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𝖢𝖧𝖠𝖯𝖳𝖤𝖱 𝖳𝖶𝖤𝖭𝖳𝖸 𝖳𝖶𝖮 𓂃˙♡

┋𝖢𝖧𝖠𝖯𝖳𝖤𝖱 𝖳𝖶𝖤𝖭𝖳𝖸 𝖳𝖶𝖮 —— Uma chance

𝗔𝗣𝗢́𝗦 𝗔𝗟𝗚𝗨𝗡𝗦 poucos minutos inconsciente, Aaron despertou aos poucos — devo admitir que fiquei surpresa com sua resistência —. Aaron despertou e, ao invés de parecer irritado ou acabado, cresceu um sorriso nos lábios.

━━━ Que cruzado de direita, Rick ━━ elogiou, levando um tempo para notar suas mãos amarradas atrás do corpo.

Michonne segurou os ombros de Aaron, ajudando-o a sentá-lo. Surpreendentemente ele parecia bem. O que fazia ele ter tanta resistência? Seria costume ou força? Ele não parecia passar fome, não como nós parecemos.

━━━ Tem quantos de vocês lá fora? ━━ perguntou Rick, solene.

Rick estava mais do que certo ao agir desta maneira. Passamos por demais. Estamos em desgraça. Das últimas vezes que demos uma pontinha de confiança a qualquer pessoa ou lugar, nos ferramos.

Aaron hesitou. Mordeu o canto da boca, talvez tentando umedecer os lábios secos pelo nervosismo. Eu acompanhei cada movimento dele. Não deixei passar nada.

━━━ Tem um sinalizador para avisar sua gente. ━━ Rick estendeu do bolso uma pistola laranja. Vi os olhos de Aaron arregalando por um milésimo.

Aaron puxou o ar. Lutava para não ter que responder. Soltou o ar. O olhar desceu por um instante.

━━━ Importa? ━━ pergunta ele, tentando esquivar da resposta.

━━━ Sim. Sim, importa ━━ respondeu Rick. A voz dele saía baixa, porém, assustadora.

Fico espumando de ansiedade, aguardando por uma resposta direta de Aaron. Meu instinto me mandava sair pela porta e procurar as pessoas ao lado de fora, sozinha. Mas, obviamente, Aaron é um risco. Estranhos são perigosos. E esse aqui, aparentemente, possui um grande carisma, podendo atrair qualquer um, enquanto nós possuímos as armas e inteligência.

━━━ Digo… é claro que importa quantas pessoas estão lá fora, mas importa quantos eu diga? Tenho certeza que não importa o número que eu diga… Oito. Trinta e dois. Quatrocentos e quarenta e quatro. Zero. Você não vai confiar em mim.

Mais uma resposta vaga. Muito bem, Aaron! Obrigada por fazer a minha ansiedade transformar-se de uma espuma a uma panela de pressão.

━━━ Não é muito fácil confiar em alguém que sorri após levar um soco ━━ rebateu Rick.

━━━ E num cara que deixa garrafas d'água pra vocês na estrada?

De repente, tudo fazia sentido. Seja lá quais tenham sido as minhas teorias sobre as garrafas d'água, são apagadas de minha mente ao ouvir a frase de Aaron. Tudo se encaixava. As garrafas, a mensagem, ele aparecendo de repente. Ainda assim, não significava que confiava nele.

Um silêncio sobrevoou por nós. Trocamos olhares como se fizéssemos uma reunião para discutir, exceto por não haver conversa. Rick deu alguns passos à frente, parando a poucos centímetros de distância de Aaron.

━━━ Tem quantos de vocês lá fora? ━━ pergunta.

━━━ Um ━━ responde, finalmente. Não me pareceu convincente.

Rick balançou a cabeça. Não acreditou, assim como eu. Aaron estava certo ao fim, Rick realmente não acreditaria. Não importava qual número deixasse sua boca.

Quando todos concordaram a inspecionar os carros mencionados por Aaron, acompanhei o grupo, deixando Rick e Judith no celeiro. Tinha minhas dúvidas sobre tudo aquilo, mas precisava saber se era verdade. Na noite passada, dormi com roupas úmidas, sonhando em acordar em uma cama quentinha com cobertores grossos e frescos. Talvez esta seria a chance. Talvez não fosse. Talvez era apenas uma armadilha.

Deixando o celeiro, pude ver os danos da tempestade. Mesmo acordando algumas vezes pelos trovões à noite, não notei a intensidade dela. Tive que pular alguns troncos de árvore no chão. Alguns fedorentos tinham os corpos presos ou separados pelas árvores que caíram sobre si.

━━━ Aaron estava falando a verdade ━━ diz Maggie.

Estávamos parados em frente a um carro branco — tão branco que chegava a doer os olhos pela luz que rebatia — e um trailer a um pouco mais de um metro do carro.

Recolhemos todos os enlatados de dentro do trailer. Não sei como fizemos para jogar tudo dentro de duas mochilas, mas conseguimos. Retornamos ao celeiro, jogamos todos os enlatados em uma mesinha de madeira.

Seria uma longa noite. Carl e eu nos empanturramos com, pelo menos, cinco enlatados cada um. Espumamos de ansiedade, deitados sobre o feno, a boca suja com o molho de tomate do enlatado. Eu não via a hora de deixar aquele celeiro. Embora me levasse de volta a fazenda dos Greene, o cheiro de cocô de cavalo era repugnante.

O crepúsculo toma conta do céu e vou ficando inquieta. Rick achou mais seguro se fôssemos à noite — o que eu achava uma burrice completa —. Pelo menos a escuridão e as árvores grossas garantem um bom disfarce entre a estrada. Os faróis dos veículos desligados fazem com que movamos-nos com discrição. A estrada parece interminável. A cada quilômetro torço para que estejamos na tal comunidade. Alexandria.

Ao menos estou saciada. A ideia de atacar cinco enlatados com Carl foi boa, fazendo-me permanecer alimentada por algumas boas horas. Trazia resistência. Em vez de ficar lamentando por Rick ter escolhido a rota mais demorada, toquei o chapéu de Carl e o afastei de sua cabeça. Fiz pequenas e discretas trancinhas em seu cabelo, me divertindo com a situação. Após alguns minutos me aturando, Carl pede — foi mais uma ordem do que um pedido, mas tudo bem — que eu as desmanche. É compreensível. Nenhuma pessoa malvada o levaria a sério com pequenas trancinhas no cabelo.

Quando termino de desmanchar a última trança, sinto o trailer inteiro tremer. Tenho o corpo impulsionado para fora do sofá, jogando-me no chão gelado do veículo. Vejo Carl estender a mão a mim, e a seguro, voltando ao sofá.

━━━ O que aconteceu? ━━ pergunto, espiando pela janela.

━━━ Zumbis! Dominaram a estrada ━━ diz Abraham, fazendo uma manobra com o trailer.

Vi os braços grandes de Abraham girarem o volante com força, esforçando para tirar o trailer dali. De primeira, fico nervosa por estarmos nos separando do restante do grupo que viajava com o carro, mas fico aliviada por ver os fedorentos tornando-se distantes conforme nos afastamos. Penso mais uma vez que se for uma armadilha, nos enterramos nela com maestria.

O céu parece mais escuro do que nunca, até mesmo as estrelas parecem mais escurecidas. Corro para a frente do trailer, ficando entre Abraham e Rosita. Vejo que a frente também não tem muita diferença, só era vagamente mais claro pela luz dos faróis — agora acesos —. De repente, as luzes parecem mais fortes ao iluminar o corpo pálido de uma mulher cujo rosto não é nítido pela luz. Abraham freia o trailer novamente, mas desta vez me certifico de me segurar nos bancos. Ele diminui a intensidade da luz e… meu deus! Merly Dixon?

━━━ Ei! Parem o trailer! Precisam vir comigo ━━ grita ela, levantando os dois braços. O braço mecânico dela refletia a luz do farol.

Daryl corre a frente do trailer também. Debruça contra mim e os bancos e se esforça para não chorar ali mesmo. Ele escancara a porta do trailer e pula para fora. Embora Abraham e Rosita gritarem para que não saísse, pois, tecnicamente, ele não a conhecia, Daryl os ignorou. O vi correr e a abraçar com força. Mesmo tensa, Merly sorriu.

Os irmãos subiram o trailer e Merly sorriu no momento em que deixou os olhos em mim. Ela bagunçou meu cabelo e deixou um soquinho em meu ombro. Sorri como resposta.

━━━ Precisam vir comigo. Eric, o namorado de Aaron, se machucou. Ele me mandou ajudá-los. O levei a um lugar, mas não posso deixá-lo sozinho por muito tempo ━━ explica ela.

Abraham parte assim que Merly o enche de instruções sobre o percurso. Permaneço na frente do trailer, ansiosa para ver onde Merly nos levaria. É claro, antes eu não confiaria nela — levando em consideração todo o passado —, mas agora, um rosto amigo é como um banho quentinho no inverno.

Quando Abraham estaciona o trailer atrás de algumas árvores grossas, me seguro para não sair e seguir caminho à pequena casinha que deixava uma luz alaranjada escapar às janelas. Fico lá parada, esperando que os mais experientes saiam primeiro, e então os sigo. Merly dá um chutezinho na porta e ela abre no mesmo instante. Será que tudo não passa de uma armadilha? Não consigo evitar pensar.

A porta aberta dá foco a um homem deitado sobre alguns cobertores, uma das pernas sob a que era elevada por uma pequena almofada. Ele estava um pouco pálido, cercado por velas que deixavam uma iluminação calorosa no lugar.

━━━ E aí, Eric? Alguma melhora? ━━ perguntou Merly, jogando a mochila para um canto da casa e ajoelhando-se ao lado dele.

━━━ Um pouco. Não sei o que faria se vocês não tivessem aparecido. Vocês são anjos. Obrigado ━━ agradeceu ele, esforçando-se para esboçar um sorrisinho.

Todos ficamos em silêncio. Estávamos meio observando a casinha e meio observando Eric e Merly. Era tudo um pouco confuso. Não conseguia entender nada.

━━━ "Vocês"? ━━ pergunta Maggie.

Distante, escuto uma voz que nunca ouvi antes, mas, por algum motivo, soava familiar. Tinha um tom divertido e simpático, mas era, ao mesmo tempo, solene.

━━━ Achei algumas coisas na dispensa ━━ falou a garota, aproximando-se. Os utensílios médicos caíram das mãos dela no momento em que ergueu os olhos.

Lily.

Maggie atravessou o cômodo, puxando sua irmã para perto. Vi o cabelo de Lily mais comprido do que já esteve a vida toda. Eles pareciam mais vermelhos do que nunca. Maggie soltou Lily e a puxou novamente, desejando não perdê-la.

No momento em que Maggie a soltou — pra valer, desta vez — corri até ela. Ouvi Carl correr atrás de mim também. A apertei contra o meu corpo, com medo que ela fosse acabar sumindo mais uma vez. Não notei que estava chorando, só percebi quando Lily reclamou que eu estava molhando a camisa dela. Nós três ficamos ali por mais um tempo. Quando finalmente a soltamos, abraçou todos os outros ali. Tive que abraçá-la mais uma vez. E mais uma. E… talvez mais uma.

Merly usou o sinalizador de Eric para avisar Aaron e aos outros onde estávamos. E então esperamos. Carl, Lily e eu ficamos espremidos em um cobertor, nos esquentando no calor um do outro, enquanto ouvimos Merly contar sobre como encontraram Eric há algumas horas atrás. De vez em quando, Lily a interrompia para adicionar alguma coisa.

Quando Lily me perguntou sobre Beth, não consegui dizer. Mas o silêncio serviu como uma resposta. Algo em sua reação me mostrou que ela já estava certamente acostumada com tudo aquilo. Não conseguia nem imaginar tudo que ela e Merly passaram na estrada. Imaginei se foram ao Terminus como nós. Mas descarto a hipótese, pois Merly teria mencionado algo.

Daryl ficou de guarda na porta da casa, encarregado de sinalizar a nós quando Aaron e os outros chegassem. Assim foi feito. No momento em que ouvimos o baque de Daryl na porta, Carl deixou o cobertor e correu para fora, pronto para abraçar Rick. Vi Aaron atirar-se para dentro e correr ao encontro de seu amado. De início, não notou Lily e Merly ali.

━━━ Estou bem. É como uma lesão de voleibol ━━ garantiu Eric, soltando uma risada fraca ao fim da frase. ━━━ Tornozelo quebrado. Quem disse foi a Lily. Gosto dela.

Aaron pareceu confuso, então virou a cabeça. Torceu as sobrancelhas ao ver Lily e Merly ali. Virou-se a Eric no mesmo instante.

━━━ Tudo bem. Elas são pessoas boas. Lily é irmã da Maggie e Merly é irmã do Daryl ━━ explicou ele.

Quando fomos dormir, eu já conseguia ver os primeiros sinais da manhã. Acho que isso já denuncia que não consegui dormir. Carl, Lily e eu passamos a madrugada inteira conversando. Contando sobre tudo que ocorreu, sobre os meses na estrada. Tudo. Não deixamos passar um detalhe.

Então, quando é oficialmente dia, partimos para a tão inalcançável e desejada Alexandria. Faço questão de memorizar cada quilômetro da viagem, aproveitando tudo. O dia estava lindo, o sol batia no meu rosto através da janela e esquentava meu corpo. Quando sinto o carro desacelerar, estava pronta para surtar.

Estava a ponto de pular pela janela, mas lembro que preciso deixar Rick sair primeiro. Talvez seja imprudente estar com a guarda tão baixa em relação a Alexandria, mas não me importei. Não é crime ter uma pontinha de esperança neste mundo doentio.

Deslizo para fora do carro no mesmo momento que Rick sai. Lily segura a minha mão e a aperta, denunciando que estava tão ansiosa quanto eu. Carl segurou a minha mão e sorriu. Senti o corpo ferver. Não sabia se era pela animação ou pelo simples toque de Carl — que, por sinal, já estava acostumada há anos — que me deixou nervosa, por algum motivo.

Estávamos ali. Parados em frente a um portão avermelhado com uma tintura um pouco gasta. Muros altos e aparentemente resistentes. Senti alívio ao ver que era exatamente igual ao das fotos. Aos poucos, os outros se aproximaram também. Todos sorrimos. Um pouco nervosos. Um pouco animados. Era ali. Tínhamos a chance, era só pegar. Alexandria.

000) Oiê! Espero que tenham gostado desse capítulo.

001) Eu ia fazer com que a Lily e a Merly estivessem em Alexandria, mas umas queridas estragaram meus planos.

002) Interajam nos comentários, isso motiva demais.

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005) Obrigada por estar lendo até aqui ♡

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