one.
─ sinto muito Sana, mas não há nada que eu possa fazer por você - a treinadora Kim abaixou o olhar, claramente decepcionada ─ eu tentei conversar com a diretora Choi, mas ela permanece irredutível.
─ mas eu sou sua melhor dançarina, treinadora! ─ a japonesa exclamou, frustrada ─ e também sou a capitã das líderes de torcida. O que seria da equipe sem mim?
─ eu sei de tudo isso, Sana ─ Hyeyeon assentiu em concordância, voltando a olha-la nos olhos ─ mas você bem sabe que com uma nota vermelha em matemática, é impossível continuar com os treinos. Ser uma líder de torcida demanda muito tempo e esforço, mas eu não posso pedir que você desista de sua vida acadêmica para viver treinando.
─ senhora Kim, eu imploro ─ Sana juntou suas mãos em frente ao peito e um vinco se formou entre as sobrancelhas, encarando-a com um olhar pedinte ─ eu faço qualquer coisa para contínua na equipe! Ser líder de torcida é a minha vida!
─ no momento, tudo o que você pode fazer é melhorar sua nota, Minatozaki ─ a treinadora respondeu de imediato, respirando profundamente em seguida ─ eu irei diminuir sua carga horária de ensaios para que possa estudar. Eu faço a minha parte e a senhorita faz a sua. Temos um combinado? ─ estendeu sua mão para a mais nova, arqueando sua sobrancelha em desafio.
Sana hesitou por um instante, pensando em tudo que estava em jogo naquele momento e então, finalmente aceitou o aperto de mão, selando o acordo.
─ você nunca me decepcionou antes, Sana ─ a treinadora comentou, já caminhando em direção a saída do vestiário praticamente vazio ─ sei que não fará isso agora.
[...]
─ eu não consigo entender matemática, Mina! ─ Sana exclamou descontente, escondendo o rosto em suas mãos.
─ isso porque você nem ao menos tenta ─ a morena disse sincera, olhando de esguelha para a melhor amiga ─ você dormiu em literalmente todas as aulas do professor Lee nesse semestre, Sana.
─ eu não sei o que fazer, Minari ─ murmurou em um tom que beirava o desespero. Aquilo era algo atípico, já que Sana sempre sabia como resolver uma situação. Na maioria das vezes, ela só precisava abrir a carteira.
─ a treinadora te disse o que fazer ─ Mina chamou a atenção de Sana, fazendo-as erguer os olhos rapidamente ─ e eu acho que você deveria pedir ajuda pra Jihyo. Sabe, ela é ótima em matemática ─ a japonesa comentou com um sorriso contente ─ ela é ótima em todas as matérias, sendo honesta.
─ você tá sabendo que ela me odeia, né? ─ a garota de fios tingidos de rosa questionou, tentando não parecer afetada com a sugestão. ─ além disso, você sabe que eu gosto dela.
─ ela pode até te odiar, mas como monitora, o dever dela é ajudar todos que a procuram.
─ e quanto ao fato de eu gostar dela? ─ voltou a questionar, realmente preocupada. Afinal, como ela poderia ficar tão próxima da garota que fazia seu pobre coração acelerar e, ainda assim, fingir que estava tudo bem?
─ se você realmente quiser permanecer na equipe de líderes de torcida como afirma que quer, então você saberá separar as coisas ─ mais uma vez, Mina havia iluminado os pensamentos de Sana.
Embora a Minatozaki fosse boa em muitas coisas, como dançar, maquiar e até confeitar, usar o cérebro nunca foi sua especialidade, por isso Mina era sua melhor amiga. O que faltava em uma, a outra completava. O que poderia ser melhor?
[...]
Sana estava decidida a seguir o concelho de Mina e pedir a ajuda de Park Jihyo.
Com as mãos trêmulas e a respiração meio descompassada, a japonesa ajeitou a barra da sua saia do uniforme, puxando-a um pouco mais para baixo e respirou fundo algumas vezes antes de, finalmente, adentrar a sala de monitoria.
Ela sabia que Jihyo, a aluna prodígio, líder da equipe de debate, membro da equipe de xadrez e orgulho dos professores, estaria ali.
Dito e feito.
A morena estava sentada em uma das cadeiras próximas a uma das grandes janelas, o olhar focado em um livro que Sana não fazia a mínima questão de saber qual era.
Por um momento, a japonesa apenas ficou parada ali, recostada na porta, observando a garota de longe. Os fios curtos caindo sobre a lente dos óculos redondos e os lábios levemente franzidos deixavam-na ainda mais atraente.
─ você pretende vir até aqui, ou vai continuar aí, parada igual uma pateta? ─ Sana foi pega de surpresa quando a voz imponente da Park se fez presente no ambiente, e sentiu o coração falhar uma batida quando os olhares se conectaram.
Jihyo lhe fitando com curiosidade e zombaria.
─ o que você quer?
─ eu, é... hm, eu quero ─ a garota de cabelos rosa brincava com os próprios dedos, desviando o olhar vez ou outra, pensando no que dizer ─ eu queria te pedir ajuda ─ disse, por fim.
─ eu não vou te ajudar a melhorar suas notas ─ Jihyo foi curta e grossa em sua resposta, voltando a prestar atenção no livro que lia.
Sana entre-abriu os lábios avermelhados, surpresa.
Não era novidade alguma o fato de que Park Jihyo lhe odiava por motivos desconhecidos, mas Sana não esperava que ela seria tão rápida e direta em negar.
Aquilo feriu bem mais do que apenas o orgulho de Sana. Feriu também o coração, mas ela já estava acostumada.
─ não vou nem perguntar como sabia que eu lhe pediria isso ─ Jihyo soltou uma risada baixa, que fez tremer até o último fio de cabelo da japonesa ─ mas, que eu saiba, como monitora, você não pode negar ajuda a ninguém ─ concluiu, sorrindo vitoriosa, cruzando os braços sobre o peito estufado.
─ de fato ─ a morena assentiu, ainda sem encara-la ─ mas nada me impede de te transferir pra outra monitora ─ concluiu, mantendo o tom de voz calmo ─ pode me dar licença agora? e não esqueça de fechar a porta quando sair.
Mais uma vez, Jihyo havia saído por cima, mas, por mais engraçado que pudesse parecer, aquilo apenas motivou Sana ainda mais.
Ela iria conseguir a ajuda de Jihyo e, de quebra, conseguiria também amolecer o coração de gelo da Park.
Ela só precisava de persistência e do seu charme irresistível.
Olá meus amores!
> Capítulo não revisado <
Eu estou adorando escrever essa fic das Sahyo e queria saber, o que vocês acharam do primeiro capítulo?
Muito obrigada por lerem até aqui viu?
Xoxo ♡
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