𝗘𝗶𝘄𝗮
❝𝖳𝗎𝖽𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗑𝗂𝗌𝗍𝖾 𝗈𝗎 𝖾𝗑𝗂𝗌𝗍𝗂𝗎, 𝖼𝗈𝗆𝖾ç𝗈𝗎 𝖼𝗈𝗆 𝗎𝗆 𝗌𝗈𝗇𝗁𝗈.❞
As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl.
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☪ ━ 𝖲𝗂𝗇𝖺'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖
— Você não acha que ele poderia estar te enrolando? — escuto a Heyoon perguntar e olho para ela pela chamada de vídeo.
— O quê? Não! — respondo rapidamente e penso por alguns segundos, a olhando com dúvida. — Por quê? Você percebeu algo?
— Não! E eu nem quero que você se preocupe com isso...
— Mas?
— Mas amanhã você vai ter que ir embora e até agora ele não falou nada com você sobre ter gostado desse tempo que vocês passaram juntos ou jogou alguma indireta para você ficar mais tempo.
— Ainda não entendi onde você quer chegar.
— Até onde minhas contas batem, vocês se conhecem a quase dois meses e agem como ficantes desde da terceira semana que se conheceram. Você não acha que se fosse para te pedir em namoro, ele já não pediria?
— Eu e ele já tivemos uma conversa sobre isso, e concordamos em deixar rolar. Não acho que estejamos enrolando, e sim você que é muito emocionada.
— É, talvez os namoros rápidos da minha mãe tenham afetado um pouco o meu cérebro.
— Mas, você acha que em algum momento ele pode me pedir em namoro? Ou você acha que ele é que nem aqueles caras que acham que o pedido não precisa ser feito? — pergunto, começando a ficar insegura em relação aquilo.
— Desde que eu vi vocês juntos pela primeira vez e percebi que ele te olhava como um idiota igual aqueles mocinhos dos livros de romance, eu tive a certeza de que ele faria um pedido bem clichê.
— Como um idiota?
— É! Os olhinhos brilhando como se tivesse visto algo completamente perfeito e único na frente dele. O clássico amor a primeira vista.
— Acha que aconteceu isso com a gente?
— Com certeza. Qualquer pessoa em volta de vocês vai concordar comigo.
Noah: Me encontra na cafeteria em frente a livraria em meia hora.
Leio a mensagem do Noah pela notificação e respondo com um “okay”.
— O que foi? — Heyoon pergunta depois de eu ficar em silêncio por alguns segundos.
— O Noah me pediu para eu me encontrar com ele na cafeteria. Nada de mais.
— São quase nove horas da noite. Vocês vão jantar bolo? — pergunta, fazendo uma expressão engraçada e eu acabo dando risada.
— Eu não vou reclamar se for aqueles bolinhos de maracujá. — falo, enquanto procuro por um moletom do Noah.
— Chega a ser estranho você ficar viciada nesse bolinho.
— É bom. Me deixa calma. — escuto um grito de longe e fico confusa por não entender a língua.
— Preciso desligar. A minha avó está aqui e acredite, ela é pior que a minha mãe. — escuto outro grito que depois do que a Heyoon disse, provavelmente é em coreano e a vejo revirar os olhos. — 벌써 가고 있어! 인내심을 가지세요!
Ela desliga a chamada logo em seguida e eu acabo dando uma pequena risada por causa do seu estresse com a sua família.
Troco a minha blusa por um dos moletons que eu achei do Noah, já que a noite estava fria e com a promessa de que choveria, e caminho até o poleiro do Twister, que me observava curioso.
— Twister, eu vou sair e volto em poucas horas. — falo, sabendo que ele compreendia mais do que a maioria das pessoas. — Vou me encontrar com o Noah na cafeteria. Se lembre de que esse apartamento não é nosso, então não faça muita bagunça enquanto eu estiver fora.
— Sina, Sina vai namorar! Sina, Sina vai namorar! — grita histérico, me fazendo ficar com vergonha.
— Eu ainda vou espancar a Heyoon por ficar te ensinando essas coisas. — falo, e ele murmura algo, balançando a cabeça negativamente.
Com um último olhar para ele, saio do apartamento rapidamente e entro no elevador, saindo do prédio assim que as portas se abriram no térreo. O ar frio me envolveu assim que saí para a rua, e eu cruzei os braços enquanto sentia o vento gelado bater no meu rosto.
Enquanto caminhava pelas calçadas molhadas, pensei em como Noah e eu nos conhecemos. Acho que a Heyoon tinha razão quando disse que parecíamos clichês. Quase tudo na nossa relação aconteceu como se estivéssemos dentro de um livro, o que parece quase impossível.
Só então me lembro do pedido que eu fiz...
Mas isso não pode ter a ver, não é?
A ansiedade aumentava em meu peito enquanto eu me aproximava da cafeteria, a visão do local acolhedor à distância era um alívio.
Estranho o fato da cafeteria estar quase que completamente escura e alguns pontos de luzes amarelas. Percebo algumas decorações vermelhas, mas não consigo identificar direito o que é.
Faço menção de entrar assim que vejo o Noah lá dentro, mas paro quando vejo uma mulher morena se aproximar dele.
Continuei observando à distância, escondida entre as sombras da cafeteria. Noah estava claramente nervoso, e eu vi quando ele tirou uma pequena caixa do bolso. Meu coração acelerou ao perceber o que aquilo significava.
Ele se ajoelhou e estendeu a caixa para a garota. Era um par de alianças.
Espera...
O Noah estava pedindo essa mulher em namoro?
Ele sorri para ela, dizendo alguma coisa que eu não consigo entender, mas que faz ela dar risada.
Senti o chão desaparecer sob os meus pés. A dor foi tão intensa que mal conseguia respirar. A minha cabeça começar a doer com a tontura, ainda mais quando me forço a entender o que está acontecendo diante de mim.
Vejo que a mulher se vira um pouco, me fazendo ver a metade do seu rosto e eu fico surpresa quando a reconheço. É a dona da loja que eu fui junto com a Heyoon.
O Noah estava me enganando esse tempo todo? Ou enganou a nós duas? Será que ela sabe de mim e mesmo assim está com ele?
Eu só quero saber o porquê dele ter feito isso...
Cada riso, cada conversa que tivemos, tudo parecia uma mentira agora. Ele estava pedindo ela em namoro, e eu fiquei parada, congelada, incapaz de acreditar no que meus olhos viam.
O rosto do Noah estava iluminado por um sorriso que eu nunca tinha visto. Um sorriso que, agora eu sabia, nunca foi para mim.
Ele parece perceber minha presença do lado de fora e me olha pelo vidro da janela, sorrindo abertamente. Mas assim que ele vê a minha expressão chateada, intercala o olhar entre as alianças e a mulher à sua frente, e só então parece se tocar.
Sem pensar duas vezes, me virei e saí correndo da cafeteria, lágrimas caindo dos meus olhos sem parar.
Eu fui tão idiota!
A noite estava fria, e, como se o universo compartilhasse da minha tristeza, começou a chover. Corri pelas ruas, sem rumo, apenas querendo escapar da visão que partiu o meu coração.
A chuva ficou mais forte, molhando minhas roupas e se misturando com as minhas lágrimas. Minha visão estava turva, mas continuei correndo, ignorando os olhares curiosos das poucas pessoas que ainda estavam na rua.
De repente, ouvi passos atrás de mim. Alguém estava me seguindo, chamando o meu nome.
— Sina, espera! — reconheço a voz do Noah, mas não faço o que ele pede.
Não queria vê-lo, não queria ouvir suas desculpas. Mas ele correu mais rápido, e antes que eu pudesse reagir, ele segurou o meu braço, me fazendo parar abruptamente.
— Sina, você entendeu tudo errado. — diz ofegante, e se assusta quando um trovão clareia o céu com um som estrondoso.
— Noah, só me deixa ir embora. — tento me soltar do seu agarre, mas ele é mais forte do que eu, e me segura pela cintura, se ajoelhando logo depois.
— Aquela mulher é a minha irmã! — grita, praticamente desesperado.
— O quê? — pergunto, franzindo o cenho.
— O nome dela é Sabina, e ela é minha irmã. — diz, um pouco mais calmo dessa vez, mas se assusta de novo quando outro trovão aparece.
— A dona da loja de roupas é sua irmã? — pergunto, ainda tentando entender.
— Não sei de qual loja você está falando, mas sim, ela é dona de uma loja de roupas.
— E por que vocês estavam daquele jeito? Por que a cafeteria estava toda decorada?
— Porque eu ia pedir você em namoro. Ainda quero! Mas eu estava muito nervoso, então eu pedi ajuda para decorar o lugar e como ela me conhece muito bem, sabia que eu tinha que ensaiar o que eu tinha que dizer, para não errar nada quando me declarasse. Ela estava rindo porquê não parava de me zoar.
— Você... Você ia me pedir em namoro?
— Não era desse jeito que eu queria que acontecesse, mas... — ele suspira e se assusta de novo com outro trovão. — Eu sei que para muitas pessoas pode parecer pouco tempo para se apaixonar e sei que o que eu vou falar agora vai ser extremamente brega e clichê, mas depois de tudo que aconteceu entre nós, eu tenho a absoluta certeza de que eu me apaixonei por você assim que te vi. Enquanto eu lia o livro que você me deu, eu ficava me perguntando se o que o protagonista sentia acontecia na vida real, já que eu sentia a mesma coisa quando ele via a protagonista. O meu coração acelera e eu sinto vontade de sorrir sempre que te vejo feliz, mas fico extremamente preocupado quando te vejo chateada e com vontade de melhorar o seu humor. Não sei se é normal ou não, mas eu passo mais da metade do meu dia pensando em você e em como você está. A minha vontade de te encher de beijos e presentes aumenta a cada minuto dos meus dias, mas a única coisa que me impede é a insegurança que eu sinto porquê eu fico perdendo horas e horas me perguntando se você vai gostar ou não. — ele para por um momento para respirar e outro trovão ecoa, o assustando.
— Acho melhor irmos para casa. Você está começando a ficar pálido. — comento, preocupada.
— Não. Eu quero continuar. Por você. — Noah respira fundo e tira um papel do bolso, que começa a molhar por causa da chuva. — Desde que te conheci, minha vida se tornou um romance de tirar o fôlego. Você é a protagonista que ilumina meus dias, a musa que inspira cada pensamento e cada gesto meu, a protagonista dos meus sonhos, a pessoa que nunca pensei que encontraria. Sua presença ilumina meus dias e aquece meu coração. Juntos, escrevemos uma história única, onde cada olhar e sorriso são como palavras de amor escritas com a tinta da nossa cumplicidade. Eu senti que a minha vida se transformou em uma bela história de amor, digna dos romances mais clichês e encantadores assim que nos conhecemos. Como nas páginas de um livro que não conseguimos largar, cada instante ao seu lado é um capítulo cheio de emoção, carinho e felicidade. Gostaria de pedir que me permita continuar escrevendo essa linda história ao seu lado, transformando cada momento em uma memória inesquecível. Você aceita ser minha namorada e juntos criarmos o nosso final feliz? — ele larga o papel no chão e pega a caixinha preta, a abrindo.
— Eu aceito e aceitaria em todas as nossas histórias juntos. — respondo ainda chorando, mas dessa vez de emoção.
— Eu sei que vai parecer meio psicopata o que eu vou dizer agora, mas eu escrevi tudo aquilo enquanto te observava dormir. — diz enquanto coloca a aliança no meu dedo, e eu acabo dando risada.
— Acho que eu sou mais psicopata ainda por acha isso bonito de um jeito estranho. — falo, e o vejo colocar a aliança no próprio dedo.
— Eu te amo... — murmura, e me beija em seguida.
— Eu te amo. — falo, sorrindo que nem uma idiota.
Somos interrompidos por um carro que para ao nosso lado e buzina em seguida.
— Entrem logo. Se vocês continuarem nessa chuva é capaz de pegarem uma pneumonia. — a irmã dele diz após abrir a janela do carro e a fecha depois.
Noah me puxa pela mão e abre a porta de trás do carro. Assim que adentramos, ele me puxa para si por causa do frio e a Sabina - se eu não tiver enganada, esse é o nome dela - liga o ar quente.
— Noah, você é doido de ficar no meio da chuva? E se você tivesse tido um ataque de pânico por causa dos trovões? — ela o repreende, e olha para nós pelo retrovisor.
— Foi por uma boa causa. — responde, olhando para mim.
Não sei se deveria, mas fiquei feliz em ouvir aquilo.
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Não foi tão demorado dessa vez, né?
Confesso que precisei de ajuda do chat gpt para fazer um pouco do início e da declaração do Noah pq eu fiquei sem criatividade e queria entregar logo pra vcs, então me perdoem por essa atrocidade :)
Desculpem se tiver algum erro e não esqueçam de votar, bjs💜
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