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01. and the duchess returns to her home

Há quase trinta anos atrás, antes até de seu nascimento, começava a história de Marjorie, a história dos Basset. O nascimento de Simon Arthur Henry Fitzranulph Basset, o conde de Clyvedon e seu irmão mais velho, foi recebido com muita alegria. Os sinos da igreja tocaram por horas, serviu-se champanhe à vontade no imenso castelo que o recém-nascido chamaria de lar e toda a aldeia de Clyvedon parou de trabalhar para participar dos festejos organizados pelo pai do jovem conde.

Simon Arthur Henry Fitzranulph Basset não passaria a vida como conde de Clyvedon. Esse era apenas um título de cortesia. O bebê - que possuía mais nomes do que qualquer criança de sua idade poderia precisar - era herdeiro de um dos mais antigos e abastados ducados da Inglaterra. E seu pai, o nono duque de Hastings, esperara anos por esse momento.

Aos 49 anos de idade, assistira a seus amigos - todos duques e condes - produzirem um herdeiro após o outro. Alguns tiveram de se contentar com o nascimento de meninas antes de conseguir gerar um precioso menino, mas, no fim, todos garantiram que sua linhagem continuaria, que seu sangue passaria para a geração seguinte da elite inglesa.

Mas não o duque de Hastings. Embora sua esposa tivesse concebido cinco vezes nos quinze anos de casamento, apenas duas gestações vingaram, e ambos os bebês nasceram mortos. Depois da quinta gravidez, que terminara com um aborto sangrento no quinto mês, médicos e cirurgiões disseram-lhes que não deveriam de jeito nenhum fazer uma nova tentativa de ter um filho. A vida da duquesa estaria em perigo. Ela estava frágil demais, fraca demais e, talvez ─── observaram com delicadeza ───, velha demais. O duque teria simplesmente que se conformar com o fato de que o ducado deixaria de pertencer à família Basset.

E por tantos conselhos e avisos de médicos e amigos, O Duque cogitava até um segundo casamento apenas para conseguir continuar com o legado de sua família e até uma bela Lady em tinha em mente.

Mas a duquesa, que Deus a abençoasse, sabia qual era seu papel na vida.
Após um período de seis meses de recuperação, ela abriu a porta que ligava os aposentos dos dois e o duque recomeçou sua busca por um herdeiro.
Cinco meses depois, ela informou ao marido que estava grávida. A euforia imediata dele só foi ofuscada por sua resolução de que nada ─── absolutamente nada ─── estragaria essa nova tentativa. A duquesa foi confinada à cama no instante em que parou de menstruar.

Um médico ia vê-la todos os dias e, na metade da gravidez, o duque encontrou o profissional de medicina mais respeitado de Londres e lhe pagou uma alta quantia para que abandonasse o consultório e se mudasse temporariamente para o castelo de Clyvedon. Dessa vez ele não ia correr risco algum. Teria um filho e o ducado permaneceria nas mãos dos Bassets.

E então, finalmente, chegou o momento decisivo. Toda a casa rezou pelo duque, que queria tanto um herdeiro, e alguns se lembraram de rezar pela duquesa, que continuava magra e frágil apesar de sua barriga ter se tornado redonda e larga. Todos tentaram não nutrir muitas esperanças - afinal, a nobre já havia parido e enterrado dois bebês. E mesmo que conseguisse dar à luz um bebê vivo, poderia ser uma menina.

Quando os gritos da duquesa ficaram mais altos e mais frequentes, seu marido se dirigiu aos aposentos dela, ignorando os protestos do médico, da parteira e da criada. O local estava coberto de sangue, mas o duque fazia questão de estar presente quando o sexo do bebê fosse revelado. A cabeça do feto apareceu, seguida dos ombros. Todos se inclinaram para a frente afim de observar enquanto a duquesa fazia força e empurrava, até que...

Até que o duque soube que Deus existe e ainda sorria para os Bassets. Esperou um instante para que a parteira limpasse o bebê, então pegou o menininho nos braços e se dirigiu ao salão para exibilo.

───Eu tenho um filho! ─── anunciou ele.─── Um filhinho perfeito! ─── Enquanto os criados comemoravam e choravam de alívio, o duque olhou para o minúsculo condezinho e disse: ─── Você é perfeito. É um Basset. E é meu.

Queria levá-lo para fora do castelo afim de provar a todos que fnalmente havia gerado um menino saudável, mas como no início de abril o clima era um pouco frio, deixou que a parteira o devolvesse aos braços da mãe. O duque montou um de seus cavalos premiados para comemorar, desejando a todos os que pudessem ouvir a mesma boa sorte que tivera. Enquanto isso, a duquesa, que não parara de sangrar desde o parto, ficou inconsciente e, por fim, faleceu.

E assim Simon mal havia vindo ao mundo e já havia perdido a pessoa mais importante de sua vida.

O duque lamentou a morte da esposa. De verdade. Ele não a amava, é claro, nem ela a ele, mas os dois haviam sido amigos de uma forma estranhamente distante. Ele não esperara nada do casamento além de um filho e herdeiro, e quanto a isso ela se provara exemplar.

E então o duque começou a pensar na criação do filho. Não pôde fazer muito no primeiro ano. O bebê era jovem demais para palestras sobre administração de terras e responsabilidade, de modo que o duque o deixou sob os cuidados de uma ama e foi para Londres, onde sua vida continuou praticamente como era antes de ele ser abençoado pela paternidade.

Durante os dois primeiros anos da vida do Simon ele havia passado unicamente com a ama e Lady Dunbury que havia cuidado de Simon como o filho que ela nunca teve e eventualmente o Duque o vinha visitar para saber de seu progresso, se já estava pronto para assumir o ducado mesmo que nem tenha saído das fraldas ainda.

─── O que está construindo aí, filho?

Simon sorriu e apontou. O duque olhou para a ama Hopkins.

─── Ele não fala?

Ela balançou a cabeça.

─── Ainda não, Vossa Graça.

O duque franziu a testa.

─── Ele já tem 2 anos. Já não deveria estar conversando? ─── O duque não escondeu sua raiva quando saiu batendo a porta.

Passaram-se quase cinco anos e Simon mal falava e quando falava gaguejava após um acesso de raiva de seu pai para obriga-lo a falar. O Duque que não havia esquecido a ideia de um segundo casamento, achava agora ainda mais atraente a possibilidade de tem um novo filho e que não fosse um débil mental.

Então, ele se aventurou novamente aos bailes em busca da bela Lady de cabelos longos pretos e que se recusava a prendê-los em um coque e o deixava hipnotizado. Dois bailes depois ele a viu com o cartão em seu pulso completamente cheio, no meio do salão com os cabelos esvoaçantes, um vestido azul claro com um tule brilhante com dezenas de flores azuis bordadas, um sorriso exuberante e ela deslizava pelo salão deixando qualquer um estagnado com a boca entreaberta e um olhar de admiração por sua beleza, enquanto ela dançava com Lady Violet Bridgerton.

Seu nome era Alexandra Jones, a única filha do Conde d'Averyon, A mulher mais disputada de toda a temporada social porque além de ser bela e educada, aquele que se casasse com ela assumiria o título de seu pai que só tinha a ela. Mas, o Duque via nela muito mais do que isso, se ela fosse apenas uma Lady, ele ainda teria se apaixonado por ela e ainda teria se casado com ela.

Em um baile a luz do luar, enquanto após dançar com ela, ele pode finalmente confirmar que estava apaixonado pela bela dama dos cabelos negros e ali mesmo naquele jardim ele a pediu em casamento. Alexandra que dá primeira vez que o viu havia jurado que não se casaria com ele por ele ser um homem casado, havia finalmente libertado seu coração para poder ama-lo. Assim os dois se casaram e Simon havia ganhado uma madrasta, alguém para ama-lo como sua mãe gostaria de ter feito.

Alexandra ou Lexie como ela gostava de ser chamada por aqueles que amava, era muito mais doce e prestativa do que o Duque e enquanto ele estava longe, não poupou esforços para ajudar o pequeno Simon a orgulhar o pai. Ela passava o tempo inteiro com Simon, proferindo palavras e sílabas, sem poupar elogios quando ele acertava e o encorajando quando errava. O progresso foi lento, mas a fala do menino melhorou. Seu convívio com o próprio pai não, mas os dias com sua madrasta eram melhores dos que quando ele não tinha ninguém.

Quando Simon tinha oito anos, Alexandra engravidou e mais uma vez o Duque de Hastings não podia conter sua felicidade porque ao contrário de seu relacionamento com a primeira duquesa que ela apenas como um contrato, seu relacionamento com Alexandra era de amor e desta vez ele mal podia esperar para ter uma menina, tinha sonhado várias vezes que teria, o fruto de seu amor.

Dessa gravidez nasceu, Marjorje Jones, uma bebê pequena, calma e extremamente fofa a quem todos caíram de amores. Especialmente, Alexandra. Simon amava passar quase todas as tardes ao lado do berço da irmã, apenas pensando em quando ela fosse maior e pudesse brincar com ele. E por alguns dias, aquele foi um lar feliz, até o comportamento do Duque havia ficado mais agradável. Mas, o destino parecia ter escolhido a casa dos Hastingas para infortúnios e tristeza.

Marjorie mal havia aprendido a abrir e fechar os olhos e uma doença havia chegado até sua mãe, deixando seus dias juntas contados e muito poucos, por sinal. Assim, com Marjorie não tendo nem mesmo um mês de vida, sua mãe foi sepultada e com ela qualquer amor, compaixão, empatia e felicidade que o Duque de Hastings sequer poderia ter, ele havia perdido a mulher de sua vida e dela apenas ficou uma cópia idêntica. Simon sentiu no âmago a rejeição do pai. Experimentou uma espécie peculiar de dor tomando conta de seu corpo e envolvendo o coração. E, conforme o ódio lhe invadia e transbordava por seus olhos, ele fez uma promessa solene. Se não podia ser o filho que o pai queria, então seria exatamente o oposto

E Marjorie? Bem, ela tinha a família Bridgerton que era mais dela do que de qualquer outra pessoa. Mesmo com tanta dor, ela encontrou neles o amor que lhe fora tirado com sua mãe. E bem, era pra eles quem ela estava voltando. Para sua casa.

( ... )

Os Domingos sempre foram dias mais familiares, o último dia da semana em que o cansaço dos dias corridos era preenchido por um dia de descanso e momentos tranquilos com a família, principalmente para os Bridgertons. Domingo é o dia em que todos se juntam para almoçar na casa da matriarca da família, deixando Violet Brigerton com o coração cheio de amor, quer dizer, não tão cheio, ainda faltavam algumas partes. Mas, ter a casa cheia, com seus filhos, seu genro, sua nora e seus netos que estão para nascer, era tudo o que a viúva precisava. Não iria nunca suprir a falta que Edmund fazia, de forma alguma, mas ver tanto amor em um único lugar, bem, isso lembrava a ela o porque de ama-lo tanto.

Como sempre, todos estavam na sala de estar esperando o almoço que sempre era escolhido a dedo por Lady Brigerton, ─── a mulher fazia questão de sempre escolher o prato que agradece pelo menos uma boa parte da família ou incluir algo que uma das gestantes estivesse com desejo, ela sabia bem como era isso. ─── ficar finalmente pronto. Enquanto esperavam, a família estava espalhada pela casa, Mesmo que Lady Bridgerton não goste, Hyancinth e Gregory estavam sentados no tapete enquanto brincavam com um de seus jogos que Anthony os havia ensinado a jogar.

Daphne estava tricotando uma manta para seu bebê, não era seu passatempo favorito mas ela lembrava de ter uma feita por sua mãe e que nunca dormia sem a mesma e um beijo de boa noite de seu pai. Seu bebê merecia a mesma tradição. Eloise estava escrevendo em seu diário, provavelmente planejando como ela viveria se tivesse a mesma liberdade que um homem de sua idade.
Colin estava implicando com ela, dizendo que nem é tão legal ser um homem e que ela nunca entenderia. Anthony e Simon estavam jogando xadrez, o Bridgerton estava perdendo de lavada e não pelo Basset ser notável, mas apenas porque ele sabia roubar quando Anthony se distraia. Benedict e sua esposa estavam no andar de cima, Sophie não passava quase nenhum tempo no andar de baixo, Lady Bridgerton chegava até a estranhar achando que ela fosse mais antissocial.

E Lady Bridgerton dividia seu tempo entre checar como iam os preparativos do almoço, ela sempre verificava se tudo estava sendo preparado do jeito que ela gostava, e a outra metade do tempo ela usava para conversar com sua família.

─── Tenho que admitir, Hastings, você melhorou muito desde o último verão. ─── Anthony reconheceu coçando o queixo tentando sair da posição de xeque que Simon o havia colocado.

Vossa graça escondia os lábios atrás de sua mão para esconder sua risada silenciosa, mas seu cenho se contraindo o estava entregando fazendo com que Anthony o olhasse sem entender.

─── Acho que você que piorou, Milorde...─── Foi apenas o que Simon disse segurando um do peão de Anthony.

─── Ele realmente não percebeu que Simon está roubando o tempo inteiro? ─── Indagou Colin puxando levemente uma mecha do cabelo de Eloise a fazendo bufar de raiva.

─── Ele o quê?! ─── Anthony indagou incrédulo. ─── Eu sabia que você não era tão bom assim! ─── Ele deitou todas as peças no tabuleiro, se encostando preguiçosamente na cadeira.

─── Você se distrai muito fácil! ─── Simon riu se levantando e indo até a esposa, ele depositou um beijo rápido em seus lábios e se sentou ao lado dela.

─── Sente-se pelo amor de Deus, Mãe.─── Anthony disse esfregando as têmporas, enquanto via a mãe de pé mais uma vez. Nos últimos dez minutos, Violet não passava mais de três segundos sentada e já levantava novamente para ir checar os preparativos, Anthony não aguentava mais, ele se distraia toda vez que ela se levantava.

─── Anthony, não me amole. ───A mais velha pediu finalmente se sentando.

─── Deixe nossa pobre mãe em paz, Irmão.───Pediu Daphne, sem olha-lo enquanto costurava. O mais velho dos irmãos apenas revirou os olhos. Dapnhe largou as agulhas e o rolo de lã.
─── Mãe, o bebê está se revirando, eu estou faminta.─── Ela exclamou colocando a mão em sua barriga de oito meses de gestação.

─── Espere, querida. Já estão colocando a mesa.─── Violet sorriu para filha, enquanto se sentava na poltrona de frente para a mesma.

Violet olhou para a barriga de Daphne sorrindo de orelha e orelha, A viúva mal podia esperar a hora de ter ambos seus netos em seus braços, há muitos anos ela havia experimentado a maternidade pela primeira vez e mal podia esperar para ser de fato uma avó. Seu coração estava batendo mais forte de tanta alegria.

─── Lady Bridgerton.─── Um dos criados entrou na sala, logo fazendo uma reverência e chamando a atenção da família. ─── A duquesa de Hastins.─── O homem anunciou e todos ficaram de pé no mesmo instante, como se todos tivessem levado um choque simultâneo, ou na verdade, simplesmente por que todos morriam de saudade de Marjorie Jones.

Quando sua mãe morreu, ela ainda era um bebê que necessitava de muitos cuidados e Lady Bridgerton era e sempre será a melhor amiga de Alexandra e se dispôs a cuidar de sua afilhada de todas as formas possíveis. Ela já havia tido seus dois primeiros filhos e tinha todas as habilidades para cuidar da pequena princesa do ducado. Então, ela acolheu Marjorie pela primeira vez em sua casa, cuidando dela enquanto seu pai mais uma vez se refugiava em Londres.

No começo era apenas para os primeiros meses da bebê, mas quando seu pai mostrou um grande desinteresse na menina, Violet ficou com ela até que ela completasse um ano de idade e quando a mulher engravidou de Colin, não poderia cuidar mais em tempo integral de Marjorie. Então, ela voltou para a casa de sua família onde uma ama cuidava dela assim como seu irmão, agora com quase dez anos. E ela recebia a visita dos Bridgertons quase toda semana.

Quando Simon atingiu seus dezessete anos, eles não aguentava mais ficar preso aos fantasmas de sua mãe e madrasta e muito menos ao monstro de seu pai, então ele deixou a pequena Marjorie de seis anos para trás e foi seguir sua vida. Mas, ao contrário do que a garotinha pensava, ela não estava desamparada, Edmund Bridgerton foi em pessoa ao ducado buscar Marjorie e acolheu mais uma vez entre os seus.

Ali na mansão dos Bridgertons, Marjorie encontrou todo o amor; carinho; atenção e suporte que faltava em sua própria casa. Ali, ela gostava de imaginar como se aquela fosse a família dela, como se Edmund e Violet fossem seus pais, Anthony e Colin seus irmãos e Benedict seu príncipe encantando e a casa deles era o castelo dela, onde ela seria feliz para sempre.

E em partes aquilo tudo era verdade, de um jeito ou de outro ela havia sido muito feliz naquela propriedade e todos eles eram sua família. E agora, a princesa estava de volta ao castelo.

─── Marjorie? ───Lady Bridgerton chamou e a mulher de cabelos negros entrou na sala, com seus cabelos esvoaçantes, seus olhos escuros e brilhantes e seu sorriso encantador.

─── Sentiram saudades? ─── A mulher indagou sorrindo de orelha a orelha e logo fazendo um reverência.

Todos na sala estavam completamente extasiados pela chegada repentina da mulher. Todos olhavam para ela com carinho e surpresa, A duquesa de Hastins é uma bela moça, uma mulher bem afeiçoada, seus traços eram delicados, quase como se tivessem sido pintados pelo mais atencioso e melancólico dos pintores, seu sorriso era como um pedaço do paraíso na terra, alegrando a todos presentes na sala e trazendo a todos, inclusive Anthony, memórias de tempos mais felizes.

Lady Bridgerton soltou um gritinho de empolgação ao ver sua afilhada, aquela que havia cuidado como se fosse um de seus filhos, a mulher saiu correndo pela sala e abraçou a jovem recém chegada. Normalmente essa não seria a recepção ideal que alguém na posição de uma das mulheres deveriam ter, porém faziam-se tantos anos que Violet não via sua afilhada, que ela esqueceu as etiquetas, as formalidades, a relação entre duquesa e Lady não existia, apenas uma relação de quase mãe e filha.

─── Oh doce Marjorie...───A mais velha suspirou ainda abraçada a jovem duquesa, que havia fechado os olhos brevemente e se entregando de corpo e alma ao carinho que a tempos precisava. ─── Deixe-me vê-la... ─── Ela disse com os olhos brilhando enquanto afastava a jovem de seu corpo e a olhava atentamente querendo ter certeza que durante todos esses anos ela tenha se cuidado, se alimentado muito bem e que continuava a linda duquesa. ─── Como cresceu! ───Ela sorriu com lágrimas nos olhos, como ela queria que Alexandra a visse. ─── Você poderia ter me avisado que viria, eu mandaria fazer um banquete para você. ─── A mais velha disse finalmente soltando Marjorie, Mas não escondendo as lágrimas que brotavam em seus olhos e muito menos as vezes que fungava tentando não demonstrar excesso o quanto havia sentido falta de Marjorie.

───Eu nunca me importei com banquetes, Lady Bridgerton. ─── Marjorie disse sorrindo ainda segurando levemente os braços de sua madrinha, entrelaçando brevemente seus dedos e sorrindo mais ainda.

───Por Favor, não me chame de Lady Bridgerton! Eu ajudei a te criar, nosso laço vai muito mais íntimo do que isso. A senhorita pode muito bem, me chamar de Violet ou Madrinha, querida ───A mais velha disse acariciando os cabelos castanhos de Marjorie, seus olhos brilhavam mais a cada minuto.

─── Tudo bem, Madrinha. ───Marjorie concordou logo encontrando seu caminho novamente para os braços de Lady Bridgerton e abraçando bem apertado. Como um típico abraço de mãe, era possível se sentir curado e protegido, como se nenhum mau desse mundo pudesse de forma alguma te encontrar. É se sentir amado e a pessoa mais importante de todas. Marjorie não se lembra de sentir isso com sua mãe, mas ela não poderia se quer viver sem saber como é exatamente se sentir assim nos braços de Violet.

─── Pare de esmaga-la, mamãe. A senhora não é a única que sente saudades. ─── Eloise se aproximou segurando seu livro, e tentando não se jogar também nessa abraço apertado.

─── Eloise! ─── Marjorie exclamou animada abrindo os braços para receber Eloise.

A jovem Bridgerton sorriu e se aconchegou nos braços da mais velha, matando um pouco da saudade. Marjorie é dois anos mais nova que Benedict, o segundo filho de Lady Brigerton. Suas mães eram melhores amigas, desde a juventude, sendo madrinhas de casamento uma da outra e madrinha de seus filhos. Quando a mãe de Marjorie faleceu, ela passou muito tempo com Lady Bridgerton, que na época estava no início da gestação de Colin, e a mulher acabou sendo uma mãe para a jovem garota que havia perdido sua mãe verdadeira e havia sido rejeitada pelo próprio pai.

A jovem duquesa, praticamente cresceu na casa dos Brigerton, ela conheceu todos os oito irmãos e tem orgulho de ter ajudado a criar os mais novos, Mas era inevitável a duquesa tinha seus favoritos, Benedict, Eloise e Colin, Já que Anthony sempre foi muito rabugento e implicava com ela, os dois são mais para inimigos-amigos, do que melhores amigos. Os três mais novos, Francesca, Hyancinth e Gregory, eram pequenos quando Marjorie foi morar com o irmão, mas ela ainda tem uma conexão com ele.

Hyancinth com as mãos atrás do corpo, pigarreou chamando a atenção de Marjorie. A pequena já era tímida por natureza e por quase nunca ver Marjorie, ainda tinha vergonha de se aproximar dela.

─── Não vai me abraçar, minha pequena? ───Marjorie disse abrindo os braços para a menina que corou mas não deixou de correr para seus braços.

Quando Hyancinth era menor, as duas viviam roubando pedaços de torta de morango da cozinha. Lady Bridgerton, sempre ficava brava com as duas, mas ao ver a felicidade delas por conseguir comer a torta antes de todo mundo, a mais velha sempre relevava. E essa é a memória mais doce que a garota tem da jovem duquesa.

─── Não esqueçam de mim! ─── Gregory que sempre foi mais extrovertido do que a irmã, disse correndo entre Colin e Anthony para chegar até Marjorie. A mesma abraçou ele juntamente com a menina.

─── Santo Deus, meus meninos estão tão grandes! ─── Marjorie exclamou sorrindo enquanto apertava a bochecha dos mais novos.

─── Será que você ainda se lembra de mim? ─── Francesca indagou com as bochechas vermelhas.

──Como eu iria esquecer da minha aprendiz de Violino?! ───Marjorie deu um beijo na bochecha de Francesca que sorriu com o gesto.

Quando Edmund ainda era vivo, ele costumava designar um instrumento para cada uma das crianças mais velhas, indo de Anthony, Benedict, Colin, Marjorie e parando em Dapnhe para que dedicassem um pouco de seu tempo para aprender e nenhum dos meninos seguiu com o passatempo, mas Dapnhe realmente se dedicou ao piano e Marjorie ao violino e quando a Bridgerton passava as tardes bordando, o que a Jones sempre detestou fazer, ela começou a ensinar a Francesca que era tímida demais para dizer não.

─── E do seu charmoso irmão, você esqueceu? ─── Indagou Simon arqueando as sombracelhas enquanto esboçava seu melhor sorriso galanteador.

─── Nem se eu quisesse, eu poderia esquecer. ─── Marjorie sorriu caminhando até seu irmão com um sorriso no rosto e os olhos brilhando.

─── Como eu senti a sua falta, vossa graça.─── O mais velho disse apertando a irmã contra seu corpo, a levantando levemente.

Marjorie deixou ser levada pelo carinho do irmão por alguns minutos, mas pediu para que ele se afastasse quando a vontade de chorar de felicidade chegava e o ar começava a faltar.

─── Não precisa me sufocar, vossa graça.─── Ela disse sorrindo e se soltando do irmão, logo puxando o ar com força.

─── Qual é o motivo da sua volta? Qual é problema, dessa vez? ─── O mais velho perguntou cruzando os braços.

─── Vossa graça me ofende falando desta maneira.───Marjorie caminhou até Daphne.─── Até parecia que eu vivi como os seus dias na faculdade. ─── Ela riu o calando. ─── Eu vim para ajudar no nascimento do meu sobrinho. Eu não estava no casamento de vocês, e não posso fazer o mesmo com o nascimento do próximo Duque de Hastings! ─── Ela sorriu.

───Vossa graça, tem certeza que é um menino? ─── Daphne perguntou sorrindo, segurando a mão da cunhada.

─── Estou sentindo que será um menino.───Marjorie respondeu animada alisando a barriga de Daphne.─── Não é, meu pequeno futuro médico? ─── Ela disse sorrindo, se abaixando rapidamente na altura da barriga da cunhada. ─── Como você está, Daphne? ─── a duquesa se levantou, perguntando enquanto abraçava a cunhada.

─── Estou imensamente redonda. ─── A nova Basset respondeu, não controlando sua risada, logo fazendo todos acompanha-la.

─── Com licença, chegou a minha vez de comprimentar, a duquesa. ─── Disse Colin com um ar formal tentando uma brecha para ter um pouco da atenção da duquesa para si, praticamente se espremendo entre seus parentes para chegar até a mulher.

─── Como está o meu menino? ─── Marjorie indagou apertando as bochechas dele, Colin corou rapidamente enquanto Anthony e Simon riam da situação. Marjorie é apenas um ano mais velha que Colin, ela é como uma irmã mais velha, que sempre protegeu ele. Ela foi uma peça fundamental para Colin ser quem ele é hoje, já que seus dois irmãos mais velhos não o entendiam.

Colin sorriu e deu um rápido abraço em Marjorie.

─── Marjorie.─── Anthony parou a frente da mulher inicialmente com os braços atrás do corpo, mas logo estendeu o braço direito e pegou delicadamente, nos padrões Anthony, e beijou a mão dela. Logo a soltando.

───Anthony. ─── Ela esboçou um sorriso singelo.

Desde pequenos os dois são assim, ambos nunca foram muito íntimos, por isso se tratam com certa formalidade. Talvez o principal motivo seja pela atenção que ambos disputavam por parte de Edmund Brigerton, e de todas as vezes que o casal Brigerton faziam com que as crianças estivessem sempre juntas e tivessem que dividir alguma coisa. Mas, os dois sabiam que no fundo era por causa do cavalo de madeira que Edumund deu a Marjorie em seu aniversário.

───Temos visita? ─── Indagou Benedict entrando correndo na sala de visitas.─── Ouvi o barulho de uma carruagem.

Marjorie estava de costas para a porta da sala e estremeceu ao ouvir a voz de Benedict. Desde criança ele era seu cavalheiro de armadura reluzente, aquele que sempre a protegia e a confortava, aquele que ela amava. Marjorie se virou lentamente para ele, Com um sorriso no rosto e o coração batendo forte em seu peito. Benedict estava surpreso ao vê-la, mas ele não poderia esconder sua felicidade, seus olhos brilhando e seu sorriso bobo falavam por si só.

─── Céus, você vai ficar aí parado ou vai vir me abraçar? ─── A mulher indagou rindo de braços cruzados.

Os olhos de Benedict estavam brilhando, seu peito estava explodindo de felicidade por vê-la. Os dois correram na direção um do outro e deram um abraço. Benedict tirou Marjorie do chão enquanto ela ria. Faziam anos em que ele não ouvia a risada que marcou sua infância e para ela faziam anos em que não sentia a sensação reconfortante de estar nos braços dele.

─── Você está bem mais charmoso do que antes.─── Ela disse em frente à ele quando eles se soltaram.

─── Digo o mesmo. ───Ele beijou a mão dela.

Por alguns segundos os dois ficaram ali, parados no meio da sala como se só tivesse os dois em todo o universo. Todos na sala sorriam enquanto observavam os dois, mas nenhum deles percebeu, eles estavam concentrados demais um no outro. A concentração de Marjorie nos olhos de Benedict era tão forte que ela não percebeu a mulher atrás dele.

─── Essa é a minha esposa, Sophie. ─── Ele quebrou o silêncio caminhando até a mesma e segurando sua mão.

De uma maneira estranha e inacreditável, Marjorie tirou sua atenção dos olhos de Benedict e finalmente olhou para a mulher, demorando alguns segundos para associa-la ao título de esposa de Benedict. Marjorie não podia negar que estava surpresa, ou até mesmo chocada, ela nunca imaginou Benedict se casando, e muito menos antes dela, o que era uma grande mentira já que ela nunca pensou que ele poderia se casar com alguem que não fosse ela. No fundo de seu coração ela pensou que sempre seriam os dois.

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