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dez; brechas na armadura.

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        𝕺 clima em casa estava mais pesado do que o normal, e Sunghoon percebeu de imediato quando pôs seus pés no ambiente. Ele tinha chegado tarde com a mesma tática de sempre; entrar sem fazer barulho, torcendo pra que o pai já estivesse desmaiado no sofá. No entanto, a sorte parecia ter se esgotado naquela noite.

— Até que enfim. — aquela voz rouca e carregada de sarcasmo ecoou na sala.

O Park congelou na entrada. Seu pai estava de pé, segurando uma garrafa quase vazia e com o olhar vidrado.

— Onde você tava, moleque? — perguntou, seu tom cheio de uma raiva familiar.

— Na casa de um amigo. — Sunghoon respondeu, com a cabeça baixa.

— Não mente pra mim! — o homem jogou a garrafa no chão, o som do vidro quebrando ressoando na casa.

O coração de Sunghoon disparou, ele conhecia bem o roteiro que viria a seguir. Tentou não reagir, mas quando o primeiro golpe veio, um chute desferido no seu estômago, ele caiu de joelhos, com o corpo todo tensionado.

— Você acha que pode sair por aí e me desafiar, não é? — o pai continuava a gritar e chutá-lo no chão, mas Sunghoon já não ouvia direito. Sua cabeça girava e o gosto metálico de sangue preenchia sua boca.

Quando tudo finalmente terminou, ele ficou imóvel no chão por um tempo. Só depois de ouvir os passos pesados do pai subindo as escadas foi que conseguiu se levantar e sair de casa, as pernas tremendo e mal conseguindo ficar de pé.

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       𝕾unoo estava no quarto, sem conseguir parar de sorrir ao lembrar dos momentos com Sunghoon mais cedo, até que ouviu o barulho de pedras sendo jogadas na janela. Seus pais eram separados e o Kim morava com sua mãe, mas ela viajava constantemente à trabalho, então, o garoto passava a maioria dos dias e noites sozinho, já estava acostumado.

Ele levantou, confuso, e abriu as cortinas. Lá embaixo, em frente a sua casa, estava Sunghoon.

— Park?! O que você tá fazendo aqui? — perguntou, com a voz alta por conta da distância.

— P-preciso... de um lugar pra ficar. — a voz do rapaz estava carregada de cansaço.

Sunoo não hesitou. Desceu as escadas e abriu a porta, encontrando Sunghoon com o rosto coberto de machucados e os ombros curvados.

— O que aconteceu? Você foi assaltado? Te espancaram? — disparou em perguntas, puxando o garoto pra dentro.

— Nada demais. — ele tentou desviar, mas Sunoo não deixou passar.

— Isso não é nada? Você tá um caco, Sunghoon!

O Park simplesmente suspirou, deixando-se cair no sofá da sala. Ele não tinha sequer forças pra discutir.

— Foi... o meu pai. — confessou, quase num sussurro.

O silêncio que se seguiu foi pesado. Sunoo sentou ao lado dele, tentando processar o que acabara de ouvir.

— Isso... acontece sempre? — ele perguntou depois de uma longa pausa de silêncio, sentindo o coração apertar.

Sunghoon não respondeu imediatamente. Quando finalmente falou, seu tom de voz estava cheio de dor e frustração reprimida.

— Não sei o que é pior. As vezes em que ele me bate, ou as vezes em que ele só me olha como se eu fosse... um lixo.

Sunoo sentiu lágrimas surgirem em seus olhos, mas não deixou que caíssem. Ele sabia que Sunghoon não precisava de pena naquele momento.

— Você não merece isso, Hoon. — Sunoo disse, a voz firme.

O mais velho olhou pra ele, surpreso com o tom de determinação, antes que Sunoo completasse a sua frase.

Ninguém merece.

Aquele silêncio pairou entre eles novamente, no entanto, dessa vez foi diferente. Era um silêncio de compreensão, de algo que não precisava ser dito em palavras, mas que podia ser compreendido.

— Obrigado por... me deixar ficar aqui. — Sunghoon finalmente disse, desviando o olhar.

— Você pode ficar o tempo que quiser. — Sunoo respondeu, segurando a mão dele com firmeza.

Naquela noite, enquanto o mundo parecia desmoronar ao redor dele, Sunghoon encontrou um pouquinho de paz. A madrugada era fria, mas a casa de Sunoo parecia acolhedora, quase como um santuário. O Park estava deitado no colchão extra que Sunoo tinha improvisado no chão do quarto, tentando processar o que havia acabado de acontecer.

O loiro, por sua vez, não conseguia dormir.

A visão de Sunghoon machucado era algo que ele não podia simplesmente ignorar. O Kim já suspeitava que algo não estava certo com o jeito distante e defensivo do outro garoto, mas vê-lo tão vulnerável agora era diferente. Sunoo olhou pro teto, repassando mentalmente as palavras que ouviu.

Foi o meu pai.

Eram palavras simples, mas que carregavam um peso insuportável.

— Sunghoon? — chamou, sua voz quase um sussurro na escuridão.

— Hm? — veio a resposta baixa, quase hesitante.

— Ainda tá acordado?

— Não é como se eu fosse conseguir dormir. — Sunghoon respondeu, um leve tom irônico na voz.

Sunoo sorriu de leve. Mesmo depois de tudo, ele ainda conseguiu fazer uma piada, mesmo que amarga. O mais novo se sentou na cama, abraçando os joelhos.

— Sabe... se você quiser conversar, eu tô aqui. — falou, com cuidado.

Sunghoon permaneceu em silêncio por um momento antes de se virar e encará-lo.

— Queria muito entender o motivo de você se importar tanto comigo. — a afirmação saiu antes que ele pudesse evitar.

Sunoo piscou, surpreso. Esperava qualquer resposta, menos essa.

— Porque você merece. — respondeu com simplicidade, sem hesitar.

Sunghoon franziu o cenho, claramente confuso.

— Mereço o quê?

— Alguém que se importe.

A resposta de Sunoo foi tão direta que Sunghoon ficou sem palavras. Ele desviou o olhar, sentindo o coração apertar de um jeito estranho, como se aquelas palavras tivessem encontrado um pedaço de si que ele mesmo havia esquecido.

— Eu nem sei o que dizer. Nunca me abri pra ninguém antes. — Sunghoon admitiu, sincero.

— Não precisa dizer nada. — Sunoo disse, dando de ombros — Só... lembra que você não tá sozinho, tá bom?

Mais uma vez, o silêncio se instalou entre eles, mas não era desconfortável. Era quase reconfortante, como se ambos estivessem processando as coisas no mesmo ritmo. Sunghoon acabou adormecendo primeiro, e Sunoo o observou por um tempo antes de apagar a luz fraca do abajur e se deitar novamente. Ele sabia que as coisas não seriam fáceis, mas estava decidido a ajudar Sunghoon, não importava o quão complicado fosse.

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       𝕹a manhã seguinte, o Park acordou com o cheiro de café vindo da cozinha. Ele desceu as escadas devagar, sentindo o corpo ainda dolorido, mas o aroma acolhedor e a visão de Sunoo preparando algo na cozinha fizeram um pequeno sorriso surgir em seu rosto.

— Bom dia! — Sunoo disse ao notá-lo, sorrindo levemente.

— Bom dia. — Sunghoon respondeu, se sentando à mesa.

— Fiz café e torradas. Nada de especial, mas achei que você poderia querer algo antes de ir embora.

O moreno ficou quieto por um momento, olhando pro prato que Sunoo colocou na sua frente. Ele não estava acostumado com esse tipo de gentileza desde que sua mãe havia indo embora, café pronto na mesa e um sorriso receptivo logo pela manhã?

Isso era incomum.

— Obrigado. — disse, finalmente, a voz sincera.

— Sem problemas. — Sunoo respondeu, sentando-se ao lado dele.

Eles comeram em silêncio, mas dessa vez, a presença do outro era suficiente. Sunghoon sentia algo estranho, era curioso, mas reconfortante, como se ele pudesse finalmente baixar a guarda, nem que fosse por um momento.

Quando terminaram, o mais velho olhou pra Sunoo com um brilho de determinação nos olhos.

— Acho que tá na hora de fazer alguma coisa.

— Sobre o quê? — perguntou, confuso.

— Sobre o meu pai.

Sunoo olhou pro garoto ao seu lado, surpreso, mas ao mesmo tempo aliviado. Era a primeira vez que ele via Sunghoon tão resoluto em relação a algo.

— Você... tem certeza? — indagou com cuidado, colocando sua mão sobre a mesa, perto da de Sunghoon.

O mesmo desviou o olhar pro chão. Parecia que estava travando uma batalha interna, mas ao mesmo tempo, parecia decidido a falar.

— Meu pai... — ele começou, respirando fundo antes de continuar — Ele não sempre foi assim. Quando eu era bem criança, ele era... normal, sabe? Trabalhava, cuidava da gente, até tentava ser engraçado.

Sunoo permaneceu em silêncio, permitindo que ele continuasse.

— Mas tudo mudou depois que o negócio dele faliu. Ele começou a beber, ficava agressivo e violento por qualquer coisa... e quando minha mãe tentou ajudá-lo, ele simplesmente a afastou. — Sunghoon deu uma risada amarga — Ou talvez tenha sido o contrário. Ele mesmo quem se afastou totalmente da gente.

Sunoo sentiu o coração apertar, mas não interrompeu.

— Minha mãe suportou por tempo demais e há poucos meses foi a gota d'água. — Sunghoon fechou os punhos, as unhas quase cravando na própria pele — Ela arrumou as malas e me pediu pra ir com ela, mas eu fiquei. Achei que se ficasse, ele não iria atrás dela. Que eu poderia protegê-la.

O Kim piscou, tentando processar o que havia acabado de ouvir.

— Sunghoon... — ele começou, mas foi interrompido.

— Desde então, tudo piorou. Ele desconta toda a porra da frustração dele em mim. — olhou diretamente nos olhos de Sunoo e sua voz tremia, apesar de estar cheia de determinação — Mas eu não quero mais viver assim... não consigo mais.

Sunoo inclinou-se pra frente, segurando a mão de Sunghoon.

— Você não precisa. — disse, com firmeza — Vamos resolver isso juntos, ok?

A sinceridade nos olhos de Sunoo pegou Sunghoon de surpresa. Ele não estava acostumado com esse tipo de apoio, mas de alguma forma, isso o confortava.

— Obrigado. — Sunghoon disse, quase num sussurro.

E pela primeira vez em muito tempo, ele sentiu que talvez as coisas pudessem realmente melhorar.

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        𝕺s dias seguintes foram um turbilhão de emoções pra Sunghoon. Ele sabia que havia tomado a decisão certa ao se abrir pra o Sunoo, mas cada passo pela frente parecia um desafio. Na escola, o Kim não desgrudava dele. Sempre dava um jeito de estar por perto, mesmo que fosse apenas pra oferecer um apoio silencioso. E aos poucos, isso foi se tornando um alicerce pro Park.

— Já pensou no que vai fazer? — Sunoo perguntou certa tarde, enquanto eles estavam sentados em um dos bancos do pátio.

— Pensei. — Sunghoon respondeu, olhando pro chão — Acho que a única maneira de mudar isso é denunciar.

Sunoo arqueou as sobrancelhas, surpreso com a firmeza na voz do rapaz.

— É uma grande decisão. Você tá pronto pra isso?

Sunghoon respirou fundo.

— Não sei se eu tô pronto, mas sei que é necessário. Aquele homem não pode continuar impune depois de tudo que fez, não só comigo, mas com a minha mãe também.

Sunoo sorriu, inclinando-se levemente pra tocar o ombro de Sunghoon.

— Bem... só saiba que eu vou estar com você, o tempo todo.

— Eu sei, loirinho. Eu sei. — Sunghoon respondeu, sentindo um calor estranho no peito.

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