
𝟎𝟎𝟕 - 𝐂𝗈𝗇𝗌𝗎𝗆𝗂𝖽𝗈𝗌 𝗉𝖾𝗅𝗈 𝖽𝖾𝗌𝖾𝗃𝗈.
Jihye permanecia sentada na beirada do colchão, com os braços apoiados nos joelhos, encarando um ponto invisível no chão. Ainda sentia o gosto metálico da adrenalina na garganta, e a dor insistente no abdômen reaparecia em ondas. Estava viva, e isso deveria significar alguma coisa.
O colchão afundou ao seu lado.
Ela não precisou se virar para saber. In-ho sempre tinha um jeito de se fazer presente mesmo quando não dizia nada.
── Tá doendo? ── a voz baixa do 001 quebrou o silêncio, densa e próxima demais.
── Não mais do que mereço, acho. ── respondeu sem emoção, mantendo o olhar no chão.
── Você quase morreu hoje. ── ele murmurou. Não como quem alerta, mas como quem ainda tenta processar.
── Eu sei. ── Ela soltou o ar devagar, como se tentasse expulsar tudo aquilo. ── E eu aceitei. Por um momento… eu realmente aceitei. Mas aí, no meio do nada… eu pensei neles: nas meninas, no Dae-ho, até no 456, que nem é próximo de mim… mas estava lá. As pessoas estavam lá. E... pensei em você.
In-ho a encarava em silêncio. Seu maxilar estava travado, os olhos tentando disfarçar o quanto aquela frase o incomodava.
── Por que não parou na quinta? ── o mais velho perguntou, os olhos cravados nela. ── Por que foi até dez?
Ela riu. Baixo, como se risse de si mesma. Levantou o olhar e encarou o dele, sem desviar.
── Porque eu queria que me vissem. Não como mais uma qualquer que caiu. Eu queria que lembrassem. Mesmo que fosse só por um segundo. Queria que dissessem: “ela foi incrível”. Nem que fosse a última coisa que eu fizesse.
Houve uma pausa, longa o suficiente para que o silêncio pesasse entre os dois. Jihye o observava, tentando entender o que ele escondia atrás daquela máscara invisível.
── E alguém te viu ── ele disse, enfim, com a voz mais suave. ── Talvez mais do que você imagina.
00 2 franziu a testa. Aquelas palavras não pareciam vir apenas de um homem impressionado com o que ela fez. Havia algo mais.
── Não sei por que ainda estou aqui. Por que… me salvaram? Ninguém se importa com ninguém neste lugar. E, mesmo assim, me tiraram de lá. Me salvaram. ── ela deu uma pausa. ── Isso não acontece por acaso.
Ele respirou fundo.
── Talvez não tenha sido um acaso. ── murmurou, com um toque de sinceridade que quase escapou do controle.
Ela estreitou os olhos.
── Você sabe de alguma coisa?
── Eu sei que você é forte. E que as pessoas esquecem disso. Até você esquece.
Kang ficou em silêncio por um momento, observando as mãos entrelaçadas no colo.
── Eu não tive medo de morrer, Young-il. ── confessou. ── Mas fiquei com medo de perder as pessoas que… que ainda me restam. E isso me deixou apavorada.
── Eu entendo.
── Não, você não entende. ── Jihye virou o rosto na direção dele, os olhos ligeiramente marejados. ── Não tem como entender o que é amar e saber que pode perder tudo de novo a qualquer momento.
001 manteve o olhar nela, firme.
── Você acha que eu não sei o que é perder? ── disse, mais sério. ── Você acha que eu não senti nada ao te ver naquele chão, convulsionando, sem poder fazer nada?
A tensão entre eles se materializou no ar. Ela não desviou o olhar, e ele também não.
── Será? Será mesmo que você não fez nada? ── a voz dela saiu embargada, com o olhar cravado no dele. ── Me olha nos olhos e diz que você não teve nada a ver com o que fizeram por mim.
O homem não desviou o olhar. Ficou em silêncio por um instante, como se buscasse as palavras certas, mas sem demonstrar qualquer nervosismo.
── E o que eu poderia fazer? ── disse, num tom mais contido, quase frio. ── Só fiquei com medo de te perder. Como seu irmão, como as meninas... Nada além disso.
── Mesmo?
── Claro que sim, Jihye! Você não tem ideia do quão apavorado eu fiquei. Pode perguntar a eles, se quiser.
Ela soltou um suspiro pesado, como se tentasse acreditar naquilo, e então o abraçou. Os braços envolveram o corpo dele com certa cautela, e o rosto dela se afundou no ombro dele — mas o olhar por cima dos ombros dizia tudo. Era um olhar silencioso, atento, de quem começa a enxergar além do que quer ver.
Do outro lado, os olhos de 001 não disfarçavam. Ele não recuou, nem tentou esconder — apenas manteve aquele olhar calmo, como quem já esperava que a dúvida aparecesse. Como quem sabia que, mais cedo ou mais tarde, ela começaria a juntar as peças.
As meninas, amigas de Jihye, se aproximaram junto com a senhorinha — e de outras duas jogadoras que pareciam estar sempre por perto dela. Assim que chegaram, uma delas não perdeu tempo e soltou:
── Não vai tomar banho, não, porquinha? ── provocou Suyeon, com um sorriso malicioso.
── Vê se eu sou você, Suyeon ── respondeu, rindo, se afastando do abraço e indo com elas.
No caminho para o banheiro, a 222 se aproximou da 002, visivelmente sem jeito.
── Jihye...
Kang diminuiu o passo e parou ao lado dela, lançando um olhar curioso.
── Oi, o que foi?
── Será que você consegue me ajudar com uma coisa?
── Se tiver como, claro. O que você precisa?
── É que… ── ela deu uma pausa, parecendo meio envergonhada ── por causa da gravidez, tá difícil me abaixar… tem algumas coisas que não estou conseguindo fazer sozinha.
Jihye arqueou uma sobrancelha e sorriu de canto.
── Tá querendo que eu te dê banho, é isso?
── É que… eu confio em você, sabe? Não queria pedir pra qualquer pessoa…
── Já tomei banho com as duas safadas das minhas amigas, então não seria um problema. Mas posso fechar os olhos se você ficar com vergonha. Quer dizer… de olhos fechados não tem como te ajudar muito, né?
Ela sorriu, demonstrando que faria aquilo com carinho, sem nenhum desconforto.
── É verdade ── disse Jun-hee, soltando uma risadinha.
── Vem, vamos lá!
Jihye passou o braço sobre os ombros da 222 com um gesto leve, quase protetor, e as duas seguiram juntas, acompanhando as demais até o banheiro, entre conversas baixas e risos tímidos.
Quando finalmente chegaram ao banheiro, Jihye acompanhou Jun-hee até uma das cabines e entrou com ela. Assim que fechou a porta, encarou-a com leveza no olhar.
── Tudo certo?
Jun-hee assentiu, ainda um pouco tímida.
── Sim… eu acho que sim.
── Tudo certo mesmo?
── Acho que sim... ── respondeu a outra, mexendo as mãos, meio sem saber onde colocar os olhos. ── Só fiquei com vergonha; é tudo meio estranho ainda.
002 deu um sorrisinho compreensivo, se abaixando devagar até ficar na altura da barriga da amiga.
── Estranho é sobreviver nesse lugar. O resto a gente dá um jeito.
Jun-hee soltou uma risada leve, meio sem jeito.
── Obrigada por me ajudar... De verdade.
── Você é minha amiga, lembra? Isso aqui é o mínimo. Agora, vamos lá... vamos tirar essa roupa antes que alguém pense que estamos tramando matar os guardas.
A 222 riu de novo, dessa vez com mais leveza, e começou a tirar o uniforme devagar, com a ajuda da Kang. O clima era estranho, mas existia algo reconfortante naquela troca silenciosa de cuidado.
De certa forma, tinha sido até divertido. As duas riram tanto ali dentro que, por um momento, esqueceram onde estavam. As gargalhadas ecoavam pelas paredes do banheiro, leves e sinceras, como se fossem duas adolescentes aprontando qualquer coisa.
No fim, a farra foi interrompida quando um dos guardas bateu na porta. Então, elas se secaram, se vestiram e saíram.
── Ihhh, olha a Sohyun com ciúmes ── Suyeon falou, meio rindo e cutucando a amiga.
── Para, nada a ver. Você que ficou emburrada quando a Jihye entrou com a Jun-hee ── Sohyun rebateu, cruzando os braços.
── Ai, gente… querem que eu entre com vocês duas da próxima vez? Tô me sentindo disputada aqui ── brincou, jogando o cabelo para trás.
── Ah, cala a boca, palhaça ── 218 respondeu, rindo, enquanto revirava os olhos.
── Eu amo vocês, de verdade. Muito mesmo… até o fim.
── Também te amamos, sua chata! ── disse 067, dando um empurrãozinho de leve nela.
As garotas trocaram risadas e quando chegaram ao dormitório, cada uma foi se acomodando em sua cama. Jihye subiu para a dela, lá no alto, e se deparou com In-ho já sentado ali, com um olhar predatório cravado nela.
── Tá fazendo o que aí? ── ela perguntou, arqueando uma sobrancelha. ── Nem te chamei para dormir comigo hoje.
── As luzes já vão apagar ── ele disse, como se aquilo justificasse tudo.
── E eu com isso? ── retrucou, cruzando os braços.
Ele soltou um sorriso de canto, o olhar passeando devagar pelo corpo dela, como se estivesse avaliando cada detalhe com calma.
── Você disse que eu te mordo, né? Então... cuidado com o que fala.
── Cuidado? E o que vai fazer a respeito?
Ela mordiscou o próprio lábio, provocando de leve, mas o olhar mantinha uma tensão sutil.
001 aproximou-se mais, sem pressa.
── Ontem à noite, você me chamou pra ficar aqui, me atiçou a noite toda… e depois virou para o lado e dormiu. ── Fez uma pausa, mantendo os olhos nos dela. ── Isso não se faz, Jihye. Está brincando com o perigo.
Kang tombou a cabeça para trás, rindo alto, debochada, como se estivesse tirando sarro da situação — ou dele. Mas, antes que pudesse soltar mais alguma provocação, as luzes se apagaram de uma vez, mergulhando o dormitório em escuridão.
Num impulso firme, In-ho a puxou, fazendo seu corpo cair direto no colo dele. Ela sentiu o calor dele contra sua pele, os braços fortes a envolvendo com facilidade. O cheiro dele estava ali, intenso, e a respiração quente batia de leve contra o pescoço dela.
Ele passou a mão pelas costas dela devagar, como se estivesse explorando cada curva com intenção. Seus lábios roçaram a orelha dela com lentidão calculada, e o tom de voz veio baixo, carregado de tesão:
── Agora você vai relembrar o que eu faço, além de morder.
Ela travou por um momento, o corpo inteiro arrepiado. As mãos dele subiram pela lateral do corpo dela, firmes, mas suaves, provocando cada centímetro.
Jihye empurrou o peito dele com os dedos, criando um espaço entre eles que, de repente, parecia vazio demais.
── Aparta daí um pouco ── ordenou, a voz soando como um fio de desafio no escuro, quase provocante.
In-ho não se moveu. Apenas a observava. Os olhos dele, já acostumados à penumbra, captaram cada detalhe do rosto dela — o lábio inferior trêmulo, as narinas levemente dilatadas, o peito subindo e descendo rápido demais para quem dizia estar no controle.
── Tá com medo? ── murmurou, a mão deslizando pela cintura dela com lentidão. Os dedos contornaram o tecido do uniforme como se já soubessem exatamente onde tocar pra causar arrepio. ── Porque eu tô vendo você tremer...
Ela engoliu seco, mas manteve o olhar firme, encarando-o como se aquela tensão entre eles não estivesse deixando o ar denso demais pra respirar.
── Medo de quê? De você? ── soltou uma risada abafada, que reverberou baixo entre eles, como um segredo mal contado. ── Aposto que você nem lembra mais como me tocar.
Ele arqueou uma sobrancelha, o canto da boca curvado em um sorriso torto e perigoso. Uma das mãos voltou para as costas dela, subindo devagar até alcançar a nuca, puxando seus cabelos com cuidado, só o suficiente para inclinar o rosto dela de leve.
── Quer que eu prove que lembro?
A respiração dela falhou por um segundo, e os corpos já próximos voltaram a se encontrar com uma urgência silenciosa. Ele não a beijou ainda — não precisava.
── Então me prove, hm... ── ela sussurrou, deslizando a ponta do indicador pelo peitoral do mais velho. ── Me mostre que não está pra brincadeira.
In-ho soltou uma risada baixa, sem humor algum. O olhar dele queimava sobre o dela.
Ele afundou o rosto na curva do pescoço dela. Não teve paciência, nem delicadeza. Mordeu — de verdade — fazendo o ar escapar dos lábios da mulher em um gemido abafado. Não foi só uma vez. A cada parte sensível da pele que encontrava, ele marcava com os dentes, quente, possessivo, insaciável.
Jihye segurou nos ombros dele, as unhas apertando através do tecido. Era um desafio, ela sabia. E ele estava respondendo com tudo que tinha.
── Eu não brinco quando o que está em jogo... é você.
Ela sentiu a voz dele vibrar contra sua pele e prendeu a respiração por um segundo. O calor que crescia entre eles era quase sufocante. Jihye deslizou as mãos pelo pescoço dele, puxando com os dedos firmes, como se quisesse que ele mergulhasse mais fundo naquela loucura.
── Então para de falar... e continua o que começou ── sussurrou, os olhos semi-cerrados.
Ele não hesitou.
As mãos de 001 apertaram as coxas da mulher, subindo pela lateral com um toque firme demais para ser gentil, mas que acendia cada nervo do corpo dela. A respiração dele ficou mais pesada, descompassada, e o jeito como a olhava... como se ela fosse uma promessa que ele pretendia cumprir com a boca, os dentes, as mãos.
Os lábios dele voltaram para a pele dela, agora abaixo da mandíbula. Mordeu outra vez, só que mais lento, mais fundo, como se marcasse território.
Kang soltou um arfar rouco, as unhas arranhando suavemente a nuca dele num gesto que era tanto carinho quanto advertência. In-ho saboreou cada marca deixada na pele dela, a língua passando com familiaridade dolorosa sobre as mordidas - a dor vinha primeiro, depois aquele alívio úmido que fazia seus músculos se contorcerem contra a vontade.
── Ei... ── ela protestou, mas o tremor na voz traía a firmeza que tentava manter. Seu corpo arqueou quando as mãos dele, quentes e ásperas deslizaram sob a blusa.
O mais velho sentiu a respiração dela acelerar quando seus dedos encontraram a cintura nua. Subiu devagar, como se relembrasse cada curva - e quando finalmente envolveu um seio na palma da mão, um suspiro involuntário escapou dos lábios dela.
── Você... ── a mulher começou, mas as palavras se perderam quando os dedos dele encontraram os mamilos já endurecidos.
In-ho soltou um som baixo, quase um ronronar, ao sentir como o corpo de Jihye respondia mesmo contra a vontade.
── Tão frágil, tão delicada...── murmurou contra o pescoço dela, os lábios escorregando para onde o pulso batia rápido demais.
Apesar de tudo, seus dedos mantinham uma pressão cuidadosa, como se soubessem exatamente quanto ela podia aguentar.
Quando outro jogador virou na cama ao fundo, por um instante, eles congelaram - dois predadores sob a mesma luz fraca. Mas o medo de serem descobertos só fez o coração dela bater mais forte contra as mãos dele.
E In-ho, maldito fosse, sorriu justamente por saber disso.
O calor das mãos dele sob sua pele era tão familiar e estranho ao mesmo tempo. In-ho parecia lembrar cada centímetro do corpo de Jihye — onde pressionar, onde acariciar, onde fazer esperar. Seus dedos polegares traçavam círculos lentos ao redor dos mamilos, alternando pressão de um modo que a fazia morder o lábio para não gemer.
── Young-il... ── ela tentou novamente, mas seu próprio corpo insistia em reagir de outra forma, os quadris se movendo em pequenos círculos contra a perna dele.
001 respondeu com uma mordida mais suave no ponto onde pescoço e ombro se encontram, seguida de um beijo molhado que fez os dedos dela se agarrarem mais forte nos ombros dele. O cheiro dele — suor, sangue e algo inerentemente In-ho — enchia suas narinas, tão conhecido que doía.
── Você nunca soube mentir pra mim ── ele sussurrou, a voz rouca, enquanto uma das mãos descia novamente para a cintura, os dedos se firmando ali. ── Nem seu corpo sabe.
E o pior era que ele tinha razão. Sempre tinha.
O alojamento estava quente demais, o ar pesado com respirações contidas e desejos não ditos. E, no meio daquela loucura, com os lábios do mais velho em sua pele e as mãos reivindicando cada centímetro, a mulher percebeu que não queria mesmo que ele parasse.
Não desta vez.
── Quer saber? Se você parar agora, eu te mato ── ela sussurrou, os lábios roçando a orelha dele num sopro quente que contradizia a ameaça.
In-ho riu, o som baixo e rouco, antes de empurrá-la contra o colchão. Seu corpo cobriu o dela num movimento fluido, como se ainda se lembrasse exatamente de como se encaixar ali.
Com dedos que não se apressavam, começou a levantar a blusa dela, revelando a pele aos poucos. Cada centímetro descoberto recebia um beijo, uma mordida leve, uma lambida que fazia o estômago dela contrair.
── Caralho, como eu senti falta disso ── murmurou contra o umbigo dela, os dentes raspando a pele sensível. ── De você assim…
── Ah, é? ── Ela sorriu, mordendo o próprio lábio enquanto o corpo todo respondia a cada toque dele, a cada beijo que queimava mais que o anterior.
Ele finalmente retirou a blusa dela, deslizando o tecido pelos braços como quem desembrulha algo precioso. O sutiã seguiu o mesmo caminho, arremessado para algum canto escuro do dormitório. Os seios da mulher ficaram expostos ao ar frio, com os mamilos endurecendo ainda mais.
In-ho parou por um instante, os olhos escuros percorrendo cada centímetro revelado. Aquele olhar era quase físico - ela podia senti-lo como se fossem mãos percorrendo sua pele.
Mas Jihye nunca foi paciente. Suas mãos foram direto para a camisa dele, os dedos se enfiando por baixo do pano áspero e subindo com urgência. O tecido raspou contra o torso dele quando ela puxou para cima, revelando a pele quente e os músculos tensos que ela se lembrava perfeitamente.
── Quanta pressa... ── ele rosnou, mas o corpo já se curvava para facilitar o movimento dela.
Quando a camisa finalmente saiu, a 002 não resistiu a passar as mãos pelo peito dele, os dedos traçando contornos familiares. Cada toque fazia os músculos dele contraírem.
O mais velho prendeu o ar quando as unhas arranharam levemente o abdômen definido. Não precisavam de palavras - o desejo entre eles era pesado como o ar antes da tempestade, carregado de tudo o que não diziam.
In-ho inclinou-se para frente, os lábios encontrando um dos seios com um desejo que há muito reprimia. A boca dele fechou-se em torno do mamilo, sugando com uma fome que fazia Jihye arquear as costas contra a cama.
Enquanto isso, sua mão grande cobria o outro seio completamente, os dedos se fechando com posse, apertando e massageando com uma força que beirava a dor. Nada de carícias - só posse crua, do tipo que deixaria marcas roxas no dia seguinte.
Jihye engoliu o gemido, os músculos abdominais contraindo quando ele alternou: dentes no seio esquerdo agora, mão direita esmagando o direito. Um ritmo sádico que ela conhecia bem demais.
── Ainda dói como você gosta? ── Ele sussurrou contra a pele, os dedos pinçando o mamilo até ela arfar.
O ar escapou dos pulmões dela quando ele alternou; agora, a mão estava espalmada no abdômen, pressionando como se quisesse sentir cada músculo contrair sob seus dedos.
── Tão sensível aqui ── observou ele, os lábios arrastando-se para o espaço entre os seios, onde uma veia pulsava rápido demais. A unha do polegar riscou o arco inferior da mama direita, deixando uma linha rosada que desaparecia aos poucos.
Kang tentou controlar a respiração, mas falhou quando os dentes dele encontraram aquela curva macia perto da axila - o ponto que sempre a fazia tremer. Seu quadril sacudiu involuntariamente, esbarrando na perna dele.
Ele sorriu, a mão esquerda finalmente descendo para a cintura da calça, os dedos encontrando o cadarço. Com um puxão preciso, desfez o nó, deixando o tecido afrouxar o suficiente para sua mão deslizar por dentro.
── Não é só aqui que você tá sensível, né?
── Você sabe que não... ── ela arfou quando os dedos dele atravessaram o tecido da calça. A umidade já tinha encharcado a calcinha, e In-ho sentiu o calor através do algodão.
Um dedo deslizou por cima do tecido fino, pressionando justo onde ela mais precisava. Jihye cerrou os dentes, mas os quadris se mexeram sozinhos, buscando mais.
── Muito fácil... ── ele cuspiu, o polegar fazendo círculos lentos enquanto observava cada tremor que percorria o corpo dela.
Ela tentou não gemer, mas, quando ele puxou a calcinha de lado e encostou a ponta dos dedos diretamente na pele, não teve como segurar.
── In-ho... ── o nome saiu como um pedido, um aviso, uma ameaça.
Ele sorriu, cruel, e finalmente enterrou um dedo nela, até o último centímetro.
── Geme outra vez, mas não se esqueça... ── se aproximou do ouvido dela ── é Young-il aqui..
Ele começou a mover a mão devagar, os nós dos dedos roçando nela por dentro a cada entrada, enquanto o polegar mantinha pressão firme no clitóris.
── Isso... ── Ela engoliu em seco, as unhas cravando no braço dele.
In-ho sorriu e acrescentou um segundo dedo, esticando-a só o suficiente para fazer arder. Jihye arqueou as costas, os quadris empurrando contra a mão dele agora.
── Tá vendo como você mente? ── Ele puxou os dedos quase totalmente para fora, deixando-a suspirar, antes de enfiar de novo com força. ── Diz que não quer, mas tá me puxando pra dentro.
── Cala... cala a boca ── ela gemeu entre respirações cortadas, os dedos agora se enterrando nas costas dele. As unhas deixaram marcas vermelhas na pele, mas In-ho só riu.
A boca dele se fechou em torno do mamilo novamente, sugando com força enquanto os dedos continuavam seu trabalho lá embaixo. O ritmo era rápido agora, sem piedade, cada movimento calculado para tirar dela o que restava de controle.
Jihye arqueou as costas, suas pernas se fecharam em torno do braço dele, prendendo-o no lugar enquanto a onda a atingia - silenciosa, mas violenta, seu corpo todo tremendo contra ele.
001 não parou. Nem quando ela tentou empurrá-lo, nem quando os gemidos ficaram mais altos do que deveriam. Só quando sentiu as contrações finais é que diminuiu o ritmo, os dedos saindo devagar.
── Tão bonito quando você perde o controle ── ele murmurou, lambendo o mamilo inchado antes de soltá-lo com um estalo.
As mãos ainda tremiam quando ela o puxou para um beijo — ou algo que tentava ser um beijo, entre dentes que roçavam e línguas que não se rendiam.
002 deslizou uma das mãos até a barra da calça dele, puxando para baixo com calma, só o suficiente para que conseguisse se livrar do resto com os pés. In-ho arfou contra a boca dela, o peito subindo rápido, quando sentiu os dedos dela tocarem de leve seu membro já rígido por baixo da cueca — o toque suave, quase inocente, fazendo um arrepio subir pela espinha dele. O homem não perdeu tempo em retirar também a calça dela, junto com a calcinha encharcada.
Ele levou a própria mão até a cueca, puxando-a de uma vez só, como se aquilo já estivesse atrasado demais. O membro dele saltou ereto, roçando na intimidade dela, quente, pulsante, faminto.
── Isso que você queria, não era? ── ele murmurou contra a boca dela, com o tom baixo, quase uma ameaça.
Kang sorriu, os olhos semicerrados, selvagens. Mordeu o lábio inferior dele com força suficiente para fazê-lo sangrar — só o gosto metálico na língua já a deixava mais acesa. Enroscou as pernas em torno da cintura do mais velho, puxando-o contra si com fome e impaciência.
A mão dela desceu firme entre os corpos, envolvendo o pau dele com a palma quente e os dedos ágeis. Apertou, deslizando com intenção, fazendo-o soltar um gemido rouco contra sua boca.
── Você quer me foder ── sussurrou contra os lábios dele, a voz baixa e suja ── e eu quero que me foda.
── Quanto mais você gemer, mais forte eu vou estocar ── ele sussurrou, a voz áspera enquanto os lábios percorriam a linha da mandíbula dela.
A mais nova sorriu, os dedos se fechando com força nos ombros dele. Sentiu os músculos tensos sob suas mãos enquanto ele se posicionava entre suas pernas abertas.
In-ho apertou as coxas dela com ambas as mãos, os polegares fazendo círculos na pele macia da parte interna. Seu olhar percorreu cada centímetro exposto, demorando-se onde seus corpos quase se tocavam.
── Você fica linda demais assim... ── murmurou, os quadris se movendo para frente em um movimento suave, fazendo seu membro duro roçar nela sem penetrar. O contato úmido fez os dois suspirarem.
Jihye arqueou as costas, os quadris procurando mais pressão.
── Young-il... ── seu aviso soou mais como súplica.
Ele riu baixo, mantendo o ritmo lento e torturante de roçadas.
── Quer mesmo que eu estoque forte? ── provocou, os dedos apertando suas coxas. ── Então pede direito.
── Eu não peço nada ── ela rebateu, os dedos cravando com força nas costas dele, como se aquilo fosse o único controle que ainda tinha. Mas o corpo a entregava sem vergonha — os quadris se movendo, implorando por mais, mesmo que a boca se recusasse a ceder.
In-ho soltou um riso baixo, satisfeito com a rendição involuntária dela. Com uma das mãos, desceu entre os corpos e se guiou até a entrada quente e úmida da 002. Passou só a ponta, devagar, como se testasse o limite da paciência dela — e ela estremeceu.
── Então aguenta ── soltou com a respiração pesada, fitando o rosto dela.
E empurrou.
Foi fundo, bruto. Um único movimento certeiro que arrancou dela um gemido abafado. Ela arqueou no mesmo instante, as pernas se enlaçando com mais força em volta dele, os músculos se contraindo como se quisessem segurá-lo dentro de si. O corpo dela pedia mais, e ele sentiu — em cada detalhe — o quanto ela o queria ali.
In-ho não era do tipo carinhoso. Ele metia forte, fundo, sem dó — e não parava. Era intenso, agressivo, do jeito que ela gostava. E ela gostava, porra, como gostava.
Jihye arranhava as costas dele sem nenhum cuidado, os quadris se movendo na mesma pressa, como se quisesse mais do que ele já estava dando. Os dois sabiam o ritmo um do outro. Não era sobre delicadeza, nunca tinha sido. Era sobre necessidade.
Ele prendeu os dedos na cintura dela com força, puxando-a pra si com mais brutalidade, até que os corpos se chocaram com um estalo surdo.
── Você é minha ── ele disse entre gemidos, a respiração quente contra o rosto dela.
Ela mordeu o próprio lábio pra não gemer alto, os olhos fixos nos dele, selvagens.
── Então me fode como se eu fosse.
E ele obedeceu.
Levou os braços dela para cima, segurando seus pulsos com firmeza e pressionando-os contra o ferro da cama. Usou a própria camisa para amarrá-la ali, com o nó apertado e sem chance de escape.
── Não quero suas mãos em mim hoje. Você não vai mandar, nem reagir. Só vai sentir. ── sussurrou, a voz baixa e carregada de luxúria.
Ela tentou puxar, testando os limites, mas o nó não cedeu. Estava completamente presa, completamente entregue.
In-ho passou a língua pelos lábios, com o olhar fixo nela.
── O comando é meu. Completamente meu.
Ela sorriu — um sorriso preguiçoso e safado, o tipo que dizia: "faça o que quiser comigo, eu deixo". Estava entregue, submissa, mas não menos provocante por isso.
── Como você quiser... ── murmurou, a voz baixa e entrecortada, os gemidos escapando sem controle.
In-ho não respondeu com palavras. A mão veio certeira contra a coxa dela, estalando alto no silêncio abafado do dormitório. O tapa ardeu, quente e marcado, e Jihye soltou um som entre o prazer e a surpresa.
Foda-se quem estava acordado. Foda-se quem escutava. Que soubessem, que entendessem — Jihye era dele. E ele fazia questão de deixar isso claro.
O corpo dela se movia sem controle, contorcendo-se sob ele. Os gemidos escapavam baixos, entre os lábios entreabertos, e a cada estocada ela apertava ainda mais ao redor dele, como se não quisesse deixá-lo sair nunca.
── Eu quero mais... não para ── pediu, a voz falha e manhosa, como uma súplica cravada no peito.
O mais velho sorriu de lado, tombou a cabeça para trás por um segundo e soltou um gemido rouco. As mãos deslizaram até a cintura dela e apertaram com força, deixando marcas. Não suavizou os movimentos — foda-se se era demais. Ela queria mais, e ele ia dar.
── Vai lembrar disso amanhã.
E continuou. Fundo. Intenso. Exatamente do jeito que ela queria.
Enquanto movia os quadris em estocadas firmes, ele desceu a mão direita pela parte interna da coxa dela, os dedos se arrastando devagar, como se estivesse apenas se certificando de que ela ainda estava ali.
E então, sem aviso, o dedo indicador dele encontrou o ânus dela e pressionou para dentro.
Jihye arqueou as costas, um gemido alto escapando de seus lábios quando o músculo se contraiu involuntariamente em volta do dedo dele.
── Gosta, hm? ── falou, a voz rouca, enquanto continuava a se mover dentro dela, o dedo agora trabalhando em pequenos círculos, aprofundando-se aos poucos.
Ela tentou responder, mas as palavras se perderam quando ele dobrou o indicador lá dentro, encontrando um ponto que fez seus músculos se fecharem ainda mais em volta dele.
Ele soltou um som baixo de satisfação, os movimentos acelerando enquanto sentia ela se contrair em ambos os lugares.
── Isso... assim mesmo ── ele rosnou, os dedos da outra mão apertando com mais força o quadril dela.
Jihye não conseguia mais pensar. Seu corpo estava sendo levado a um limite que ela quase não aguentava, e cada movimento dele enviava ondas de prazer que a faziam tremer.
── Maldito... ── ela disse, rindo, se contorcendo e jogando a cabeça para trás, o máximo que conseguia.
In-ho se retirou por apenas um instante, tempo suficiente para virá-la com um movimento rápido, mesmo com os braços da mulher ainda amarrados. As mãos dele ergueram os quadris, forçando-a a ficar de quatro no colchão.
Dois tapas secos ecoaram no silêncio quando suas palmas encontraram as nádegas dela, deixando a pele rosada e ardendo.
── Sabe que a maioria deve estar nos ouvindo agora, né? ── Ele sussurrou, posicionando-se atrás dela, a ponta apenas roçando sua entrada.
Jihye respirou fundo, o corpo já fraco, as pernas tremendo, mas ainda assim se empinava.
── Hm... Que ouçam então.
A resposta foi tudo que ele precisava. 001 a penetrou de uma vez, mais rápido e mais intenso que antes, sem qualquer preparação. O impacto fez o colchão ranger perigosamente, mas ele não se importou; suas mãos seguravam firme os quadris dela, puxando-a contra cada estocada.
Os gemidos abafados dela se misturavam ao som de pele contra pele, enquanto ele a levava ao limite mais uma vez. In-ho podia sentir cada músculo dela, cada tremor de prazer e exaustão, e usou isso para ir mais fundo, mais forte, até que os suspiros dela se tornassem quase inaudíveis, roucos de tanto prazer.
O homem enroscou os dedos no cabelo dela, puxando com força até fazê-la arquejar para trás. O movimento abrupto fez a coluna se curvar, realinhando os quadris em um ângulo que permitiu que ele entrasse ainda mais fundo.
Jihye soltou um gemido manhoso, os músculos das costas tensionados enquanto ele a mantinha nessa posição vulnerável. Sua respiração saía em arfadas curtas, os seios balançando a cada embalo brutal dele.
As pernas dela fraquejaram de vez, os músculos já sem força para se manter. Jihye desabou, o corpo todo mole, sustentada apenas pelos braços dele que ainda a seguravam.
In-ho soltou um grunhido rouco, os dentes cerrados quando sentiu ela se contrair em volta dele pela última vez. Enterrou até o fundo, tocando o colo do útero, e gozou, quente, dentro dela. Os quadris deram uns solavancos curtos, aproveitando cada espasmo do próprio orgasmo enquanto esvaziava tudo.
Ficaram parados um instante, apenas ouvindo a respiração ofegante. Ele saiu devagar, sentindo como escorria dela quando se afastou. A mulher nem reagiu, deitada de bruços, com o rosto enterrado no colchão.
O mais velho caiu ao lado dela, um braço pesado sobre a cintura da mulher. O silêncio engoliu os últimos gemidos, os últimos suspiros. Só ficou o cheiro de sexo e suor no ar.
── Porra... ── ele resmungou, a voz ainda grossa. A mão subiu pelas costas dela.
A mulher nem abriu os olhos, apenas emitiu um som cansado, meio engasgado. In-ho puxou-a mais perto, encaixando o corpo suado no dela. Tão fácil, tão certo, como se ainda fosse dono desse pedaço dela. E pelo jeito que ela se aninhou contra ele, sem protestar, ainda era.
── Eu tô toda dolorida... e ardida ── ela resmungou, fazendo bico e forçando um chorinho debochado. ── Vai me deixar amarrada pra sempre, é?
Ele soltou uma risada baixa e desfez o nó com calma, liberando os pulsos dela.
── Pronto. Pode me bater agora ── provocou, enquanto observava ela massagear os próprios braços antes de levar as mãos ao peito dele, traçando os dedos lentamente por ali.
── Eu preciso de um banho... sério ── murmurou, os olhos ainda meio pesados.
── Jihye... ninguém vai deixar você sair agora. E com esse estado aí, menos ainda ── respondeu, quase rindo.
── Mas eu preciso ── insistiu, fazendo uma careta. ── Acho que você me fez sangrar, seu bruto.
Ele riu outra vez, agora balançando a cabeça em negação.
── Como se você não gostasse, né?
── Eu gosto, mas preciso de um banho. É sério. ── Ela se levantou com dificuldade, os músculos das pernas latejando e mal conseguindo firmar os pés no chão.
Caminhou até suas roupas espalhadas pegando o uniforme com certa preguiça, vestindo peça por peça sem muita pressa. In-ho a observava com um sorrisinho de canto, como se estivesse saboreando cada pequeno movimento dela. Soltou um suspiro e começou a se vestir também.
── Vamos ver se deixam a gente sair, então.
── A gente?
── Só você pode tomar banho? ── Ele arqueou uma sobrancelha.
Ela revirou os olhos, deu um tapinha preguiçoso no ombro dele e, antes que percebesse, ele a puxou para os braços, pegando-a no colo. Jihye soltou um gritinho abafado e riu contra o pescoço dele, os braços envolvendo-o ali por reflexo.
Desceram até a porta onde dois guardas estavam parados como estátuas do lado de fora, um de cada lado.
── Ei ── ela chamou, a voz ainda carregada daquela preguiça pós-prazer ── eu quero ir ao banheiro. Tomar banho.
── Vocês não podem sair depois que as luzes se apagam. A hora do banho já passou.
Foi então que o líder deles apareceu — o da máscara com o símbolo do quadrado. Imponente, com a postura rígida e o olhar impassível por trás da máscara.
── O que está acontecendo?
── Esses dois jogadores querem ir ao banheiro, chefe! ── respondeu um dos guardas, com um certo desconforto.
O homem de máscara observou os dois por alguns segundos. A forma como ela estava nos braços dele, as roupas mal colocadas, os cabelos bagunçados. Ele não era idiota. Sabia o que tinha acontecido ali dentro, entre seu chefe e a jogadora.
── Pode liberar.
O guarda apenas assentiu e abriu a porta. Eles saíram, caminhando juntos pelo corredor silencioso. Jihye ainda estava no colo dele, com o rosto apoiado no ombro largo de In-ho, sentindo o corpo inteiro pulsar.
Eles foram guiados por dois — o da máscara com o quadrado e um dos que já estavam na porta. O terceiro permaneceu perto do dormitório, vigiando os demais jogadores.
001 a colocou no chão quando já estavam perto dos banheiros. Jihye ajeitou a roupa rapidamente e seguiu para o feminino, ainda com o corpo dolorido. Antes de entrar, olhou por cima do ombro e soltou um sorrisinho.
Quando entrou, fechou a porta atrás de si e caminhou até o espelho, os pés ainda meio doloridos a cada passo. Ela se encarou por alguns segundos, e o que viu a fez rir baixinho. O pescoço estava cheio de marcas — roxas, vermelhas, mordidas, tudo misturado — um verdadeiro mapa do que tinham feito antes. E aquilo era só o que dava para ver.
Balançou a cabeça, rindo, e sussurrou sozinha:
── Ridículo…
Virou-se para seguir até uma das cabines, mas o barulho da porta abrindo novamente a fez parar.
In-ho entrou como se estivesse no próprio quarto, passos calmos, sorriso debochado.
── O que você está fazendo aqui no banheiro feminino? ── ela arqueou uma sobrancelha.
── Shiu ── ele levou o indicador aos lábios. ── Não tinha guarda na porta... então eu aproveitei.
── Aproveitou pra quê?
── Pra tomar banho com você ── deu de ombros, se aproximando sem pressa. ── Mas, se for pra ser sincero... eu queria mesmo era te foder outra vez.
Jihye bufou uma risada, cruzando os braços.
── Meu Deus... a terceira idade tá impossível, viu?
Ele riu junto, parando bem em frente a ela, com aquele olhar que já dizia tudo.
── Fala isso agora, mas foi você quem gemeu pedindo mais, lembra?
── Idiota ── ela rebateu.
── Vem, vamos... ── ele passou o braço pela cintura dela, conduzindo-a até uma das cabines com chuveiro, os passos lentos e o silêncio confortável entre eles.
Lá dentro, começou a tirar a blusa dela com cuidado, como se temesse machucá-la ainda mais. Ela ergueu os braços devagar, soltando um resmungo abafado.
── Ai... tô toda dolorida. ── reclamou, mas com um sorriso cansado nos lábios.
Ele riu baixo, aquele riso que quase parecia um sopro.
── É bom... pra você aprender.
── Senhor... você é um velho gostoso e dissimulado.
In-ho sorriu de canto, sem dizer nada. Ajudou-a a tirar o resto da roupa e, só então, começou a tirar a dele em silêncio.
Depois, entrou com ela no chuveiro. A água morna escorria pelos dois, levando embora o suor, a tensão... e deixando só o cansaço bom.
Não demorou muito. Quando terminaram e saíram da cabine, um guarda já batia na porta, impaciente.
── Você sai primeiro, vai com ele, e eu vou atrás depois, para não saberem que eu estava aqui.
── Tá bom! ── ela respondeu, saindo logo em seguida, sendo levada de volta ao dormitório.
001 saiu logo depois, seguindo os passos dela, e voltou ao alojamento com Jihye. Ele a pegou novamente no colo e a colocou cuidadosamente na cama. Ajustou o cobertor sobre ela, deitando-se ao lado em seguida.
Jihye se aninhou no peito dele, bocejou e fechou os olhos lentamente.
── Eu quero te dizer uma coisa ── murmurou, ainda com os olhos fechados.
── O que? ── ele perguntou, com a voz suave.
── Que eu te amo, independente de qualquer coisa...
In-ho a olhou por alguns segundos, sua expressão agora mais séria. Demorou um pouco para responder, mas quando falou, foi com uma sinceridade profunda.
── Eu também amo você, Jihye. E você é minha, pra sempre... ── sussurrou, deixando um beijo suave no topo da cabeça dela.
Ela, já exausta adormeceu quase que instantaneamente, sem tempo para dizer mais nada. O silêncio tomou conta do quarto. Ele permaneceu ali, apenas a observá-la, enquanto o tempo parecia desacelerar, sem mais palavras entre eles.
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𑁍̸ֺׅMais uma vez, peço perdão pela demora. Porém, matei dois coelhos com uma cajadada só. Valorizem, viu?
𑁍̸ֺׅEspero que vocês gostem e, mais uma vez, desculpem qualquer coisa que eu tenha deixado passar batido.
𑁍̸ֺׅEu sei que vocês gostam da safadeza, então saciem a sede de vocês, haha!
𑁍̸ֺׅUm beijo e até o próximo.
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