⸂⸻ 𝖯𝖱𝖮𝖫𝖮𝖦𝖴𝖤 𓂃˙♡
┋𝖯𝖱𝖮𝖫𝖮𝖦𝖴𝖤 ━━ Desesperados por
uma chance
𝗠𝗜𝗡𝗛𝗔 𝗥𝗢𝗧𝗜𝗡𝗔 depois que o apocalipse atacou o mundo era incrivelmente monótona e entediante. Passava todo o meu dia revezando minhas atividades entre: observar os mortos andando para lá e para cá em frente ao CCD, escrever e rabiscar no meu caderno, ajudar meu pai em coisas que ele não quer a minha ajuda e ficar deitada na cama encarando o teto por horas.
Como eu disse: monótona e entediante.
Era o primeiro dia de dezembro. Já completavam dois meses desde que os mortos começaram a dominar o mundo. E já completava um mês desde que a minha mãe morreu por ser vítima dos 'fedidos.
Ser forte e não me permitir chorar pela morte dela era o que eu me forçava a fazer. Mas aquilo não significava que eu não pensava nela todos os dias. Ainda mais porquê eu carregava uma marca dela comigo. Uma marca que eu nunca poderia retirar.
Me rendendo à rotina monótona de sempre, me aproximava do parapeito da janela do terceiro andar. Carregava minha miniatura de avião que minha mãe havia me dado quando fiz seis anos, enquanto me debruçava sobre a janela. Estava preparada para assistir nada além de zumbis, perambulando à procura de carne viva, mas me surpreendi ao ver um grande grupo de pessoas se aproximando dos portões do CCD. Haviam crianças, homens e mulheres ali. Também havia um garoto. Um garoto que estava agarrado em uma mulher, que eu acreditava ser sua mãe, com medo. Ele usava uma camisa com uma pata de urso estampada e vestia um casaco de flanela. Seus olhos eram azuis, mas tão azuis, que pude notar de lá de cima do prédio. Precisava conhecê-lo.
Eu não conseguia ouvir o que falavam, já que o prédio era à prova de som, então peguei o elevador o mais rápido que podia até a Grande Sala, onde meu pai estaria. Eu atravessei o portão do lugar em um piscar de olhos. Tão rápido que nem a Vi, Inteligência Artificial do meu pai, conseguiria acompanhar.
━━━ Papai! Você viu, não viu? ━━ falei, esbaforida. Minha respiração ofegante chegava a doer meu peito.
Através do computador do meu pai, conseguia ouvir o que diziam. A câmera ao lado de fora era conectada aos aparelhos da Grande Sala.
━━━ Sim, Sophie, eu vi. ━━ papai me respondeu de forma ríspida. Seu olhar nem se direcionava a mim. Eram nesses momentos em que eu mais sentia falta da minha mãe.
Um homem de chapéu de xerife ao lado de fora encarava a câmera com obsessão. Ele insistia que havia visto se mover, enquanto seu amigo tentava o puxar para longe. Zumbis se aproximavam deles a cada segundo.
━━━ Não, vão embora... ━━ meu pai falou em um tom de voz baixo, como um sussurro. Estava tenso.
O xerife foi afastado do portão por seu amigo, mas logo retornou ao mesmo, batendo nele com força. Ele estava desesperado. O homem parecia ser o líder daquele grupo. Me perguntava o que faria alguém ser líder de alguma coisa.
━━━ Eu sei que está aí dentro. Sei que está me ouvindo! Por favor, estamos desesperados! Nos ajude. Temos mulheres e crianças, não temos comida. Quase sem combustível! Não temos aonde ir.
O desespero na voz dele era óbvio. E o desespero crescendo no meu peito também. Meu pai não clicava naquele maldito botão para abrir o portão à eles.
━━━ Papai, abra o portão! ━━ exclamei com irritação.
━━━ Se não nos deixar entrar, vai estar nos matando!
━━━ Papai, abra! ━━ exclamei mais uma vez, mas meu pai simplesmente me ignorou.
Foi aí que decidi que iria tomar aquela decisão por mim mesma. Minha mão bateu com força no botão responsável por abrir o portão, e meu pai me encarou com raiva. Seus olhos estavam cobertos de fúria e receio, mas ignorei.
Meu pai abrira a boca para me repreender, mas deixei tudo que poderia ter sido dito por ele para trás. Corri o mais rápido que pude para fora da Grande Sala. Meu primeiro instinto foi pegar a escada, já que o elevador demoraria muito. Ouvi os passos frenéticos do meu pai atrás de mim, mas o ignorei.
━━━ Sophie, você não os conhece! ━━ ele esbravejava, correndo atrás de mim.
Meus pés desciam os degraus da escada com rapidez, quase tropecei durante a descida. Só parei de correr quando estava no andar principal do CCD, encarando o portão se abrindo cada vez mais.
━━━ O que você fez? ━━ papai segurou o meu braço, me puxando para olhar no fundo dos meus olhos.
━━━ Salvei pessoas desesperadas por uma chance.
000) Oiê! Muito obrigada por ter dado uma chance à 'After Dark. Isso significa muito para mim.
001) Votem e comentem nos capítulos, isso ajuda demais na divulgação!
002) Me sigam no tiktok. Posto edits sobre minhas histórias por lá.
@ walkthdead AVISO! PODE CONTER SPOILERS.
003) Obrigada por estar lendo ♡
004) Te vejo nos próximos capítulos!
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