━━ CAPÍTULO 5
WILLY WONKA
Os Oompa-Loompas navegavam o barco enorme em formato de monstro do lago Ness roxo. Cada vez que eles navegavam, faziam um estrondo com o tambor que batiam, tudo em uma bela sincronia, tudo em perfeita ordem.
O barco enorme foi chegando cada vez mais perto de nós. As crianças ficaram de boca aberta e com um sorriso enorme, já os adultos olharam sem expressão nenhuma, como se aquilo não fosse nada de interessante para eles. Quando eu olhei para a moça de sorriso bonito, ela estava admirando o barco roxo à sua frente. Seus olhos falavam tudo; marcavam um brilho encantador.
Quando percebi nela, tive um belo déjà-vu, como se fosse o dia em que ela ficou parada, olhando para a fábrica com o mesmo brilho encantador que estou vendo agora. Até as roupas eram quase as mesmas de agora, os cabelos com duas tranças eram lindos. Foi nesse dia que abri meu sorriso pela primeira vez, naquele dia estressante.
Fui olhar para o seu rosto e pude notar que ela estava olhando para mim. Comecei a me atrapalhar novamente e olhei para outro lugar. Quando fui olhar para outro canto, os Oompa-Loompas apareceram à nossa frente, gargalhando, com um sorriso enorme no rosto.
— Por que estão rindo? — perguntou Violet, mascando chiclete e olhando para eles.
— Acho que é de tanto comerem cacau demais. Por falar nisso, vocês sabiam que o chocolate possui uma substância que estimula a liberação de endorfina e faz com que a gente se sinta apaixonado? — disse para eles. As crianças olharam para mim com curiosidade no rosto.
Quando terminei de falar, os Oompa-Loompas olharam em minha direção e começaram a fazer sons estranhos com a boca. Quando percebi, eles estavam olhando para a moça de olhos bonitos. Ela olhou para eles e deu um aceno e um pequeno sorriso.
— Todos a bordo! — disse logo, cortando aquela cena sem sentido nenhum.
— Por que eles estão assim? — perguntei para mim mesma.
"Quando eu esperava o pessoal entrar, fiquei pensando: por que eles ficaram estranhos comigo? Será porque eu não fiz o pagamento direito? Não, eu paguei até mais e adiantado." — pensei.
"Por que olharam para ela depois do barulho estranho?" — continuei pensando nisso, sem perceber que faltava só eu para entrar no barco, enquanto todos ficavam me olhando.
— Em frente! — dei a ordem para os Oompa-Loompas, e logo em seguida começaram a fazer o estrondo do tambor.
Quanto mais batiam o tambor, mais o barco fazia movimentos calmos. Era bom. Fiquei olhando ao redor, vendo as crianças admirando cada detalhe dos lugares por onde passávamos, e os adultos ficaram iguais aos seus filhos. A moça de sorriso bonito olhava com aquele olhar de admiração.
— Agora vamos, tem uma sala que quero mostrar para vocês. — disse, com um sorriso enorme no rosto, mas nem percebi que estava quase ao lado da moça de sorriso bonito.
Logo, o pessoal virou para frente e ficou um silêncio extremo. Me ajeitei no banco com mais vontade e olhei para cada uma das crianças, pensando em algo.
— Vocês são tão baixinhos, não são? — disse logo para eles. No mesmo instante, as crianças viraram para mim.
— Claro que somos baixinhos, somos crianças. — ironizou aquela menininha mimada e inconveniente.
— Isso não é desculpa, eu nunca fui desse tamanho.
— Já foi sim. — disse aquele menino hacker inconveniente.
— Não fui nada! Eu me lembro muito bem de pôr um chapéu na minha cabeça. Com esses bracinhos, não alcançaria a cabeça. — falei para eles, colocando minha cartola e tirando-a, colocando novamente na minha cabeça.
— O senhor se lembra da sua infância? — perguntou o menino, o menos mimado, que estava ao meu lado.
— Ah, claro... será? — falei para eles, meio sem jeito, minha infância foi um pouco estranha.
Meu pai é meio rude e protetor com os meus dentes. Ele me proibia de comer doces e me forçava a usar um enorme e desconfortável aparelho ortodôntico que envolvia toda a minha cabeça. Era horrível de usar.
Quando fiquei pensando nessa memória horrível e cruel, escutei uma voz me chamando.
— Senhor Wonka, nós vamos entrar num túnel. — alertou o garotinho ao meu lado.
— Ah, sim, a todo vapor, à frente! — acenei para os Oompa-Loompas. Em seguida, eles bateram no tambor.
Quando entramos no túnel, tudo estava em silêncio. A única coisa que nós podíamos ouvir era o Oompa-Loompa batendo no tambor, em sintonia com o movimento do barco. Mas tudo era estragado por essas crianças mimadas. Me arrependo até hoje, da semana passada, de enviar esse cupom dourado dentro das barras Wonka.
— Como eles veem onde estão indo? — perguntou mais uma vez aquela menina do chiclete.
— Não vêem — disse para ela. — Não dá para saber onde estamos indo.
Quando entramos mais fundo no túnel, pedi para acenderem as luzes. Logo em seguida, elas foram acesas no momento em que a claridade tomou todo o túnel.
— Pessoal, olhos abertos! Estamos passando por salas importantes. — falei para eles, mostrando três salas com nomes diferentes.
Quando passamos pela outra sala, apareceu uma vaca com tubos para tirar leite, enquanto os Oompa-Loompas ajudavam a vaca.
— Chantilly! — a moça de olhos bonitos e a criança de quem ela é responsável disseram juntos e animados.
— Exato! — respondi para eles, abrindo um sorriso em seguida.
— Isso não faz sentido! — falou a menininha mimada, chata e inconveniente.
— Para o seu governo, menininha... — cortei imediatamente uma palavra feia que ia dizer, mas, como sou uma pessoa digna de respeito, não me rebaixarei. — Chantilly não vira chantilly se não for muito bem batido! Todo mundo sabe disso.
A menina mimada me olhou com aquela cara de mal criada. Fico me perguntando como esses pais não educaram esses monstrinhos desde pequenos.
O barco começou a se movimentar mais rápido à medida que a correnteza no rio ficou forte. Os Oompa-Loompas começaram a remar em sintonia, rápidos, e de repente entramos de uma vez no Rio de Chocolate. É incrível como os cabelos do pessoal voavam em cada movimento.
Quando tudo ficou calmo nas correntezas, o barco começou a navegar um pouco mais devagar, debaixo de um círculo de luz. Quando passou sobre ele, o barco foi passando por várias salas novamente.
— Parem o barco! — falei para eles, com tom de animação e empolgação. — Quero mostrar uma coisa a vocês.
Quando os Oompa-Loompas pararam o barco, ficamos à frente de uma sala com uma porta azul e um brilho. Estava escrito nela "Sala de Inversão".
Quando cada um estava fora do barco, as portas se abriram lentamente, e o pessoal começou a entrar na sala de inversão, cheia de objetos químicos e máquinas aleatórias fazendo barulho, com fumaça rodando pela sala. Era uma coisa maluca, como eles chamavam.
— Esta é a sala mais importante de toda a fábrica. Todos vocês se divirtam, mas não toquem em nada, está bem? — alertei para eles, mandando o pessoal sair.
— Vamos lá, xeretem! — Quando terminei de falar, as crianças saíram correndo, como se estivessem competindo: "quem chegar por último é a mulher padre". Os pais eram piores que os filhos, tudo mal-educado.
Mas a única pessoa realmente diferente deles foi para o outro lado. Ao contrário dos outros, era a moça de sorriso bonito. Seus passos eram calmos, e seu olhar de curiosidade e admiração passava devagar por cada máquina de inversão que encontrava no seu caminho.
No momento em que eu estava lendo seus passos e seu olhar, uma pessoa gritou meu nome em desespero, como se o mundo fosse acabar em um instante. Mas, mais uma vez, era uma criança me chamando. Logo, me despertei daquela cena.
— Sr. Wonka, o que é isso? – gritou a menininha do chiclete, apontado para um tanque de água que os Oompa-Loompas estavam nadando com uma bola pequena.
— Eu mostro para você. – Comecei a caminhar perto do tanque de água e logo em seguida um Oompa-Loompa me deu uma pequena bola.
— Estas são as balas sem fim! São para as crianças que recebem pouca mesada. – Disse para eles quando o restante do pessoal chegaram.
— A gente pode chupar o ano todo que nunca ficam menores! – Genial, não é? — disse para eles, que ficaram de boca aberta o que ouviram.
— É como chiclete. – disse mais uma vez aquela menininha de azul, pelo amor de Deus essa criatura sempre envolve chiclete em tudo, eu hein.
— Não, chiclete é para mascar. Se você tentasse mascar uma dessas balas quebraria seus dentinhos todos – arregalei meus olhos para ela quando eu terminar a última frase. — Mas, sem dúvida, elas têm um gosto esplêndido.
Longo em seguida eu passei por outras máquinas e parei em que eu queria mostrar a eles, o pessoal vieram a me seguir para continuar nosso passeio na sala. Paramos em uma máquina grande que fazia uma neblina envolta dela, na máquina saia uma bala de caramelos em forma de cubos.
— Esta é a bala capilar, se você chupar um desses caramelos em exatamente meia hora um tufo novinho de cabelo cresce no topo da sua cabeça, além de barba e bigode. – falei para eles que ficaram com umas caras confusas.
— Quem quer ter barba? – falou o menino do sistema com uma cara de tédio.
— Bom... Intelectuais, por exemplo, cantores e motociclistas, sabe, toda essa gente aí para frentex que anda sempre na beca, mor barato bicho, tipo assim, tá ligado, tá manjando do assunto, eu sabia que sim, então toca aqui meu irmão. – quando eu terminei de falar estendi a mão para ele, mas o mesmo só me olhou para mim com cara de julgamento.
Só pude notar alguém sorrindo baixinhos com a mão na boca, era ela mais uma vez com aquele sorriso encantador, dei um pequeno sorriso para ela sem mostrar os dentes.
— Infelizmente, a mistura não está no ponto. Ontem, uma Oompa-Loompa provou e, bem, ele... – quando eu ia continuar Oompa-Loompa aparece com frente a nós, todo coberto de cabelo dos pés à cabeça.
— Como está hoje? – perguntei para ele.O mesmo só me deu dois joinha, e logo em seguida foi embora.
— Parece ótimo.
Quando nós também fomos por outros caminhos podemos ver outras máquinas grandes e pequenas, passamos debaixo de uma passarela enquanto um Oompa-Loompa colocava várias coisas numa máquina enorme com vários tubos. Paramos perto de uma máquina enorme que possui várias cores e objetos aleatórios nela, caminhei com pressa por perto de uma alavanca e puxei ela para baixo.
— Vejam, isso. – sorri para eles e soltei alavanca, e corri em seguida para perto da máquina.
Os sons estranhos foram ouvidos às fumaças aparecendo no momento dos sons o relógio disparado em segundos um botão vermelho piscando sem parar, isso era doideira e incrível ao mesmo tempo.
Quando aquilo tudo passou uma apresentação extravagante de uma coisa desconhecida foi aparecendo, meu sorriso foi se abrindo aquilo seria incrível de se ver, a coisa foi chegando perto da garotinha loira, ela irá adorar isso.
— Então, faz só isso? – perguntou o menininho do sistema com a mesma cara de tédio que ele faz.
— Por acaso, sabe o que é isso?
— É chiclete. – a menininha loira do chiclete abriu um enorme sorriso de orelha a orelha.
— É uma lasca do chiclete mais sensacional e incrível do mundo.
— Sabem por quê? Vocês sabem?Porque este chiclete sozinho vale por uma refeição completa. – disse para eles com um sorriso de orelha a orelha, mas meu sorriso sumiu quando eles ficaram com uma cara de tédio.
— Esse é sopa de tomate, rosbife, e torta de amora violeta. – disse para eles
— Que incrível! Isso é espetacular. – pela primeira vez a moça do sorriso bonito falou naquele passeio da sala de inversão, seus olhos sorriam. Isso é lindo.
— Parece esquisito – falou a menininha mimada
— Parece meu tipo de chiclete.
— É melhor não experimentar, ele ainda não está pronto. – falei para ela com um tom de preocupação.
— Eu sou recordista mundial de mastigar chiclete, não tenho medo de nada.
— E aí, querida?
— É incrível, sinto descendo pela minha garganta, está mudando, rosbife com batatas coradas crocantes e manteiga.
A menina não parava de mastigar o chiclete, aquilo estava saindo do controle, seu nariz foi ficando cada vez mais estranho.
— Vai mascando querida, minha filha é a primeira pessoa a mastigar uma refeição chiclete.
— Eu só estou preocupado... – falei baixinhos para mim mesmo, isso vai ser uma explosão de violetas.
— Torta de amora violeta – comentou a garotinha toda animada.
— Com essa parte.
— O que é isso no nariz dela? –perguntou a garota com nome de verruga ela logo apontou pro nariz da outra garota.
— Está ficando violeta – disse o Sr. Salt
— Violet seu nariz está ficando violeta, o que é isso?
— Bom eu disse que não estava no ponto fica meio esquisito quando chega na sobremesa... – falei para eles e andando lentamente para trás.
— Ela está inchando... – disse o Sr. Teavee
— Tá virando amora
— Eu já testei em uns 20 Oompa Loompas e todos viraram amoras que estranho. – falei pensativo
— Mas eu não posso ter uma amora como filha. – disse a Sra.Borregard com tom de procuração e desespero, sua cara não estava muito agradável.
Logo em seguida os Oompa-Loompas entraram cantando e dançando, eles realmente gostava daquilo que fazia, era tudo em sintonia as letras da música falava muito bem da Violet Beauregarde isso era incrível.
Violet Beauregarde não parava de inchar, logo começou pelo seu nariz depois foi iniciado pelo rosto dela e disparou tudo, o pessoal ao redor ficará com uma cara de espantado, isso não será nada agradável para sua mãe.
A cara Sra.Beauregarde não estava nada agradável, ela olhava para os Oompa-Loompas com ódio e raiva seu estava a preste sai fumaça, a cara dela está hilária escutei uma risada atrás de mim, quando eu virei a cabeça era a moça dos olhos brilhante ela não parava de sorrir da mulher com frente comecei sorrir ainda mais com ela.
— Os Oompa-Loompas mandam muito bem nas coreografias, isso está fantástico. – a moça não parava de sorrir, quando ela mais sorria seu rosto foi ficando vermelho, sua cabeça balançava no momento da dança. Isso foi incrível.
— Eles são profissionais, eu adoro quando eles fazem isso. – comecei a me remexer com eles, a moça ao lado também fazia o mesmo.
A música foi parado ao pouco e os Oompa-Loompas foi parando lentamente de fazer o momento deles, quando eles saíram eu parei de dança com a moça, logo em seguida a Sra.Beauregarde andou em passos rápido para meu rumo, com uma cara nada satisfeita, já Violet estava perto de um Oompa-Loompa quase saído rolando sem parar.
— Eu quero que rolem a senhorita Beauregarde até as salas de sucos imediatamente, tá. – falei para dois Oompa-Loompa, que empurram a Violet dentro da máquina
— Sucos? E o que vão fazer com ela? – disse a Sra.Borregard desesperada igual à mãe do garotinho alemão
— Vão exprime-la, como uma espinha. – falei para ela como se não fosse nada de mais, ela apenas olhou com a mesma cara que ela tem.
A Sra.Beauregarde seguiu os Oompa-Loompas para dentro da máquina com Violet, aquilo seria terrível vai ser como espreme espinha ou pior.
O pessoal ficou olhando aquela cena até eles sumirem, na mente deles tem tantas perguntas sobre como ela vai ficar ou como ela se tornou.
— Venham. Vamos nessa. – chamei eles, e logo em seguida eles vieram atrás de mim.
Vamos para outra sala.
• Não esqueça de votar e comentar!
• Até o próximo.
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