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012, ditto.

❝Eu meio que gosto de você, não quero enigmas
Diga para mim, diga de volta, oh, diga: Eu também❞

─ DITTO, NEWJEANS

─ eu 'tô muito preocupada com a Nay ─ Dahyun suspirou ruidosamente, apoiando os cotovelos sobre a mesa do refeitório ─ ela não respondeu as mensagens que eu enviei, não retornou minhas ligações e não veio pra aula. Tenho medo de que ela faça uma besteira.

─ vira essa boca pra lá! ─ Chaeyoung exclamou imediatamente. Embora fosse sarcástica na maioria das vezes e adorasse provocar as melhores amigas, a Son também se preocupava muito com ambas e sentia um aperto no peito sempre que as via tristes. Nesse momento, ela também se sentia impotente por não poder fazer nada para ajudar Nayeon ─ eu te juro Dahyun, juro por tudo o que é mais sagrado ─ chamou a atenção da mais velha ─ que se eu encontrar com essa tal garota na rua, eu vou fazer ela se arrepender de ter nascido!

─ violência não resolve nada, Chae ─ a kim discordou ─ mesmo porque, nós nem sabemos como ela é.

─ eu posso descobrir ué ─ a baixinha deu de ombros, enfiando um pedaço enorme de bolo de chocolate na boca ─ mas sabe o que é engraçado?

─ te ver mastigar de boca aberta? ─ a Kim questionou retoricamente, recebendo um pequeno empurrão da Son.

─ idiota ─ soltou um riso baixo, engolindo a sobremesa ─ enfim, o que eu ia dizer é que Mina me contou que uma amiga dela tá passando por isso também ─ levou o indicador até o queixo, como se tentasse recordar de algo ─ quer dizer, não exatamente a mesma situação, já que foi ela quem terminou, nesse caso.

─ parece que a vida não é um conto de fadas, afinal.

─ definitivamente não ─ Chaeyoung concordou ─ acho que vou visitar a Nay hoje. Talvez eu leve aquele milkshake de mirtilo que ela adora.

─ é uma ótima ideia ─ Dahyun assentiu, sorrindo sincera ─ acho que isso pode anima-la, mesmo que só um pouquinho.

A conversa entre as duas garotas se estendeu por mais alguns minutos até que, de repente, Chaeyoung sorriu ladino ao olhar por cima do ombro da Kim, levantando-se do banco em que estava na velocidade da luz.

─ é a minha deixa ─ piscou seu olho direito para a mais velha que, sem entender, soltou um murmúrio confuso ─ tchauzinho tofu ─ acenou brevemente, correndo para fora do refeitório.

Dahyun permaneceu na mesma na mesma posição por alguns segundos, os olhos semicerrados e um ponto de interrogação sobre sua cabeça. Isso até sentir uma mão tocar-lhe o ombro.

─ bom dia, Kim ─ mesmo sem olhar para trás, Dahyun sabia que era Momo ali. O tom suave e despreocupado não deixava espaço para qualquer dúvida, bem como o cheiro característico do perfume favorito da japonesa.

─ bom dia, Hirai ─ a morena devolveu o cumprimento, observando a garota tomar o acento ao seu lado e sorrir para si.

─ como 'tá o seu tornozelo? Ainda dói muito? ─ por breves segundos, a expressão tranquila de Momo foi tomada por uma preocupação sincera, um pequeno vinco se formando entre as sobrancelhas bem feitas.

─ oh, já está bem melhor! ─ Dahyun a tranquilizou ─ e não, não dói nem um pouquinho assim ─ sinalizou com o polegar e o indicador, arrancando uma risada frouxa da japonesa.

─ bom saber, porque... ─ Momo aproximou-se perigosamente do rosto da Kim, sussurrando contra seu ouvido ─ eu queria te chamar pra sair depois da aula ─ segredou, deixando seus lábios rasparem levemente contra a pele macia da mais nova, que sentiu um arrepio subir por sua coluna ─ o que acha disso? ─ questionou inocentemente, ao se afastar.

─ acho bom ─ Dahyun fechou os olhos com força e abaixou a cabeça ao notar que sua voz havia saído algumas oitavas mais alta e bem, bem mais fina do que o de costume. Sentiu suas bochechas esquentarem ao ouvir, mais uma vez, a risada da mais velha.

"Pelo menos eu faço ela rir", pensou consigo mesma.

─ ótimo! ─ disse simples, mas sem deixar de sorrir ladino ─ te espero na saída, não vá fugir, hm? ─ e, como se não fosse nada demais, Momo voltou a aproximar seu rosto do de Dahyun, deixando um selinho no canto de seus lábios ─ até mais, gatinha ─ ela se afastou, deixando para trás uma Dahyun completamente estática e com o coração batendo de forma assustadoramente descompassada.

[...]

─ isso é um encontro? ─ Dahyun questionou em meio a conversa que estavam tendo, falando sobre tudo e, ao mesmo tempo, sobre nada. Com sua mão direita, segurava uma casquinha de morango que já começava a derreter diante do sol quente.

As garotas caminhavam lado a lado pelo parque praticamente vazio naquele horário, seus dedos livres esbarrando-se algumas vezes, fazendo-as desviar o olhar para longe uma da outra. Era até engraçado para quem visse de longe.

─ considere esse, o nosso segundo encontro ─ Momo respondeu, lambendo seu sorvete de baunilha logo em seguida. Ao longe, era possível ouvir o canto dos pássaros e o barulho relaxante da água do xafariz, contudo a melodia que mais agradava os ouvidos atentos de Dahyun, era o som da respiração tranquila da japonesa ao seu lado ─ você tá muito quieta, hoje ─ a mais velha comentou de repente, direcionando seu olhar até às órbes escuras da Kim ─ o que aflige essa sua cabecinha, hm? ─ questionou divertida, mas Dahyun conseguiu notar um fundo de preocupação em sua voz.

─ nada demais ─ respondeu rapidamente, vendo a japonesa arquear a sobrancelha, demonstrando que claramente não havia acreditado ─ tudo bem, tem uma coisa sim, é só que eu tenho medo de parecer idiota.

─ Dahyun ─ Momo parou de caminhar e virou-se de frente para a mais baixa. Naquele instante, a coreana sentiu seu coração dar um pulo dentro de seu peito. Era a primeira vez que ouvia Momo chama-la por seu primeiro nome. Sem apelidos e sem o corriqueiro "Kim". Apenas... Dahyun ─ não importa o que diga, você jamais irá parecer idiota para mim ─ dessa vez a japonesa não sorria e seu tom não era de piada. Ela falava sério e algo em seus olhos fazia Dahyun ser incapaz de desviar o olhar.

─ eu gosto de você, Momo ─ confessou, utilizando da súbita coragem que se apossou de si ─ gosto pra valer.

Durante alguns segundos, que pareceram horas para a cabeça ansiosa da Kim, Momo nada disse. A japonesa permaneceu estática, olhando-a com um brilho de surpresa e algo a mais que Dahyun não conseguiu decifrar naquele momento.

Não até que Momo deixasse o sorvete, já completamente derretido, cair na grama verdinha e, em um piscar de olhos, puxa-la para mais perto. Os narizes quase se tocando e as respirações se misturando.

Ambas permaneceram daquela maneira por um tempo, o olhar da Hirai vagando dos olhos brilhantes para os lábios vermelhos e cheinhos da garota de pele alva, ansiando por mais contato.

Quando o toque delicado de Dahyun alcançou a cintura de Momo, apertando levemente o local, tal proximidade passou a ser tão torturante que elas nem mesmo perceberam o momento exato em que os lábios se chocaram.

Dahyun quase não conseguiu acreditar que Hirai Momo realmente a estava beijando. Ela tinha cheiro de chiclete tutti-frutti e os lábios quentes com gostinho de baunilha. As mãos, sempre tão precisas ao arremessar a bola contra a cesta, faziam um excelente trabalho em passear pelas curvas da mais nova com curiosidade, emaranhando seus dedos longos pelos fios escuros da Kim, encostando ainda mais seus corpos e aprofundando o beijo.

Inconscientemente, Dahyun perguntava-se com quem Momo havia aprendido a beijar tão bem assim. Não que aquilo realmente importasse naquele momento mas, céus, Dahyun não se lembrava de ter sido beijada de tal maneira antes.

Ainda assim, a mais nova correspondeu o beijo com devoção, mordiscando os lábios macios e enroscando sua língua na dela.

Hirai Momo beijava muito, muito bem e tal informação ficaria gravada eternamente nos pensamentos de Dahyun.

─ gosto de você também, Kim ─ Momo sibilou quando separaram-se em busca de fôlego, encostando suas testas carinhosamente ─ mas acho que gosto mais da sua boca ─ gracejou, deixando um selinho nos lábios inchados.

Dahyun era incapaz de formular qualquer frase coerente naquele momento, tamanha era sua euforia. As batidas de seu coração podiam ser facilmente ouvidas pela mais velha, mas aquilo pouco importava.

O fato de ambas estarem completamente lambuzadas de sorvete também não pareceu incomoda-las, principalmente quando seus lábios voltaram a se conectar e nenhuma palavra precisou ser proferida para que ambas soubessem que aquele seria o primeiro de muitos outros beijos que viriam.

Boa tarde meus amores!

Primeiramente, gostaria de me desculpar pela demora. Esse capítulo bem boiola (e não revisado) é uma forma de me redimir com vocês  kkkk

Também gostaria de comentar que, caso alguém aqui goste de seventeen, eu publiquei uma two shot de jihancheol no meu perfil, caso queiram dar uma olhada ;)

Por último, gostaria de dizer que tem muitas novidades vindo por aí, inclusive uma short fic de Sahyo 😼

Agora me contem aqui o que acharam do capítulo!

Até breve (eu acho) <3











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