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quatro; uma brecha de sentimento.

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       𝕺 Kim ficou parado no corredor, a cabeça borbulhando de perguntas. Ele não sabia ao certo o que esperava encontrar indo até a sala de detenção, mas definitivamente não era aquela sensação estranha de vazio que tomou conta dele ao ver Sunghoon partir sem uma palavra. Ele queria dizer algo, qualquer coisa, mas as palavras pareceram se perder antes mesmo de serem formadas.

Com um suspiro voltou pro lado de fora, onde Jake e Niki o esperavam perto dos portões da escola.

— Onde caralhos você tava? A gente te procurou em todo lugar. — Jake falou, estreitando os olhos.

Sunoo hesitou, mas acabou decidindo não responder. Ele sabia que não tinha uma explicação que fizesse sentido nem pra si mesmo, então apenas deu de ombros. Niki o encarou e então afirmou logo em seguida, observando sua expressão.

— Você tá com cara de quem viu um fantasma.

— Ou talvez tenha visto o Sunghoon por aí, aquele cara dá medo. — o Shim acrescentou, brincando, mas com um tom levemente sério.

— Não foi nada disso. — Sunoo retrucou rapidamente, corando.

Os dois amigos se entreolharam, mas decidiram não pressionar mais. Ambos sabiam muito bem que Sunoo era reservado, e que quando estivesse pronto pra falar, o faria.

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Enquanto isso, Sunghoon voltava pra casa, seus passos lentos e pesados. Ele odiava aquele trajeto, odiava cada centímetro da rua que o levava de volta pro inferno onde morava. As paredes da casa pareciam mais apertadas a cada dia, e o silêncio entre ele e o pai só era interrompido pelo som das garrafas batendo na mesa ou pelas explosões de raiva que vinham do homem.

Ao abrir a porta, foi recebido pelo som familiar do noticiário da televisão e o cheiro amargo de álcool no ar. Seu pai estava sentado no sofá, uma expressão vazia no rosto, mas os olhos penetrantes indicavam que ele não estava alheio à presença de Sunghoon.

— Chegou cedo demais. — disse o homem, a voz arrastada.

Sunghoon ignorou o comentário e foi direto pro quarto, ele sabia que qualquer palavra dita naquele momento poderia desencadear algo que não queria enfrentar.

Trancou a porta atrás de si e jogou a mochila em um canto, sentando-se na cama. Sua mãe costumava se sentar ali nas noites em que o pai ficava fora e lhe contava histórias sobre como tudo poderia ser diferente. Mas agora ela não estava mais lá. Tinha fugido, implorado pra que fosse junto, mas ele recusou.

"Eu vou proteger você", havia prometido. Mas no fundo, sabia que não era tão simples. Sunghoon olhou pro teto, a mente vagando e as palavras dos vizinhos ainda ecoando em seus ouvidos.

Ele vai acabar igual o pai.

Isso o irritava mais do que qualquer outra coisa. Mas no fim das contas, parecia estar se tornando tão violento quanto ele.

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Na manhã seguinte, Sunoo chegou no colégio mais cedo do que o normal, e estava decidido a entender por que Sunghoon parecia carregar um peso tão grande, mesmo que isso significasse desafiar a lógica e a cautela.

Quando entrou no prédio, viu Jungwon, o monitor da sua classe, organizando alguns folhetos perto do quadro de avisos. Ele sempre estava envolvido em alguma coisa, fosse resolvendo problemas dos alunos ou ajudando os professores

— Ei, Jungwon. Bom dia! — Sunoo chamou.

O garoto levantou os olhos e deu um sorriso radiante.

— Oi, Sunoo! Precisa de algo?

O Kim hesitou por um momento antes de perguntar, mordendo o lábio inferior, meio que sem saber como formular a pergunta.

— Então, pode soar um pouco estranho, mas... você conhece o Sunghoon?

A expressão de Jungwon ficou séria. Ele olhou ao redor pra se certificar de que ninguém estava ouvindo antes de responder baixinho.

— Por que tá perguntando sobre ele?

— Só curiosidade. Ele parece complicado, pra dizer o mínimo.

Yang suspirou, cruzando os braços.

— O Sunghoon é definitivamente complicado. Ele tá sempre na detenção, mas nunca conta o que realmente está acontecendo. Na verdade, acho que ninguém sabe ao certo.

— E você nunca tentou descobrir?

— Tentei, mas ele não deixa ninguém chegar perto. É como se ele construísse muros ao redor de si mesmo.

Sunoo ficou pensativo. Ele sabia que Sunghoon era reservado, mas ouvir aquilo de Jungwon só reforçou sua curiosidade.

— Bem, se alguém pode descobrir, talvez seja você. — Jungwon disse, meio brincando, mas com um toque de seriedade.

O loiro riu, embora estivesse longe de se sentir confiante.

Depois disso, o dia passou devagar. O Kim se pegava olhando pro relógio a cada poucos minutos, ansioso por algo que nem ele sabia definir. Quando a última aula finalmente terminou, o garoto saiu da sala, decidido a encontrar Sunghoon e falar com ele.

Sunoo sabia onde procurar: o corredor que levava à sala de detenção. O Park sempre estava lá, esperando que o tempo passasse. Quando chegou ao local, encontrou o rapaz de cabelos negros encostado na porta da sala, os braços cruzados e a cabeça baixa. Ele parecia tão distante que Sunoo quase desistiu, mas algo em seu interior o impediu de recuar.

Ele deu alguns passos hesitantes até parar a uma curta distância.

— Oi... — disse, sua voz ecoando suavemente no corredor vazio.

Sunghoon levantou os olhos, surpreso, mas não disse nada. Apenas encarou Sunoo, como se tentasse entender por que ele estava ali. Por alguns segundos o silêncio pairou entre eles, pesado e cheio de significados não ditos. Sunoo sentiu o coração acelerar, mas antes que pudesse dizer algo mais, Sunghoon deu de ombros, desviou o olhar e entrou na sala de detenção sem uma palavra.

Sunoo ficou parado, sentindo-se um pouco idiota, mas também mais determinado do que nunca. Talvez Sunghoon não quisesse ser salvo, mas o Kim não conseguia ignorar o fato de que havia algo mais por trás daqueles olhos sombrios.

E ele estava decidido a descobrir o que era.

Após o breve — e um tanto desconcertante — encontro no corredor da escola, Sunoo continuou a observar Sunghoon de longe. Não era algo intencional no começo, mas parecia que quanto mais ele tentava entender o rapaz, mais difícil ficava ignorar sua presença.

Na sala de aula, Sunoo frequentemente se pegava olhando pela janela, onde Sunghoon costumava ficar durante os intervalos, afastado de todos. Ele quase sempre tinha o mesmo padrão: fones de ouvido, olhar distante, sua mente parecendo estar em qualquer outro lugar que não fosse ali.

Jake, é claro, notava todas as vezes.

— Por que você anda tão distraído ultimamente? — perguntou, enquanto abria o lanche — Deixa eu adivinhar... ainda tá pensando no delinquente?

— Ele não é um delinquente. — Sunoo respondeu, talvez rápido demais.

O australiano ergueu as sobrancelhas, surpreso.

— Não sabia que você era o advogado dele agora.

— Não é isso. Só acho que ele tem... sei lá, uma história.

Niki, que estava mexendo no celular ao lado deles, deu uma risada.

— Todo mundo tem uma história, Sunoo. Isso não significa que a gente precisa se envolver com um maluco que parece pronto pra dar um soco na nossa cara a qualquer momento.

Sunoo ficou em silêncio. Seus amigos não entendiam, e ele não sabia como explicar. Havia algo em Sunghoon, algo que parecia pedir ajuda sem nunca realmente pedir.

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     𝔄 cada dia, Sunghoon vivia mais um ciclo sufocante. Seu pai tinha chegado mais tarde do que o normal na noite anterior, carregado de álcool e raiva. O motivo? Uma discussão no bar, algo que Sunghoon já vira tantas vezes que nem fazia mais sentido.

— Você vai acabar como eu, seu filho da puta. — o pai dissera, cambaleando pela cozinha — Um fracassado.

O rapaz não respondeu, ele sabia que qualquer palavra seria como jogar gasolina no fogo. Quando finalmente conseguiu escapar pro quarto, a cabeça latejando com os gritos e insultos, ele se jogou na cama e encarou o teto. A única coisa que o mantinha de pé era a promessa silenciosa que fizera a si mesmo: não seria como o pai. Nunca.

Naquela noite, enquanto ouvia os barulhos da televisão e o som do copo batendo na mesa, sua mente vagou até a figura de Sunoo, seu colega de classe que parecia viver lhe observando. O garoto parecia tão... diferente. Havia algo nele que era difícil de ignorar.

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     𝔑o dia seguinte, Sunoo chegou à escola com um plano. Ele precisava de alguma forma se aproximar de Sunghoon, não sabia como ou por quê, mas sentia que era necessário. Durante a aula de artes, viu surgir uma oportunidade perfeita pra isso. A professora, Kang Heejin, pediu que os alunos formassem duplas pra um projeto que seria entregue no final do semestre.

— Escolham alguém com quem não costumam trabalhar. — ela disse, com um sorriso.

Jake imediatamente olhou pra Sunoo, mas antes que pudesse dizer algo, o loiro em questão levantou a mão.

— Posso fazer com o Sunghoon?

A sala ficou em silêncio. Até a professora pareceu surpresa.

— Hm... é claro, se ele concordar.

Todos os olhares se voltaram pro Park, que estava no fundo da sala, aparentemente indiferente ao que estava acontecendo. Ele deu de ombros, como se dissesse que não se importava e voltou a encarar o caderno à sua frente.

Jake parecia prestes a protestar, mas Niki o segurou pelo braço.

— Deixa o Sunoo. Se ele quer brincar de salvador, deixa ele brincar.

Sunoo ignorou os comentários e foi até a carteira de Sunghoon. Ele sentiu o coração acelerar quando se aproximou, mas tentou parecer confiante.

— Parece que somos uma dupla agora...

Sunghoon levantou os olhos e por um momento, Sunoo achou que ele fosse recusar. Mas em vez disso, o garoto apenas assentiu e voltou a desenhar no caderno.

— Ótimo. — Sunoo disse, tentando esconder o nervosismo.

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    𝕺 primeiro encontro pro projeto foi desajeitado, pra dizer o mínimo. Sunghoon parecia completamente desinteressado, enquanto Sunoo tentava, sem sucesso, criar algum tipo de conversa.

— Então... o que você acha de fazermos algo relacionado a... sei lá, paisagens? — Sunoo sugeriu.

— Tanto faz.

— Você gosta de desenhar, né?

— Às vezes.

As respostas curtas de Sunghoon deixavam claro que ele não estava disposto a se abrir. Mas Sunoo era teimoso, continuou tentando, mesmo que o progresso fosse quase inexistente.

Foi apenas no terceiro encontro que algo mudou. Eles estavam na biblioteca, cada um ocupado com suas próprias tarefas quando Sunghoon, inesperadamente, puxou a conversa.

— Por que... você tá fazendo isso?

Sunoo levantou os olhos, confuso.

— Fazendo o quê?

— Tentando falar comigo. Quer dizer, todo mundo parece... me evitar.

Sunoo hesitou. Não tinha uma resposta clara, mas decidiu ser honesto.

— Acho que você parece solitário.

Sunghoon riu, um som curto e amargo.

— Isso não é da sua conta e muito menos da sua responsabilidade.

— Talvez não, mas eu quero entender.

Sunghoon o encarou por um longo momento antes de desviar o olhar. Ele não respondeu, mas algo na expressão dele parecia menos fechado, menos distante. E pela primeira vez, Sunoo sentiu que estava começando a chegar perto de algo real.

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