𝗘𝗹𝗶𝗺𝗮
❝𝖥𝖺𝗓 𝗉𝖺𝗋𝗍𝖾 𝖽𝖺 𝗏𝗂𝖽𝖺 𝗈 𝖿𝖺𝗍𝗈 𝖽𝖾 𝗊𝗎𝖾 𝗇𝖾𝗆 𝗍𝗈𝖽𝖺𝗌 𝖺𝗌 𝖼𝗈𝗂𝗌𝖺𝗌 𝗇𝖺𝗌 𝗊𝗎𝖺𝗂𝗌 𝗇𝗈𝗌 𝖾𝗆𝗉𝖾𝗇𝗁𝖺𝗆𝗈𝗌 𝖽𝖾̂𝖾𝗆 𝖼𝖾𝗋𝗍𝗈.❞
Uma Mente Brilhante.
◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈
☪ ━ 𝖲𝗂𝗇𝖺'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖
— Heyoon, eu acho que isso não é necessário. Eu já tenho muitas roupas. — falo enquanto ela me puxa para dentro de uma loja chique.
— Você vai em um encontro pela primeira vez depois de anos! Isso merece uma roupa de respeito.
— Só se passaram dois anos depois do que aconteceu com o Carter.
— Nome proibido. Nunca mais fale o nome com C. — Heyoon diz apontando o dedo na minha direção e eu apenas levanto as mãos em sinal de rendição.
— Oi! Bom dia. — uma mulher que aparentava ser apenas pouquíssimos anos mais velha do que eu e de cabelo castanhos escuros se aproxima de nós.
— Bom dia. — eu e a Heyoon dizemos juntas.
— Vocês desejam algo em específico?
— Algo caro para não parecer que ela é pobre, mas também não tão chique a ponto dele achar que ela é esnobe. — Heyoon diz e a mulher dá risada.
— Heyoon! Eu já falei que o Noah mal vai reparar na minha roupa e eu tenho certeza que a gente não vai em um lugar chique.
— Você vai em um encontro com um homem chamado Noah? — a mulher pergunta e eu começo a imaginar milhões de paranoias.
— Sim, por quê? As mulheres falam que homens com esse nome não são bons? Ou eles não querem ter nada sério? — pergunto, fazendo menção de pegar o celular para pesquisar no Google.
— Desculpa. Ela acredita muito em astrologia e em um monte de outras baboseiras também. — Heyoon diz, me impedindo de pegar o celular.
— Tudo bem. Mas eu só perguntei porquê o meu irmão também se chama Noah. — diz sorrindo e eu começo a me sentir mais tranquila. — Não me apresentei ainda, me desculpem. Meu nome é Sabina, e eu sou a dona da loja. É um prazer receber vocês.
— O prazer é todo nosso. — falo, dando um sorriso nervoso.
— Ignora o estado dela. É o primeiro encontro que ela vai ter depois de muito tempo e ela está muito nervosa. — Heyoon diz e a Sabina assente, parecendo entender.
— Todas passamos por isso um dia. Vamos! Eu vou mostrar alguns modelos para vocês.
A Sabina nos mostra várias opções de vestidos que tem na loja, mas nenhuma estava me agradando muito, até que eu bati os olhos em um vestido amarelo, o único que tinha aquela cor.
— Aquele está a venda? — pergunto e aponto para o vestido.
— Ele está há mais de seis meses aqui e ninguém nunca o comprou. Estava pensando de tirar ele do estoque amanhã. — responde, me fazendo entender o porquê dele estar praticamente escondido entre os outros.
— Eu vou querer.
— Tem certeza? Por mais que ele seja feito com lã vicuña, não é um dos melhores vestidos que tem aqui.
— Eu gostei.
O vestido tem um ótimo acabamento, é um pouco rodado, as alças não são finas e não tem nenhum decote, o que me agrada mais ainda. Não que eu odeie vestidos com decote, só não sou adepta a mostrar muito do meu corpo, ainda mais a parte dos seios, que eu tenho um pouco de insegurança.
— Ela adora amarelo e o vestido faz o estilo dela. Então vamos levá-lo. — Heyoon diz.
— Tudo bem. Se você quiser, pode colocar uma jaqueta pequena por cima para combinar, e eu tenho uma que vai caber em você perfeitamente. Vai querer? — pergunta e eu apenas assinto, confirmando.
Poucos minutos depois, eu pago pelas roupas e me despeço da Sabina, saindo da loja ao lado da Heyoon.
●●●
Paro em frente ao espelho do meu quarto, me olhando de cima a baixo. O vestido ficou um pouco curto, mas nada muito vulgar, e assim como a Sabina havia falado, a jaqueta combinou perfeitamente.
A Heyoon não gostou muito da ideia de eu ter colocado o meu All Star preto ao invés de um salto de quinze centímetros, mas eu não pensei muito na aparência e sim no conforto dos meus pés, já que eu não faço ideia de onde o Noah vai me levar.
— Até que o tênis não ficou tão ruim. — Heyoon diz, me fazendo virar para ela. — Você está linda. Só acho que você deveria ter usado um pouco mais de maquiagem, não que você precise, mas o máximo que você usou foi um corretivo, um blush e um gloss de morango.
— Você sabe que eu não gosto muito de maquiagem. Prefiro mil vezes gastar dinheiro com cremes e produtos de skin care do que usar algo que vai parecer uma camada de pele falsa no meu rosto.
— Você quem sabe. — Heyoon dá de ombros e escutamos uma batida na porta do meu apartamento. — Ele chegou. Pegue sua bolsa e vai pra cima do seu príncipe encantado.
— Espero que eu não desmaie. — falo enquanto passo a alça da pequena bolsa pelo meu pescoço e saímos do quarto.
— Se for desmaiar vai ser de prazer.
Antes que eu consiga responder o seu comentário sem noção, ela abre a porta do apartamento e eu vejo o Noah de costas para mim, parecendo nervoso.
— Sina, eu... — ele para de falar no momento em que olha para mim e eu coro, com vergonha do olhar intenso que ele lança sobre mim.
— É hora de eu me mandar. — Heyoon diz e passa entre nós, apressada.
Noah me olha de cima a baixo por vários segundos e eu sinto o meu corpo todo esquentar, só não sei identificar se é de vergonha ou de outra coisa que eu prefiro não citar.
— Você está... perfeita. Quer dizer, você é perfeita. — elogia e eu desvio o meu olhar do seu, por não saber como reagir.
— Por mais que eu não concorde muito, obrigada.
— É sério. Você é a mulher mais linda do mundo.
— Acho que a maioria dos homens não concordaria com isso. — falo e fecho a porta atrás de mim, a trancando.
— Não ligo para a opinião deles, e você também não deveria. — diz e aperta o botão do elevador. — A não ser que sejam comentários positivos.
— Não sou acostumada a receber comentários positivos. — falo enquanto entramos no elevador e vemos as portas se fecharem.
— Então, eu acho que é obrigação minha mudar isso. — Noah se aproxima de mim, colocando uma das mãos ao lado da minha cabeça, e me deixando presa entre o seu corpo e a parede de metal. — Não acha?
— E-eu n-não... — começo a gaguejar e paro de tentar falar algo quando ele segura o meu rosto, aproximando a sua boca da minha.
Prendo a minha respiração, esperando pelo próximo passo, mas somos interrompidos pela porta do elevador se abrindo e damos de cara com duas senhoras que nos olham com os olhos arregalados.
— Nos desculpem. — falo, saindo apressada do elevador e o Noah vem logo atrás.
— Sina! — Noah me chama e eu paro, me virando para ele. — Desculpa se eu ultrapassei o limite.
— Não, você não ultrapassou nada. Vamos? — pergunto, não querendo falar sobre o que aconteceu.
— Vamos. — responde e segura a minha mão, enlaçando os nossos dedos.
Passamos entre o beco que dá para a rua cheias de comércios e lojas de diferentes tipos, e como eu não sabia aonde iríamos, apenas o segui.
Caminhamos rua abaixo por alguns minutos, em um silêncio confortável entre nós, e paramos em frente a um lugar onde se joga boliche, bastante frequentado até.
— Confesso que eu não fazia ideia de onde te levar e estava ficando cada vez mais paranoico, então a minha irmã me deu a ideia de te trazer aqui. — Noah diz e coça a nuca, envergonhado.
— Está ótimo para mim. Eu não sei jogar muito bem, mas tenho certeza de que vai ser divertido. — falo, demonstrando animação e ele sorri, parecendo aliviado.
Assim que adentramos o local, vimos uma lanchonete no estilo anos 90 próximo às pistas de boliche, provavelmente para se as pessoas ficassem com fome, pedissem algo lá.
Fomos em direção ao balcão onde trocavam os sapatos, e trocamos os nossos, indo em direção a uma pista vazia logo em seguida.
— Está pronta para perder, docinho? — Noah pergunta, pegando uma bola.
— Por que docinho?
— Porque você ficou viciada naquele doce de maracujá, e tem cara de ser que nem uma formiga que corre atrás de açúcar. — não protesto, pois, ele tem razão.
Noah joga a bola na pista e ela sai rolando rapidamente na direção dos pinos. Quando todos eles caem, a palavra “Strike” aparece na tela de pontuação.
Pego uma bola, uma mistura de determinação e nervosismo. Quando disse ao Noah que não jogava muito bem, queria dizer que eu não sei nada, porquê eu nunca joguei, mas não deve ser tão difícil.
Visualizando mentalmente o movimento perfeito, lanço a bola, mas ela vai direto para o canal lateral, e sem tocar um pino sequer.
É difícil.
— Isso não foi exatamente o que eu tinha em mente. — falo frustrada e vejo o Noah sorrir.
— Está tudo bem. Você vai pegar o jeito. — diz e joga a bola na pista, fazendo outro strike.
Tento de novo. Dessa vez, a bola rola pela pista, mas sua precisão ainda não é o suficiente, e ela só derruba dois pinos.
— Acho que mais do que isso eu não consigo.
Passamos um bom tempo assim, com o Noah fazendo strike na maioria das vezes e eu só acertando no máximo quatro pinos, isso quando eu acertava.
Eu já estava na minha última rodada quando o Noah se aproximou de mim por trás.
— Vou aproveitar que eu já ganhei, e vou te ensinar.
— Que gentileza a sua. — falo sendo sarcástica e ele dá risada próximo ao meu ouvido, me fazendo arrepiar.
Com uma das mãos, o Noah segura a bola junto comigo e coloca a outra na minha cintura, me ajudando a ficar em na posição certa para jogar.
Confesso que estava difícil prestar atenção com ele colado atrás de mim, mas eu tentava me esforçar ao máximo.
Eu lanço a bola com a ajuda dele e consigo derrubar todos os pinos, fazendo um strike.
— Não acredito! — grito animada e pulo em cima dele.
— Eu falei que é questão de prática. — Noah diz enquanto me gira e eu desço do seu colo, ficando a centímetros do seu rosto.
Quando ele estava prestes a me beijar, uma mulher que trabalhava ali nos interrompeu.
— Vocês vão querer algo da lanchonete? Estamos dando desconto para casais.
Faço menção de responder, mas o Noah é mais rápido que eu.
— Vamos sim. — responde colocando a mão sobre os meus ombros e a mulher assente, saindo em seguida.
— Não somos um casal...
— Não que eu seja pão duro, mas estão dando desconto. — diz e caminha em direção a lanchonete. — E se depender de mim, seremos em breve.
Fico estática por alguns segundos e quando percebo que eu estava parecendo uma idiota, o sigo, sentando de frente para ele em um pequeno sofá azul com listras brancas.
Pedimos um milk-shake de casal que vinha em um copo duas vezes maior do que um normal e com dois canudos, e também pedimos um combo de batatas fritas e molho.
Comemos tudo muito rápido até, não porquê queríamos ir embora, e sim porquê estávamos com muita fome.
— O seu jeito de comer como se fosse uma criança é fofo. — Noah comenta e eu fico com vergonha.
Será que o meu rosto está todo sujo?
Noah pega um guardanapo e limpa os cantos da minha boca. Seus dedos roçaram na minha pele, enviando uma corrente elétrica através de mim. Eu me senti fraca nos joelhos, minha respiração ficou superficial.
Era como se o mundo inteiro desaparecesse ao nosso redor, deixando apenas ele e eu naquele momento. Ele se aproximou lentamente, sua respiração quente acariciando a minha pele, enviando arrepios por todo o meu corpo.
Nossos rostos estavam agora a centímetros de distância, o calor da sua presença era palpável. Eu podia sentir meu coração batendo tão forte que parecia prestes a sair do peito.
— A conta de vocês. — a garçonete diz, atrapalhando o momento que eu tanto esperava para acontecer.
— Obrigado. — Noah agradece, parecendo um pouco irritado.
Depois dele pagar, trocamos os sapatos de boliche pelos nossos e fomos embora.
Assim que passamos pela cafeteria perto da minha livraria, ele me pediu para esperar e entrou na mesma.
Quando ele voltou depois de alguns minutos, tinha dois bolinhos de maracujá nas mãos.
— Não seria um encontro perfeito se não terminássemos ele com os clássicos bolinhos de maracujá. — diz e estende um para mim.
Pego o bolinho e caminhamos em direção ao prédio enquanto comíamos. Subimos o elevador em silêncio e paramos de frente um para o outro quando chegamos nos nossos apartamentos.
— Acho que dessa vez não tem ninguém para nos atrapalhar. — Noah diz, se aproximando de mim.
Finalmente!
Noah segura a minha nuca como se estivesse tão desesperado quanto eu por esse beijo e seus lábios roçam nos meus.
A ansiedade de querer saber o gosto da sua boca e se teremos uma conexão ainda maior corre pelo meu corpo.
Mas eu fico apenas na curiosidade, já que o porteiro nos atrapalha.
Por quê?!
— Sr. Urrea, a sua irmã está lá embaixo querendo falar com você. Eu vim avisar pessoalmente porquê vi vocês chegando a pouco tempo, então imaginei que não teria entrado no apartamento ainda. Ela disse que é um caso de vida ou morte, mas eu duvido muito já que ela está praticamente pulando de felicidade.
— Avisa a ela que eu já vou. — Noah diz, tentando ser simpático.
Ele também estava irritado com o fato de que alguém sempre aparecia para atrapalhar o nosso momento.
— Tudo bem. — diz, saindo dali.
— Eu... Vamos deixar para a próxima. Quem sabe a gente não tenha mais sorte. — diz e dá um beijo na minha testa antes de seguir o porteiro.
Merda!
██████████████████████████
Capítulo um pouco grande esse.
Não podem ficar com raiva de mim, vocês sabem que é minha marca registrada o quase beijo kkkkkk.
Desculpem se tiver algum erro e não esqueçam de votar, bjs💜
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro