso é... tão inesperado é... estranho. – triste e confuso ele falou.
— Mas então, sendo assim, vou indo... Adeus.
O Willy Wonka olhou para cada um e perante a sua observação viu que uma pessoa não estava olhando para ele. Amélia ficou triste com sua confissão sobre a família, suas palavras não saiam nada era como estivesse muda nesse momento.
O chocolateiro já sabia que o olhar que ele tanto admirava estava sem brilho, sentiu seu batimento do seu coração acelerado ao ver aquele estado. A moça do sorriso bonito que ele começou a gostar jamais irá sorrir como antes, isso deixou Willy triste.
•Até a próxima!
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