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bônus : his side of the story


Aquela manhã, que prometia ser tranquila e rotineira, virou de cabeça para baixo para Benedict Bridgerton. Quando ele desceu as escadas, o coração acelerado e a mente cheia de perguntas, o mundo pareceu parar ao ver Marjorie Jones, a duquesa de Hastings, descendo da carruagem com a mesma graça e elegância que ele lembrava.

Ela estava ali, diante dele, após tantos anos de ausência e silêncio. As memórias dos momentos que compartilharam quando eram apenas crianças na propriedade dos Hastings vieram à tona como uma maré alta, trazendo consigo uma mistura de felicidade e melancolia. Benedict quase não conseguia acreditar que era realmente ela, sua querida amiga de infância, aquela com quem ele compartilhou risos, segredos e, em seu coração, um amor que nunca teve coragem de confessar.

Os olhos de Marjorie brilharam ao encontrar os dele, como se o tempo e a distância não tivessem significado nada. O silêncio entre eles durou apenas alguns segundos, mas para Benedict, parecia uma eternidade. Sophie, parada a poucos passos de Benedict, observava a cena com um misto de curiosidade e apreensão, percebendo imediatamente a importância daquela mulher para o homem.

Benedict sentiu como se o mundo ao seu redor tivesse parado no instante em que Marjorie, mais radiante do que jamais se lembrava, o olhou com aquele sorriso que o desarmava por completo. Cada detalhe dela parecia ter sido esculpido por mãos divinas: seus cabelos castanhos brilhavam à luz do dia, seus olhos tinham um brilho intenso e enigmático, e seus lábios, curvados em um sorriso levemente divertido, eram mais convidativos do que nunca. Para ele, Marjorie era nada menos que um anjo, uma graça encarnada, uma deusa que tinha descido à Terra.

Ele estava tão absorto em sua beleza que mal conseguia se mover, até que a voz dela, ligeiramente irritada, o trouxe de volta à realidade.

───  Benedict Bridgerton, você vai ficar aí me olhando ou vai me cumprimentar como deve? ───  Marjorie disse, a diversão evidente em sua voz, embora houvesse uma leve reprovação ali também.

Essa reprimenda amigável foi suficiente para quebrar o encantamento que o paralisava. Em um impulso, Benedict correu até ela e a tomou em seus braços, segurando-a firme como se temesse que ela pudesse desaparecer a qualquer momento. Quando finalmente ouviu o riso dela, tudo pareceu real novamente. Ela estava ali, nos braços dele, e por um breve momento, ele sentiu que estava completo, como se tivesse encontrado a parte de si mesmo que estava faltando. O riso dela era o som que ele esperava há meses, o som que significava que, finalmente, ele poderia ser verdadeiramente feliz.

Mas aquela felicidade, tão palpável e ao mesmo tempo tão frágil, foi imediatamente ameaçada pela realidade. Ele soltou Marjorie com relutância, e observou enquanto ela se dirigia a Sophie, cumprimentando-a com toda a cortesia esperada de uma duquesa. A visão de Marjorie e Sophie, sua esposa, interagindo com a cordialidade esperada, fez com que o coração de Benedict se apertasse. Por um breve instante, ele experimentou a sensação descrita em algum dos poucos poemas que já lera, aquela sensação de que sua alma estava deixando seu corpo, de que algo vital estava sendo arrancado de dentro de si.

Ele ficou paralisado, observando enquanto as duas mulheres conversavam, sentindo a angústia crescer dentro dele. O amor de sua vida estava ali, mas entre eles havia obstáculos que pareciam intransponíveis ─ Sophie e o bebê que ela carregava. Benedict sabia que tinha responsabilidades, compromissos que assumira, mas agora, diante da presença de Marjorie, tudo parecia ter mudado. Ele se perguntava, mais uma vez, se estava fazendo o certo, se sacrificar sua verdadeira felicidade em nome do dever era realmente o caminho a seguir. E agora, com Marjorie ali, ele sabia que essa pergunta não poderia ser mais ignorada.

Benedict tentou se concentrar nas conversas ao redor, mas sua mente estava presa em um turbilhão de pensamentos e emoções. Graças a Deus, sua grande família absorveu Marjorie em seu acolhimento caloroso, permitindo-lhe algum tempo para processar tudo o que sentia. No entanto, mesmo com a distração das conversas paralelas e o burburinho usual durante o almoço, seus olhos se recusavam a desviar da duquesa sentada à sua frente. Cada palavra dita por seus irmãos e irmãs parecia flutuar no ar sem sentido, enquanto Benedict mal conseguia prestar atenção no prato à sua frente, perdido no magnetismo de Marjorie.

Quando o almoço finalmente terminou, Benedict sentiu um breve alívio, acreditando que poderia afastar-se da tentação que era a presença dela. Mas, assim que se retirou com Sophie para a segurança de seu quarto, percebeu que havia subestimado o poder daquele reencontro. A distância física entre eles não diminuiu o desejo crescente em seu peito, e saber que Marjorie estava apenas alguns passos no corredor, no quarto que antes fora de Daphne, o deixava à beira do desespero.

Sentado à mesa perto da janela, Benedict tentou encontrar consolo no ato de desenhar, um refúgio habitual para seus pensamentos tumultuados. Mas, naquela tarde, o lápis em sua mão parecia ineficaz, incapaz de capturar qualquer forma coerente. O chão ao redor de sua cadeira estava coberto de rascunhos frustrados, representações imperfeitas de uma mente em caos.

Sophie, sentada na cama, observava-o com carinho e compreensão. Ela conhecia Benedict melhor do que ninguém, e a dor nos olhos dele era evidente. Era um homem dividido, preso entre o dever e o desejo. E embora Sophie soubesse a resposta, a coragem de enfrentar a verdade ainda a fazia hesitar. Finalmente, ela quebrou o silêncio com uma pergunta simples, mas carregada de significados.

─── Você a ama, não é? ─── Sophie perguntou, sua voz suave, mas firme.

Benedict parou, a pergunta o atingindo com uma força que ele não esperava. Ele coçou a nuca, um gesto nervoso que Sophie reconhecia bem.

─── Está tão óbvio assim? ─── ele respondeu, sua voz tingida de resignação.

Sophie sorriu com tristeza.

─── Benedict, eu estava lá. Eu vi o que você fez por ela há dois anos. William estava lá também, e se ele estivesse vivo, ele lhe daria uma surra por não repetir o seu ato agora que ela está aqui.

A menção a William, o irmão mais velho de Marjorie, trouxe uma nova onda de culpa e pesar para Benedict. Ele suspirou profundamente, sentindo o peso das expectativas e dos deveres que ele sempre se impôs.

─── William saberia o que eu devo fazer. ─── ele lamentou, a voz baixa e cheia de arrependimento.

─── Ele saberia, sim. ─── Sophie concordou, mas havia uma doçura em seu tom que fez Benedict levantar o olhar para ela. ─── Mas eu sou sua mulher, e estou dizendo para você ir atrás dela.

Benedict a encarou, surpresa e dor misturando-se em seus olhos. Ele balançou a cabeça, a decisão difícil pesando em seu coração.

─── Eu não posso me jogar de cabeça nisso, Sophie. Nossa situação ainda é a minha prioridade. William não me perdoaria.

Sophie soltou um riso suave, mas havia uma determinação em seus olhos que Benedict raramente via.

─── E eu não lhe perdoaria se você não disser a ela. ─── ela rebateu, com uma firmeza que fez o coração de Benedict vacilar.

Ele sabia que Sophie estava certa, mas admitir isso para si mesmo era uma batalha que ele ainda não estava preparado para enfrentar. No entanto, o encorajamento dela, sua compreensão e amor, o deixavam com menos desculpas para não agir. Benedict se encontrava em um dilema, dividido entre o dever que sentia para com sua esposa e a verdade inegável de seu coração. Marjorie estava ali, mais próxima do que nunca, e o futuro de Benedict, de uma forma ou de outra, dependia da decisão que ele tomaria naquele instante.

Benedict não tinha pensado muito antes de agir, mas agora, enquanto caminhava rapidamente pelo corredor em direção ao quarto de Marjorie, a intensidade de suas emoções começava a pesar sobre ele. O som suave da voz de Marjorie cantando ao longe o envolvia, e mesmo que qualquer uma das mulheres da casa pudesse estar cantando, Benedict sabia que era ela. Aquela música era única para eles dois, um segredo compartilhado que haviam aprendido com Edmund.

A melodia contava a história de um cavaleiro e sua esposa que plantaram uma semente de salgueiro, e a árvore cresceu através de verões, invernos, e dezembros nevados. Eles sentavam-se à beira da água, lembrando das vidas que tiveram. Mas a parte que Marjorie cantava era a favorita deles, a parte que nunca haviam esquecido:

"Eu não iria deixá-lo, 
Eu iria segurá-lo, 
Quando o último dia chegar, 
E se você precisar de mim, 
Você não vai me segurar, 
No último dia, nosso último dia."

Quando Benedict finalmente chegou à porta do quarto de Marjorie, ele ficou sem palavras. Ela estava de costas para ele, sentada e penteando os cabelos, alheia à sua presença. A simples visão dela, tão serena e tranquila, fazia o coração de Benedict acelerar e errar algumas batidas.

Ele havia reunido toda a coragem que tinha para falar com ela, para finalmente confessar seus sentimentos, mas agora, vendo-a ali, essa coragem evaporou. As palavras cuidadosamente planejadas para explicar a confusão em que ele se metera desapareceram de sua mente, deixando-o sem saber o que dizer ou fazer.

As palavras escaparam de sua boca antes que ele pudesse se conter:

─── A senhorita está encantadora.

Os ombros de Marjorie se retesaram imediatamente. Ela não esperava vê-lo ali, e sua resposta veio carregada de amargura, sem nem ao menos olhar para ele.

───  Senhorita? Não somos tão distantes para você me chamar assim, Benedict. Ou melhor, acho que ainda não somos.

O arrependimento o atingiu instantaneamente. Ele não se arrependia apenas por ter usado "senhorita" para se referir à mulher que sempre fora sua em sua mente, a mulher que nunca o respondera a não ser como Marjorie ou a princesinha do castelo dos Bridgerton. Seu arrependimento ia muito mais além, se arrastando para o passado, para os momentos em que ele não se declarou a ela, para o maldito dia que tirou William de Sophie, e para o dia em que ele se casou com alguém que não amava, permitindo que a mulher de sua vida escapasse.

Antes que pudesse dizer algo, Marjorie quebrou o silêncio.

─── Tudo bem, eu fui um pouco grosseira. Obrigada pelo elogio.

Benedict apenas assentiu, sem entusiasmo, sentindo o peso de suas escolhas sobre seus ombros. Sem dizer mais nada, ele se retirou, voltando para o quarto que agora parecia uma prisão de suas próprias decisões, voltando para Sophie, enquanto seu coração ficava para trás, no quarto de Marjorie.

Benedict suspirou profundamente, afundando ainda mais na cama enquanto a frustração se acumulava.

─── Eu sei, Sophie. Eu fui um completo idiota.─── ele lamentou, sentindo o peso de suas palavras.

Sophie, agora vestida em um vestido leve e mais confortável, saiu do quarto de vestir e se aproximou dele com um olhar que misturava simpatia e exasperação.

─── Oh, Benedict, como você foi burro.─── ela disse, balançando a cabeça. ─── Mas ainda há tempo para consertar isso.

Benedict tirou as mãos do rosto e olhou para ela, a tristeza evidente em seus olhos.

─── E se ela nunca me amar, Sophie? E se tudo isso for só um sonho meu?

Sophie sorriu com ternura, sentando-se ao lado dele na cama.

─── Uma mulher apaixonada é muito difícil de se passar despercebida, Benedict. Se ela te ama, eu vou saber. ─── ela afirmou, sua voz cheia de confiança.─── E você também precisa acreditar nisso. Agora, é melhor você se vestir. O dia ainda não acabou, e quem sabe o que pode acontecer?

Benedict observou Sophie por um momento, sentindo a gentileza e o apoio dela. Ele sabia que, apesar das circunstâncias complicadas, Sophie queria o melhor para ele.

─── Você é melhor do que eu mereço, Sophie. ─── ele disse, se levantando lentamente.

─── Eu só quero que você seja feliz, Benedict. ─── ela respondeu suavemente, dando-lhe um sorriso encorajador. ───  E isso só vai acontecer se você for atrás do que realmente deseja.

Com um último olhar de gratidão para Sophie, Benedict começou a se preparar, sabendo que precisaria reunir toda a coragem que ainda lhe restava. O dia ainda tinha muitas possibilidades, e ele não podia mais permitir que o medo o controlasse.

( ... )

Benedict sentiu um turbilhão de emoções enquanto as palavras de Marjorie ressoavam em sua mente. Ele sabia que a vida dela nunca havia seguido o caminho tradicional, e era exatamente isso que ele admirava nela—sua força, sua determinação, e a forma como ela desafiava as expectativas da sociedade. Mas ouvir Lady Danbury sugerir que Marjorie fosse apresentada a cavaleiros e, pior, que Simon concordasse com essa possibilidade, fez o coração de Benedict se apertar.

Ele lutou para manter a compostura, embora por dentro estivesse a ponto de explodir. A ideia de Marjorie ser cortejada por outros homens, talvez até se casar com um deles, era insuportável. Ele desejava desesperadamente poder reivindicá-la, mas o fantasma de seus erros passados e a responsabilidade que tinha para com Sophie o mantinham preso.

─── Não sou mais uma debutante. ─── as palavras de Marjorie ainda ecoavam na cabeça de Benedict. Ele sabia que ela tinha razão; ela nunca fora uma debutante comum, e ele nunca a havia visto como tal. Para ele, Marjorie sempre foi muito mais—uma mulher singular, que merecia ser amada e respeitada por quem realmente era, não por aquilo que a sociedade esperava dela.

─── Lady Danbury. ─── Benedict finalmente encontrou sua voz, lutando contra o nó na garganta, ───  Marjorie é uma mulher que sabe o que quer. Acho que todos devemos respeitar isso.

Lady Danbury levantou uma sobrancelha, surpresa com a firmeza nas palavras de Benedict.

─── Bem, parece que o senhor Bridgerton tem algo a dizer sobre isso, afinal ─── ela respondeu com um tom levemente provocador.

Marjorie finalmente levantou os olhos para Benedict, e o encontro dos olhares foi como um choque. Ela parecia surpresa, talvez até tocada, mas logo desviou o olhar, voltando sua atenção para a refeição.

─── Eu só acredito. ─── Benedict continuou, agora com um pouco mais de confiança, ─── que devemos deixar Marjorie tomar suas próprias decisões. Ela já provou, inúmeras vezes, que sabe muito bem o que é melhor para ela.

Simon observou Benedict atentamente, e por um momento, um silêncio carregado tomou conta da mesa.

─── Concordo com Benedict. ─── disse Sophie, tentando aliviar a tensão.─── Marjorie tem sido uma inspiração para todos nós. E tenho certeza de que ela encontrará o caminho que lhe trará mais felicidade.

Marjorie deu um leve sorriso para Sophie, agradecendo silenciosamente pelo apoio.

─── Obrigada, Sophie. ─── ela disse suavemente, antes de finalmente olhar para Benedict. ─── E obrigada a você também, Benedict. Eu aprecio sua confiança em mim.

Aquelas palavras aqueceram o coração de Benedict, mesmo que ele soubesse que ainda estava longe de conquistar o que realmente desejava. Mas pelo menos, por enquanto, ele sentia que havia dado um passo na direção certa. E isso, para ele, já era um começo.

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