💍-𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 (🧁𝟬𝟭𝟴)
𝗡𝗔𝗥𝗥𝗔𝗖̧𝗔̃𝗢 🎧 𝗔𝗧𝗜𝗩𝗔
Leyla se movia delicadamente no sofá sem tirar os olhos da televisão e ao mesmo tempo impaciente com o desaparecimento de seu namorado. Seis minutos parecia uma eternidade para ela, a deixando preocupada. 'O que será que aconteceu com ele?' Ela pensou olhando para a janela e depois para o seu celular. Um exagero? Claro que sim e ela sabia.
― Leyla... ― Eduarda resmungou, se jogando no sofá que a amiga estava. ― Leyla... Amiga, poderia me ajudar?
― Não. ― ela mal olhou para garota.
― Por que não? ― Eduarda continuou resmungando, sendo tediosa. ― Leyla... Será que você poderia me ajudar?
― Eu já disse que não.
― Por que não? Não somos mais amigas?
― Ainda bem que você percebeu. Eduarda, nós não somos mais amigas. A nossa amizade acabou e pronto...
― L, E, Y, L, A. ― Eduarda soletrou cada letra, sendo tediosa. ― Leyla a minha cabeça está doendo. Será que pode ter compaixão de mim só um pouquinho?
― Não. ― ela deixou de olhar para a televisão. ― Querida Eduarda, você vai passar por essa ressaca sozinha. Eu não te aguento desde ontem à noite! Ou ainda não se deu conta de que horas são agora?
― Leyla... Me perdoa, tá? Eu não quero que você culpe a Ana por isso... Eu tô bem.
― Eu não estou colocando a culpa nela.
― Eu sou ocupada. ― Eduarda olhou para a amiga apontando para si mesma. ― Fui eu quem não quis que você fosse com a gente para o clube ontem à noite. Eu coloquei a culpa de você ter um namorado enquanto eu tive um encontro fracassado.
― Duda? Tem certeza que você está bem?
― Eu estou me culpando... Eu sou a culpada! Eu não quero que você coloque a culpa na Ana por ela ser a mais velha. Ontem à noite eu me senti leve de verdade... A Ana me deixou sozinha e eu fiz o que quis! Dancei muito...
― Disso eu sei. Foi por isso que você chegou daquele jeito... Mas tudo bem.
― Leyla? Eu me diverti ontem à noite.
― Que bom.
― Leyla? Eu aproveitei de tudo...
― De tudo?
― De tudo! ― Eduarda sorriu, de propósito.
― O que você quer dizer com tudo?
― Nada demais. ― ela deu de ombros. ― Ei, será que podemos repetir isso juntas?
― Repetir o quê garota? Você está proibida de fazer essas coisas! Não pode beber!
― Que eu saiba você não é minha mãe. E nem somos mais melhores amigas.
― Ai meu Deus, você é pior que a Gina!
Leyla colocou a mão na cabeça pedindo calma a Deus. Com a cabeça apoiada, ela se lembrou do primeiro dia em que conheceu sua amiga, Eduarda Adams. As duas foram colegas de classe desde o sexto ano, mesmo com opiniões diferentes. As duas nunca imaginaram que algum dia iriam se tornar melhores amigas a esse ponto. Melhores amigas?
― Eu deveria ter intimidado ela desde o sexto ano... Porque eu fui boazinha? Tudo por causa do Bernardo, do meu amor...
― Eu escutei isso, ouviu? Lembre-se que fui eu quem te apresentou a ele. ― sorriu.
________________'💍°•
Anos atrás, quando as duas tinham quase 12 anos de idade, Leyla precisava de muita ajuda para aumentar sua nota em certa matéria, só conseguindo atingir a média com a junta da Eduarda que de forma errada usou uma colinha na prova. As duas foram se tornando ótimas amigas e, meses depois de amizade, Eduarda apresentou Bernardo Marques, que era melhor amigo de seu irmão mais velho. Os dois foram se entendendo, e logo se apaixonaram ao ponto de se tornarem o casal do colégio.
― Leyla... Poderia parar de resmungar aí? ― ela disse pegando o controle remoto.
― Eu não sei o que faço com vocês...
Leyla se sentia como se fosse a irmã mais velha das duas amigas. Ela só queria o bem para cada uma delas, mesmo não sendo a mais velha de verdade. Ela gostava dessa sensação de autoridade e sempre que podia, ela estava dando sermões para sua irmã mais nova, a Gina.
― Duda me responde uma coisa?
― Claro, apenas me diga o que é.
― Estou preocupada com a Ana.
― Porque está preocupada com ela? ― delicadamente, ela mudou de canal. ― Eu já te disse várias vezes que eu sou a única culpada. Não foi a Ana que me obrigou a beber daquele jeito, entendeu?
― Hum... Duda, a Ana estava sozinha?
― Sozinha? Hahaha. ― Eduarda sorriu. ― Ela estava bem acompanhada que eu vi.
― Acompanhada de quem?
― Eu não sei... A minha cabeça está doendo. Não consigo me lembrar de nada.
― Fala logo o que você quer em troca?
― Leyla... Poderia pegar mais um copo de leite para mim? Era isso o tempo todo.
― Claro que sim amiguinha Adams.
Leyla se levantou do sofá na força do ódio, ainda encarando sua amiga que entrou no modo 'Dona da TV' com o controle remoto nas mãos, e mudando de canal a cada cinco segundos procurando por uma programação que lhe agradasse. Ela caminhou em passos considerados lentos, até a pequena cozinha do apartamento e retirou da geladeira uma caixa de leite, despejando o conteúdo em um copo de vidro. Em seguida, optou por pegar alguns doces também por precaução, pois conhecia a Eduarda.
― Então a Ana estava acompanhada? ― ela perguntou assim que entregou o corpo, e colocou a bandeja com doces na mesa.
― Quando eu disse que ela estava bem acompanhada eu não estava exagerando. Ele era muito simpático, atraente e muito bonito! Certeza que ele ficou interessado.
― No quê? ― Leyla se endireitou no sofá para saber mais das novidades amorosas da Ana. ― E quem seria ele? Duda... Não me diga que era o tal de Salvatore?
― Não, claro que não! Esse moço que conhecemos no clube de dança era outro. ― Eduarda bebeu um pouco de leite. ― Ele era muito educado ao ponto da Ana se sentir confortável ao beber com ele, ouviu? Acredite se quiser, o moço foi tão educado que pediu para que seu próprio motorista nos trouxesse para casa.
― É sério? ― Leyla se surpreendeu. ― Tem certeza que não era o Salvatore?
― Não, claro que não. Esse moço que te falei que estava com a Ana era muito mais bonito que o tal riquinho do Salvatore... Não precisa me olhar desse jeito, ok?
― Que estranho. ― Leyla ficou pensativa. ― Será que ela superou ele mesmo?
― Eu espero que sim. ― ela deu de ombros olhando para televisão e sua reportagem. ― Eu também queria superar o meu...
― Tem certeza que não era o Salvatore?
― Leyla, será que você pode parar de falar esse nome o tempo todo? A Ana não quer mais saber sobre ele e também me proibiu de falar qualquer coisa que envolva esse homem. Nós duas temos que apoiar ela, entendeu? Esquece o Yan Salvatore.
― Está bem. ― Leyla olhou para a televisão. ― Eu não vou falar mais o nome dele. Eu não vou mais falar dele.
As duas amigas ficaram com os olhos em uma única coisa que se tratava da TV.
"― Agora últimas atualizações sobre o estado de saúde de um dos investidores promissores de Nova York, Yan Salvatore. ― disse a apresentadora do jornal."
― O QUE? ― as duas se olharam assustadas em meio aquela notícia.
― É o Salvatore? ― Leyla perguntou.
― Aquela não é a foto dele? ― Eduarda se aproximou da televisão. ― É ele mesmo!
― Ele sofreu um acidente? O que será que aconteceu com ele? Nossa, agora que eu me lembrei. ― Leyla coçou os cabelos, pensativa demais. ― Ontem à noite, enquanto eu estava preparando algo na cozinha, escutei a fofoca falando sobre ele... Em nenhum momento pensei nisso.
― Será que é grave? ― Eduarda aumentou o volume da televisão. ― Ele está bem?
"― O estado de saúde de Yan Salvatore é..."
Se a televisão não estivesse em uma altura considerada alta, as duas amigas teriam escutado quando a porta do quarto se abriu e a terceira inquilina saiu dele.
― Nada melhor do que descansar a mente... Eu estava morta. Oi meninas? ― Ana apareceu do nada coçando os olhos, e dando um grande susto em Eduarda e Leyla que imediatamente desligaram a televisão. ― Porque desligaram a tv?
― Oi Ana. ― elas disseram em sincronia.
― O que era que vocês estavam assistindo? ― Ana perguntou querendo um pouco de espaço no sofá. ― Era fofoca?
― Não! ― elas responderam juntas.
― Era futebol?
― Não.
― Por que tão me olhando desse jeito? Meninas, vocês sabem que horas são? Eu dormi muito, não foi? Ainda estou me lembrando das coisas que fiz ontem. ― ela comentou se aconchegando no sofá é claro. ― Por que desligaram a televisão?
― É que o capítulo do dorama terminou agora mesmo. ― Eduarda mentiu. ― Meninas me perdoem, mas a minha cabeça ainda está doendo... ― ela levantou se espreguiçando, fingidamente. ― Já são 6:40 da noite... Boa noite meninas, eu já estou indo dormir!
― Tão cedo? ― Ana perguntou, vendo a amiga indo embora da sala. ― Qual era a dorama que vocês estavam assistindo?
― É... Aquele... Que..., Tem... Clichê! ― Leyla gaguejou sem saber o que dizer. ― É que a gente só começou esse dorama porque sabemos que você não gosta de doramas assim. ― ela pegou o celular tentando inventar uma desculpa. ― Ana, por que você só saiu agora? Você passou o dia todo dormindo mesmo? Minha nossa eu fiquei preocupada com vocês duas.
― Eu estava com dor de cabeça. ― Ana olhou para o lado, tentando esquecer algo. ― Leyla, qual era o nome?
― Nome de quê?
― Do dorama que vocês estavam assistindo. ― Ana olhou para a televisão um pouco desconfiada. ― Qual era?
― O nome do dorama?
― Isso.
― Ah! O nome do dorama era...
― Era? ― Ana se inclinou um pouco.
― Aquele..., Goblin! ― Leyla fez uma careta. ― Você me disse que não gostava.
― Ata. ― Ana assentiu. ― Eu não gosto.
― Isso. Foi por isso que a gente estava assistindo um capítulo aleatório dele. ― do nada o celular dela vibrou, indicando que uma mensagem havia chegado. ― O que a Eduarda quer agora? ― ela se levantou do sofá. ― Ana eu vou aqui e volto já...
Leyla saiu rapidamente da sala de estar.
― Tá bom. ― ela balançou a cabeça olhando para o controle remoto. ― O que será que tem para me assistir agora? Um filminho seria bom.
Ana se esticou para pegar o controle remoto deixado na mesinha, e assim que ligou a televisão e não achou o canal interessante. Era um jornal com informações sobre as celebridades.
― Que estranho. Como foi que as meninas assistiram o dorama nesse canal? ― Ana olhou em direção à porta do quarto. ― O que será que elas estavam escondendo?
E mais uma vez Ana apontou o controle remoto para televisão e com um clique mudou de canal. Ela apertou pela segunda vez e no terceiro clique, se deparou com a foto do antigo amor, Salvatore, com quem havia tido um sonho, estampada na tela.
― Isso é real? O que ele está fazendo ali?
"― Agora vamos com mais informações sobre o estado de saúde do senhor Salvatore..."
― Ai meu Deus! ― Ana se aproximou da televisão, duvidosa. ― O que foi que aconteceu com ele? Não é verdade...
"― Informações sigilosas afirmam que o motivo da internação do empresário Yan Salvatore ocorreu hoje por volta das 9:30, de corrente a uma grave alergia..."
― Alergia? Hahaha. ― ela sorriu. ― Querido Yan, mesmo tão grande, parece que não cresceu em nada. Alergia?
― Leyla! ― o grito veio da porta da frente.
― Internado por causa de uma alergia? Como você foi cometer esse grande erro uma outra vez? Que eu me lembre...
― Leyla! ― alguém gritou mais uma vez.
― Canela era a única coisa que ele tinha alergia... Você não podia provar nada com isso... Ou não, corria o risco de morrer...
Mesmo com os pensamentos ativos, Ana observou o momento em que a porta do apartamento se abriu, e Bernardo, namorado da Leyla, entrou com um semblante um pouco impaciente.
― Ah, por Deus, ainda bem que te encontrei. Estava procurando pela Leyla...
― O que foi que aconteceu?
― Eu assumo toda a responsabilidade antes de tudo. ― ele encarou firme.
― Bernardo, o que foi?
― Eu acabei trocando os pedidos de ontem. ― sua voz trazia arrependimento. ― Eu acabei trocando os pedidos da senhorita Nadine, e do assistente Franklin.
― Franklin? O quê? Você disse assistente Franklin? Isso quer dizer...
― Eu troquei os pedidos. A senhorita Nadine está na padaria querendo uma explicação... Eu não imaginava que alguém poderia ficar tão chateado por conta desse tipo de erro. Ela queria os docinhos com um recheio de canela e não os que tinham mousse de morango.
― Canela? Você disse canela?
― Sim. Esse era o pedido dela que foi trocado com o da outra pessoa que até agora não reclamou em nada.
― Isso não pode ser real... Isso quer dizer que o pedido com recheio de canela foi para o Franklin? Assistente Franklin?
― Sim, ele foi para outro rapaz. ― Bernardo parecia muito arrependido.
― Ai não, não... Por favor não! ― Ana olhou para a televisão desesperada, e depois para o quarto. ― Bernardo a sua namorada está no quarto com a Eduarda. Aproveite para resolver isso o mais rápido que puder com elas. Eu irei resolver com o outro cliente... Tudo tem que dar certo!
Ana não pensou duas vezes e saiu correndo do apartamento, ainda com os pensamentos ativos e se culpando.
"Ele se internou por minha causa?"
― Se ele morrer... Você não pode morrer! Yan, você não pode desaparecer de novo!
Olá, queridos leitores! Quero pedir desculpas pelo atraso nas atualizações da minha história aqui no Wattpad. Sei que vocês estão ansiosos para saber o que acontece em seguida com a Ana e o Yan... Eles brigam tanto que até o Wattpad está com medo de atualizar! Mas não se preocupem, o amor prevalece!
Estou trabalhando duro para trazer novos capítulos emocionantes. O atraso não foi por falta de vontade. Agradeço desde já sua paciência e compreensão. Novas atualizações estão chegando logo!
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